. Acesso em: 24 nov. 2015.
Você acha que os tópicos dessa linha do tempo poderiam ser organizados de forma diferente? Por quê?
3. Considerando que toda narração de um evento histórico leva em conta os fatos, mas também a visão de mundo e a subjetividade de quem seleciona, organiza e narra os acontecimentos, você e seus colegas vão se reunir em grupos e fazer uma pesquisa sobre esse mesmo tema, considerando diferentes fontes (autores) e veículos de informação (livros, revistas e sites confiáveis).
a) Após a pesquisa, vocês devem propor uma linha do tempo. Por meio de tópicos, organizem uma possível sequência das ações que ocorreram na história desse conflito. Essa sequência, assim como no exemplo, deve servir de síntese sobre as origens das questões entre árabes e israelenses na Palestina.
b) Essa síntese do conflito deve ajudar a explicar ao menos três das observações feitas pela autora do texto “O que a guerra me ensinou”. Indique, no caderno, quais poderiam ser as explicações para:
▸ o fato de soldados israelenses, atualmente, terem o poder de revistar palestinos suspeitos nos check-points;
▸ a chamada Independência (ou Nakba) de 1948;
▸ a guerra, em 1973, de Israel contra Egito e Síria.
4. O relato pessoal é um texto em que o autor não precisa se preocupar em ser imparcial, neutro. Nesse gênero de relato, ele pode expor sua visão particular dos eventos e “recortar” o que, de seu ponto de vista, é mais relevante. O leitor, sabendo dessa característica, precisa ser capaz de reconhecer o grau de parcialidade existente, avaliando opiniões expressas ou indiretas em um texto dessa natureza.
Embora o relato pessoal permita a parcialidade e até a passionalidade (defesa apaixonada de uma ideia), a autora de “O que a guerra me ensinou” não parece querer ser parcial ou passional em seu texto. Releia o segundo e o terceiro parágrafo do relato e destaque trechos que indicam a tentativa da autora de fazer um relato imparcial:
-
no que diz respeito à análise das questões conflituosas de política internacional, de um modo geral;
-
no que se refere à análise do conflito entre Israel e Palestina, de um modo específico.
5. A tentativa de ser imparcial revela-se na preocupação com a seleção dos exemplos: há descrições dos problemas vividos por palestinos e por israelenses, em razão das dificuldades para se chegar a uma solução do conflito.
Entretanto, em alguns trechos, ao escolher certas palavras para descrever momentos do cotidiano das pessoas envolvidas, a autora deixa transparecer maior compaixão por uma das partes.
Releia o primeiro parágrafo de “Marcas invisíveis” e responda:
-
A julgar por esse trecho, que grupo parece estar em desvantagem no conflito? Destaque do trecho palavras ou expressões que justifiquem sua resposta.
-
Por que, ao descrever essa situação, a autora do relato parece estar mais sensível a um dos lados?
6. Em outro trecho, ao relatar os dramas vividos por israelenses, a autora sugere que eles são vítimas do conflito tanto quanto os palestinos. Releia:
“O conflito aparece na vida dos jovens israelenses de modo inevitável: o serviço militar é obrigatório tanto para garotas (dois anos) quanto para rapazes (três anos). A recusa em fazê-lo resulta em prisão por seis meses ou mais e, dependendo do caso, em outras punições. Muitos vão para os check-points, outros fazem a segurança dos assentamentos judeus nos territórios ocupados, entre outras atividades. As lembranças do período que passou no exército eram incômodas para Zeevy, 41 anos, de Safed, cidade no norte de Israel. Ele não gostava de falar a respeito. Vez ou outra, depois de um copo de cerveja, fazia algum comentário: ‘Precisávamos nos defender daqueles baderneiros’. Disse que teve amigos feridos por palestinos e foi necessário revidar.”
-
Segundo o trecho, de que forma o conflito causa impactos à vida dos israelenses?
b) Ao escolher exemplos de pessoas comuns afetadas pelos conflitos de uma região em constante estado de tensão e não discutir as razões políticas desse conflito, a narradora consegue reforçar sua preocupação em não tomar partido? Justifique sua resposta.
7. Releia:
“[...] Se acredito na paz? Não, se paz é sinônimo de acordos políticos perpetrados por governantes e lobbies poderosos. Sim, se paz é resultado da mudança no jeito de olhar e de conviver de um indivíduo.[...]”
-
Um texto é produto de um tempo e um lugar determinado, e pode ser mais bem compreendido se mobilizar certos conhecimentos históricos externos a ele. Após uma pesquisa cuidadosa sobre o assunto, explique por que, possivelmente, a jornalista não acredita em um acordo político que possa levar à paz aquela região.
b) A que conclusões chega a jornalista após suas muitas experiências em zonas de conflito?
c) A paz na qual a jornalista acredita é resultado de uma crença, de uma visão de mundo. Explique qual é esse tipo de paz e o que essa crença revela sobre seu pensamento acerca do mundo e das pessoas.
Habilidades leitoras
Ao ler o texto e resolver as atividades propostas, você:
destacou os valores presentes em alguns dos relatos do texto;
buscou informações externas ao texto para compreender melhor os dados apresentados pela jornalista;
reconheceu a necessidade de conhecimentos históricos para interpretar certas situações, certos fatos presentes em um texto;
deduziu alguns dos valores considerados importantes para a autora do relato e que ajudaram a compor sua visão do assunto tratado.
Texto 2
O texto a seguir destaca a busca pelo novo, aquilo que não foi experimentado ou divulgado por outros viajantes.
A pé com Lao-tsé
Sérgio Branco
A frase é usada para demonstrar que grandes conquistas partem de uma primeira ação, às vezes banal. O criador é um filósofo chinês, o genial Lao-tsé: “Uma longa caminhada começa com o primeiro passo”. O ensinamento do sábio, que muitos historiadores definem como o criador do taoismo, deve servir de pauta para todos os viajantes. A caminhada pode ser entendida também como descoberta. E ainda não inventaram jeito melhor de descobrir um lugar do que passeando a pé por ele.
Qualquer cidade em qualquer país será desvendada por aqueles que derem o primeiro passo. Perder-se por avenidas, ruas, vielas, bulevares, escadarias e becos e flertar com a novidade. Um detalhe, uma lasca do imprevisível. Algo surge e pode marcar a viagem para sempre.
Lembro Barcelona, 1993. Saído do mercado La Boquería, perdia-me sem destino por uma rua do Bairro Gótico quando, na direção contrária, uma turba gritava palavras de ordem. Era uma manifestação do Partido Comunista Catalão. Havia duas alternativas: ser levado pela multidão que empunhava bandeiras vermelhas ou quebrar à esquerda em uma viela, tão estreita que nem carro cabia. Entrei na viela.
Como era hora do almoço, a fome dava sinais. Caminhei por cerca de 50 metros e notei uma pequena placa: Can Culleretes. Um restaurante discreto, apenas uma porta de madeira, antiquíssima. Na parede lateral, uma pequena caixa de madeira com vidro protegia um recorte amarelado do El País.
©iStockphoto.com/Joel Carillet
Pessoas caminham em rua do Bairro Gótico, na cidade de Barcelona, Espanha. Fotografia de 2015.
Li e me surpreendi. Entre outras coisas, o artigo informava que o Can Culleretes era um bastião da comida catalã. E mais antigo que ele, somente o Sobrino de Botín, aquele famoso de Madri, tido como o mais velho da Europa (talvez do mundo) em atividade.
Claro que entrei. Ao cruzar a porta, mais surpresa: um salão enorme, cheio de gente. Ninguém com cara de turista. Uma senhorinha simpática, de avental típico, indicou uma mesa. Sentado, à espera do cardápio, notei pinturas clássicas e modernas, antigos azulejos decorativos, desenhos enquadrados em molduras de madeira, esboços artísticos, rabiscados na própria parede, fotos e mais fotos também emolduradas. Parecia coisa de gente importante ou famosa.
Escolhi um prato catalão com frutos do mar e, enquanto esperava, tirei da mochila meus dois ótimos guias de Barcelona e vasculhei em busca do Can Culleretes. Nada. Nenhuma menção. Era uma descoberta, pensei.
Comida maravilhosa, preço excelente (ainda em pesetas) e atendimento carinhoso, mesmo para um turista enxerido num ambiente reservado a catalães.
Jamais teria acontecido se não fizesse aquele passeio a pé, sem destino, pressionado pela massa comunista da cidade — detalhe que fez a diferença, mas que só ocorre quando você é guiado pelo imponderável.
Espalhei minha descoberta a todos que pude. Escrevi até artigo em jornal, ainda em 1993. Vivi o prazer de contar o que ninguém sabia.
Voltei a Barcelona outras vezes. A mais recente foi no último réveillon. Em todas, fui comer no Can Culleretes, com 226 anos de história completados em 2012. Continua na mesma viela, pertinho do La Boquería. Ainda não é fácil encontrá-lo em guias, mas hoje está na internet (culleretes.com).
Lição aprendida, mantenho minha busca por lugares inusitados em rondas a pé pelas cidades que visito. Nem sempre encontro algo valioso, mas a sensação da procura sem compromisso já me contenta. Viagens são lembradas por fatos assim. Nunca esquecemos nossas descobertas. E poder dividi-las é uma satisfação imensa.
Viaje Mais. São Paulo, Europa, jun. 2012.
turba: multidão.
bastião: sustentáculo, apoio, alicerce que contribui para a subsistência de algo.
enxerido: intrometido.
imponderável: aquilo que não pode ser previsto.
inusitado: incomum.
Interpretação do texto
1. Atente à estrutura do texto:
1o e 2o parágrafos — Introdução. Citação de uma frase de Lao-tsé, filósofo chinês, que serve de ponto de partida para a produção do relato.
3o ao 7o parágrafo — Relato de uma descoberta feita pelo redator quando passeava por Barcelona.
8o ao 11o parágrafo — Retomada da reflexão que introduz o texto. Conclusão do relato com a explicitação de uma lição aprendida.
Todas as partes que preenchem essa estrutura foram organizadas em torno de uma informação principal. O autor escolhe um ponto de partida e o transforma no fio condutor do texto, o que garante a coerência do relato: a citação de Lao-tsé, “Uma longa caminhada começa com o primeiro passo”.
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A citação de Lao-tsé pode ser compreendida no sentido figurado. Considerando isso, explique um dos sentidos possíveis para as expressões “longa caminhada” e “primeiro passo”.
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O sentido que o autor utiliza em seu texto, contudo, é diferente dessa interpretação mais figurada. Explicite que sentido é esse.
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Por que o autor emprega esse outro sentido da frase de Lao-tsé em seu texto? Que tipo de exploração ele fez da frase para desenvolver seu relato?
Palavras, expressões ou frases estão em sentido literal quando expressam seu sentido próprio, restrito, aquele compreendido sem auxílio de contexto e sem associações secundárias.
O contrário disso é o sentido figurado, que ocorre quando palavras, expressões ou frases podem ser compreendidas a partir da associação com outras ideias, tornando-se, assim, uma representação que tem diversos significados, dependendo do contexto.
2. Por que o restaurante encontrado por Sérgio Branco em uma das vielas de Barcelona teve um caráter de descoberta para ele?
3. A que o autor do texto atribuiu essa descoberta?
4. O texto deixa claro quais são os objetivos que o autor tem como viajante. Esses objetivos correspondem aos de Maria Fernanda Vomero em seu texto “O que a guerra me ensinou”? Explique de que forma cada um dos relatos revela algumas das motivações desses viajantes.
5. Veja agora as capas das revistas em que cada um desses relatos foi publicado e as informações sobre elas.
©Editora Abril/Reprodução
A revista Vida Simples é voltada a um público preocupado com o bem-estar para si e para o planeta, por isso apresenta matérias sobre sustentabilidade, comportamento ético, práticas de gentileza, respeito pela cidade, além de ideias criativas para resolução de problemas que atrapalham a vida das pessoas.
©Editora Europa/Reprodução
A revista Viaje Mais é uma publicação de turismo voltada ao público que deseja informações sobre novos destinos turísticos ou antigos destinos com novidades. Para atender a esse público, oferece roteiros e reportagens de quem esteve antes no local e pôde descobrir o melhor de cada viagem.
Além de refletirem um pouco das motivações de cada autor viajante, os relatos de viagem também se enquadram nas propostas editoriais das revistas nas quais foram publicados.
Explique por que não seria esperada pelo leitor a publicação do texto “O que a guerra me ensinou” em uma revista como a Viaje Mais. Que expectativas desse leitor poderiam ser quebradas?
Conhecimentos linguísticos
Tipos de sujeito
Para relembrar
Tipos de sujeito
Simples: formado por um único núcleo:
“[...] suas palavras já se encontravam impregnadas de melancolia”.
Composto: apresenta dois ou mais núcleos:
“Em 1973, Egito e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel”.
Desinencial: não está expresso na oração, mas pode ser identificado pela desinência do verbo:
“Heba tinha apenas 23 anos [...]. Casara-se aos 15 com um primo de segundo grau quase uma década mais velho”.
(Pelo contexto e pela desinência do verbo destacado, sabemos que o sujeito de casar-se também é Heba.)
Observação: A denominação sujeito oculto, apesar de bastante difundida, é inexata: um sujeito não explícito, mas facilmente identificável pela desinência verbal e pelo contexto, não está, de fato, oculto.
Indeterminado: não é possível identificar quem praticou a ação verbal. O sujeito indeterminado apresenta-se de duas formas:
1. Com o verbo na 3ª pessoa do plural:
Discutiram sobre o conflito entre israelenses e palestinos durante o debate.
2. Com o verbo na 3ª pessoa do singular, seguido do se, índice de indeterminação do sujeito:
Falou-se sobre o conflito entre israelenses e palestinos durante o debate.
Oração sem sujeito
É a que tem verbo impessoal. Veja os principais verbos impessoais:
haver no sentido de “existir”:
Há vários conflitos por questões políticas e religiosas na região.
haver e fazer indicando tempo decorrido:
Há / faz anos que não existe paz completa naquelas regiões.
ser indicando tempo:
Eram 13 horas quando entrei no discreto restaurante catalão.
verbos que indicam fenômenos naturais:
Fazia muito calor naquela terra de tons amarelados, com tantas áreas desérticas.
Chovia levemente enquanto os turistas caminhavam pelas ruas de Madri.
Sujeito agente e paciente
O sujeito agente pratica a ação expressa pelo verbo:
Um ataque suicida vitimou vários civis.
O sujeito paciente sofre a ação do verbo:
Vários civis foram vitimados por um ataque suicida.
Usos do sujeito na construção da coesão
1. Identifique e classifique o sujeito dos verbos sublinhados nestes trechos do relato de viagem “O que a guerra me ensinou”.
a) “Conheci a palestina Heba em Belém, no campo de refugiados Deheishe, o maior da Cisjordânia.”
b) “Tomávamos café na sala de sua modesta casa, quando lhe perguntei [...].”
c) “Acalentei durante anos o desejo de visitar regiões marcadas por algum tipo de disputa ou guerra civil a fim de conhecer suas gentes [...].”
d) “Aprendi a reconhecer a complexidade de cada confronto e a afastar-me do maniqueísmo.”
e) “Mais tarde, passei a questionar a cobertura superficial ou tendenciosa dos conflitos e a mania de reduzir dramas humanos a estatísticas ou manchetes de impacto [...].”
2. Reescreva a frase a seguir no caderno completando-a com a conclusão mais apropriada.
No gênero relato de viagem:
a) sujeitos representados pelos pronomes eu e nós são comuns, já que nesse gênero o autor conta ao leitor suas vivências e impressões.
b) a existência de diversos sujeitos representados pelos pronomes eu e nós não tem nenhuma relação com o fato de este ser um gênero em que se percebe a presença do autor no texto.
3. Compare:
“[...] ‘ataque suicida deixa X mortos’, ‘bombardeios matam Y em escola’ etc.”
“Pouco se fala das pessoas, cujas vidas são afetadas de modo inexorável.”
a) Identifique o sujeito dos verbos sublinhados nas frases acima.
b) Em qual frase o sujeito indica aquele que:
pratica a ação (sujeito agente)? Frase 1.
sofre a ação (sujeito paciente)? Frase 2.
c) Ao utilizar sujeito paciente, uma das frases chama a atenção do leitor para assuntos tratados com superficialidade nos textos jornalísticos. Escreva-a e procure explicar sua resposta.
d) Qual frase, ao usar sujeito agente, mostra a maneira preferida dos textos jornalísticos de tratar de conflitos? Escreva-a e explique sua resposta.
4. Complete a frase. Com base nas questões 1 e 2, podemos concluir que, nos relatos, há predominância de:
a) sujeitos agentes, por meio dos quais o autor, usando a primeira pessoa, destaca experiências marcantes de sua viagem.
b) sujeitos pacientes, porque o autor, ao usar a primeira pessoa, ressalta a importância dos seres que sofrem as ações praticadas por ele.
Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é o agente da ação verbal. Por exemplo:
Luís consertou o violão.
E está na voz passiva quando o sujeito recebe ou sofre a ação verbal; na voz passiva o responsável pela ação verbal é o agente da passiva:
O violão foi consertado por Luís.
5. A elipse é a supressão de um termo que pode ser identificado pelo contexto. Leia a seguir um trecho do célebre romance do escritor irlandês Jonathan Swift (1667-1745), Viagens de Gulliver. Nele, o narrador, Gulliver, relata suas aventuras durante sua estadia na ilha de Lilliput, onde é feito prisioneiro pelos minúsculos habitantes de lá.
Cerca de quatro horas após o início de nossa Jornada, fui despertado por um acidente muito ridículo; pois quando a Carroça se deteve por um momento para ajeitar algo que estava fora do lugar, dois ou três dos jovens Nativos, curiosos para ver como eu era quando dormia, subiram na Máquina, e andando mui delicadamente até meu rosto, um deles, um Oficial da Guarda, enfiou a ponta aguçada de sua Meia-Lança bem fundo em minha Fossa Nasal esquerda, o que teve o efeito de me fazer cócegas como se fosse uma Palha, e provocou um espirro violento: em razão disso os dois escapuliram sem ser vistos, e foi só três semanas depois que fiquei sabendo por que despertei de modo tão súbito. Fizemos uma longa Jornada pelo resto Daquele dia, e descansamos à Noite com quinhentos guardas a cada lado de mim, metade deles munidos de Archotes, e metade com Arcos e Flechas, prontos para disparar se eu tentasse me mexer. Na Manhã seguinte, ao nascer do Sol, continuamos nossa viagem, e chegamos a duzentas jardas dos Portões da Cidade por volta do meio-dia. O Imperador, com toda a sua Corte, veio nos receber, mas seus altos Oficiais de modo algum permitiram que sua Majestade corresse o risco de subir em meu Corpo.
SWIFT, Jonathan. Viagens de Gulliver. Tradução de Paulo Henriques Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 95.
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Ilustração de 1860 para a edição de Viagens de Gulliver publicada pela editora escocesa Nelson & Sons.
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O sujeito dos verbos destacados nesse trecho está elíptico. Identifique-o e classifique-o.
b) No trecho “dois ou três dos jovens Nativos, curiosos para ver como eu era quando dormia[...]”, o autor poderia ter deixado o sujeito elíptico nesse caso? Por quê?
6. As frases abaixo foram tiradas dos relatos apresentados. Observe a forma como as reescrevemos.
Trechos originais
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Trechos reconstruídos
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“[...] como Bat-Sheva, polonesa de nascimento, que chegou à Palestina [...] com a mãe, aos 5 anos [...]”
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[...] como Bat-Sheva, polonesa de nascimento. Bat-Sheva chegou à Palestina com a mãe, aos 5 anos.
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“[...] ser levado pela multidão que empunhava bandeiras vermelhas [...]”
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[...] ser levado pela multidão. A multidão empunhava bandeiras vermelhas.
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“[...] eu topava com alguém que me mostrava por que valia a pena acreditar no outro.”
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[...] eu topava com alguém. Esse alguém me mostrava por que valia a pena acreditar no outro.
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Em frases como as apresentadas aqui, o pronome que é chamado de pronome relativo porque mantém relação com o termo que o antecede. Qual é o antecedente do pronome que em cada trecho original?
b) Nos trechos reconstruídos, o pronome que foi eliminado. Que termo o substituiu em cada caso?
c) Qual é a função sintática desses termos nas frases reconstruídas?
d) Sabendo que a função sintática do que é a mesma do termo usado para substituí-lo, responda: qual é a função sintática do que nos trechos originais?
e) Reescreva a frase completando-a: o uso do pronome relativo permite ___ e ___
evitar a repetição de um termo citado anteriormente. CORRETO
evitar a repetição de um termo que aparecerá depois.
juntar dois períodos formando um só. CORRETO
7. Analise a sequência de ideias nesta notícia publicada em um jornal.
Turista pega 3 meses de cadeia após tocar ombro de uma policial de Dubai
Juiz Mohammad Jamal também multou o réu em R$ 1.635.
Homem alega que tocou ombro de policial para pedir informações.
Um turista de 49 anos pegou três meses de cadeia após tocar no ombro de uma policial em Dubai, nos Emirados Árabes, para pedir informações. O turista do Cazaquistão acabou condenado por abuso sexual.
Ele negou as acusações e disse que só deu um tapinha no ombro da policial, pois queria lhe pedir informações sobre como chegar em um shopping. Apesar de alegar inocência, ele foi condenado e multado por um tribunal de Dubai.
Além de três meses de prisão, o juiz Mohammad Jamal multou o réu em R$ 1.635. Após a decisão da Justiça, o homem deverá ser deportado. Ele tem um prazo de 15 dias para recorrer da sentença.
LatinStock/Corbis/NurPhoto/Artur Widak
Policiais em Dubai, Emirados Árabes Unidos, em 2015.
Globo.com, 21 maio 2015. Disponível em:
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