Igor moreira



Yüklə 2,26 Mb.
səhifə49/66
tarix03.01.2019
ölçüsü2,26 Mb.
#89047
1   ...   45   46   47   48   49   50   51   52   ...   66
. Acesso em: 15 out. 2015.

EMBRAPA/Samuel Vasconcelos

EMBRAPA/Samuel Vasconcelos

Pesquisador da Embrapa em São Carlos (SP) usa mamão (acima) e também maracujá (à direita) para produzir plástico comestível. Fotos de 2015.

Texto & contexto

1. Descreva a relação entre indústria e agropecuária no agronegócio.

2. Qual é a participação do agronegócio no PIB e nas exportações brasileiras?

3. Explique alguns dos impactos que o agronegócio pode causar ao meio ambiente.

Organismos transgênicos

Durante muito tempo, a intervenção humana foi capaz de modificar e controlar as circunstâncias do cruzamento e crescimento de animais e plantas sem interferir diretamente na sua estrutura. Para o cruzamento, eram selecionados indivíduos com características desejadas (como resistência a pragas ou doenças, sabor específico, etc.), as quais seriam, então, passadas a seus descendentes. Esse processo de modificação era realizado de acordo com os ciclos naturais, respeitando o período de reprodução e os limites de cada espécie.

Porém, o desenvolvimento da engenharia genética, a partir da década de 1970, trouxe consigo mudanças profundas na forma de se conduzirem as pesquisas e os cruzamentos. A partir da descoberta da estrutura do DNA e da posterior manipulação dos genes, várias empresas de engenharia genética passaram a ter não

apenas maior controle sobre a seleção dentro de uma única espécie, mas também a transportar genes entre espécies incompatíveis, algo impossível anteriormente. Aos seres vivos (e alimentos) produzidos por tal manipulação humana se dá o nome de transgênicos ou organismos geneticamente modificados (OGM).

Se os primeiros vegetais transgênicos surgiram em 1983, quando cientistas conseguiram adicionar genes de bactérias em duas plantas, seu primeiro uso comercial ocorreu com uma variedade de tomate, lançado em 1994, nos Estados Unidos. A partir daí, diversas empresas passaram a utilizar essa tecnologia, produzindo e vendendo sementes geneticamente modificadas para grandes e pequenos agricultores em vários países, para a produção de soja, algodão, milho e canola. Observe o quadro e os gráficos a seguir.


Mundo: principais produtores de OGM (2013)

País

Área (milhões de ha)

Culturas plantadas geneticamente modificadas

Estados Unidos

70,2

Soja, milho, algodão, canola, abóbora,
papaia, alfafa e beterraba

Brasil

40,3

Soja, milho e algodão

Argentina

24,4

Soja, milho e algodão

Índia

11,0

Algodão

Canadá

10,8

Canola, milho, soja e beterraba

China

4,2

Algodão, papaia, álamo, tomate e pimentão

Fonte: CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA. Estatísticas.


Disponível em: biotec-de-a-a-z/perguntas-e-respostas/
estatisticas/>. Acesso em: 15 out. 2015.

Brasil: adoção de transgênicos (2013)

Edição de arte/Arquivo da editora

Fonte: CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA. Estatísticas. Disponível em:
biotec-de-a-a-z/perguntas-e-respostas/
estatisticas/>. Acesso em: 15 out. 2015.

Para saber mais

Biotecnologia

A palavra biotecnologia é formada por três termos de origem grega: bio, que quer dizer vida; logos, conhecimento; e tecnos, que designa a utilização prática da ciência. Com o conhecimento da estrutura do material genético – o DNA (ácido desoxirribonucleico) – e o correspondente código genético, teve início, a partir dos anos [19]70, a biotecnologia dita moderna, através de uma de suas vertentes, a Engenharia genética, ou seja, a técnica de empregar genes em processos produtivos, com a finalidade de se obterem produtos úteis ao homem e ao meio ambiente. [...]

CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA. Outras questões. Disponível em: . Acesso em: 15 out. 2015.

O debate em torno dos OGMs

A manipulação genética de alimentos encontra oposição nos meios científicos e sociais. Os ativistas que se posicionam contra os organismos geneticamente modificados argumentam que os testes realizados com os novos produtos não são suficientes para que se possam prever todos os riscos à saúde humana. Argumentam, ainda, que o lucro gerado pela produção de OGM e pelas patentes beneficia apenas as grandes empresas, em detrimento dos pequenos agricultores, e que a modificação genética pode contaminar as espécies nativas pela polinização espontânea.

No Brasil, a Lei de Biossegurança no 11.105, de 2005, procurou regular a questão da produção de alimentos transgênicos, centralizando a análise dos pedidos de plantio em uma Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio) e impondo que o consumidor seja informado, pelo rótulo, de que o produto é transgênico. Mas o debate ainda persiste. Veja os argumentos de ambos os lados no quadro abaixo.

Futura Press/Alberto Wu



Manifestação contra alimentos transgênicos na cidade de Belo Horizonte (MG), em 2014.



A polêmica dos transgênicos

Argumentos a favor

Argumentos contra

A tecnociência [...] fornece a principal chave para solucionar os maiores problemas mundiais, como a fome e a má nutrição.

Os principais problemas mundiais, como a fome, não podem ser resolvidos sem uma transformação fundamental dos modos atuais dominantes de produção e distribuição de bens [...].

O desenvolvimento de OGMs [...] [tem como base o] conhecimento adquirido na pesquisa de biotecnologia [...], das comunicações e das ciências da informação. [...]

A ciência que informa os desenvolvimentos de OGMs é significativamente incompleta. [...] é possível referendar as possibilidades técnicas da engenharia genética, mas abstraem-se desses fenômenos seus ambientes ecológicos. [...]

O conhecimento agrobiotecnológico pode ser aplicado, a princípio imparcialmente, [...] para melhorar as práticas dos grupos que detêm uma ampla variedade de valores [...].

Os benefícios dos OGMs, atualmente usados, estão restritos quase inteiramente ao agrobusiness, aos fazendeiros em grande escala e ao sistema socioeconômico em que os OGMs estão sendo desenvolvidos e implementados [...].

Há grandes benefícios a serem obtidos com o uso de OGMs na agricultura atual, e eles serão amplamente expandidos com desenvolvimentos futuros, que, geralmente, não estão ao alcance de nenhum método de produção agrícola e que prometem, por exemplo, colheitas de OGM com qualidades sustentáveis realçadas [...].

Os benefícios dos OGMs atualmente utilizados são relativamente pequenos [...]. Além disso, é improvável que desenvolvimentos futuros de OGMs contribuam para alimentar e sustentar a grande estrutura (o corpo) do mundo pobre, em parte porque as implementações adicionais e as circunstâncias sob as quais são implementados refletem os interesses do sistema (neoliberal) global do mercado [...].

As plantações de OGM atualmente colhidas, processadas e consumidas [...] não ocasionam nenhum risco previsível à saúde humana e ao ambiente que não possa ser adequadamente controlado por uma regulação responsável.

A suposição [ao lado] não representa uma conclusão baseada em evidência científica confiável. [...] ela pode simplesmente refletir [...] que a pesquisa é conduzida sem considerar os efeitos colaterais prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente [...].

O uso difundido de OGM na agricultura é necessário para assegurar que a população mundial prevista para as próximas décadas possa ser alimentada e sustentada adequadamente [...].

[O argumento ao lado] [...] não foi testado em comparação com métodos agroecológicos e outros métodos de cultivo. Os métodos agroecológicos [...] podem ser e estão sendo desenvolvidos para gerar maior produtividade.

Fonte: Organizado com base em Lacey, Hugh. OGMs: a estrutura da controvérsia. ComCiência, n. 31, maio 2002.


Disponível em:
Yüklə 2,26 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   ...   45   46   47   48   49   50   51   52   ...   66




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin