Manual do professor solange dos santos utuari ferrari


Tema 2 – A rua: lugar de encontros



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- Tema 2 – A rua: lugar de encontros

Ao observarmos a pintura de Miró, percebemos o quanto ela é rica e cheia de possibilidades. Que tal fazer a leitura dessa imagem? Sugerimos algumas questões:

O que você vê na imagem? Que cores são utilizadas pelo artista? Seria um brinquedo? Um extraterrestre? Um bicho? É dia ou noite? Que sensação a pintura lhe transmite? Ela é triste ou divertida? Quem você acha que fez esse quadro? Uma criança ou um adulto?

Que outras perguntas podem surgir dessa conversa com a turma? As respostas podem criar novas perguntas, que são muito enriquecedoras. Peça aos alunos que façam anotações no diário de artista. Anote também em seu diário de bordo, professor.

Joan Miró inspirou o grupo de teatro Pernas Pro Ar, com suas pinturas surrealistas e abstratas. Aqui se mostra que a união entre artes visuais e ciências é plenamente possível. As pinturas ganham vida no parque, na rua e estimulam nossa imaginação. Mostre que a apresentação acontece no parque, ao ar livre, e não dentro do teatro. Esses espaços não convencionais são muito utilizados por vários grupos de teatro, transportando o mundo do teatro para a rua. Explique que esses espetáculos são tão válidos quanto as apresentações nos teatros fechados. O que muda é o espaço da encenação, mas não a encenação. O ator se entrega e participa da mesma forma em ambos os espaços. Hoje em dia existem festivais específicos de teatro de rua, com programação, horários e apresentações diversas. Você, professor, já foi a uma apresentação de teatro em espaços não convencionais?

A atuação dos atores neste espetáculo pode ser vista por meio de vídeos e fotografias disponíveis em:

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- Tema 3 – O circo: um lugar especial

Professor, você já foi ao circo? Quando? Como foi? E os alunos, já foram ao circo? Eles sabem o que é um circo? Já visitaram um circo em sua cidade?

Pois é, o circo e seu universo também têm seu lugar dentro da arte. Sua história remonta à Antiguidade e sua importância permanece até hoje. Com o passar do tempo o circo foi mudando, se modernizando, mas sempre mantendo suas principais características para levar divertimento e cultura ao público. Conte a história do circo aos alunos e peça que observem as imagens. Quem poderia imaginar que o
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circo que conhecemos hoje teve início no tempo das corridas de bigas do Império Romano, com o Circus Maximus? E que no Oriente as tradições circenses são milenares, passadas de geração a geração? O circo muda de acordo com o tempo e com as necessidades. O circo moderno, a partir do século XVIII, começa a ser itinerante, fazendo trocas importantes e crescendo, angariando novos artistas e levando arte a locais novos.

É interessante ver a visão dos artistas sobre o circo. Um artista que tratou do tema foi Portinari. Que tal ver obras de outros artistas pelo mundo que retrataram o circo? Passear pelas imagens e pela história do circo nos leva a outros mundos. O grande personagem do circo, o palhaço, está sempre presente, como peça fundamental desse universo. Converse com os alunos sobre os circos tradicionais e os circos modernos, das escolas e companhias. Uma pesquisa de imagens e de relatos sobre o circo enriqueceria muito a aula.

Você pode propor uma ilustração sobre o tema circo. Peça que a façam dentro do diário do artista. Em seguida, converse sobre o espaço do circo como lugar de representação.

A arte circense faz parte das artes cênicas, mas tem elementos e conteúdos próprios. Faz parte do universo infantil e artístico. Ele sempre foi referência de alegria e riso para as crianças. Estudá-lo dentro da escola valida ainda mais sua importância no mundo da arte, pois o picadeiro é um espaço de representação e apresentação.

- Mundo conectado – O circo e a tecnologia

O universo do circo se renova sempre, ainda mais com as tecnologias atuais. Um exemplo dessa renovação é o Cirque du Soleil. Suas apresentações interessantes, com elementos de tecnologia, misturam a representação de uma história com as apresentações tradicionais de equilíbrio, força e técnica. Você pode aprofundar o tema mostrando vídeos e imagens de espetáculos do Cirque du Soleil; há bastante material neste link: .

Assista aos vídeos, escolha o mais interessante e leve-o para a sala de aula. Existem também DVDs das montagens deles.

- Mais de perto – Improvisar e jogar

Retome com os alunos a conversa do início deste capítulo sobre as imagens da Cia. do Quintal. Peça que releiam as anotações feitas no diário de artista deles e retome a conversa a partir daí. Suas anotações sobre as leituras das imagens também o auxiliarão aqui e trarão novas perguntas na junção da imagens.

A peça A Rainha procura... tem um enredo enriquecedor e interativo, já que para tomar a decisão que lhe cabe, a Rainha precisa da participação do público. Esse é um exemplo de teatro contemporâneo, com um roteiro preestabelecido, mas que conta com a participação do público. Deixe claro para os alunos que a plateia tem um papel fundamental na apresentação. Sem a participação dela, a peça não anda. Mostre ainda que, apesar de ser uma peça teatral, os personagens são palhaços. Explique que os palhaços não são personagens apenas de circo, mas estão envolvidos no mundo teatral também.

O espetáculo trabalha com a técnica da improvisação teatral, na qual os atores seguem um roteiro preestabelecido, porém têm suas ações ditadas pela participação do público, que atua como juiz ou consciência da Rainha. Esse tipo de teatro se caracteriza pela invenção de algo inesperado, que surge no momento da ação.


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- Palavra do artista – Cia. do Quintal – Rhena de Faria

Ressalte aos alunos, após a leitura dessa entrevista com a atriz Rhena de Faria, que os atores são pessoas que estudam para participar de algo. Ela fala do método do teatro de improviso, que será estudado mais à frente neste capítulo.

- Mais de perto – Ouvir e dançar

Comecemos esta seção com algumas perguntas aos alunos:

O que é dança? Ela pode ser feita em qualquer lugar? Pode ser de qualquer tipo? Existe um tipo certo de dança? Existem diferenças entre as danças estudadas (acadêmicas) e as danças do povo (populares)? A dança das festas de casamento, aniversários, bailes, são danças que também podem ser apresentadas e estudadas na escola? E a dança que aparece na imagem, essa dança de rua ou street dance, também pode ser estudada na escola? Qualquer um pode dançar?

Tais questionamentos permitem fazer um diagnóstico do que sua turma pensa sobre dança e de como eles abordam o tema. Converse com os alunos, mostrando como o território da dança é vasto. A dança é uma linguagem que usa o corpo como forma de expressão. Ela pode ser feita de diversas formas, às vezes muito diferentes entre si e até distantes do que usualmente classificamos como dança. A diferença de linguagens na dança (balé, jazz, forró, dança contemporânea etc.) torna o aprendizado mais interessante na sala de aula e ressalta que a dança na escola não implica no estudo fechado de apenas uma determinada linguagem ou da aprendizagem de passos específicos, mas de poder pensar a dança, conhecer seu universo e dançar, de uma forma não restritiva. Fale também que cada linguagem da dança está relacionada a contextos culturais diferentes. O balé, por exemplo, está relacionado à dança dos palcos, que traz em sua história a Arte na corte e na nobreza, mas se desdobra em formas modernas de dança. Já uma dança popular tradicional está relacionada à história da cultura local, e se propaga e se desenvolve de geração em geração dentro de uma família (de pais para filhos) ou no âmbito de uma comunidade.

Apresente a eles a street dance – dança de rua. É importante ressaltar que o fato de ela não ser prioritariamente uma dança de teatro e ter a rua como seu palco principal não diminui o seu valor. A street dance faz parte do movimento hip-hop, que se divide em três linguagens: música, artes visuais e dança, intrinsecamente ligadas às ruas e à juventude das grandes cidades.

Será que os alunos já ouviram falar do movimento hip-hop? E você, professor? Será que próximo à escola costuma ocorrer alguma manifestação nesse estilo (grafite, rap, dança de rua)? Será que há algum grupo de dança de rua no bairro? Será que alguns alunos fazem parte?

Caso não seja possível ver uma apresentação de dança de rua, outra forma de acesso a essa cultura são os filmes. Mesmo os filmes comerciais trazem um grande acervo de passos e movimentos característicos, bem como algum panorama do contexto no qual a dança se insere. Cheque a programação da TV local ou verifique se há um grupo de dança se apresentando na sua cidade.



LINGUAGEM DO TEATRO

A arte da improvisação

Aqui veremos a arte da improvisação tomando forma. Os alunos adoram improvisar! Para eles, improvisar lembra brincar. O que veremos é que o improviso é um brincar no fazer teatral e que ele tem importância, sim.


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No teatro o improviso é uma ação de criação inesperada, que surge de uma situação também inesperada. Esse momento pode ser previsto no sentido de que vai acontecer, mas sem se saber o que vai exatamente acontecer. Como vimos na peça A Rainha procura..., os atores esperam a decisão do público, mas não sabem qual decisão será essa. Também na imagem da peça Jogando no quintal, vemos que o público participa ativamente das decisões do jogo, atuando como juiz de uma partida de futebol.

É importante que os alunos percebam que as cenas de improviso não são combinadas, elas têm um roteiro preestabelecido, mas os atores não sabem o que o público vai decidir.

Hoje em dia, há muitos grupos teatrais que trabalham com a técnica do improviso, e existem até programas de televisão cujo tema é essa técnica.

O interessante do improviso é que pode ser realizado em qualquer lugar e não se pode controlar o que vai acontecer.

Ação e criação – Improvisando o tema

Temos aqui um jogo de improvisação para ser proposto aos alunos. Ele remete muito a um jogo de adivinhas: um aluno improvisará uma cena e os outros colegas tentarão adivinhar de que se trata.

O jogo pode ser feito por um aluno de cada vez ou por um grupo de três ou quatro. Sugira cenas de filmes, novelas, desenhos, performances de artistas populares, referências que façam parte do mundo deles e adequadas à faixa etária.

Dica didática

Tenha uma lista de filmes, músicas, ações, profissões para o aluno encenar.



LINGUAGEM DA DANÇA

Dançando nas paredes

A dança existe desde sempre, tendo surgido com nossos antepassados pré-históricos. Com o passar do tempo, a forma de dançar evoluiu e uma série de linguagens surgiram e se desenvolveram. Na contemporaneidade, dançamos até nas paredes, como é possível ver na coreografia do espetáculo Velox, da Companhia de Dança Deborah Colker. Essa é uma companhia de dança brasileira, reconhecida internacionalmente e que trabalha com dança moderna. Suas coreografias trazem elementos surpreendentes, especialmente na relação muito próxima entre a cenografia e a coreografia, e nos mostram que dançar pode ser diferente sempre. No espetáculo Dínamo, os bailarinos dançam uma coreografia inspirada em movimentos do futebol.

Se possível, professor, assista aos vídeos das coreografias Velox e Dínamo, disponíveis no canal da companhia na internet. Você também pode apresentar os vídeos para os alunos.

Os dançarinos dançam suspensos no ar por cabos de aço e usam a parede de alpinismo como chão para se apoiarem. Os cabos são elementos de segurança, caso aconteça um passo errado ou desequilíbrio. Os artistas estabelecem uma nova relação com o público, que está acostumado a ver os bailarinos deslizando pelo tablado do palco. Assistir às coreografias é interessante para os alunos conhecerem esse tipo de dança quase acrobática.

Nas coreografias de Deborah Colker é possível perceber a influência de danças de diversos estilos, como o balé clássico e a dança de rua. Ela costuma misturar elementos em suas coreografias, como em Dínamo, em que os jogadores dançam uma partida de futebol, com pedaladas, dribles, chutes, faltas e gol. Mostre aos alunos esses movimentos e converse com eles sobre como a dança pode misturar elementos do cotidiano em sua expressão. É possível também dialogar com a disciplina de Educação Física, da qual muitos movimentos foram apropriados (desde técnicas de escalada até a ginga do futebol) e transformados em uma composição estética.

Visite o canal da companhia de dança na internet:


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