Igor moreira



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. Acesso em: 21 out. 2015.

Conexões

Geógrafo e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ruy Moreira (1941-) é considerado um dos expoentes da renovação da ciência geográfica no Brasil. Publicou vários livros dedicados à história do pensamento geográfico e aos conceitos fundamentais da Geografia. No texto a seguir, discorre sobre o espaço geográfico como produto do trabalho social. Leia-o com atenção e, depois, faça o que se pede.

Responda no caderno

1. Em sua opinião, o que o autor quer dizer com a expressão “primeira natureza”?

2. Por que o espaço geográfico tem caráter social? De que depende sua transformação?

3. De que resultam as formações espaciais?

O espaço como produto social

[...]


Pelo que já se deu a entender, o espaço não é suporte, substrato ou receptáculo das ações humanas. E não se confunde com a base física. O espaço geográfico é um espaço produzido.

Nele a natureza não é mera base ou parte integrante. É uma condição concreta de sua produção social. E isso porque a natureza é uma condição concreta da existência social dos homens. Conquanto a “primeira natureza” não seja o espaço geográfico, não há espaço geográfico sem ela.

Sobre esse assunto, [...] vale lembrar que, de todos os objetos existentes num arranjo espacial, os de ordem natural são os únicos que não derivam do trabalho social.

[...]


O caráter social do espaço geográfico decorre do fato simples de que os homens têm fome, sede e frio, necessidades de ordem física decorrentes de pertencer ao reino animal, ponte de sua dimensão cósmica. No entanto, à diferença do animal, o homem consegue os bens de que necessita intervindo na “primeira natureza”, transformando-a. Transformando o meio natural, o homem transforma-se a si mesmo. Ora, como a obra de transformação do meio é uma realização necessariamente dependente do trabalho social (a ação organizada dos homens em coletividade), é o trabalho social o agente de transformação do homem de um ser animal para um ser social, combinando esses dois momentos em todo o decorrer da história humana. [...]

Decorre disso que a formação espacial deriva de um duplo conjunto de interações, que existem de forma necessariamente articulada: a) o conjunto das interações homem-meio; e b) o conjunto das interações homem-homem. Tais interações ocorrem simultânea e articuladamente, sendo, na verdade, duas faces de um mesmo processo.

O caráter simultâneo e articulado dessas interações pode ser expresso nos seguintes termos: os homens entram em relação com o meio natural através das relações sociais travadas por eles no processo de produção de bens materiais necessários à existência. Engels já observava que os homens entram em relações uns com os outros através do trabalho de transformação da natureza. Não haveria relações sociais se não houvesse a necessidade de os homens transformarem o meio natural em meio de subsistência ou de a este chegarem por meio do trabalho.

[...]


MOREIRA, Ruy. Pensar e ser em Geografia: ensaios de história, epistemologia e ontologia do espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 2007. p. 65-66.

Pulsar Imagens/Alexandre Tokitaka



Plantação de alface orgânica no município de Ibiúna (SP), em 2015. O ser humano altera a paisagem para suprir suas necessidades, como a produção de alimentos.

Responda no caderno


A descoberta que mudou a humanidade

centenas de milhares de anos, nas noites frias de inverno, a escuridão era um grande inimigo. Sem a lua cheia, a negritude da noite, além de assustadora, era perigosa. Havia muitos predadores com sentidos aguçados e que poderiam atacar facilmente enquanto dormíamos. O frio intenso era outro inimigo. Não eram fáceis os primeiros passos da humanidade, dados por antepassados muito diferentes de nós.

Até que, um dia, talvez ao observar uma árvore atingida por um raio, os hominídeos primitivos descobriram algo que modificaria completamente o rumo da nossa evolução: o fogo. Ao dominar essa entidade, foi possível se aquecer, proteger-se dos predadores e ainda cozinhar os alimentos. Como nenhuma outra criatura do nosso planeta, conseguimos usar a nosso favor um fenômeno natural para ajudar a vencer as dificuldades diárias.

Com o fogo, a noite já não era mais tão perigosa e diminuía a necessidade de se esconder ou lutar. Acredita-se que a descoberta de seu uso tenha agido diretamente sobre a nossa forma de pensar, pois permitiu mais tempo para pensarmos. [...]

A importância da utilização do fogo como instrumento de transformação da nossa sociedade se acelerou com o progresso da cultura humana. Além de fornecer conforto térmico e melhorar a preparação de alimentos, ele desde cedo foi usado em rituais dos mais diferentes povos, na fabricação de armas (até os dias atuais), na produção de novos materiais (ajudando a fundir metais, por exemplo) e como fonte de calor para máquinas térmicas. [...]

OLIVEIRA, Adilson de. A descoberta que mudou a humanidade. Ciência Hoje, 16 jul. 2010.


Disponível em: . Acesso em: 29 jun. 2017.
1. O texto a seguir diz respeito à descoberta do ser humano sobre como controlar e usar o fogo. Leia-o com atenção e, depois, responda às questões.
a) A qual técnica desenvolvida pelo ser humano o texto se refere? O que isso possibilitou?

b) O que o autor quis dizer com a frase: “Acredita-se que a descoberta de seu uso tenha agido diretamente sobre a nossa forma de pensar, pois permitiu mais tempo para pensarmos”?

c) Em sua opinião, o controle do fogo pelo ser humano ainda é importante nos dias de hoje? Por quê?

d) Com relação aos objetos que fazem parte do seu cotidiano, quais deles não existiriam caso o ser humano não tivesse desenvolvido técnicas para dominar o fogo? Cite, ao menos, dois exemplos.



2. Você já imaginou como o ser humano se guiava em longas viagens sem ter à disposição equipamentos modernos de navegação? Apesar de não existir GPS, por exemplo, havia outros equipamentos que auxiliavam os exploradores em suas viagens. Além disso, eles observavam atentamente o céu, a posição do Sol, da Lua e das estrelas.

Para conhecer um pouco mais sobre esses equipamentos, reúnam-se em grupos de quatro alunos e pesquisem, em livros, enciclopédias, revistas e/ou na internet, informações sobre um destes objetos:

▸ gnômon;

▸ astrolábio;

▸ sextante;

▸ quadrante mural;

▸ bússola.

Sigam o roteiro abaixo.

a) Como o objeto em questão funciona?

b) Quem o utiliza?

c) Qual é sua importância?

d) Que conhecimentos e técnicas são necessários para sua utilização?

e) Procure uma foto ou crie uma ilustração do objeto.

Após a pesquisa, confeccionem cartazes para apresentar os resultados aos demais colegas de sala.



As profissões condenadas a desaparecer

[...] Frey [doutor em economia da Universidade de Oxford] e Michael Osborne, professor de ciência de engenharia de Oxford, avaliaram tarefas cotidianas de mais de 700 ocupações, para identificar o que uma máquina poderá fazer melhor que os humanos nas próximas duas décadas. [...] As profissões mais ameaçadas estão nas áreas de logística, escritório e produção, aquelas que envolvem tarefas intelectualmente repetitivas. Embora o estudo seja baseado no mercado de trabalho dos Estados Unidos, suas conclusões são aplicáveis mundialmente. [...]

Exercícios de futurologia sobre a evolução da tecnologia existem há décadas – e, há décadas, eles costumam errar o alvo. Historicamente, os profetas pecam pelo otimismo. Agora, a realidade parece ter chegado antes do previsto. Em 2004, os economistas Frank Levy, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e Richard Murnane, da Universidade Harvard, disseram no livro A nova divisão do trabalho que os robôs continuariam incapazes de realizar tarefas complexas, como dirigir. A previsão dos dois especialistas foi superada em 2005, quando Stanley, um carro sem motorista da Universidade Stanford, venceu um desafio proposto pela Agência de Projetos Avançados de Defesa dos Estados Unidos (Darpa). [...]

A substituição do trabalho humano por ferramentas fez a humanidade evoluir desde a Idade da Pedra. Vista de perto, porém, a evolução técnica não ocorre de maneira harmônica e sincronizada. Vem acompanhada de crises, num ciclo que o economista austríaco Joseph Schumpeter (1883-1950) batizou como “destruição criadora”. “A estrutura econômica é incessantemente transformada de dentro para fora, incessantemente destruindo a anterior e incessantemente criando outra nova”, afirma no livro Capitalismo, socialismo e democracia. “Esse processo de destruição criadora é o elemento essencial do capitalismo.” [...]

MOURA, Marcelo. As profissões condenadas a desaparecer – e as que resistirão às novas tecnologias. Época, 6 mar. 2014.
Disponível em:


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