História Universal da Destruição dos Livros Das Tábuas Sumérias à Guerra do Iraque Fernando Báez



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A censura a Maimônides
A vida de Moisés Maimônides, um dos pensadores mais influentes do judaísmo de todos os tempos, foi marcada por alguns célebres paradoxos.

Nasceu em 1135, em Córdoba, na Espanha, durante a dominação muçulmana, e seus pais praticavam a fé judaica em segredo. Era, sem saber, espanhol judeu e árabe. Aos 23 anos começou um tratado sobre a Mischná Tora, ou Segunda Lei, em língua hebraica, que completou dez anos mais tarde. Esse trabalho lhe valeu o respeito dos judeus e dos muçulmanos. Em 1176 começou o livro que o tornou famoso em todo o mundo, escrito em árabe e intitulado O guia dos perplexos. Era um estudo contraditório, eficaz em suas dificuldades e se baseava numa lógica que reivindicava as alegorias e o repúdio ao materialismo.

Também escreveu outros livros, sobre medicina e diversas epístolas didáticas: Epístola ao Iemen, Epístola sobre a apostasia e o profético estudo sobre astrologia Epístola à comunidade de Marselha. Quando morria, teve algumas visões sobre a obra de Aristóteles e quis corrigir alguns parágrafos de seus livros, mas não pôde e, em 1204, fechou os olhos para sempre.

Muito tempo depois, quando era lido por todos, seus textos foram queimados. Em 1232 seus tratados arderam em Marselha. Um ano mais tarde, em Montpellier, os dominicanos não suportaram sua visão de Deus e destruíram seus livros.



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