Lobsang Rampa



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Lobsang Rampa

Êste livro retrata uma vida inteiramente diversa de qualquer coisa que conheçamos no mundo ocidental, e na qual os podêres ocultos e acontecimentos sobrenaturais desempenham importante papel. É a continuação da narrativa feita por um homem, cujo corpo foi tão completamente invadido pelo espírito de um Lama tibetano, do mosteiro de Potala, em Lhasa, que na verdade êle se tornou o próprio Lama. Êsse sofreu um cativeiro prolongado e difícil, sobreviveu à degradação, fome e torturas infligidas pelos japonêses durante a Segunda Guerra Mundial, e nesta obra faz referências aos podêres e conhecimentos que lhe permitiram isso.

A narrativa pareceria flagrantemente absurda, não fôra a realidade espantosa que a permeia, e as provas irrefutáveis de podêres sobrenaturais e ocultos que o autor apresenta.

Existirão fronteiras intransponíveis pelo homem? Ou estarão as capacidades mentais e físicas dêstes limitadas somente por seu conhecimento a respeito de seu próprio corpo e alma?

Aí temos perguntas sôbre as quais cada leitor terá de formar o seu próprio juízo.
ÍNDICE



PREFÁCIO DO AUTOR 5

Rumo ao Desconhecido 21

Chungking 35

Dias de Estudo 54

Voando 69

0 Outro Lado da Morte 96

Clarividência 116

Voo de Misericórdia 133

Quando o Mundo Era Muito Jovem 150

Prisioneiro dos Japoneses 167

Gomo Respirar 185

A Bomba 202

NOTA POR BONDADE DOS EDITORES 212




PREFÁCIO DO AUTOR


Quando estive na Inglaterra, escrevi “A Terceira Visão"’, livro fiel à verdade, mas que causou muitos comentários. De todo o mundo recebi cartas, e em resposta e atendimento a pedidos escrevi o presente livro, “O Médico de Lhasa”.

Minhas experiências, como as narrarei em uma terceira obra, têm ocorrido em grau muito além do que a maioria das pessoas têm de suportar, e foram experiências que só encontram paralelo em alguns poucos casos na história. Não é êsse, entretanto, o objetivo dêste livro, que é como uma continuação de minha autobiografia.

Eu sou um lama tibetano que veio para o mundo ocidental em obediência ao destino, e veio como fôra previsto, suportando tôdas as vicissitudes que haviam igualmente sido previstas. Infelizmente os ocidentais me encararam como uma curiosidade, espécime que devia ser pôsto no interior de uma jaula e exibido como aberração vinda de algum lugar desconhecido. Isso me fazia pensar no que ocorreria a meus velhos amigos, os Yetis (1), se os ocidentais se apoderassem dêles como estão procurando fazer.

Não tenho a menor dúvida de que o Yeti levaria tiros, e seria depois empalhado e pôsto em algum museu, e mesmo então surgiriam pessoas proclamando que coisas ou sêres tais como os Yetis não existem! A mim parece estranho, inconcebível mesmo, que os ocidentais acreditem na televisão, e em foguetes espaciais que podem fazer círculos ao redor da Lua e regressar à Terra, e ainda assim não deram crédito aos Yetis ou aos “Objetos Voadores Não-Identificados” (2) ou, a bem do fato, a qualquer coisa que não consigam ter ao alcance das mãos e dissecar ou demonstrar para ver como funciona.

Estou, no entanto, diante da formidanda tarefa de registrar em poucas páginas aquilo que requereu todo um livro, os detalhes de minha infância. Eu nasci em família de alta estirpe, uma das principais em Lhasa, capital do Tibete. Meus pais tinham voz destacada na direção do país, e devido à minha estirpe recebi preparo severo, de modo que estivesse à altura de assumir meu lugar. E antes de completar sete anos de idade, de acordo com nossos costumes, os Sacerdotes Astrólogos do Tibete foram consultados para determinarem o tipo de carreira que me seria aberta. Por dias seguidos êsses preparativos tiveram lugar, organizando-se uma festa imensa na qual todos os cidadãos mais destacados, tôdas as notabilidades de Lhasa, vieram tomar conhecimento de meu destino. Chegou o Dia da Profecia, e nossa propriedade estava tomada pelo grande número de convivas. Os astrólogos vieram com suas folhas de papel, cartas astrológicas e todos os elementos essenciais da profissão. Chegado o momento apropriado, quando todos haviam sido levados a alto grau de animação, o astrólogo-chefe deu a conhecer o que descobrira, sendo solenemente proclamado que eu deveria ingressar num mosteiro, à idade de sete anos, e receber o preparo para tornar-me sacerdote e sacerdote-cirurgião. Muitas predições foram feitas a respeito de minha vida e, na verdade, tôda ela foi delineada em traços principais, e para meu grande pesar tudo quanto disseram foi confirmado. Digo “pesar”, porque a maior parte foi infortúnio, vicissitude e sofrimento, e as coisas não se tornam mais fáceis para quem já saiba antecipadamente tudo quanto vai ter de atravessar.

Ingressei no Mosteiro de Chakpori com sete anos de idade, seguindo até suas portas numa caminhada solitária. À entrada,

fizeram-me parar e tive de superar uma provação, onde puseram em jôgo minha capacidade de resistência, a fim de verificarem se agüentaria o preparo ministrado em seu interior. Passei pela prova, e deram-me licença para entrar. Percorri tôdas as etapas, iniciando como novato o mais rudimentar, e afinal tornei-me lama e abade. A medicina e a cirurgia constituíam meus pontos altos, e eu as estudei com avidez, recebendo todos os elementos necessários para o exame de cadáveres. Há quem acredite, no Ocidente, que os lamas tibetanos não fazem coisa alguma aos corpos doentes, se para isso fôr preciso perfurá-los de qualquer modo. Parece existir a crença de que a ciência médica tibetana seja rudimentar, porque os lamas médicos tratam apenas o exterior do corpo, e jamais o seu interior. Isso não é verdadeiro, e concordo em que o lama comum jamais abre um corpo, estando tal procedimento em desacordo com sua forma própria de crença, mas existe um número especial de lamas, dos quais fui um, preparados para efetuarem operações, e operações possivelmente além do alcance da ciência ocidental.

Menciono também, e de passagem, a crença prevalente no Ocidente, de acordo com a qual a medicina tibetana ensina estar o coração do homem de um lado do corpo, e o da mulher, de outro. Nada poderia ser mais ridículo do que isso, e informações dêsse jaez têm sido dadas aos ocidentais por elementos que não tinham conhecimento real do que escreviam, uma vez que algumas das cartas e mapas a que êles se referiam tratavam de corpos astrais, o que constitui algo muito diferente. Isso, no entanto, nada tem a ver com êste livro.

O meu preparo foi muito intenso, pois eu tinha de conhecer não apenas minhas especialidades em medicina e cirurgia, mas também as Escrituras, e isso porque, sendo um lama médico, tinha também de passar por lama religioso, como sacerdote inteiramente preparado. Por tal motivo foi preciso estudar aquêles dois ramos ao mesmo tempo, e isso representava estudar duas vêzes mais do que a média. Eu não via isso com grande satisfação, ao que posso afiançar!

Nem tudo era dureza, entretanto. Fiz muitas viagens às regiões mais elevadas do Tibete (Lhasa, sua capital, está a 3.600 metros acima do nível do mar) para colher ervas, pois baseamos a medicina no tratamento dos doentes com as mesmas, e em Chakpori tínhamos ao menos 6.000 tipos diferentes de ervas guardadas. Nós, tibetanos, acreditamos saber mais a respeito da herborização (3) do que os habitantes de qualquer outra parte do mundo, e vejo essa crença fortalecida em mim mesmo, agora que percorri o planêta diversas vêzes.

Em algumas viagens efetuadas às partes mais altas do Tibete, voei em papagaios, pandorgas ou pipas, cujas dimensões permitiam carregar um homem, pairando acima de picos pontiagudos e cortantes das grandes cordilheiras, e tendo a visão de muitos quilômetros sôbre os campos. Tomei parte em memorável expedição à região quase inacessível do Tibete, o ponto mais alto do Planalto de Chang Tang, onde nós, os componentes da expedição, encontramos um vale profundamente isolado entre falhas na rocha e aquecido pelos fogos eternos da Terra, que faziam águas aquecidas borbulharem e desembocarem no rio. Encontramos, além disso, uma grande e poderosa cidade, metade da qual exposta ao ar quente do vale oculto, a outra metade sepultada pelo gêlo absolutamente cristalino de uma geleira, gêlo êsse tão límpido que essa metade da cidade se mostrava tão visível quanto o seria, imersa na mais pura das águas. A parte degelada apresentava-se quase intacta, e o curso dos anos fôra gentil com as construções. O ar parado, a ausência do vento, havia salvo tais construções dos danos causados pela erosão eólica. Nós percorremos suas ruas, sendo as primeiras pessoas a fazê-lo em muitos milhares de anos, e andamos à vontade, visitando o interior de casas que pareciam estar à espera dos donos, até olharmos mais detidamente e notarmos esqueletos estranhos, petrificados, e compreendermos que se tratava de uma cidade morta. Havia ali dispositivos e engenhos numerosos, de aspecto fantástico, a indicar que aquêle vale oculto já fôra o lar de civilização muito mais adiantada do que qualquer outra existente sôbre a terra. Aquilo provava, de maneira indiscutível, que éramos o mesmo que selvagens, em comparação à gente daquela era distante. Neste livro, que é o segundo, falarei mais sôbre essa cidade.

Quando ainda bem jovem, sofri uma operação especial a que se chama “abertura da terceira visão”. Consistiu em inserir ao centro de minha testa uma lasca de madeira dura, embebida em soluções herbais especiais, a fim de estimular uma glândula que me conferia maiores podêres de clarividência. Eu nascera acentuadamente clarividente, mas após a operação passei a sê-lo ainda mais, e podia ver as pessoas com a aura a rodeá-las, como se estivessem envoltas em roupagens de côres flutuantes. Julgando pelas auras, podia adivinhar-lhes os pensamentos, saber o que as afligia e punha doentes, quais eram suas esperanças e receios. Agora, que deixei o Tibete, estou procurando interessar os médicos ocidentais em um dispositivo que capacitaria qualquer médico e cirurgião a ver se a aura humana realmente se apresenta em côres. Sei que, se médicos e cirurgiões puderem ver essa aura, poderão igualmente ver o verdadeiro mal ou padecimento da pessoa, de modo que olhando as côres, e pelo esbôço das faixas coloridas móveis, o especialista poderá determinar com exatidão as doenças de que a criatura padece. Além disso, poderá determiná-las antes que se manifeste qualquer sinal visível no próprio corpo físico, pois a aura apresenta indicações de câncer, tuberculose e outros males, muitos meses antes de os mesmos se manifestarem no corpo físico. Assim, tendo obtido um aviso prévio do ataque por parte da doença, o médico poderá tratar o mal e curá-lo, sem possibilidade de êrro. Para meu horror e profundo pesar, os médicos ocidentais não se mostram interessados e parecem achar que o dispositivo tem a ver com mágica, ao invés de estar apoiado apenas em senso comum, como acontece na realidade. Qualquer engenheiro sabe que os fios de alta tensão apresentam uma corona ao redor de si. O mesmo ocorre com o corpo humano, e o que desejo demonstrar aos especialistas é apenas uma coisa física comum, e êles não a aceitam. Temos, nisto, uma tragédia. Mas a coisa aparecerá, com o tempo. A tragédia a que me refiro está em que muitas pessoas terão de sofrer e morrer desnecessariamente, até que apareça.

O Dalai-tô Lama, o décimo terceiro Dalai-Lama, foi meu patrocinador, tendo ordenado que eu recebesse tôda a ajuda possível nos estudos e experiências. Ordenou que eu aprendesse tudo quanto pudesse ser-me ensinado, e assim como o fiz pelo sistema verbal comum, fui também instruído por hipnose e diversas outras formas que não há necessidade de mencionar aqui. Algumas encontram-se descritas neste livro, ou em “A Terceira Visão”. Já outras são novidade a tal ponto, e tão incríveis, que ainda não chegou o momento para examiná-las.

Devido aos podêres de clarividência de que dispunha, pude ser de grande valia ao Mais Alto (4) em diversas oportunida-

des. Fiquei escondido em sua sala de audiências, de modo a poder interpertar os verdadeiros pensamentos das pessoas ali presentes, com base em suas auras. Isso era feito para verificar se as palavras e pensamentos das mesmas conferiam, em especial no caso de diplomatas estrangeiros que visitavam o Dalai-Lama. Fui observador despercebido, quando uma delegação chinesa es- têve com o Grande Décimo Terceiro, e novamente quando um inglês foi ter com o Dalai-Lama, mas nessa segunda ocasião quase fracassei em minha missão, diante do espanto que se apoderou de mim, ao ver a roupagem inacreditável que o homem envergava, pois foi quando vi alguém trajado à européia pela primeira vez.

Meu preparo foi prolongado e árduo, e havia os serviços a freqüentar nos templos por tôda a noite, bem como durante o dia. Não se destinava a nós a maciez das camas, pois nos envolvíamos em nosso cobertor solitário e único, dormindo no chão. Os professores mostravam-se rigorosos e tínhamos de estudar, aprender e guardar tudo na memória. Não usávamos cadernos de anotações, pois tínhamos de aprender tudo de memória. Estudei, também, matérias metafísicas, e adentrei-me bastante nelas, clarividência, viagem astral, telepatia, percorrendo a faixa tôda. No curso de uma dessas etapas de iniciação, visitei as cavernas e túneis secretos sob a Potala, cavernas e túneis êsses dos quais o homem comum não tem a menor noção, e que são as relíquias de uma civilização antiquíssima, quase além da memória, quase além da memória racial, e sôbre as paredes vi os registros pictóricos de coisas que flutuam no ar, e coisas que desceram para baixo da superfície terrestre. Em outra etapa da iniciação, vi corpos de gigantes, cuidadosamente conservados, com três e meio e cinco metros de altura. Fui mandado ao outro lado da morte, para saber que ela não existe, e quando voltei era uma Encarnação Reconhecida, tendo a patente de abade. Mas não queria ser abade, prêso a um mosteiro lamaísta. Queria ser um lama com movimentação livre, para auxiliar o próximo, como a Profecia anunciara. Por isso, confirmaram-me na patente de lama, medida tomada pelo próprio Dalai-Lama, e por Ele fui designado para a Potala, em Lhasa. Mesmo então meu preparo continuou, e aprendi diversas formas de ciência ocidental, ótica e outras matérias afins. E finalmente chegou o momento em que fui admitido mais uma vez à presença do Dalai-Lama, de quem recebi instruções.

Êle me disse que eu aprendera tudo quanto podia aprender no Tibete, tendo chegado a oportunidade de viajar, deixar tudo quanto amava, tudo por que me importava. Disse que mensageiros especiais haviam sido mandados a Chunking, para matricular-me como estudante de medicina e cirurgia naquela cidade chinesa.

Eu estava desolado, abatido ao extremo, quando deixei a presença do Mais Alto, seguindo até meu guia, o lama Mingyar Dondup, a quem narrei o que fôra resolvido. Fui ter, então, b casa de meus pais, contando-lhes também o que acontecera e dizendo que ia deixar Lhasa. Os dias transcorreram com rapidez, e chegou o derradeiro, o último dia em que vi o Mingyar Dondup em carne e osso, deixei o Chakpori e saí da cidade de Lhasa, a Cidade Santa, seguindo para os altos desfiladeiros das montanhas. E quando olhei para trás, a última coisa que pude ver foi um símbolo, pois sôbre os telhados dourados da Potala havia um papagaio solitário no ar.




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