História Universal da Destruição dos Livros Das Tábuas Sumérias à Guerra do Iraque Fernando Báez


CAPÍTULO 4 Um confuso fervor medieval



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CAPÍTULO 4

Um confuso fervor medieval
Os livros proibidos de Abelardo
A vida dos grandes pensadores costuma ser perigosa. Sócrates teve de beber cicuta; Protágoras viu queimarem seu livro em Atenas; Demócrito arrancou os olhos como Édipo para poder pensar; Platão esteve prestes a ser assassinado; Aristóteles fugiu - acusado de crueldade - para Caleis. Pedro Abelardo não escapou à maldição e foi castrado por seu amor indevido - como todos - por uma jovem chamada Heloísa, que não era, ao que parece, tão bela quanto doce.

Além disso, quando editou em 1120 sua introduetio ad Theologiam, um texto dialético contra as proposições heréticas, um sínodo ortodoxo o condenou por desvios da fé, não sem pedir que se queimasse a obra e se recolhesse o autor ao convento de São Medardo. Vinte anos depois, sua obra completa foi proibida pelo Concilio de Sens e o papa Inocêncio III, preocupado com os sofismas de Abelardo, mandou queimar, em 1141, os escritos e chamou seu autor de "dragão infernal precursor do Anticristo".

Num ano tão distante como 1930, um tribunal dos Estados Unidos proibiu a circulação das Cartas de amor a Heloísa, de Abelardo, porque defendia os sentimentos, sempre temidos, e promovia uma respeitável introdução ao sexo entre intelectuais.


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