J. R. Ward Amante Revelado



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CAPÍTULO 29
O tempo se alongava interminavelmente e Butch rondava ao redor do Pit enquanto esperava a que V. retornasse. Finalmente, incapaz de dissipar a neblina do uísque e ainda enjoado como a merda, entrou e se deitou na cama. Fechar os olhos, foi mais para atenuar a luz que com qualquer esperança de pegarno sono.

Rodeado por uma densa tranqüilidade, pensou em sua irmã Joyce e nesse novo bebê dela. Sabia onde tinha sido o lugar e que hoje era o batismo: No mesmo lugar onde o tinham batizado. O mesmo lugar aonde todos os O'Neal tinham sido batizados.

O pecado original estava lavado.

Pôs sua mão sobre o estômago, sobre aquela cicatriz negra, e pensou que o mal havia retornado certamente por ele. Terminando justo dentro dele.

Apalpando a cruz, empunhou o ouro até que curto a pele, e decidiu que tinha que retornar à igreja. Regularmente.

Ainda estava agarrando o crucifixo quando o esgotamento o pegou sigilosamente, usando seus pensamentos longe, substituindo-os por uma nada que teria estado aliviado de ter se tivesse estado consciente.

Algum tempo mais tarde, despertou e deu uma olhada no relógio. Tinha dormido durante duas horas seguidas, e agora estava na fase da ressaca, sua cabeça era uma enorme embotado de dor, seus olhos hipersensíveis à claridade que entrava por debaixo da porta. Deu uma volta e se esticou, sua coluna rangeu.

Um gemido misterioso flutuou pelo corredor.

—V? —disse.

Outro gemido.

—Esta bem, V?

De alguma parte, houve um ruído estrepitoso, como se um algo pesado tivesse cansado. Logo sons afogados, do tipo que faz quando se esta muito ferido para gritar e esta assustado de morte. Butch saltou de sua cama e correu à sala de estar.

—Jesus Cristo!

Vishous tinha caido do sofá e tinha aterrissado de cara na mesa de centro, dispersando garrafas e cristais. Enquanto atirava tudo a seu redor, os olhos estavam apertados e a boca se movia com gritos não expressos.

—Vishous! Desperta ! —Butch agarrou aqueles pesados braços, só para dar-se conta que V tirou a luva. Aquela terrível mão brilhava como o sol, queimando buracos na madeira da mesa e o couro do sofá.

—Droga! —Butch saltou fora de seu alcance quando quase o bateu.

Tudo o que pôde fazer foi gritar o nome do Vishous, enquanto o Irmão lutava contra o apertão do monstro, qualquer que fosse o que o sustentava. Finalmente, passou. Talvez o som da voz de Butch. Talvez V bateu em si mesmo com força suficiente para despertar.

Quando Vishous abriu os olhos, estava ofegando e tremendo, coberto pelo suor do medo.

—Colega? —Quando Butch se ajoelhou e tocou seu amigo no ombro, V se encolheu de medo. O que foi a parte mais arrepiante. —Hey…!Tranqüilo, esta em casa. Esta a salvo.

O olhar de V, de maneira geral tão frio e calmo, era vidrado. —Butch, OH, meu Deus…! Butch... a morte. A morte… O sangue descia pela frente de minha camisa. Minha camisa…

—OK, se tranqüilize. Vamos esfriar a cabeça lá fora, amigo. —Butch o pegou passando uma mão sob a axila direita deV e levantou o Irmão usando o sofá de apoio. O pobre bastardo caiu sobre as almofadas de couro como uma boneca de trapo—Vamos conseguir para você uma bebida.

Butch se dirigiu para a cozinha, pegou um copo bastante limpo do armário, e o limpou. Encheu-o com água fria, embora V sem duvida preferisse um Goose.

Quando voltou, Vishous acendia um cigarro com mãos que eram como bandeiras no vento.

Quando V pegou o copo, Butch disse:

—Quer algo mais forte?

—Não. Isto está bom. Obrigado, cara.

Butch se sentou ao outro lado do sofá.

—V, penso que vai sendo hora de que façamos algo a respeito dos pesadelos.

—Não iremos por aí. —V inalou profundamente e soltou uma corrente estável de fumaça entre os lábios—Além disso, tenho boas notícias. Mais ou menos.

Butch preferiria haver ficado no país dos sonhos de merda de V, mas isso claramente não ia acontecer. —Então fala. E deveria haver despertado logo que…

—Tentei. Estava morto para o mundo. De todo modo… —o outro exalou. Esta vez mais normalmente.

—Sabe que olhei seu passado, certo?

—Inteirei-me isso.

—Tinha que saber o que fazia, se foste viver comigo… conosco. Rastreei seu sangue para trás, a Irlanda. Montes de brancos pálidos do pântano em suas veias, policial.

Butch ficou realmente imóvel.

—Encontrou… algo mais?

—Não quando procurei faz nove meses. E não quando te rastreei faz uma hora.

Ah! Conversa mole. Embora… Cristo o que pensava? Não era um vampiro.

—Então, por que falamos disto?

—Esta certo de não ter alguma história estranha em sua família? Sobre tudo no passado na Europa? Sabe de alguma fêmea em sua linha, mordida a noite? Talvez uma gravidez que saiu do nada? Como a filha de alguém que desapareceu e talvez voltou com um filho?

Realmente, não. Não havia muitas tradições O’Neal no passado. Durante seus primeiros doze anos, sua mãe tinha estado ocupada criando seis filhos e trabalhando como enfermeira. Então depois do assassinato do Janie, Odell tinha estado muito quebrada para contar histórias. E seu pai? Sim, claro. Trabalhando de nove a cinco para a companhia Telefônica e logo usando o turno de noite como guarda de segurança, não teve muito tempo para conversas de qualidade com os filhos. Quando Eddie O’Neal tinha estado em casa, tinha estado bebendo ou dormindo.

—Não sei de nada.

—Bem, aqui está o trato, Butch. —V inalou, logo falou através da fumaça enquanto exalava—. Quero ver se tem algo de nós em você.

—Whoa! Mas você conhece minha árvore genealógica, certo? E não pôde minha análise de sangue na clínica, ou inclusive ao longo de toda minha vida, ter mostrado algo?

—Não necessariamente e tenho um modo muito preciso de averiguá-lo. E é te usando em uma regressão ancestral. —V moveu sua acesa mão e a apertou em um punho—Maldita seja, odeio esta coisa. Mas assim é como o fazemos.

Butch observou a mesa de centro chamuscada.

—Vai acender-me como se fosse lenha seca.

—Serei capaz de canalizá-lo. Não digo que será divertido para você, mas não deve te matar tampouco. Ponto fundamental? Aquela merda com a Marissa e a alimentação e o modo em que reagiu a isso? O fato que me disse que emanava sua essência quando estava a seu redor? E bem sabe Deus que é suficientemente agressivo. Quem sabe o que encontraremos.

Algo quente bateu as asas no peito de Butch. Algo, como esperança.

—E se eu tivesse um vampiro como parente?

—Então poderíamos… —V deu uma profunda e prolongada imersão.

—Poderíamos ser capazes de te converter.

— Merda! Pensei que não podiam fazer isso.

V sacudida de cabeça para uma pilha alta de volumes encadernados em couro, de uns relatórios feitos pelos ordenadores.

—Há algo nas Crônicas. Se tiver um pouco de nosso sangue em você, podemos tentá-lo. É muito arriscado, mas poderíamos tentar fazê-lo.

Homem, Butch estava de acordo com aquele plano.

—Façamos a regressão. Agora.

—Não posso. Inclusive se tiver o DNA, temos que conseguir a autorização da Virgem Escriba, antes inclusive de pensar em dar começo ao salto a qualquer tipo de mudança. Esse tipo de merda não pode ser feita as pressas, e a isto está a complicação acrescentada do que os lessers lhe fizeram. Se não permitir que nós procedamos, não importará se tiver parentes com presas, e não quero fazer você passar por uma regressão ancestral se não haver nada que possamos fazer a respeito.

—Quanto tempo até que saibamos?

—Wrath disse que falaria com ela esta noite.

—Jesus, V! Espero…

—Quero que tome algum tempo e pense nisto. É uma merda passar por uma regressão. Seu cérebro vai quebrar e entenda que a dor não é nenhuma festa. E poderia também querer falar com Marissa sobre isso.

Butch pensou nela.

—Ah, se eu passar por isso. Não se preocupe a respeito disso.

—Não se sinta tão certo…

—Não o estou. Isto tem que funcionar.

—Entretanto, poderia não funcionar. —V contemplou a ponta iluminada de sua mão enluvada—. Assumindo que saia do outro lado da regressão bem, e possamos encontrar um parente direto seu para poder utilizá-lo no salto da mudança, poderia morrer em meio da transição. Há só uma pequena possibilidade de que sobreviva.

—Farei-o.

V riu em um estalo curto. —Não posso me decidir se tem muita coragem ou desejo de morrer.

—Nunca subestime o poder do autodestruição, V. Este inferno é um grande motivador. Além disso, ambos sabemos qual é a única outra opção.

Quando seus olhares se encontraram, Butch soube que V estava pensando em o mesmo que ele. Não importavam os riscos que houvessem. Qualquer coisa era melhor que Vishous ter que matá-lo, porque tinha que partir.

—Vou ver Marissa agora.

Butch fez uma pausa em seu caminho para a porta do corredor.

—Está certo que não há nada que possamos fazer sobre esses seus sonhos?

—Tem suficiente em seu prato.

—Sou um excelente multiusos, companheiro.

—Vá com sua fêmea, policial. Não se preocupe por mim.

—É um buraco no traseiro.

—Disse a SIG a Glock.

Butch amaldiçoou e bateu a porta, tratando de não deixar-se levar totalmente pela excitação. Quando chegou à casa grande, foi por até o segundo andar e passou pelo estúdio de Wrath. Em um impulso, bateu na porta. Depois que o Rei respondeu, Butch ficou com ele talvez uns dez minutos, antes de ir para a quarto de Marissa.

Estava a ponto de chamar quando alguém lhe disse:

—Não está aqui.

Girou em torno e viu Beth saindo do quarto ao final de corredor, com um vaso de flores em suas mãos.

—Onde está Marissa? —perguntou.

—Foi com o Rhage verificar a casa nova.

—Que casa nova?

—Alugou uma casa para ela. Aproximadamente a onze quilometros daqui.

Merda! Mudava-se. E nem sequer o havia dito.

—Exatamente onde é a casa?

Depois que Beth lhe deu a direção e lhe garantiu que o lugar era certo, seu primeiro instinto foi correr para lá, mas descartou essa idéia. Wrath estava indo para a Virgem Escriba nesse mesmo instante. Talvez pudessem terminar com a regressão e haveria boas notícias para compartilhar.

—Retornará esta noite, não? —Homem, desejava que lhe tivesse comentado algo a respeito da mudança.

—Definitivamente. E Wrath vai pedir a Vishous que trabalhe no sistema de segurança, assim ficará aqui até que isso aconteça. —Beth franziu o cenho—. Hey…! Não parece muito bem. Por que não desce comigo e consegue um pouco de comida?

Assentiu com a cabeça, embora não tivesse nem idéia do que lhe havia dito.

—Você sabe que a amo, certo? —Falou sem pensar, não muito certo do porquê.

—Sim, sei. E ela te ama.

Então por que não falou com ele?

Sim, e realmente quão fácil tinha sido para ela ultimamente? Tinha a enlouquecido sobre a alimentação. Tomado sua virgindade enquanto estava bêbado.Machucando-a no processo. Cristo!

—Não tenho fome. —disse—Mas olharei enquanto come.


Enquanto no Pit, Vishous saiu do chuveiro e gritou como uma menina, chocando-se contra a parede de mármore.

Wrath estava de pé no banheiro, um grande homem vestido de couro do tamanho de um maldito Escalade.

—Cristo, meu senhor! Por que assusta a um irmão?.

—Um pouquinho nervoso não, V?—Wrath lhe passou uma toalha—Acabo de voltar depois de ver a Virgem Escriba.

V fez uma pausa com a toalha sob o braço.

—O que disse?

—Que não me veria.

—Maldita seja, por que? —envolveu os quadris.

—Alguma merda como “as rodas do destino estão girando”. Quem sabe. Uma das Escolhidas me encontrou. —A mandíbula do Wrath estava tão apertada que era uma maravilha que pudesse falar absolutamente—De todo modo, volto amanhã a noite. Diretamente, não o vejo claro.

Com a frustração apertando, V sentiu que sua pálpebra começar a tremer.

—Merda!

—Sim. —Houve uma pausa—E enquanto estamos com isto de merda, falemos sobre você.



—Eu?

—Está mais tenso que um cabo de vassoura e seu olho se move nervosamente.

—Sim, por que me tem feito uma Sexta-feira 13. —V Passou empurrando o Rei e entrou no dormitório.

Quando colocou a luva na mão, Wrath se apoiou contra a porta.

—Olhe, Vishous…

OH, não vão fazer isto. —Estou bem.

—Claro que esta. Assim que este é o trato. Dou-te até o fim da semana. Se não se melhorar, então, tirarei você de circulação.

—O que?


—Tempo de férias. Pode entender o que significa D e R (Descanço e Ralachamento) irmão?

—Esta louco? Se dá conta que só somos quatro agora com o Tohr fora, certo? Não pode se permitir…

—Perder você. Sim, sei. E certamente não vai ser assassinado devido ao que seja que esta acontecendo nessa sua cabeça. Ou não acontecendo, como diz.

—Olhe, estamos todos no limite.

—Faz um momento Butch veio me ver um momento. Contou-me a respeito de seus repetidos pesadelo.

—Esse bode. —Homem, ia cravar seu companheiro de quarto no chão com uma estaca, por ser mexeriqueiro.

—Tinha suas razões para me dizer o que você deveria haver dito.

V se aproximou de seu escritório, onde estavam os papéis e o tabaco. Girou rapidamente procurando um, precisando de algo na boca. Era isso ou seguir jurando.

—Tem que ser examinado, V.

—Por quem? Havers? Nenhum TAC, ou prova de laboratório vai me dizer o que está errado, porque não é físico. Olhe, direi claramente. —Deu uma olhada sobre seu ombro e exalou—Sou preparado, recorda? Resolverei isto.

Wrath baixou seus óculos, os pálidos olhos verdes queimando como luzes de néon

. —Tem uma semana para arrumar isto, ou irei à Virgem Escriba por você. Agora move o traseiro. Preciso falar com você a respeito de algo,mas relacionado com o policial.

Quando o Rei saiu dirigindo-se à sala de estar, V aspirou com força o cigarro e logo olhou ao redor procurando um cinzeiro. Maldita seja! tinha-o deixado fora.

Estava a ponto de dirigir-se à sala de estar quando olhou sua mão. Usando o pesadelo enluvado para a boca, tirou o couro da luva com os dentes e contemplou sua maldição.

Merda! A iluminação estava se tornando mais e mais brilhante a cada dia.

Contendo o fôlego, pressionou o cigarro aceso na palma. Quando a ponta ardente tocou sua pele, o brilho branco debaixo cintilou ainda mais forte, iluminando as advertências tatuadas, até que pareceram estar em três dimensões.

O cigarro foi consumido em um estalo de luz, a ardência estalou suas terminações nervosas. Quando só fico pó, soprou-o, olhando a pequena nuvem precipitar-se e desintegrar-se em nada.
Marissa passeou pela casa vazia e terminou na sala de estar, onde tinha começado. A casa era muito maior do que tinha pensado, especialmente dadas as seis antecâmaras subterrâneas. Deus, tinha pegado o contrato de aluguel porque lhe tinha parecido muito menor que a de seu irmão Havers, mas o tamanho era muito parecido. Esta casa colonial parecia enorme. E muito vazia.

Quando viu a si mesma mudando-se, deu-se conta que nunca realmente tinha vivido antes em uma casa sozinha. Em sua antiga casa, sempre tinha havido serventes e Havers e pacientes e pessoal médico. E a mansão da Irmandade estava igualmente cheia de gente.

—Marissa? —Pesadas botas de Rhage subiram atrás dela—Tempo de ir.

—Não peguei a medida das quartos ainda.

—Pede que Fritz volte e o faça.

Sacudiu a cabeça.

—Esta é minha casa. Quero fazê-lo.

—Então sempre poderá vir amanhã de noite. Mas temos que ir agora.

Deu uma última olhada ao redor, logo se dirigiu para a porta.

—Bem. Amanhã.

Se desmaterializou atrás da mansão, e quando entraram pelo vestíbulo, pôde cheirar o rosbife e ouvir a conversa que ia à deriva pela sala de refeição. Rhage lhe sorriu e começou a desarmar-se, tirando a cartucheira e as adagas de seus ombros enquanto gritava chamando Mary.

—Hey!


Marissa girou. Butch estava nas sombras da sala de bilhar, inclinado sobre a mesa do fundo, um largo copo de cristal na mão. Estava vestido com uma roupa fina e uma gravata azul claro… mas enquanto o olhava, tudo o que via era a ele nu e apoiado em seus braços sobre ela.

Justo quando o calor formou redemoinhos, afastou os olhos.

—Está diferente usando calças.

—O que? OH! Estas são da Beth.

Bebeu um gole de seu copo.

—Ouvi que esta alugando uma casa.

—Sim, acabo de vir de lá.

—Beth me disse isso. Assim , quanto tempo mais vai ficar por aqui? Uma semana? Menos?

—Provavelmente menos, de fato.

—Provavelmente. Eu ia dizer isso mas apenas a aluguei, e com todo o ocorrido, não tive tempo de fazê-lo. Não estava escondendo de você nem nada parecido. —Quando ele não respondeu, disse— Butch? Esta… estamo… bem?

—Sim. —Olhou o uísque—Ou ao menos vamos estar .

—Butch… olhe, sobre o que aconteceu…

—Sabe que não me importa o fogo.

—Não, quero dizer… no quarto.

—O sexo?

Ruborizou e baixou os olhos.

—Quero tentar outra vez.

Quando ele não disse nada, deu uma olhada.

Seu olhar avelã era intenso. —Sabe o que é que eu quero? Só uma vez, quero ser suficientemente bom para você. Só… uma vez.

—É.


Ele estendeu os braços e deu uma olhada em seu corpo.

—Não como sou agora. Mas vou fazer algo para poder sê-lo. Vou me ocupar deste meu problema.

—Do que esta falando?

—Me deixara te acompanhar ao jantar? —Para distrai-la, avançou e lhe ofereceu seu braço. Quando não pegou, disse—Confia em mim, Marissa.

Depois de um longo momento, aceitou sua cortesia, pensando que ao menos não se afastou dela. Que era o que poderia ter jurado que tinha estado fazendo depois do fogo.

—Hey, Butch! Espere um momento, homem.

Tanto ela como Butch olharam ao redor. Wrath estava saindo da porta oculta debaixo da escada e Vishous estava com ele.

—Boa tarde, Marissa —disse o Rei—. Policial, preciso de você um segundo.

Butch assentiu.

—O que aconteceu?

—Nos desculpe, Marissa?

As expressões nos rostos dos Irmãos eram suaves, seus corpos relaxados. E nem por um instante ela acreditou nessa atitude de “não acontece nada de especial”. Mas o que ia fazer, ficar ali?

—Esperarei você na mesa —disse a Butch.

Dirigiu-se a sala de jantar, logo fez uma pausa e olhou para trás. Os três homems estavam de pé juntos, Vishous e Wrath muito altos sobre Butch, enquanto conversavam. Um olhar surpreso bateu o rosto do Butch, as sobrancelhas levantando-se em sua frente. Logo assentiu e cruzou os braços sobre o peito, como se tivesse preparado para ir.

O temor caiu sobre ela. Negócios da Irmandade. Sabia.

Quando Butch chegou à mesa dez minutos mais tarde, disse-lhe. —Sobre o que falaram Wrath e V com você?

Ele abriu as dobras do guardanapo com um golpe e a pôs em seu colo. —Querem que vá à casa do Tohr e faça uma investigação da cena do crime. Quero tentar e ver se ele retornou ou deixou alguma pista quanto aonde foi.

—Ah! Isso é… bom.

—É o que tenho feito para viver durante muitos anos.

—É isso tudo o que fará?

Quando um prato com comida foi colocado frente dele, terminou o uísque. —Sim. Bem… os Irmãos vão começar a patrulhar áreas rurais, assim me pediram que trabalhe em uma rota para eles. Vou com V fazer isso depois do caso desta noite.

Ela assentiu com a cabeça, dizendo-se que isso estava bem. Enquanto não lutasse. Enquanto não o fizesse.

—Marissa, o que aconteceu?

—Eu… OH! É só que não quero ver você ferido. Quero dizer, é humano e tudo isso e…

—Assim hoje tenho que fazer um pouco de investigação.

Bem… isso era uma porta fechada para ela. E se pressionasse sobre a questão, só ia fazer soar como se pensasse que ele era totalmente fraco. —Investigação sobre o que?

Ele pegou o garfo. —O que me aconteceu. V já estudou as Crônicas, mas disse que podia tentá-lo, também.

Assentiu e compreendeu que não passariam o dia dormindo juntos, lado a lado, em sua cama. Ou na dele.

Tomou um gole do copo de água e se maravilhou de como podia sentar assim perto de alguém e ainda sentir que essa pessoa estava totalmente afastada.

CAPÍTULO 30
Na tarde seguinte, John pegou assento no sala de aula, esperando com impaciência que começasse a aula. O programa de aulas era de três dias seguidos rodando com um dia livre entre o meio, e estava preparado para começar a trabalhar.

Enquanto repassava suas notas de explosivos plásticos, os outros aprendizes entraram tagarelando e foram se colocando, o habitual alvoroço ao redor do trabalho… até que todo mundo ficou em silêncio.

John levantou a vista. Havia um homem na entrada, um homem que parecia um pouco instável, ou talvez bêbado. Que demônios...

John ficou com a boca aberta quando contemplo o rosto e o cabelo vermelho. Blaylock. Era… Blaylock, só que melhor.

O tipo olhou para baixo e torpemente caminhou para o fundo do salão. Realmente, ia arrastando os pés mais que andado, como se realmente não pudesse coordenar os braços e as pernas. Depois de sentar-se, moveu seus joelhos sob a mesa até que couberam, então se encurvou como se tratasse de fazer-se menor.

Sim, boa sorte nisso. Jesus! era… enorme.

Merda. Tinha passado pela transição.

Zsadist apareceu no sala-de-aula, fechou a porta e deu uma olhada a Blaylock,depois de acenar rapidamente, Z foi diretamente a aula.

—Hoje vamos fazer uma introdução à guerra química. Falaremos do gás lacrimogêneo, o gás mostarda… —O Irmão fez uma pausa. Então blasfemou quando viu obviamente que ninguém lhe prestava atenção, porque todos contemplavam ao Blay.

—Bem, merda. Blaylock quer lhes dizer como foi? Não vamos fazer nada até que o faça.

Blaylock girou o rosto avermelhado e negou com a cabeça, abraçando a si mesmo.

—Bem, aprendizes, seus olhos aqui. —Todos olharam a Z— Querem saber o que é, direi-lhes isso.

John se sentou direito e prestou atenção. Z falo no geral sem revelar nada a respeito de si mesmo, mas de qualquer forma deu informação valiosa. E quanto mais falava o Irmão, mais vibrava o corpo de John.

Assim é, disse a seu sangue e a seus ossos. Tomem nota e façamos isto logo.

Já estava tão preparado para ser um homem.
Van saiu da Town & Country, fechou a porta do passageiro silenciosamente e ficou nas sombras. O que via aproximadamente a noventa metros de distância lhe recordou onde tinha crescido: a casa desmantelada, com teto de telha e um carro que apodrece no pátio do lado. A única diferença era que esta, estava em meio ao nada, e sua vizinhança, estava mais perto da cidade. Mas estavam nos mesmos dois passos da pobreza.

Quando explorou a área, a primeira coisa que notou foi um som estranho que cortava a noite. Golpeava ritmicamente… como se alguém cortasse troncos? Não… era mais parecido a um tamborilar. Alguém estava batendo provavelmente no que era a porta traseira da casa que tinha frente dele.

—Este é seu objetivo para esta noite —disse o Sr. X. enquanto outros dois lessers desciam da minivan

—O destacamento diurno esteve vigiando este lugar toda a semana passada. Nenhuma atividade até depois do anoitecer. Barras de ferro sobre as janelas. As cortinas sempre estão fechadas. O objetivo é a captura, mas pode haver matança se pensar que vão escapar…

O Sr. X se deteve e franziu o cenho. Então olhou ao redor.

Van fez o mesmo sem notar nada fora do comum.

Até que um Cadillac Escalade negro apareceu no meio-fio. Com os cristais tintos e todo cromado, o carro parecia valer mais que a casa. Que demônios fazia esse carro neste lugar?

—Vamos, se armem— disse o Sr. X— Agora!

Van pegou sua nova Smith & Wesson 40, sentindo o peso em sua palma. Notou como seu corpo se preparava para a luta que teria pela frente, estava preparado para encontrar-se com seu rival.

Exceto o Sr. X o olhava contrariado.

—Mantenha-se afastado. Não quero que se comprometa. Só observe.

Filho da puta, pensou Van, passando a mão pelo cabelo escuro. Miserável filho da puta .

—Está claro? —O rosto do Sr. X era terrivelmente frio. Você não entra em ação.

A melhor resposta que conseguiu dar Van foi fazer um gesto afirmativo inclinando um pouco o queixo e olhar para longe para se impedir de blasfemar em voz alta. Com os olhos fixos no SUV, viu quando este conseguiu chegar ao final do beco e se deteve.

Claramente, era uma espécie de patrulha. Não de policialcias, entretanto. Ao menos, não humanos.

O motor do Escalade se apagou e dois homens saíram. As pessoas eram de um tamanho relativamente normal, assumindo que falava de defesas de futebol. O outro homem era enorme.

Jesu Cristo!… um Irmão. Tinha que ser. E Xavier tinha razão. Aquele vampiro era maior que tudo o que Van tinha visto alguma vez e isso que ele tinha entrado em ringue com tipos de tamanhos monstruosos já.

Então, o Irmão desapareceu, fazendo poof! No ar. Antes que Van pudesse perguntar de que merda se tratava tudo isto, o companheiro do vampiro girou sua cabeça e olhou fixamente ao Sr. X. Inclusive embora todos estivessem nas sombras.

—OH, meu Deus … — Xavier suspirou. Ele está vivo. E o professor… está com…

O Fore-lesser avançou cambaleando-se e seguiu avançando. Diretamente à luz da lua. Diretamente no meio do caminho.

Em que demônios estava pensando?
O corpo do Butch tremeu quando olhou o lesser de cabelo pálido, que surgiu da escuridão. Nenhuma dúvida, este era o que tinha trabalhado nele, inclusive embora Butch não tivesse nenhuma lembrança consciente da tortura, seu corpo parecia saber quem lhe tinha feito mal, sua lembrança encrustada na mesma carne que tinha sido rasgada e machucada pelo bastardo.

Butch estava empenhado em ter o Fore-lesser.

Exceto a merda bateu o leque antes de que tivesse a oportunidade.

Em algum lugar atrás da casa, uma serra mecânica arrancou com um rugido, gemendo a todo volume. E naquele momento exato, um segundo lesser de cabelo pálido saiu dos bosques com a arma apontada para Butch.

Quando a semi-automática se descarregou e as balas zumbiram sobre sua cabeça, Butch pegou sua própria Glock e se entrincheiro na parte de atrás do Escalade. Uma vez que teve um escudo, devolveu a saudação, mantendo-se inclinado, sua Glock lhe golpeava na palma da mão e mantinha os órgãos vitais fora da linha do fogo. Quando deu uma pausa ao recarregar, olhou atentamente pelo cristal a prova de balas. O pistoleiro que estava atrás do carro oxidado que parecia uma cabeça de gado morta, estava sem dúvida recarregando. Como Butch.

E entretanto o primeiro assassino, o torturador de Butch, ainda não se armou. O tipo estava de pé só no meio do caminho, contemplando ao Butch.

Quase como se engolir chumbo o fizesse feliz.

Realmente preparado para agradá-lo fodidamente bem. Butch apareceu por um lado do SUV, apertou o gatilho e lhe colocou uma bala no meio do peito do lesser. Com um grunhido, o Fore-lesser cambaleou para trás mas não caiu. Parecia simplesmente abobalhado, suportando o impacto da bala como se não fosse nada mais que uma picada de abelha.

Butch não tinha nem idéia do que fazer, mas não havia tempo de perguntar-se por que suas balas não freavam aquele assassino em particular. Dobrando o braço ligeiramente, começo a atirar no tipo outra vez, os disparos saindo da boca do canhão em rapida sucessão. Finalmente, o lesser, caiu para trás em toda sua extensão…

A Butch chegou um ruído de matraqueio, tão forte que pensou que outra arma se descarregava.

Deu a volta, agarrando a Glock com as duas mãos apontando firmemente à frente. Ah, que cagada!

Uma fêmea com um menino nos braços saíam atirados da casa, cegados de pânico. E ela tinha boas razões para sair correndo. Sobre seus calcanhares habia um homem grande e pesado, com o anseio do castigo no rosto e uma serra mecânica levantada por cima do ombro. O lunático estava a ponto de cair sobre eles com aquela arma que girava, pronta, desejosa, e capaz de matar.

Butch levantou duas polegadas o cano da arma, apontando à cabeça do homem, e apertou o gatilho…

Justo quando Vishous aparecia atrás do tipo tentando lhe tirar a serra .

—Droga! —Butch tratou de evitar que o indicador apertasse o gatilho, mas a arma corcoveou e a bala saiu disparada...

Alguém o agarrou pela garganta: o segundo lesser com a arma se moveu rápido.

Butch, viu-se elevado no ar e atirado sobre a capota do Escalade como se fosse um taco de beisebol. Com o impacto, perdeu a Glock, a arma saltou longe, ricocheteando metal contra metal.

A merda com ela, pensou. Colocou a mão no bolso da jaqueta e mediu em busca da navalha que usava. Bento fora o coração da coisa, encontrou sua palma como se estivesse treinada para isso então arrastou o braço para liberá-lo. Enquanto soltava a lâmina da navalha, moveu o torso para a esquerda e apunhalou o flanco do assassino que o sujeitava.

Houve um alarido de dor. Liberou-se do aperto...

Butch empurrou com força o peito do lesser, afastando-o. Quando o bastardo se manteve no ar durante uma fração de segundo, atirou a faca em um arco. A navalha passou como um raio através da garganta do lesser, abrindo uma fonte de sangue negro.

Butch deu uma chute no assassino para que caísse na terra e se voltou para a casa.

Vishous sustentava sua própria luta contra o tipo da serra, evitando os rangentes elos e lhe lançando tiros ao corpo. Enquanto isso, a fêmea com o menino corria como o demônio através do pátio ao lado, enquanto outro lesser de cabelo palido se aproximava pela direita.

—Chame o Rhage —V teve a presença de espírito para gritar.

—Vou pelo Vic —grito Butch quando saiu.

Saiu correndo, seus pés fazendo um sulco na terra, usando os joelhos até o peito. Rezou para poder chegar a tempo, rezou para ser o suficientemente rápido... Por favor, só esta vez…

Interceptou o lesser com uma cambalhota espetacular. Quando caíram, gritou-lhe à fêmea para que se fosse.

Escutaram-se tiros provenientes de algum lugar, mas estava muito ocupado na confusa briga para preocupar-se. O lesser e ele rodaram pela terra com emplastros de neve, se dando murros e estrangulando um ao outro. Sabia que se seguiam assim, perderia, então com o desespero e uma espécie de instinto de conservação, deixou de lutar, deixou que o assassino o dominasse… e logo travou o olhar no do não morto.

Esse vínculo, essa horrível comunicação, o rigoroso laço entre eles deu raízes em um instante, deixando-os a ambos os dois imóveis. E com o vinculo chegou o impulso de consumir.

Abriu a boca e começou a inalar.


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