Iansã
Na Umbanda Iansã, no Brasil Oyá e a Rainha da espada.
História Iansã ou Santa Barbara
Era uma jovem belíssima. Dióscoro,seu pai era um pagão muito ciumento.O pai resguardava a filha dos pretendentes que a queriam em casamento.Por isso,encerou-a numa torre.Tendo apenas duas janelas Iansã mandou construir a terceira, em honra á Santíssima Trindade.Um belo dia,Dióscoro viajou.Iansã fugiu atraindo a irá de seu pai.Fugindo de seu perseguidor os rochedos abriram-se para ela passar.
Descoberta e denunciada por um pastor, foi capturada pelo pai e levada ao Tribunal, onde foi condenada a ser exibida nua por todo o país. Porém, Deus a vestiu miraculosamente com um manto. Foi queimada e teve os seios cortados. Seu próprio pai a executou e depois cortou a cabeça com uma espada. Logo após a morte de Santa Barbara, um raio acertou seu assassino.
Protetora->Morte Trágica, contra explosões, de raios e tempestades.
Espada: Instrumento de sua morte.
Torre: Com suas três janelas.
Cálice: Símbolo de proteção as moribundos.
Palma:Palma do Domingo de Ramos
Dia: 04 de Dezembro é o dia de Iansã
Deusa dos Ventos
Senhora dos Raios e Tempestades.
Guerreira, poderosa e vingativa, a que não
Teme os Eguns,a dona do vermelho.
Eparrei!
Comida: Ékuru (comida ritual, preparada da mesma forma que o acarajé) & Acarajé.
Frutas: Manga Rosa, uvas, pêra, maça, morango, melão, laranja, figo, Roma, groselha, pêssego, pitanga, framboesa, cajá e ameixas.
Cores: Coral, branco e vermelho as cores simbolizam paixões, conquistas e raciocínio.
Características:
Guerreira de origem Tapu(Nigéria),número é 9.
Saudação: ”Épá Heyi!” (Venha, meu servo!).
Oferendas: São feitas em cachoeiras.
Bebidas: Champanha
Vela: Amarela (umbanda) e
Vermelha (candomblé)
Elemento: Fogo
Pedras: Rubis, coral, granada.
Perfumes: Verbena, drástico vermelho, violeta, madeira, shoking de skiaparelli.
Ajuda com coragem e impulsividade; protege contra desastres e acidentes.
Dicas de Magia
Para bloquear a negatividade,no dia dessa Orixá poderosa um saquinho com morim branco.
Dentro 1 fava de Iansã,1 orogbó e 1 espada miniatura.Pendure atrás da porta principal,mentalizando e fazendo seus pedidos a Iansã.
Dicas para Causa Difícil
Na quarta-feira bem cedo,escreva seus pedidos no papel branco,bote no fundo de um alguidar de barro.Cubra com 9 romãs de feijão fradinho torrado,misturado com açúcar cristal e azeite doce.No final despache debaixo de um bambuzal.
Pontos de Iansã
Minha Santa Bárbara
Virgem da coroa
Pelo amor de Deus Santa Bárbara
Não me deixe a toa
Minha Santa Bárbara
Virgem da coroa
A Coroa é dela Xangô
É da pedra de ouro.
=================================
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor
Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô
Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô
Lenda:
Diz a lenda que Ogum foi caçar na floresta,quando um búfalo veio em sua direção,na velocidade de um relâmpago,Ogum o seguiu pois viu algo anormal.O búfalo se transformou em uma linda mulher.Era Iansã,coberta Por belos panos coloridos e braceletes de cobre.
Iansã escondeu os chifres no formigueiro, partindo-se, sem perceber que Ogum a observava. Assim que ela foi embora Ogum pegou as trouxas que ela tinha deixado, guardando-a no celeiro.
Depois ele foi à cidade cortejá-la, mas como toda mulher bonita ela o ignorou.
Ao anoitecer ela foi à floresta pegar suas trouxas, mas não encontrou. Retornou a cidade e encontrou Ogum, que disse estar com o que ela procurava. Em troca de seu segredo (pois ele sabia que ela não era mulher e sim animal), Iansã foi obrigada a casar-se com Ogum, proibiu de comentar sobre o assunto com qualquer pessoa.
Chegando em casa,Ogum explicou as suas mulheres que Iansã iria morar com ele e ninguém deveria insulta - lá .Quando ele ia trabalhar ela procurava a sua trouxa.
Desse casamento nasceu nove crianças, o que resultou no ciúme as outras esposas, que eram estéreis. Para vingar-se uma delas embriagou Ogum, ele acabou relatando o segredo de Iansã. Quando Ogum dormiu as mulheres foram insulta lá dizendo que ela era animal e revelando que suas trouxas estavam escondidas no celeiro.
Ela encontrou sua pele e seus chifres. Assumiu a forma de búfalo, atacando todos poupando só seus filhos.Decidiu voltar para a floresta ,não permitiu que seus filhos acompanhassem,pois era muito perigoso.
Deixou os chifres com eles em caso de perigo bater as duas pontas; com esse sinal ela iria socorrê-los imediatamente.
Eram duas ventarolas...
É apenas uma lenda, mas é bonita!!!
Exu foi chamado ao reino de Olokun, senhor dos mares, para um trabalho que somente ele poderia realizar. Ao chegar à sala do trono ficou encantado ao conhecer Iemanjá, a filha do rei, que andava pelo salão a procura de uma jóia que tinha perdido. A beleza da moça era indescritível e Exu sentiu o ardor da paixão queimar-lhe o peito.
Saiu determinado a cumprir a missão e voltar o quanto antes para pedir a mão da princesa. Nunca ele fora tão rápido no cumprimento de uma tarefa quanto naquela. Em dois dias estava de volta apresentando as provas do sucesso da empreitada. Olokun ficou contentíssimo e ofereceu ao rapaz grandes riquezas, mas este foi inflexível. A ele somente interessava casar-se com Iemanjá. O monarca ficou extremamente irritado com tamanha audácia e mandou que o colocassem para fora de seus domínios.
Exu jurou vingança. Nunca ninguém o tinha tratado daquela forma e não engoliria a desfeita tão facilmente. Durante semanas nada mais fez a não ser arquitetar um plano para raptar a princesa.
Certa manhã, Iemanjá com um imenso séqüito, passeava pelas areias da praia, quando um imenso buraco se abriu a seus pés e a tragou para seu interior. Foi tudo tão rápido que ninguém pode fazer nada. A fenda se fechou como se ali nada jamais houvesse acontecido. Os escravos desesperaram-se, como contar ao rei o sucedido? Certamente seriam mortos sem piedade. Não havia quem não conhecesse a fúria real. Pensando dessa forma todos fugiram e nunca mais apareceram para testemunhar o ocorrido. Enquanto isso nas profundezas da terra Exu desvelava-se em carinho e atenção para ganhar o amor de Iemanjá.
Desesperado com o sumiço da filha o velho rei foi procurar um Babalaô que he contou exatamente o que tinha acontecido e o aconselhou a procurar por Iansã, jovem guerreira que nada temia e por sua rara beleza poderia granjear a simpatia de Exu.
Iansã foi chamada e prontificou-se a buscar a jovem. Providenciou uma oferenda a Ifá, pedindo proteção e força e partiu para o resgate. Depois de muito andar sentiu sob os pés a quentura que denunciava a presença do seqüestrador. Brandiu sua espada no ar, chamando os raios de seu domínio, e enfiou-a na terra com toda a força. Uma cratera se formou e a guerreira foi descendo lentamente. Logo avistou a bela moça sentada a um canto chorando copiosamente, a seu lado Exu afagava-lhe os longos cabelos fazendo juras de amor eterno.
- Vim buscar a princesa! - Seu tom de voz não deixava dúvidas, viera disposta a tudo.
- Como ousa invadir meu reino e ainda por cima ditar-me ordens? - Exu gritava descontrolado
- Minha princesa daqui não sai! - Apontou para os pés de Iansã e um circulo de fogo se formou em torno dela impedindo seu avanço.
- Não discutirei com você, peço a intercessão de Orunmilá, para cumprir a missão para a qual fui incumbida! Raios começaram a se espalhar por todo o espaço, uma ventania muito forte envolveu o corpo de Iansã, que assim chegou perto da moça que a tudo assistia perplexa.
O homem foi jogado contra uma parede atingido pela violência do vento. Um redemoinho as envolveu transportando-as para o reino de Olokun. O mar se abriu dando passagem para o pequeno tufão cavalgado por Iansã. Dos olhos do rei correram lágrimas de alegria e gratidão quando avistou em meio ao tormento o rosto da querida filha.
Iemanjá e Iansã tornaram-se amigas pela eternidade. Exu ainda está no interior da terra, algumas vezes chora por uma e pragueja contra a outra.
Hoje muitos terreiros cantam que em pleno mar havia duas ventarolas. É a essa história que se referem!
" Eram duas ventarolas, eram duas ventarolas
que vinham lá do mar,
Mas uma era Iansã, o Eparrei!
A outra era Iemanjá, Adocia!"
Dostları ilə paylaş: |