Igor moreira



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. Acesso em: 28 set. 2015.
Texto & contexto

1. Você consegue notar desigualdades sociais no local onde mora? Em caso afirmativo, cite algumas.

2. É possível afirmar que a desigualdade social gera degradação ambiental? Explique.

3. Existe poluição sonora e visual no município onde você vive? De que maneira esses tipos de poluição afetam o cotidiano das pessoas?

4. A chuva ácida não considera fronteiras. Comente a frase e dê exemplos.

5. Por que a inversão térmica é comum nos grandes centros urbanos? Que problemas ela pode trazer para os habitantes desses locais?

6. Que medida pode ser tomada para evitar a formação das ilhas de calor?

7. Ocorre inversão térmica no lugar em que você vive? Em caso afirmativo, como você percebe o fenômeno?

Para saber mais

Em 16 anos, poluição do ar matará 256 mil

A poluição atmosférica vai matar até 256 mil pessoas nos próximos 16 anos no estado [de São Paulo]. Nesse período, a concentração de material particulado no ar ainda provocará a internação de 1 milhão de pessoas e um gasto público estimado em mais de R$ 1,5 bilhão, de acordo com projeção inédita do Instituto Saúde e Sustentabilidade, realizada por pesquisadores da USP [Universidade de São Paulo]. A estimativa prevê que ao menos 25% das mortes, ou 59 mil, ocorram na capital paulista.

Os resultados indicam que, no atual cenário, a poluição pode matar até seis vezes mais do que a Aids ou três vezes mais do que acidentes de trânsito e câncer de mama. [...]

Entre as causas mais prováveis de mortes provocadas pela poluição, o câncer poderá ser o responsável por quase 30 mil casos até 2030 em todos os municípios de São Paulo. Asma, bronquite e outras doenças respiratórias extremamente agravadas pela poluição podem representar outros 93 mil óbitos, já contando a estimativa de crianças atingidas no período.

Doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da USP e uma das autoras da pesquisa, Evangelina Vormittag afirma que a magnitude dos resultados obtidos pela projeção, que tem como base dados de 2011, comprova a necessidade de o poder público implementar medidas mais rigorosas para o controle da poluição do ar.

Nessa lista estão formas alternativas de energia, incentivo ao transporte não poluente, como bicicleta e ônibus elétrico, redução do número de carros em circulação e obrigatoriedade de veículos a diesel utilizarem filtros em seus escapamentos. [...]

FERRAZ, Adriana. Em 16 anos, poluição do ar matará 256 mil. O Estado de S. Paulo, 9 ago. 2014. Disponível em: . Acesso em: 28 set. 2015.

Lixo urbano

A produção de bens descartáveis é própria do sistema capitalista, o qual é alimentado por uma produção constante e crescente voltada para o consumo. Em decorrência disso, há diariamente uma enorme quantidade de lixo sendo gerada, particularmente, nas grandes cidades. Diante dessa realidade, a humanidade passou a se preocupar com a destinação final do lixo e a pensar em medidas para deter o aumento de sua produção.

Atualmente, o lixo se tornou um dos grandes problemas da sociedade, principalmente nos países muito urbanizados. Contudo, nos países altamente desenvolvidos, nos quais o processo de urbanização é mais antigo, como os da Europa, da América do Norte e o Japão, o desenvolvimento social criou condições para que a população buscasse um destino e um tratamento adequado aos rejeitos do consumo. Assim, o desenvolvimento cultural fez com que as pessoas tivessem maior preocupação e cuidado em reduzir os descartes e, assim, evitar a sujeira, para conservar o ambiente público limpo e saudável para todos.

Nos países menos desenvolvidos, inclusive nos chamados emergentes, como o Brasil, isso geralmente não acontece. Nesses países, é comum a criação dos chamados lixões, nos quais são depositados não apenas restos de alimentos, papelão, papéis e detritos. Em meio ao lixo “sujo”, há o lixo já concebido como tal no próprio processo de produção: as embalagens plásticas e os produtos oneway, tornados inúteis depois de alguns minutos de uso. Observe o quadro ao lado. Você vai perceber como é importante usar recursos naturais de forma sustentável, valorizar materiais recicláveis e evitar a contaminação de novas áreas.

Em 2013, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil produziu cerca

Fonte: UNICAMP. Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo. Tempo de Degradação dos Materiais. Disponível em: . Acesso em:


29 set. 2015.

Tempo de decomposição dos materiais

Resíduo

Tempo de decomposição

Cascas de frutas

3 meses

Goma de mascar

5 anos

Latas de alumínio

De 100 a 500 anos

Palito de fósforo

2 anos

Papel

De 1 a 4 meses

Pilhas e baterias

De 100 a 500 anos

Plástico

Até 450 anos

Pneu

Indeterminado

Vidro

Indeterminado

de 209 mil toneladas de lixo por dia. Esse material pode ter quatro destinos diferentes: os depósitos a céu aberto, conhecidos como lixões; os aterros sanitários; a incineração ou a reciclagem.

Os lixões causam problemas de poluição das águas subterrâneas, pois a lixiviação dos materiais do lixo, provocada pela chuva, libera substâncias tóxicas. Além disso, a decomposição do lixo orgânico (restos de comida, cascas de frutas, etc.) produz metano, um gás que pode causar explosões. Muitas vezes, o lixo urbano é simplesmente descartado nos rios. O acúmulo do lixo no leito dos rios eleva o nível das águas, podendo provocar enchentes.

Os aterros sanitários são o modo mais cômodo de lidar com o lixo urbano. O lixo é disposto em camadas alternadas com argila, que são compactadas com a ajuda de tratores. Essa solução, porém, impede o aproveitamento do lixo, contamina os lençóis subterrâneos, limita o uso posterior da terra e implica risco de vazamentos e explosão pela combustão de gases.


Pulsar Imagens/Delfim Martins

Aterro sanitário em Nazária (PI), 2015.

A incineração do lixo, outra alternativa muito adotada, libera gases altamente poluentes. As cinzas que sobram geralmente são colocadas em depósitos, poluindo o solo e as águas subterrâneas.

Diante de tantos riscos, os países desenvolvidos têm adotado cada vez mais a reciclagem como solução para a disposição final do lixo urbano.

No processo de reciclagem, o lixo inorgânico – vidro, papel e metal – volta para as indústrias e, depois de limpo, é tratado e reaproveitado na produção. Estima-se que cada tonelada de papel reciclado poupa 25 árvores, reduz significativamente o despejo de resíduos químicos nos rios para a produção de celulose e representa uma economia de energia de 70%.

Muitos países em desenvolvimento, como o Brasil, também começaram a adotar a reciclagem para reaproveitamento nas indústrias e produção de adubo com lixo orgânico decomposto, embora ainda em pequena escala. Em muitos casos, a reciclagem esbarra na falta de técnicas apropriadas ou de iniciativas conjuntas entre prefeituras e empresas.

A falta de tratamento adequado ao lixo urbano pode causar muitas doenças, como diarreias infecciosas, além de todas as consequências da poluição do ar, do solo e das águas. Muitos municípios brasileiros, porém, estão desenvolvendo parcerias com catadores de
materiais recicláveis, organizados em cooperativas e associações, para a implantação
de programas de coleta seletiva de lixo. O objetivo é promover a coleta seletiva como parte de uma política de inclusão social e geração de renda.
Lixo eletrônico

Você se lembra de quantos computadores, celulares, televisores, micro-ondas, secadores de cabelo e outros produtos eletrônicos já passaram por suas mãos ao longo dos anos? Uma vez descartados, que destino foi dado a esses produtos?

A diversificação e a generalização do consumo, inerentes ao avanço do capitalismo, ocasionaram o que o geógrafo Milton Santos chamou, em certa ocasião, de um par perverso: de um lado, uma intensa exploração dos recursos naturais em escala planetária; de outro, a produção de uma quantidade exagerada de resíduos, nem sempre reaproveitáveis.

Nas últimas décadas, o uso de aparelhos eletrônicos em todo o mundo disparou e, inevitavelmente, gerou o chamado lixo eletrônico. Com a modernização de economias como a da China e a da Índia, o lixo eletrônico atingiu, atualmente, proporções astronômicas.

O lixo eletrônico contém metais pesados, semimetais e outros compostos químicos tóxicos e perigosos. Eles estão no interior do computador ou da televisão, nos múltiplos chips, circuitos, fios e conexões que os fazem funcionar.

Quando os aparelhos quebram e são simplesmente jogados no lixo, eles podem vazar. Desse vazamento escapam elementos tóxicos, que contaminam o ambiente que os cerca, seja um aterro sanitário, sejam as ruas do bairro onde o aparelho foi abandonado.

As substâncias e os compostos químicos usados nos eletrônicos geram efeitos graves no corpo humano, nas plantas e nos animais e podem provocar câncer, diabetes, envenenamento, etc.

Atualmente, em muitos países, reflexões e estudos a respeito dos perigos do lixo tóxico são acessíveis; por isso, iniciativas para lidar com ele já podem ser encontradas. Governos, empresas e organizações não governamentais, inclusive no Brasil, já discutem o destino do lixo eletrônico, promovendo programas de reciclagem e recolhimento. A ideia é atribuir aos fabricantes o ônus pela reciclagem.

Getty Images/Sascha Schuermann

O destino dado ao lixo eletrônico merece reflexão por parte de autoridades, de empresas e também dos cidadãos do mundo todo. Na foto, centro de reciclagem de artigos eletrônicos (computadores, telefones, televisores, etc.) em Lünen, na Alemanha, em 2014.

Texto & contexto

1. Os lixões não apresentam apenas restos de alimentos, papelão, papéis e detritos. De acordo com o que você estudou até agora, que tipos de material fazem parte do lixo produzido pela humanidade?

2. Que problemas podem ocorrer em razão do tratamento inadequado do lixo?

3. Qual é o destino dado ao lixo no bairro e no município onde você mora? Em sua opinião, esse destino é adequado? Por quê?

4. Que materiais fazem parte do lixo gerado em sua casa?



Impactos ambientais no campo

O capitalismo exige um sistema de produção rápido e eficiente também no campo, e a incorporação dos seus métodos à agricultura impôs ao meio rural um intenso processo produtivo. Esse processo atropela, muitas vezes, o ciclo da natureza, provocando impactos no campo que afetam toda a produção mundial de alimentos. Entre os principais impactos ambientais do campo, destacam-se a adoção de técnicas inadequadas de cultivo e o uso excessivo de fertilizantes e pesticidas na agricultura.

A perda de solos, a produção de gases, a erosão, a contaminação de águas subterrâneas com fertilizantes ou pesticidas, etc. atingem grandes áreas da Terra, frequentemente, de maneira crônica, pouco evidente e de difícil quantificação. Há impactos ambientais nas áreas rurais, porém, que são visíveis aos olhos da população, dos consumidores e dos agricultores.

Vale lembrar que os impactos ambientais no campo também são, em geral, dependentes de fatores naturais, como a chuva, a temperatura e os ventos.



O manejo inadequado do solo

Frequentemente o solo é usado de maneira inadequada, o que pode provocar sua degradação. Isso acontece tanto por desconhecimento das melhores práticas agrícolas e pastoris quanto, sobretudo, pelo interesse de produtores rurais em maximizar lucros, mesmo sabendo que isso pode prejudicar o meio ambiente.

Existem diversas práticas agrícolas que caracterizam o uso inadequado do solo. Talvez a mais comum seja a monocultura, que pode esgotar o solo e levá-lo à infertilidade, caso os nutrientes retirados pelas plantas não sejam suficientemente repostos. Às vezes, para compensar a redução da fertilidade, os solos são lavrados com maior profundidade, o que os torna mais vulneráveis à erosão. Em outras situações, o uso contínuo de máquinas pesadas provoca a compactação do solo e, consequentemente, reduz a infiltração, o que aumenta o escoamento superficial da água e contribui para o aumento da erosão. Na pecuária, por sua vez, uma prática inadequada muito comum é o pastejo excessivo, ocasionado pela superlotação dos campos.

Técnicas não apropriadas para o manejo do solo, como o cultivo em encostas sem terraceamento, as queimadas, o plantio excessivo, a irrigação indevida e a redução das florestas, intensificam o processo erosivo, causando grandes impactos nas áreas rurais. A queda da fertilidade do solo e a perda de áreas para plantio são exemplos desses impactos. É importante ressaltar que essas práticas inadequadas de manejo não se restringem ao Brasil; elas ocorrem em muitos países.

O processo erosivo decorrente do manejo inadequado do solo desencadeia outra série de impactos, como o assoreamento dos rios e lagos.
Envolverde


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