Todos estes anos que se passaram desde que escrevi “A Terceira Visão”, tenho recebido uma quantidade tremenda de cartas, e até o presente sempre respondi às mesmas. Agora, preciso dizer que não posso mais responder a qualquer carta, a menos que ela traga os selos necessários para a resposta. Assim sendo, peço o favor de não mandarem cartas a meu Editor a fim de que as passe a mim, porque pedi a êle que não me encaminhe qualquer correspondência.
As pessoas esquecem-se de que pagam por um livro, e não por tôda uma vida de serviço consultivo gratuito, pelo correio. Os editores são editores, e não uma agência de retransmissão de cartas.
Recebi correspondência de tôdas as partes do mundo, até mesmo de lugares bem atrás da Cortina de Ferro, mas nenhuma delas, entre milhares, trazia selos para a resposta, e o custo é tão grande que não posso mais responder.
Além disso, perguntam coisas tão curiosas Eis algumas:
Recebi uma carta desesperada, vinda da Austrália, e que chegou às minhas mãos quando estava na Irlanda. A questão por ela tratada era (aparentemente) muito urgente, de modo que à minha própria custa mandei um telegrama à Austrália, e nem sequer recebi uma nota de agradecimento.
Certo cavalheiro, nos Estados Unipos, mandou-me uma carta exigindo que eu escrevesse imediatamente uma tese para êle e a mandasse via aérea. Queria utilizá-la como tese para obter grau de Doutor em Filosofia Oriental. Está claro que não mandou selos; a coisa era, apenas, uma exigência um tanto ameaçadora!
Certo inglês escreveu-me uma carta das mais altivas, usando a terceira pessoa do singular e exigindo minhas credenciais. E sòmente se estas fossem de todo satisfatórias para êle é que o cidadão pensaria em pôr-se sob minha orientação, desde que eu não cobrasse coisa alguma. Em outras palavras, eu devia sentir-me honrado. (Não creio que êle gostasse de minha resposta!)
Um outro escreveu-me e disse que, se eu “e minha curriola” viéssemos do Tibete e surgíssemos ao redor de sua cama, no astral, à noite, nesse caso êle formaria opinião melhor a respeito de viagens astrais.
Outras pessoas escrevem e perguntam tudo, desde questões altamente esotéricas (que posso responder, se quiser) até o meio de criar galinhas e conservar o marido! As pessoas também pensam que devem escrever-me quando lhes der na telha, e se ofendem ou tornam-se ofensivas, se não respondo por via aérea.
Peço ao leitor que não aborreça meus Editores, pois na verdade pedi aos mesmos que não me mandem carta alguma, porque êles tratam é de editar livros. Para quem realmente necessita de uma resposta (embora eu não esteja convidando a que escrevam), tenho um enderêço de minha conveniência que é:
Dr. T. Lobsang Rampa P. O. Box 8, Fort Erie Ontário, Canadá.
Desejo repetir, entretanto, que não garanto qualquer resposta e asseguro que não haverá resposta alguma, a menos que os consulentes enviem os devidos selos para o porte postal.
T. LOBSANG RAMPA
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