5. Considerações finais e limitações do estudo
A importância do INS, como suporte ao planeamento e avaliação em saúde, resulta da utilização de critérios metodológicos exigentes, confirmados pela estabilidade dos principais indicadores obtidos ao longo dos anos e resulta também do facto de esses indicadores terem origem numa amostra aleatória de base populacional, e não numa qualquer outra base amostral e segmentada. Caso a amostra não fosse aleatória, de base populacional, estaria propícia a uma selecção dos entrevistadores indesejável, quando se visa obter uma avaliação equitativa das necessidades de saúde da população portuguesa e uma avaliação justa do impacte que as intervenções planeadas de saúde tiveram nessa mesma população. O INS é, assim, um instrumento de medida que contribui para um planeamento informado e uma avaliação mais correcta do Plano Nacional de Saúde e dos programas de saúde em Portugal (DGS, 2004a). Além disso, o INS é uma fonte importante de dados utilizados em estudos epidemiológicos, económicos e estatísticos (Dias, 2009).
Relativamente a desafios para o INS, pode-se afirmar que o desenvolvimento de instrumentos como o INS deve estar idealmente ligado às modificações no sistema de saúde, nomeadamente, ao Serviço Nacional de Saúde. A reestruturação do Ministério da Saúde e das suas estruturas orgânicas propicia uma reflexão sobre alguns dos sistemas de informação de saúde de interesse para o país, nomeadamente aqueles que permitem obter informação de base populacional, como é o caso do INS. A capacidade que o INS mantém de gerar informação desagregada ao nível regional (NUTS II), devido à utilização dos mesmos instrumentos ao longo de vários anos, permite obter linhas de tendência relativamente a indicadores tanto no Continente como nas Regiões Autónomas. À semelhança do que se passa na maior parte dos países, a manutenção de uma periodicidade quinquenal para este tipo de inquéritos é preconizada pelo Statistical Council (CSE) (Dias, 2009).
A responsabilização das ARS pelo planeamento e avaliação dos seus Planos Regionais de Saúde, com a alteração dos limites geográficos das regiões de saúde, constituem desafios ao planeamento dos próximos INS, assim como à comparabilidade dos indicadores obtidos pelos INS anteriores. Outro desafio ao planeamento do próximo INS passa pelo acomodar dos diversos instrumentos, mantendo a sua exequibilidade, isto é, é necessário também que se actualizem e adaptem na medida em que as características da população variam. Isto porque a consulta escrita efectuada no ano 2000 aos principais organismos do MS e as recomendações do EUROSTAT, quanto ao conjunto de indicadores a recolher e instrumentos a utilizar, solicitam a inclusão de novas áreas de inquirição e o alargamento do conteúdo de outras. Segundo Dias (2009:58):
“Em futuros INS, o aperfeiçoamento metodológico e de conteúdos do INS continuará certamente, por um lado, ligado às recomendações dos organismos europeus competentes, por outro, à adopção contínua das melhores práticas que surgem constantemente nesta área, o que pressupõe uma ligação estreita do INS à área de investigação em saúde”.
Além disso, o futuro do INS passa, seguramente, pela definição das necessidades do Ministério da Saúde em informação epidemiológica, cuja responsabilidade de recolha se encontra, actualmente, dispersa por diferentes organismos. A inclusão do INS no sistema estatístico nacional e a necessidade que o país tem de fornecer à UE um conjunto de dados e indicadores de saúde por ela definidos e que são, já hoje, obtidos através do INS, afiguram-se como outro referencial incontornável (Dias, 2009).
Relativamente à temática qualidade de vida, pôde-se concluir, das definições expostas de QdV, segundo Minayo et. al. (2000) que a questão da QdV diz respeito ao padrão que a própria sociedade define e se mobiliza para conquistar, consciente ou inconscientemente. Assim como tem que ver com o conjunto de políticas públicas e sociais que induzem e norteiam o desenvolvimento humano e às mudanças positivas no modo, nas condições e estilos de vida, cabendo parcela significativa da formulação e das responsabilidades ao denominado sector saúde.
Neste estudo, pôde-se verificar quais as opiniões de uma amostra da população portuguesa sobre questões relacionadas com a saúde e hábitos relacionados com a mesma. No que toca a questões relacionadas com a qualidade de vida, pudemos verificar através de uma análise de frequências que 41,5% da população portuguesa considera “boa” a sua QdV. No que toca à questão da QdVRS, 47,3% dos portugueses considera-se “satisfeito” com a sua saúde nesse âmbito. Por sua vez, 15,5% considera-se “muito satisfeito” com a sua capacidade para realizar as suas actividades diárias, estando 17,1% “nem satisfeito nem insatisfeito”.
Relativamente à análise de possíveis indicadores determinantes de qualidade de vida dos portugueses, pudemos concluir que efectivamente a idade, o género, o nível de ensino e o nível de rendimento correlacionam-se significantemente com as variáveis de QdV, QdVRS e AVD. Pudemos observar que quanto mais pobre se é, menos QdV, QdVRS e AVD se tem. Por seu turno, quanto maior nível de ensino, maior nível de QdV, QdVRS e AVD. No que diz respeito à variável género, recodificada em “FEM”, também se pôde verificar que o facto de se ser mulher diminui as diferentes variáveis de qualidade de vida. Isto porque, assim como afirmam outros estudos, o sexo feminino tem-se vindo a demonstrar mais exigente do que o masculino no que diz respeito a opiniões sobre saúde, assim como qualidade de vida. Além de que a mulher, tendo maior esperança média de vida, também admite viver com pior qualidade de vida na generalidade, uma vez que vive mais tempo na velhice em piores condições de saúde do que o género masculino. Por último, analisando a variável “idoso”, pôde-se verificar que quanto mais idoso se é, menos nível de QdVRS e AVD se tem. Todavia, em vários estudos foi demonstrado que os idosos não são tão exigentes relativamente a questões de QdV como a população jovem, mesmo encontrando-se debilitados a nível de saúde. Esta realidade dá-se a um fenómeno de amortecimento, ou seja, à relativização desses factos aquando a velhice. Por exemplo, a percepção que um idoso de 90 anos tem, tende a ser melhor que a realidade porque dá mais valor à vida nesta faixa etária.
Várias evidências científicas mostram a contribuição que a saúde tem tido na QdV, tanto para indivíduos como para populações. Igualmente, muitas das componentes da vida social que contribuem para a QdV são também essenciais para a sociedade, para que obtenham um padrão de vida adequado. Deste modo, para que se atinjam esses padrões de vida adequados é necessário aceder a serviços de saúde com qualidade. É necessário que os determinantes de saúde sejam considerados abrangentemente, requerendo boas políticas públicas (tendo em conta o seu impacto na saúde), é necessário também uma articulação intersectorial efectiva e o envolvimento da população. Neste contexto a promoção da saúde é significantemente importante (Buss, 2000).
Desta forma, é essencial que o sector governamental da saúde promova informação sobre as temáticas que aferem o Inquérito Nacional de Saúde antes de o mesmo ser aplicado aos cidadãos, assim como consciencializá-los sobre a importância da sua participação no desenvolvimento de políticas e estratégias de saúde. Melhor ainda seria, posteriormente ao inquérito, divulgar os resultados de forma visível à população, de modo a ser perceptível que políticas e estratégias foram implementadas pelo Governo de forma a resolver aspectos menos positivos da caracterização do estado de saúde da população portuguesa.
Outro aspecto importante seria disponibilizar mais facilmente os microdados do INSA/INE de forma a estarem ao alcance de todos os estudantes e investigadores, para que seja assim possível trabalhar os dados e elaborar pesquisas e estudos de forma também a melhorar futuros inquéritos. Seria mais benéfico aos utilizadores dos microdados do INS que as variáveis estivessem o menos recodificadas possível, de forma a poderem-se recodificar como o investigador melhor pretendesse, como é o caso da variável idade que está em grupos etários e não em idades. Assim como a variável nível de ensino, que foi recodificada sem qualquer indicação na nota metodológica do INS de 2005/2006. Observou-se também ambiguidade na formulação de algumas perguntas.
No futuro dever-se-iam ter em conta as instituições privadas de saúde, uma vez que através das respostas obtidas pelos inquiridos nos dá a percepção de que responderam tendo em conta a prestação de serviços médicos privados, por exemplo visível na variável despesas em saúde. Deste modo, observaram-se lacunas nas respostas. Como exemplo temos um tempo de espera demasiado para consultas pré-marcadas, possivelmente referiam-se ao tempo de espera na urgência ou para intervenções cirúrgicas. Outra limitação do estudo é a difícil aplicação dos resultados obtidos através do INS relativamente a outros estudos elaborados. Assim, seria pertinente aplicar em futuros INS perguntas de instrumentos de medição já existentes, para que os resultados sejam passíveis de comparação.
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