. Acesso em: 26 set. 2014.
No Brasil, existem quatro fusos horários, todos atrasados em relação ao fuso de Londres, pois nosso país está inteiramente a oeste do meridiano de Greenwich. Assim, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em grande parte do país, quando são 9 horas, no Amazonas ainda são 8 horas. No mesmo instante, são 12 horas em Londres.
Durante o verão, os dias são mais longos que as noites, pois, nessa época do ano, o Sol aparece mais cedo e se põe mais tarde. Para aproveitar melhor a luz do dia e redistribuir os horários de consumo de energia elétrica, foi estabelecido, no Brasil, o horário de verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Hoje, muitos países adotam o horário de verão, como Egito, Iraque e México.
Texto & contexto
1. São 10 horas em São Paulo, no Espírito Santo e na Bahia. Que horas são no Acre? Para responder à questão, consulte o mapa acima.
2. São 8 horas no Paraná. Que horas são em Roraima?
3. São 20 horas no oeste da Austrália. Que horas são no Rio de Janeiro?
4. O estado em que você vive adota o horário de verão? Pesquise a resposta e anote-a
no caderno. Acrescente informações sobre as possíveis alterações no corpo humano em função da aplicação do horário de verão e das mudanças de fuso horário, comuns em longas viagens de avião, por exemplo.
A Cartografia em um mundo digitalizado
Ao longo de sua história, a Cartografia passou por algumas “revoluções”, por exemplo, quando deixou de ser apenas um desenho e passou a ter fundamentos matemáticos, geodésicos e físicos. Outro momento importante foi quando, de mera função de demarcação de terras e de uso para fins militares, a Cartografia passou a ser instrumento de planejamento utilizado em vários países.
No século XXI, a antiga arte de fazer mapas vivencia uma intensa e apurada digitalização, em que as mais diferentes escalas espaciais são detalhadas em um só clique no computador. Assim, observa-se uma mudança que se reflete não só no comportamento dos usuários de mapas, que consultam os mais variados sites em busca de trajetos e rotas, mas também na gestão dos territórios, quando se pensa em planejamentos ambientais, urbanísticos, etc. Do papel vegetal aos computadores, as maneiras de trabalhar com os mapas mudaram muito.
Cartografia e geoprocessamento
A informática aplicada ao estudo da Terra dá significado ao que se chama de geoprocessamento, conceito que inclui as tecnologias e técnicas usadas quando se pretende buscar, armazenar, gerenciar, exibir e distribuir informações geográficas. De acordo com os especialistas no assunto, o geoprocessamento necessita de cinco elementos básicos: dados geográficos, recursos humanos, equipamentos, programas computacionais e métodos de trabalho.
O geoprocessamento inclui o sensoriamento remoto, o Sistema de Informações Geográficas (SIG), o sistema de posicionamento global (GPS) e a cartografia e a fotogrametria digitais. Em todos eles, equipamentos de última geração revolucionam a arte de visualizar dados e fenômenos espaciais. Veja a imagem abaixo.
Geodésia: ciência que trata das medições da Terra.
IBGE
Ortofoto digital aérea do município de Ouvidor (GO), em 2012.
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Sensoriamento remoto e aerofotogrametria
Os mapas topográficos representam a posição, a forma, as dimensões e a identificação do relevo, bem como outros elementos concretos que se encontram na paisagem da superfície terrestre representada. Trata-se de representações detalhadas e exatas em que é possível verificar ângulos, direções, distâncias, desníveis e superfícies. Esses mapas são confeccionados em escalas entre 1 : 10 000 e 1 : 100 000.
Até as primeiras décadas do século XX, elaborar mapas topográficos era uma atividade bastante trabalhosa, pois, além de pessoal especializado, necessitava-se de diversos aparelhos de medição utilizados em campo. Porém, um enorme avanço tecnológico vem sendo experimentado na elaboração desses mapas, graças ao sensoriamento remoto, cuja primeira técnica empregada foi a da fotografia no solo, desenvolvida no fim do século XIX. Com a Primeira Guerra Mundial, surgiu a técnica de fotogrametria aérea, ou aerofotogrametria, bastante utilizada com fins militares e, também, muito importante na produção de mapas topográficos.
De acordo com o IBGE, o sensoriamento remoto é a técnica de obtenção de informações a respeito de um objeto, área ou fenômeno localizado na Terra, sem que haja contato físico com ele. As informações podem ser obtidas por meio de radiação eletromagnética, gerada por fontes naturais (sensor passivo), como o Sol, ou por fontes artificiais (sensor ativo), como o radar. Elas são apresentadas na forma de imagens; nos dias atuais, as mais utilizadas são aquelas captadas por sensores ópticos orbitais localizados em satélites. Com os satélites artificiais colocados em órbitas terrestres, nasceu a cartografia espacial, que, efetivamente, vem afetando a análise do espaço geográfico.
Satélite de sensoriamento remoto com sensor passivo
Getulio Delphim/Arquivo da editora
Os satélites levam consigo um sensor, que capta a energia refletida ou emitida por uma superfície qualquer e a registra por meio de imagens, que podem ser armazenadas nos formatos digital ou analógico ou, ainda, diretamente por um filme ou uma chapa sensível.
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energia solar incidente
Sol
atmosfera
energia solar refletida
Fonte: Adaptado de IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 26.
floresta
rio
pastagem
rodovia
Satélite de sensoriamento remoto com sensor ativo
Getulio Delphim/Arquivo da editora
O sensoriamento remoto ocupa lugar de destaque como complementação e, em alguns casos, substituição aos métodos tradicionais de confecção de mapas.
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Sol
atmosfera
Fonte: Adaptado de IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 26.
floresta
rio
pastagem
rodovia
São muitas as áreas de aplicação das imagens orbitais: na meteorologia (previsão do tempo e mapeamento climático); na geologia (estudos de aproveitamento dos solos); na agricultura (previsão de safras); na geopolítica (teleguiagem de mísseis); na aeroviária (controle de tráfego aéreo); etc.
A aerofotogrametria também é um dos métodos atuais mais utilizados no mapeamento da superfície terrestre. Câmeras fotogramétricas são acopladas a aeronaves, que realizam voos que cobrem toda a área a ser mapeada. Uma sequência de fotos aéreas obtidas durante os voos é sobreposta. Com o auxílio de um restituidor, as fotos aéreas são transformadas em imagens tridimensionais em que é possível reconhecer vários elementos do terreno, como construções humanas e elementos naturais. A partir delas, torna-se possível elaborar mapas. Observe o esquema e a foto aérea a seguir.
Obtenção de foto aérea
Rodval Matias/ARQUIVO da editora
linha de voo
plano de fotografias
altura do voo
Levantamento aerofotogramétrico, um dos métodos utilizados para o mapeamento da superfície terrestre.
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Fonte: Adaptado de IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 27.
IBGE
Sistema de Informações Geográficas (SIG)
Desde a década de 1960, a arte de fazer mapas vem passando por uma verdadeira revolução, graças ao desenvolvimento da informática. Incríveis programas de computador aplicados à elaboração de mapas são capazes de buscar e manipular bancos de dados repletos de informações digitais. Originada de trabalhos de campo, fotos aéreas, imagens orbitais e/ou mapas preexistentes, essa massa de informações pode ser transformada rapidamente em diferentes mapas, agora produzidos em série e acessados a qualquer momento.
Com um imenso conjunto de informações, diversos programas produzem centenas de mapas por meio de operações que envolvem projeções, escalas, traçados, símbolos, etc. Essa nova tecnologia chama-se Geomática ou Cartografia Assistida por Computador (CAC). Assim, hoje em dia, a maioria dos processos para a elaboração de um mapa passa, de uma forma ou de outra, por um computador. Os mapas artesanais, que, durante séculos, foram elaborados de modo singular e artístico, dão lugar à confecção de mapas em meio digital. Observe a imagem ao lado.
Desmatamento na Amazônia Legal (2012)
INPE
Fonte: INPE. Disponível em:
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