Igor moreira



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Acesso em: 18 nov. 2014. Cores-fantasia. Sem escala.

Aquecimento global

Uma das principais consequências do aumento do efeito estufa é o aquecimento global, ou seja, elevação da temperatura média da superfície terrestre, a qual vem acontecendo nos últimos 150 anos.

A partir do fim do século XIX, com o avanço da Revolução Industrial, o uso intenso de combustíveis fósseis (carvão e petróleo) e a utilização predatória dos recursos naturais (queimadas, desmatamento, etc.) vêm liberando na atmosfera uma imensa quantidade de gases que aumentaram a retenção de calor.

Está ocorrendo um aumento de 3,1 megatoneladas de gás carbônico na atmosfera por ano. Pode-se dizer que 80% do aquecimento global atual é devido ao gás carbônico. Como resultado, a temperatura do planeta tem aumentado progressivamente. Estima-se que ela subiu 0,7 °C no último século e que o ano de 2015 foi o mais quente da história. Ainda neste século, a temperatura média do planeta deve continuar subindo, no mínimo, mais 1,4 °C e, no máximo, cerca de 5,8 °C.

Leia, a seguir, algumas projeções feitas pelo IPCC sobre os impactos do aquecimento global.



Dias mais quentes e ondas de calor podem ocorrer em todos os continentes.

Geadas e ondas de frio podem passar a ser menos frequentes.

Pode haver aumento de precipitação em diversas regiões, sobretudo nas tropicais.

Secas generalizadas podem ocorrer durante o verão em regiões continentais.

A temperatura das águas do Pacífico Equatorial pode aumentar, tornando a atuação do El Niño quase permanente.

É provável que a retração das geleiras continue ao longo do século XXI.

A escassez de água potável pode afetar muitas regiões do planeta.

Doenças típicas de regiões tropicais, como a malária, podem se espalhar por todos os continentes.

A elevação do nível dos oceanos pode trazer graves riscos às cidades costeiras.

Recifes de corais podem sofrer forte declínio.

Mangues salgados e florestas pantaneiras podem desaparecer com o aumento do nível dos mares.

Cerca de 20% a 30% de todas as espécies vão enfrentar alto risco de extinção.

Mudanças podem ocorrer nos padrões de vegetação.

Mesmo havendo um consenso científico quanto à correlação entre o aumento da temperatura e a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, há quem resista a acreditar nessas projeções, afirmando que a Terra já teria passado por diversas mudanças climáticas no decorrer de milhares de anos, independentemente da ação humana. Segundo essa visão, a Terra está aquecendo graças a fenômenos naturais que ocorrem periodicamente desde a sua origem, com ou sem interferência humana.

Glow images/AFP/Nelson Almeida

As Nações Unidas apoiam a redução de investimentos em combustíveis fósseis. Na foto, refinaria de petróleo na cidade de Cubatão (SP), em 2015.

Nós somos os senhores do clima

Tim Flannery. São Paulo: Galera Record, 2012.

Tim Flannery, ambientalista australiano, desmistifica questões muito presentes em nosso cotidiano acerca das mudanças climáticas.

A grande farsa do aquecimento global

Direção de Martin Durkin. Reino Unido: Wag TV, 2007. 75 minutos.

Esse documentário questiona a veracidade do aquecimento global. Aponta-se que há dados falhos e muitos outros interesses por trás de quem sustenta o aquecimento global.

Para saber mais

O aquecimento global desacelerou?

[...] O planeta está esquentando, não há como negar. Desde 1880, quando começaram os registros formais, a temperatura subiu 0,8 grau, e dois terços desse aumento aconteceram nos últimos 40 anos. Não só treze dos catorze anos mais quentes já documentados ocorreram neste começo de século, como 2014 bateu o recorde dos registros. Detecta-se hoje, porém, um fenômeno que intriga cientistas. Apesar de o calor planetário crescer ano a ano, o ritmo desse aumento vem diminuindo. Isso vai na contramão das previsões de climatologistas, que apontavam que, quanto maior fosse a emissão de gás carbônico (o CO2) na atmosfera, índice que só sobe, maior seria também o fator de elevação da temperatura da Terra. A esse estranho acontecimento foi dado o nome de “hiato”, justamente por representar uma aparente pausa no aquecimento. Na quinta-feira passada [9/7/2015], porém, a Nasa finalmente achou uma resposta para esse fenômeno que negaria as estimativas catastróficas de ambientalistas [...]. Em resumo, os pesquisadores descobriram que é só aparente a redução no ritmo do aquecimento global. O hiato era utilizado por estudiosos “céticos” como o principal argumento contrário à ideia da existência de aquecimento global. Diferentemente do que é mais aceito pela comunidade científica, esse grupo não credita as mudanças climáticas à atividade humana, que tem lotado a atmosfera com gases de efeito estufa por meio, por exemplo, da queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão. Para os céticos, fatores naturais explicariam a oscilação de temperatura, como ciclos esperados do clima da Terra, ou ainda a inconstante atividade do Sol.

O estudo da Nasa publicado na revista americana Science acaba com esses argumentos. Segundo cálculos da agência espacial americana, o calor acumulado nos últimos anos na atmosfera e pela água dos mares se deslocou para camadas mais profundas dos oceanos. Esse calor, porém, deve voltar à superfície a curto prazo, aumentando bruscamente a temperatura global. Ou seja, não é que o aquecimento passa por um hiato. As mudanças climáticas continuam a todo vapor, só não se sabia onde estava armazenada parte substancial do calor acumulado nas últimas duas décadas.

Uma análise de dados coletados por satélites da Nasa mostrou que os oceanos têm absorvido grande quantidade de calor ao longo do tempo. Os pesquisadores analisaram a distribuição de calor no planeta e descobriram que, ao menos desde 2003, as águas quentes que ocupavam os primeiros 100 metros a partir da superfície do oceano Pacífico resfriaram – o que condiz com a teoria da pausa do aquecimento. Porém, e aí está a novidade, essa perda de calor foi compensada com o aquecimento de águas mais profundas, de até 300 metros a partir da superfície, nos oceanos Índico, Antártico e do próprio Pacífico. [...]

A descoberta deve ser agora incluída nos modelos climáticos utilizados por cientistas para prever o aquecimento e seus efeitos em diferentes cenários de emissões de gases estufa. A conclusão é importante ainda por revelar com mais detalhes como os oceanos agem como reguladores da temperatura do planeta. [...]

BEER, Raquel. O aquecimento global desacelerou? Veja.com, 11 jul. 2015.


Disponível em: . Acesso em: 5 mar. 2016.

LatinStock/Alamy/robert harding



Queda de um grande bloco de gelo, que se desprendeu da geleira. Alasca, Estados Unidos, 2012.

Texto & contexto

1. O que a elevada concentração de CO2 na atmosfera tem a ver com o aquecimento global?

2. Quais das projeções feitas pelo IPCC já ocorrem na atualidade? Onde elas ocorrem?



Impactos no Brasil e no mundo

Estudos realizados pelo IPCC indicam que as mudanças climáticas vão influenciar o planeta todo. Os impactos decorrentes dessas mudanças devem provocar alterações na qualidade e também na quantidade dos recursos hídricos. Nas próximas décadas, por exemplo, secas prolongadas e severas devem atingir diferentes partes do mundo.

Uma das piores secas da Amazônia aconteceu em 2005. Inúmeras comunidades ribeirinhas ficaram sem água e quase sem comida. Muitos rios simplesmente desapareceram e a navegação se tornou impossível em diversas áreas. Em setembro desse mesmo ano, as queimadas aumentaram 300% e as chuvas só chegaram em outubro. Meses depois, em 2006, a Amazônia conheceu outro extremo: uma forte enchente invadiu comunidades inteiras de ribeirinhos. Tempos depois, em 2010, a Amazônia vivenciou a pior seca dos últimos cem anos, superando a estiagem que atingiu a região em 2005, considerada recorde durante várias décadas.

No caso da Amazônia, alguns modelos de simulação para a previsão climática propostos pelo IPCC indicam que o bioma deverá sofrer, até 2100, um aumento de temperatura entre 4 °C e 8 °C e decréscimo de 15% a 20% na pluviosidade. Os impactos seriam: alta frequência de secas na Amazônia oriental; aumento de eventos chuvosos extremos na Amazônia ocidental; enormes perdas nos ecossistemas e na biodiversidade; alastramento de queimadas em razão da redução de umidade da floresta; etc. Com a floresta mais seca e substituída por um cerrado mais pobre, os níveis mais baixos dos rios afetariam os transportes e o comércio na região.


Akatu


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