Igor moreira



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. Acesso em: 2 out. 2015.

Nessa página, há publicações voltadas à sustentabilidade e notícias relacionadas a água, alimentos, mobilidade, mudanças climáticas, etc. Além disso, é possível fazer um teste sobre consumo consciente.

Pulsar Imagens/Ricardo Azoury

Embarcações encalhadas no rio Negro, no município de Iranduba (AM), por ocasião de uma grande seca que atingiu a Amazônia ocidental em 2010.

Grandes secas são comuns na história do Brasil, principalmente na região denominada Polígono das Secas, que abrange municípios do Piauí, do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, de Alagoas, de Sergipe, da Bahia e de Minas Gerais. Esse problema é agravado pelo aquecimento global e por fenômenos como o El Niño.

Em 2014, a seca castigou diferentes localidades do Brasil e do mundo. São Paulo enfrentou o pior período de estiagem desde 1964, e a região Nordeste passou por uma seca gravíssima – a pior dos últimos 50 anos –, com mais de mil municípios afetados. Na Califórnia, a seca local atingiu 100% do estado estadunidense; em mais da metade dele, a situação foi classificada como excepcional. Segundo cientistas, além da falta de chuvas, essa seca é resultado da ação humana, sobretudo por causa da atividade industrial e do aumento na emissão de gases que danificam a camada de ozônio.


Refugiados do clima

Vários países já encaram o desafio das mudanças climáticas associadas à migração. Um exemplo é


Tuvalu. Esse pequeno conjunto de nove ilhas localizado no oceano Pacífico, entre a Austrália e o Havaí, corre o risco de submergir diante do aumento do nível do mar.

Com pouco mais de 11 mil habitantes e altitude máxima de 4,5 metros, Tuvalu tem seu cotidiano marcado pela elevação do nível do mar. Pesquisas indicam que este tem subido cerca de 6 milímetros todos os anos. A erosão da costa é acelerada, os recifes de corais estão morrendo, as inundações de água salgada são frequentes, a agricultura está cada vez mais difícil de ser praticada e os peixes estão sumindo. Além disso, há ocorrência de fortes ciclones. A escassez de água doce e a dificuldade de se descartar o esgoto gerado pela população são outros problemas de Tuvalu. Diante disso, muitos nativos estão deixando o país rumo à Nova Zelândia ou à Austrália.

Ao contrário de algumas ilhas do Pacífico, Bangla­desh, país banhado pelo oceano Índico, não vai desaparecer com a subida do nível do mar. Sua situação, porém, é complicada. Para começar, Bangladesh tem 154 milhões de habitantes, que vivem em uma área de menos de 144 mil quilômetros quadrados. Parte do território possui terras baixas, que, além da elevação do nível do mar, enfrentarão as águas do degelo do Himalaia. O país tem sofrido com ciclones e inundações recentes; a água salgada chegou a invadir áreas de cultivo de arroz. Muitas dessas áreas foram convertidas em fazendas de criação de camarões, cuja produção, diferentemente da do arroz, é exportada. Como a criação de camarões exige menos trabalhadores, há muitos desempregados, que, sem opção, acabam se deslocando. É difícil definir o destino desses trabalhadores, já que as populações dos dois países vizinhos, Índia e Mianmar, enfrentam problemas ambientais semelhantes e são historicamente hostis à acolhida de refugiados bengalis.

Tanto em Bangladesh quanto em outras regiões, há risco iminente de uma catástrofe humanitária e de graves problemas fronteiriços. Segundo Achim Steiner (1961-), diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o planeta já enfrenta sua primeira guerra causada, em parte, pelo aquecimento global.

Mundo: populações vulneráveis às mudanças climáticas (2011)

João Miguel A. Moreira/Arquivo da editora

Fonte: Adaptado de MIGRANTES, deslocados e refugiados ambientais. Veja. Disponível em:
. Acesso em: 2 out. 2015.

Para saber mais

Mudanças climáticas agravam situação de refugiados, diz comissário da ONU

Como resposta a mudanças climáticas, a comunidade global precisa criar mecanismos para proteger pessoas forçadas a migrar por razões associadas ao clima, afirma o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres.

Na Rio+20 [ocorrida no Rio de Janeiro em 2012], a conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Guterres apresentou os resultados de um estudo sobre o impacto das mudanças climáticas sobre grupos de refugiados, baseado em 150 depoimentos de migrantes somalis e sudaneses entrevistados na Etiópia e em Uganda [...].

Por não se enquadrarem na definição legal de “refugiado”, essas pessoas “se encontram em uma lacuna de proteção muito séria”, ressalta ele.

“Os estados não estão comprometidos a lhes ajudar conforme os critérios da convenção de 1951”, explica Guterres. “Então elas vivem circunstâncias dramáticas onde os direitos humanos são terrivelmente violados”.

A Convenção para Refugiados de Genebra, de 1951, define como refugiados aqueles que são forçados a migrar por conflitos ou perseguição. Os “refugiados ambientais” não contam com os mecanismos de proteção estabelecidos pela convenção, como o direito de asilo.

Deslocamento forçado”

“Nesta conferência, queremos chamar a atenção dos chefes de Estado para o fato de que a questão das alterações climáticas tem influência muito importante na mobilidade humana e está criando situações em que cada vez mais pessoas são obrigadas a abandonar suas terras, comunidades e por vezes países.”

Intitulado “Mudanças climáticas, vulnerabilidade e mobilidade humana”, o relatório apresentado por Guterres na Rio+20 indica que as mudanças climáticas aceleram as migrações e agravam situações de conflito, contribuindo para agravar crises humanitárias.

De acordo com Guterres, todos os entrevistados afirmaram ter notado alterações claras nos padrões das chuvas em suas regiões ao longo dos últimos 10 ou 15 anos, com o agravamento das secas. Eles não atribuíram os conflitos em suas regiões a essas mudanças, mas consideraram que as secas e a escassez de recursos contribuem para agravar a situação política e o seu impacto humanitário.

“Ficou muito claro neste estudo que as pessoas só abandonaram suas terras em última instância, depois de esgotarem todos os processos de adaptação possíveis às novas circunstâncias. Ou seja, esse tipo de deslocamento é de fato forçado, não é voluntário.”

[...] um grupo de cinco países – México, Costa Rica, Noruega, Suíça e Alemanha – se juntou para propor soluções à comunidade internacional para preencher essa lacuna e prever ações para socorrer refugiados que não se encaixam no termo técnico.



Elogios ao Brasil

Guterres afirma que a comunidade global precisa se preparar para lidar com refugiados provenientes de desastres naturais.

Ele cita como exemplos de boas condutas neste sentido o Brasil, com os vistos humanitários concedidos pelo país a haitianos após o terremoto de 2010, e a prática de alguns países de conceder proteção temporária a vítimas de desastres naturais. [...]

MUDANÇAS climáticas agravam situação de refugiados, diz comissário da ONU. BBC Brasil, 22 jun. 2012. Disponível em:



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