Igor moreira



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. Acesso em: 19 out. 2015.

Quando a falta de alimentação ou a alimentação inadequada ocorre por muito tempo, resulta na subnutrição. Dizemos que uma pessoa está subnutrida quando a quantidade de alimentos consumida por ela é menor do que a quantidade mínima necessária para uma vida saudável.

A subnutrição se torna mais grave quando atinge crianças na fase inicial da vida. Ela está associada, intimamente, às condições de pobreza, em que os indivíduos não conseguem manter um padrão mínimo de vida para satisfazer suas necessidades básicas.

Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) indicam que, em 2009, no mundo em desenvolvimento, 129 milhões de crianças menores de 5 anos tinham desnutrição indicada pelo baixo peso para a idade e 195 milhões tinham desnutrição indicada pela baixa estatura para a idade. Assim, reconhece-se que cerca de um terço das mortes infantis em países menos desenvolvidos está associado à subnutrição. Observe as tabelas ao lado.



Mortalidade infantil: maiores índices
do mundo (2014)

Ranking

País

(‰)

1o

Serra Leoa

117

2o

Angola

100

3o

República Democrática
do Congo

100

4o

República Centro-Africana

91




Mortalidade infantil: menores índices
do mundo (2014)

Ranking

País

(‰)

1o

Noruega

2

2o

Cingapura

2

3o

Suécia

2

4o

Islândia

2

Fonte das tabelas: PNUD. Relatório do Desenvolvimento Humano 2014.


Nova York, 2014. p. 190-193.

Conexões

Para produzir um quilo de carne de frango, são necessários três mil e quinhentos litros de água. A produção de um quilo de açúcar requer mil e quinhentos litros de água. E, para produzir um litro de leite, são necessários mil litros de água. Esses exemplos demonstram que o consumo de água vai além do que ingerimos ou usamos ao abrir as torneiras de casa.

O texto a seguir aborda a relação entre as mudanças climáticas, a escassez de água, a agricultura e a insegurança alimentar. Leia-o com atenção a fim de ampliar o que você estudou neste capítulo.
Água, agricultura e insegurança alimentar

“Nós produzíamos muito nas nossas terras, batata, mandioca. Mas isso acabou. O clima mudou.” A frase da boliviana Maruja expressa mudanças sentidas por ela na terra, a qual, antigamente, dava o sustento [...]. Com lágrimas nos olhos, Maruja lembra dos tempos em que vivia na Illimani, a montanha mais alta na Cordilheira Real, localizada no oeste da Bolívia. “O lugar era lindo, tinha muita neve antes, mas, agora, acabou. Agora, tem pouquíssima água”, descreve. [...]

Crise alimentar

O direito humano à água fresca está diretamente ligado a um outro direito essencial, o da alimentação. Segundo a Convenção da ONU de Combate à Desertificação, a agricultura é o setor que mais utiliza água no mundo. 70% do recurso são consumidos para a produção de alimentos, fazendo com que a escassez de água tenha efeitos diretos na agricultura. A estimativa é de que 80% da crise alimentar mundial estão ligados a questões da água e secas.

Produção de alimentos

Para a ONU Água, a escassez do recurso pode limitar a produção dos alimentos, com efeitos sobre o preço dos produtos. Um dos maiores fatores por trás da crescente demanda da água está exatamente no aumento da produção agrícola para satisfazer uma população que até 2050 deve atingir 9 bilhões de pessoas. [...]

Ciclo hidrológico

A previsão é que a temperatura atmosférica aumente 4 °C até 2080. O ciclo hidrológico deve ser acelerado e, com isso, as chuvas devem aumentar nos trópicos [e] nas altas latitudes, e áreas que já experimentam escassez de água devem ficar ainda mais secas e quentes. Segundo a FAO, os efeitos das mudanças climáticas ainda não podem ser determinados com certeza absoluta, mas a estimativa é que o rendimento das plantações de cereais no mundo sofra uma queda de 5% a cada 2 °C de aumento na temperatura. [...]

Áreas mais vulneráveis

Na América do Sul, os maiores problemas identificados pelo relatório são a possibilidade de declínio da produtividade das plantações e das atividades pecuárias, além da perda da biodiversidade em locais como os Andes e a Amazônia. De acordo com o estudo da FAO, 80% das plantações do planeta dependem da água da chuva, e são estas áreas as mais vulneráveis a mudanças climáticas, principalmente nas regiões áridas e semiáridas. [...]

De acordo com o relatório da FAO, países desenvolvidos, como a Austrália, já estão sentindo os efeitos das mudanças climáticas na agricultura, mas serão os países mais pobres que sofrerão mais. Setores de subsistência estão ameaçados, principalmente na África, onde, até 2080, cerca de 75% da população corre risco de viver em situação de fome.

No continente, até 2025, entre 75 e 250 milhões de pessoas devem passar a sofrer com um aumento na escassez de água, e plantações dependentes da chuva poderão registrar uma queda em até 50%.

ONU. News & Media Multimedia. Água, agricultura e insegurança alimentar. Disponível em:


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