História Universal da Destruição dos Livros Das Tábuas Sumérias à Guerra do Iraque Fernando Báez


CAPÍTULO 9 As origens radicais do cristianismo



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CAPÍTULO 9

As origens radicais do cristianismo
São Paulo contra os livros mágicos
Em Atos (19,19) do Novo Testamento se descreve a visita do apóstolo cristão Paulo de Tarso (10 d.C.-62 d.C.) à cidade grega de Éfeso, na Ásia Menor. Ali expulsou demônios, converteu novos fiéis e divulgou o cristianismo que atacara com ódio em sua juventude.

Os magos de Éfeso, temerosos, queimaram voluntariamente seus livros:

[...] Muitos dos que praticaram magia trouxeram os livros e os queimaram diante de todos; e feita a conta do preço, estimaram que era de cinqüenta mil peças de prata [...].
O montante de dinheiro tem provocado uma polêmica interessante: alguns acham que a folha de papiro custava o equivalente a 50 dólares de hoje. Outros acham que os textos de magia eram escritos sobre papiros baratos e, portanto, o número de livros destruídos na ocasião deve ter sido enorme. O pior é saber que o delírio semelhante reapareceu nos anos posteriores. Paulo advertiu que quem crucificou Cristo cunhou a forma da própria destruição (1 Cor, 2,6) e, de fato, o cristianismo que veio a seguir se encarregou de perseguir todos os que não aceitavam a doutrina de um Cristo divinizado.


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