CAPÍTULO 39
No outro lado da cidade, em uma muito agradável e isolada casa, John terminava sua primeira cerveja. E logo a segunda. E a terceira. Estava surpreso de que seu estômago pudesse as suportar, mas desciam brandamente e permaneciam ali.
Blaylock e Qhuinn estavam no chão em frente da cama, travados em uma TV com tela de plasma jogando ao Skillerz, esse estupendo jogo que estava por toda parte. Por uma raridade do destino, John tinha ganhado dos dois, assim estavam competindo pelo segundo lugar.
Enquanto John se sentava prazerosamente para trás sobre o edredom do Blaylock, levou a garrafa à boca, dando-se conta de que estava vazia, olhou o relógio. Fritz o pegaria em aproximadamente vinte minutos e isso poderia ser um problema. Estava enjoado. Bastante.
Era realmente agradável.
Blaylock se pôs a rir e desabou contra o chão.
—Não posso acreditar que tenha ganho, bastardo.
Qhuinn levantou sua cerveja e deu ao Blay um pequeno golpe na perna com a coisa.
—Sinto muito, grandalhão. Mas passou.
John sustentou a cabeça com a mão, saboreando a sensação de estar agradavelmente fora de si mesmo e pastoso. Tinha estado tão zangado, durante tanto tempo, que não tinha sido capaz de recordar o que se sentia ao estar relaxado.
Blay o olhou com um sorriso.
—É obvio, o extremamente silencioso dali é o verdadeiro chutador de traseiros. Odeio você, sabe disso?
John sorriu e levantou o dedo do meio em um gesto obsceno. Enquanto os dois que estavam no chão punham-se a rir, soou um BlackBerry,computador de bolso.
Qhuinn respondeu. Proferiu muitos Uh-huh. Cortou.
—Merda… Lash não vai retornar por um tempo. Parece —o menino olhou a John— que lhe pregou um tremendo susto.
—Homem, esse menino sempre foi um imbecil —disse Blay.
—Claro.
Ficaram em silêncio um momento, simplesmente escutando Nasty do Too Short. Logo Qhuinn adquiriu uma expressão concentrada.
Seus olhos, um azul, o outro verde, estreitaram-se.
—Hey, Blay… Como se sentiu?
O olhar do Blay se dirigiu rapidamente para o teto.
—Perder ao Skillerz frente a você? Uma morte zombadora, muito obrigado.
—Sabe que não estou falando disso.
Com uma maldição, Blay alcançou uma pequena geladeira, pegou outra cerveja, e a abriu com um estalo. Ele tinha tomado sete e parecia sóbrio como sempre. É obvio, que também comeu quatro Big Macs, duas batatas fritas grandes, uma vitamina de chocolate e dois bolos de cereja. Mais um saco de Ruffles.
—Blay? Vamos… o que aconteceu?
Blaylock tomou um gole da garrafa e bebeu com força.
—Nada.
—Foda-se você.
—OK, esta bem. —Blay deu outro gole—. Eu… ah, quis morrer, OK? Estava convencido de que o faria. Logo eu… já sabe… —esclareceu a garganta—Eu… ah, peguei sua veia. E ficou pior depois disso. Muitíssimo pior.
—A veia de quem?
—Jasim.
—Whoa. É sexy.
—Como é. —Blay se inclinou para um lado, pegou uma camiseta, e a pôs sobre seus quadris. Como se houvesse algo que cobrir ali.
Qhuinn seguiu o movimento. O mesmo fez John.
—A possuíu, Blay?
—Não! Me acredite, quando chega a transição, o sexo não ocupa sua mente.
—Mas ouvi que depois…
—Não, não o fiz com ela.
—OK, isso esta bom. —Mas claramente Qhuinn pensava que seu amigo estava louco—. Então que há na mudança? Como se sente?
—Eu… me quebreii em pedaços e voltei a me unir. —Blay deu um longo gole—Foi isso.
Qhuinn flexionou as pequenas mãos, logo as fechou em punhos.
—Sente-se diferente?
—Sim.
—De que forma?
—Cristo, Qhuinn…
—O que tem que esconder? Todos passaremos por isso. Quero dizer… merda, John, deve querer saber, certo?
John olhou a Blay e assentiu, com a infernal esperança de que seguissem falando.
No silêncio que seguiu, Blaylock estirou as pernas. Através dos novos jeans que usava, os grossos músculos de suas coxas se contraíram e tornaram a relaxar.
—Então, como se sente agora? —sugeriu Qhuinn.
—Eu mesmo. Só… que não sei, muito mais forte.
—Geeeenial. —Qhuinn se pôs-se a rir—Mal posso esperar.
Os olhos do Blaylock se afastaram.
—Não é algo que se desejar. Confia em mim.
Qhuinn sacudiu a cabeça.
—Está muito equivocado a respeito disso. —Houve uma pausa—. Agora fica duro muito frequentemente?
Blay ficou branco.
—O que?
—Vamos, tinha que saber que eu ia perguntar isso. Assim, acontece isso? —O silêncio se estendeu.
—Olá? Blay? Responde a pergunta. Acontece isso?
Blay esfregou o rosto.
—Um… sim.
—Freqüentemente?
—Sim.
—Resolve isso, certo? Quero dizer… deve… Assim como se sente?
—Está completamente louco? Não vou a…
—Só nos diga uma vez. Não voltaremos a perguntar. Juro. Certo, John?
John assentiu lentamente, dando-se conta que estava contendo o fôlego. Tinha tido sonhos, sonhos eróticos, mas não era o mesmo que acontecesse realmente. Ou escutar a respeito disso de primeira mão.
Infelizmente, Blaylock parecia haver-se fechado como uma ostra.
—Cristo, Blay… Como é? Por favor. Toda minha vida estive esperando pelo o que você tem. Não posso perguntar a ninguém mais… Quero dizer, como poderia ir a meu pai com esta merda? Somente cospe-o. O que se sente ao gozar?
Blay quebrou a etiqueta de sua cerveja.
—Poderoso. Assim que você se sente. É só esta… poderosa corrente que cresce e logo… explode e fica sem rumo.
Qhuinn fechou os olhos.
—Homem, quero isso. Quero ser um homem.
Deus, isso era exatamente o que John ansiava.
Blay engoliu sua cerveja, logo limpou a boca.
—É obvio, agora… agora quero fazer com alguém.
Qhuinn deu em um de seus meios sorrisos.
—Que tal Jasim?
—Não. Não é meu tipo. E terminamos com isto. A conversa terminou.
John olhou o relógio, logo se arrastou para o bordo da cama. Com um rápido gancho de ferro, escreveu no bloco de papel e o mostrou. Blay e Qhuinn assentiram.
—Bom trato —disse Blay
—Quer que nos vejamos amanhã a noite? —perguntou Qhuinn.
John assentiu e ficou de pé… só para cambalear e ter que apoiar-se contra o colchão.
Qhuinn rio.
—Se olhe, toco. Está bêbado.
John simplesmente se encolheu e se concentrou em chegar à porta. Quando a abria, Blay lhe disse,
—Hey, J?
John o olhou por cima do ombro e arqueou uma sobrancelha.
—Onde podemos aprender essa coisa da linguagem por sinais?
Qhuinn assentiu e abriu outra cerveja.
—Sim, Onde?
John piscou. Logo escreveu no bloco de papel, na Internet. Procurem linguagem por sinais lmericano.
—Boa idéia. E você pode nos ajudar, certo?
John assentiu.
Os dois tornaram para a TV e começaram outro jogo. Enquanto John fechava a porta, sentiu que riam e começou a sorrir. Só para sentir uma pontada de vergonha.
Tohr e Wellsie estavam mortos, pensou. Não deveria estar… desfrutando das coisas. Um verdadeiro homem não se distrairia de sua meta, de seus inimigos… nada mais que por desfrutar da companhia de amigos.
John abriu caminho pelo corredor, estirando um braço para conservar o equilíbrio.
O problema era… que se sentia tão bem em ser simplesmente um dos rapazes. Sempre tinha querido ter amigos. Não um grande grupo nem nada disso. Mas uns poucos, sólidos, verdadeiros… amigos.
Do tipo em que podia confiar até a morte. Como irmãos.
Marissa não entendia como Butch tinha sobrevivido ao que tinha acontecido a seu corpo. Simplesmente parecia impossível. Salvo que isto era, evidentemente, pelo que passavam os homems, particularmente os guerreiros. E como era da linha de Wrath, definitivamente tinha esse sangue espesso nele.
Quando terminou, horas depois, Butch permaneceu na mesa da agora gelada sala, só respirando. Sua pele estava pegajosa e coberta com suor como se tivesse corrido doze maratonas. Seus pés penduravam no extremo mais afastado da maca. Seus ombros estavam quase do dobro do tamanho habitual, e sua cueca se estirava apertada sobre as coxas.
Embora seu rosto a confortasse. Era o mesmo de antes, em proporção a seu novo corpo, mas o mesmo. E quando abriu os olhos, eram da cor avelã que conhecia tão bem, com um espírito em seu interior que era próprio dele.
Estava muito aturdido para falar, mas tiritou, assim que lhe trouxe uma manta e a estendeu sobre ele. Quando o suave peso aterrissou, vacilou como se a pele fosse muito delicada, mas logo gesticulo as palavras te amo e deslizou outra vez no sono.
Abruptamente, sentiu-se mais cansada do que tinha estado em toda sua vida.
Vishous terminou de limpar o sangue do andar pulverizando um líquido em spray e disse
—Vamos comer.
—Não quero deixá-lo.
—Sei. Pedi a Fritz que nos trouxesse algo e o deixasse aí fora.
Marissa seguiu o Irmão à sala de equipamento e se sentaram cada um em um banco que sobressaía da parede. Comeram os sanduíches do pequeno piquinique preparado por Fritz rodeados de mesas com nunchakus, adagas de treinamento, espadas e pistolas. Os sanduiches estavam ricos assim como o suco de maçã e os biscoitinhos de aveia.
Depois de um momento, Vishous acendeu um cigarro enrolado à mão e se reclinou para trás.
—Ficará bem, sabe.
—Não posso entender como sobreviveu a isto.
—A minha foi igual a isso.
Deteve-se com um segundo danduiche de presunto a metade do caminho para a boca.
—Sério?
—De fato, foi pior. Era mais jovem que ele quando ocorreu.
—Entretanto é o mesmo em seu interior, certo?
—Sim, ainda é seu homem.
Quando terminou o sanduiche, colocou ambas as pernas em cima do banco e se reclinou para trás contra a parede.
—Obrigada.
—Por que?
—Por me selar. —Estendeu o pulso.
Seu olhar de diamante se afastou.
—Não há problema.
No silêncio, suas pálpebras baixaram e sacudiu a si mesma para despertar.
—Não, durma —murmurou Vishous—Eu cuidarei e assim que desperte, a farei saber. Vamos… se recoste.
Estirou-se, logo se enroscou sobre um de seus lados. Não esperava dormir, mas de qualquer forma fechou os olhos.
—Levanta a cabeça —disse Vishous. Quando o fez, deslizou-lhe uma toalha enrolada debaixo da orelha—É melhor para seu pescoço.
—É muito amável.
—Está brincando? O policial me chutaria o traseiro se permitisse que estivesse desconfortável.
Poderia ter jurado que Vishous passou a mão pelo seu cabelo, mas logo calculou que tinha imaginado.
—O que tem que você? —disse brandamente enquanto ele se sentava no outro banco. Deus, devia estar igualmente cansado.
Seu sorriso foi longínquo.
–Não se preocupe comigo, mulher. Somente dorme.
Surpreendentemente, assim o fez.
V olhou a Marissa dormir devido ao esgotamento. Logo girou a cabeça e olhou à sala de fisioterapia e primeiros socorros. Desse ângulo podia ver os dedos dos pés de policial agora muito maiores. Homem… Butch era realmente um deles agora. Um membro ativo, com presas, um homem guerreiro que ia medir um metro e oitenta e seis de altura, talvez um metro e oitenta e sete, definitivamente a linha de sangue do Wrath estava presente nesse homem… e V se perguntava se alguma vez saberiam porquê.
A porta da sala de equipamento se abriu e Z entrou, com o Phury em seus calcanhares.
—O que aconteceu? —perguntaram os dois ao uníssono.
—Shhh —V indicou a Marissa com a cabeça. Logo em voz baixa disse—. Vejam vocês mesmos. Está ali dentro.
Os dois foram para a entrada.
—Merda… —soprou Phury.
—Esse é grande —murmurou Z. Logo cheirou o ar—Por que a essência de emparelhamento do Wrath está impregnando o lugar… ou é coisa minha?
V ficou de pé.
—Venham para fora do ginásio, não quero despertar a nenhum dos dois.
Os três caminharam sobre os colchonetes azuis e V entreabriu a porta atrás deles.
—Então, onde está Wrath? —perguntou Phury enquanto se sentavam—Pensei que estava aqui para ser testemunha de tudo isto.
—Está ocupado. Sem dúvida.
Z olhou a porta.
—Esse policial é grande, V. Esse policial é realmente grande.
—Sei. —V se recostou estirando-se de costas e pegou ar. Enquanto exalava, negou-se a olhar a seus irmãos.
—V, é realmente grande.
—Nem sequer se meta nisso. É muito cedo para saber como será.
Z se esfregou o crânio.
—Só o digo. É…
—Sei.
—E tem o sangue de Wrath dentro dele.
—Sei. Mas olhe, é muito cedo, Z. Simplesmente é muito cedo. Além disso, sua mãe não é uma Escolhida.
Os olhos amarelos de Z se tornaram bravos.
—Essa é uma estúpida e fodida regra se me perguntarem .
CAPÍTULO 40
Butch despertou na maca em meio de uma inspiração profunda pelo nariz. Estava… cheirando algo. Algo que o agradava muito. Algo que o fazia zumbir por dentro. Minha, dizia-lhe uma voz na cabeça.
Tratou de sacudir a palavra, mas só se fez mais forte. Com cada fôlego que tomava, a solitária sílaba se repetia em seu cérebro até que foi como o batimento do coração: involuntário. A fonte de sua mesma vida. O assento de sua alma.
Com um gemido, sentou-se na mesa, só para perder o equilíbrio e quase cair ao chão. Enquanto se agarrava, olhou os braços. Que demon… não, isto estava errado. Estes não eram seus braços… OH… merda, também suas pernas. Suas coxas eram enormes.
Este não sou eu, pensou.
Minha, chegou-lhe a voz outra vez.
Olhou ao redor. Deus, tudo na sala era claro como o cristal, como se seus olhos fossem janelas que tivessem sido limpas. E seus ouvidos… olhou para as luzes fluorescentes. De fato podia sentir a eletricidade atravessando os tubos.
Minha.
Inalou novamente. Marissa. Essa essência era Marissa. Estava perto…
Sua boca se abriu por própria vontade, e deixou sair um profundo, rítmico ronrono que terminou com uma palavra grunhida: Minha.
Seu coração bombeou quando se deu conta que a torre de controle em sua cabeça tinha sido completamente abatida. Já não era lógica, estava sendo governado por um instinto possessivo que fazia que o que antes tinha sentido por Marissa parecesse um capricho transitivo.
Minha!
Olhou para baixo para seus quadris e sentiu a carga do que lhe estava ocorrendo em sua agora pequena cueca. Seu membro tinha crescido acompanhando o resto de sua pessoa, e estava empurrando o fino e estirado algodão. A coisa se crispou enquanto a olhava como querendo chamar a atenção.
OH… Deus. Seu corpo queria aparear-se. Com Marissa. Agora.
Como se tivesse pronunciado seu nome, ela apareceu na entrada.
—Butch?
Sem advertência prévia, transformou-se em um torpedo, seu corpo apontando para ela e disparando através da quarto. Atirou-a ao chão e a beijou com força, montando-a enquanto se apropriava da parte da frente de suas calças e empurrando o zíper para baixo. Grunhindo, esforçando-se desprender a calça das suaves pernas, separou-lhe as coxas bruscamente, e enterrou o rosto em seu interior.
Como se tivesse dupla personalidade, viu a si mesmo atuar a distância, vendo suas mãos lhe levantarem a camisa e capturar seus seios enquanto a lambia. Logo surgindo para frente, despiu as presas que de alguma forma sabia como usar e mordeu a frente de seu fecho. Seguia tratando de deter-se, mas estava cativo em uma espécie de força centrífuga, e Marissa… era o eixo sobre o qual girava.
Do redemoinho, gemeu.
—Sinto … OH, Deus… Não posso me deter…
Ela se agarrou a seu rosto… e o acalmou completamente. Era incrível e não sabia como o tinha feito, simplesmente… seu corpo se deteve totalmente. O que o fez precaver-se de que tinha o mais curioso controle sobre ele. Se dizia não, ele se deteria. Imediatamente. Ponto.
Salvo que não estava pondo o freio. Seus olhos brilhavam com uma luz erótica.
—Me tome. Me faça sua fêmea.
Ajustou os lábios aos dele, e seu corpo disparou com o mesmo frenesi de antes. Afastando-se, rasgou a cintura de sua cueca e se colocou sobre ela com as tiras pendurando abertas. Penetrou-a tão profundamente, estirou-a tanto, que sentiu como se enluvasse cada polegada dele.
Quando gritou e lhe afundou as unhas no traseiro, foi por ela duro e rápido. E enquanto o sexo ardia furiosamente, sentiu que suas duas metades se entretiam juntas. Enquanto bombeava grosseiramente, a voz que sempre tinha reconhecido como dela e esta nova que lhe estava falando se tornaram uma.
Estava-a olhando o rosto quando começou seu orgasmo, e a ejaculação não se parecia com nada que tivesse conhecido antes. Mais aguda, mais poderosa, e continuava eternamente como se tivesse um fornecimento infinito do que a estava enchendo. E o estava encantando, batendo-a cabeça contra o ladrilhado devido ao prazer, as pernas apertadas ao redor de seus quadris, seu núcleo engolindo tudo o que lhe dava.
Quando terminou, Butch paralisou, ofegando, suando, enjoado. Só então se deu conta de que encaixavam de forma distinta; sua cabeça estava por cima da dela, seus quadris demandavam mais espaço entre suas pernas, suas mãos eram maiores contra seu rosto.
Lhe beijou o ombro. Lambeu sua pele.
–Mmmmm… e cheira bem, também.
Sim, era certo. O escuro almíscar que tinha emanado dele antes agora era uma vibrante essência na sala. E a marca estava por toda a pele da Marissa e no cabelo… também dentro dela.
O que era correto. Ela era dele.
Rodou de cima dele.
—Carinho… não estou certo de por que tinha que fazer isso —bom, a metade dele não estava segura. A outra metade só queria voltar a fazê-lo —Não tinha que fazer.
—Alegra-me de que o fizesse —o sorriso que dedicou a ele era como o sol do meio dia.
E a vista a fez dar-se conta com satisfação que também ele era seu homem: Era uma rua de duplo sentido. Pertenciam um ao outro.
—Amo você, carinho.
Ela repetiu as palavras, mas seu sorriso se desvaneceu.
—Tinha tanto medo de que morresse.
—Mas não o fiz. Terminou e parece que estou do outro lado. Estou com você do outro lado.
—Não posso voltar a passar por isso outra vez.
—Não terá que fazê-lo.
Ela se afastou um pouco e acariciou seu rosto. Logo franziu o cenho.
—Está um pouco frio aqui, certo?
—Vamos nos vestir e voltemos para a casa principal —se estirou para lhe pôr a camisa em seu lugar… e seus olhos ficaram nos seus seios com esses perfeitos mamilos rosados.
Tornou a endurecer. Cheio a arrebentar. Desesperado por voltar a liberar-se.
O sorriso dela reapareceu.
—Volta a se pôr sobre mim, nallum. Deixa que meu corpo alivie o seu.
Não teve que dizê-lo duas vezes.
Fora da salade equipamento, V, Phury e Zsadist deixaram de falar e escutaram. A julgar pelos sons afogados, Butch estava de pé, acordado e… ocupado. Quando os irmãos puseram-se a rir, V fechou a porta de todo, pensando que estava muito contente por esse par daí dentro. Muito… contente.
Ele e os gêmeos continuaram falando merda, com V acendendo ocasionalmente e atirando a cinza em uma garrafa da água. Uma hora mais tarde, a porta se abriu e Marissa e Butch apareceram. Marissa estava vestida com um Ji de artes marciais, Butch tinha uma toalha ao redor dos quadris, e a essência de emparelhamento se sentia por todo seu corpo, viam-se bem gastos e muito, muito saciados.
—Um… hey, meninos —disse o policial, ruborizando. Estava bem, mas não se movia com muita coordenação. De fato, estava usando sua fêmea como muleta.
V sorriu.
—Está mais alto.
—Sim, eu… ah, não me movendo muito bem. É normal?
Phury assentiu.
—Definitivamente. Leva um longo tempo se acostumar a seu novo corpo. Terá um pouco de controle sobre ele em alguns dias, mas vai sentir-se estranho por um tempo.
Quando o casal se adiantou, Marissa parecia como se estivesse lutando debaixo do peso de seu homem e Butch parecia vacilante, como se estivesse tratando de não reclinar-se nela tudo o que precisava.
V ficou de pé.
—Precisa ajuda em seu caminho de volta ao Pit?
Butch assentiu.
—Isso seria ótimo. Estou a ponto de cair sobre ela.
V ficou ao lado de Butch e sustentou o policial.
—Para casa, Jarvis?
—Deus, sim. Eu adoraria tomar um banho.
Butch pegou a mão da Marissa, e os três se dirigiram lentamente para o Pit.
A viagem através do túnel foi silenciosa com exceção do som de Butch arrastando os pés. E enquanto caminhavam, V se recordou saindo de sua própria transição, despertando tatuado com advertências sobre o rosto, a mão e suas partes privadas. Ao menos Butch estava a salvo, e tinha gente que o protegeria enquanto reunia forças.
V tinha sido jogado para fora e deixado por morto em um bosque atrás de um acampamento de guerreiros.
Butch também tinha outra coisa a seu favor; uma fêmea de valor que o amava. Marissa estava definitivamente brilhando a seu lado e V tratou de não olhá-la muito… salvo que não podia evitá-lo. Era tão cálida, a forma com que olhava a Butch. Tão extremamente cálida.
V não podia evitar perguntar-se como seria isso.
Quando entraram no Pit, Butch deixou sair um suspiro aborrecido. Claramente para esse, sua energia tinha fraquejado por completo, o suor brotava de sua fronte como se estivesse lutando para manter-se de pé.
—O que parece sua cama? —disse V.
—Não… chuveiro. Preciso de um banho.
—Tem fome? —perguntou Marissa.
—Sim… OH, Deus, sim. Quero… toucinho. Toucinho e…
—Chocolate —disse V secamente enquanto empurrava a força policial para sua quarto.
—OH… chocolate. Merda, mataria por isso —Butch franziu o cenho—Salvo que eu não gosto de chocolate.
—Você saberá —V abriu a porta do banheiro de um chute e Marissa se agachou para entrar no chuveiro e deixar correr água.
—Algo mais? —perguntou ela.
—Panqueca. E waffles com calda de açúcar e manteiga. E ovos…
V dirigiu um olhar à fêmea.
–Só traz algo comestível. A esta altura, comeria seus próprios sapatos
—… um sorvete e peru recheado…
Marissa beijou a Butch nos lábios.
—Voltarei em seg...
Butch a agarrou pela cabeça e a sustentou contra a boca com um gemido. Enquanto um novo fluxo de essência de emparelhamento emanava dele, manobrou com ela colocando-a contra a parede e sujeitando-a com o corpo, as mãos percorrendo-a, os quadris empurrando para frente.
Ah, sim, pensou V. O homem que acabou de passar pela transição. Por um tempo Butch ia estar serrando madeira a cada quinze minutos.
Marissa riu, absolutamente encantada com seu companheiro.
—Mais tarde. Primeiro a comida.
Butch foi para trás imediatamente, como se tivesse chamado à ordem a sua luxúria e se comportasse porque queria ser um bom menino. Quando se foi, os olhos do policial a seguiram com luxuriosa fome e adoração.
V sacudiu a cabeça.
—É um idiota de arremate.
—Homem, se antes acreditava que a amava…
—Os assuntos de homem emparelhados são uma merda poderosa —V tirou a toalha de Butch e o empurrou debaixo da água—Eu ouvi isso .
—Oh! —Butch olhou para cima, ao chuveiro—Eu não gosto disto.
—Sentirá a pele extra sensível por uma semana mais ou menos. Grita se precisar.
V estava a meio caminho do corredor quando escutou um grito. Saiu correndo de volta, metendo-se pela porta.
—O que? Que…
—Estou descascando!
V afastou a cortina do banheiro e franziu o cenho.
—Do que está falando? Ainda tem seu cabelo…
—Não em minha cabeça! Meu corpo, idiota! Estou ficando sem pêlos!
Vishous olhou para baixo. O torso e pernas de Butch estavam deixando cair um monte de escuro pêlo marrom que formavam redemoinhos no ralo.
V começou a rir.
—Olhe o desta forma. Ao menos não terá que preocupar-se a respeito de depilar as costas quando envelhecer, certo? Nada de depilações para você.
Não se surpreendeu quando uma barra de sabonete veio voando em sua direção.
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