4.1Software ou Sistemas de informação Aplicativos Empresariais
Softwares Aplicativos para E-Business são pacotes de aplicativos que apoiam a tomada de decisão administrativa e os usuários operacionais. Tais aplicativos incluem esses a frente mostrados. A maioria destes serão explicados com maiores detalhes a seguir:
Planejamento de Recursos Empresariais (ERP – Enterprise Resource Planning). É um pacote de softwares interfuncionais para integrar, fazer reengenharia e automatizar os processos empresariais básicos de uma companhia para melhorar sua eficiência, agilidade e rentabilidade.
Administração do Relacionamento com o Cliente (CRM – Customer Relationship Management). Sistemas que se baseia em ERP´s no sistema de faturamento para analisar e traçar o perfil dos clientes visando conhecer os gostos, preferências, rejeições e demais hábitos de compras. Essas ferramentas possibilitam que as companhias identifiquem, atinjam e retenham seus melhores clientes.
Administração de recursos humanos. São sistemas de informação que apoiam as atividades de administração de recursos humanos que têm como principal função executar e gerar a folha de pagamento, além de permitir recrutamento, seleção e contratação, remanejamento de cargos, avaliações de desempenho, treinamento e desenvolvimento dos funcionários.
Administração Financeira e Contabilidade. São sistemas de informação que registram e relatam transações empresariais, legais, fluxo de capitais por uma organização, e produzem demonstrativos financeiros. Desse modo, esses sistemas oferecem não só informações para o planejamento e controle de operações empresariais, como também a trilha de auditoria para a manutenção de um registro legal e histórico.
Capítulos: 2 e 4 do livro SI de James A. O’Brien e 15 do livro SI de Cláudio Boghi.
Orientações para aprofundamento dos estudos - Leitura complementar
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/neves/materiais/Prof_Neves_Aula1_parteB.pdf
Questão demonstrativa:
1 -Fazem parte do ecossistema do CRM (Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente) e podem ser considerados como principias:
a) ERP, Data Warehousing e Data Mart.
b) Parceiros, Clientes e Data Mart.
c) Parceiros, Clientes e Empresa.
d) Empresa, ERP e Parceiros.
e) Nda
Resposta “C”
Em princípio, o ERP, o CRM e o EIS têm em comum o fato de serem sistemas voltados para uso em organizações, porém suas finalidades e formas de trabalho são diferentes.
5ERP – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING
O ERP – Enterprise Resource Planning é um conjunto de soluções que possibilita o planejamento e acompanhamento financeiro, logístico e produtivo de uma empresa, de forma integrada e interativa.
Esse sistema de planejamento computacional surgiu como uma evolução do MRP – Marketing Resource Planning (Planejamento de Recursos de Materiais) e do MRP II. Também é conhecido como Pacote Integrado de Gestão Empresarial ou Software de Gestão Empresarial.
O ERP tem o foco em produtividade com a integração com a cadeia de suprimentos (supply chain) automação de vendas e relacionamento com o cliente (CRM).
Segundo a Deloide Consulting, as dez principais descobertas no ERP foram:
“GO LIVE” – significa a fase de implementação do ERP. Depois de concluída, passa para a fase de otimização de processos em que algumas empresas deixaram de implantar o ERP, mas não é o fim dele;
ERP traz benefícios estratégicos e táticos significativos;
ERP traz benefícios inesperados;
O “GO LIVE” provoca uma queda de desempenho temporária, que já é prevista;
Há três estágios após a entrada em produção: estabilização, aperfeiçoamento e transformação;
O ERP permite decisões melhores e mais rápidas;
O ERP funciona como espinha dorsal para novas funcionalidades;
O foco das preocupações muda após a entrada em produção;
Um projeto de ERP é principalmente um projeto de pessoas;
Empresas bem sucedidas aceleram, maximizam e mantêm os benefícios do ERP.
Para termos uma ideia do ERP, ele gerencia: contas a pagar, contas a receber, ativos fixos, gestão de recursos disponíveis, controle de custos, cria cronogramas de produção, automatiza a entrada e o processamento de pedidos, gerencia estoques, monitora custos de projetos, administra acordos, administra contratos e garantias com clientes, etc. Algumas empresas que fabricam software de ERP são: SAP, Baan, Peoplesoft, Oracle, J.D.Edwards, IFS, TOTVS, Datasul, SIM (empresas públicas) etc.
As organizações não podem mais responder às mudanças de mercado usando sistemas de informação não-integrados, baseados em processamento em lote, modelos de dados conflitantes e tecnologia obsoleta. Como resultado, muitas empresas estão optando pelo software de planejamento de recursos corporativos ou empresariais (ERP – Enterprise Resource Planning). Trata-se de um conjunto de programas integrados que gerencia as operações vitais de uma empresa, uma corporação nacional ou multinacional. Embora o escopo de um sistema ERP possa variar de fornecedor para fornecedor, a maioria fornece software integrado que provê suporte à produção e às finanças. Além de atender a estes processos centrais, alguns sistemas ERP também podem oferecer soluções para funções corporativas vitais, tais como recursos humanos, produção, vendas, finanças e logística.
Assim, surge o dilema “comprar ou fazer”? Essa é uma decisão difícil para qualquer CIO. Adquirir um sistema (pacote de software que atende a organização inteira) pronto no mercado ou desenvolver com a própria equipe de trabalho e, em alguns casos, pode-se usar uma mistura de desenvolvimento externo e interno.
Segundo Nanini (2001): “A iniciativa de implantar sistemas de informação em uma empresa utilizando os pacotes de software já não é tão revolucionária - fenômenos como Reengenharia, Qualidade Total, Terceirização lançaram a base para a atual revolução da Tecnologia da Informação. Simplificando, assim, a interação do leigo em informática com o computador e firmando, com isso, um dos sustentáculos para o sucesso das empresas.
Se de um lado, a grande quantidade de opções em termos de produtos é positiva, pois atende múltiplas necessidades, de outro pode confundir o usuário. No discurso, todos os provedores de soluções são muito parecidos, vendendo a ideia de que seus produtos se ajustam a qualquer empresa, independentemente do tamanho, natureza do negócio e disponibilidade de recursos para investir.
Isso, porém, não é verdade. Algumas empresas desistiram de implantar um sistema de ERP, devido ao complexo processo de customização[1] que deveriam se submeter sem, contudo, enxergarem as vantagens competitivas que tal tecnologia lhe traria. Implementar um sistema ERP não é tão simples quanto instalar um programa aplicativo, do tipo processador de texto ou planilha eletrônica, por exemplo. É necessário fazer uma análise das reais necessidades da empresa e avaliar, entre as soluções disponíveis no mercado, a que mais se adequar ao seu perfil. A aderência do produto ao "modus operandi" das organizações, portanto, é um item fundamental a ser considerado. É nesse ponto que as indústrias de sistema de ERP brasileiras acreditam bater as estrangeiras, cujos produtos são mais rígidos e, na prática, obrigam os clientes a ajustar sua cultura empresarial à solução, e não o contrário.”
Um software destinado a resolver um problema único e específico é chamado de software aplicativo proprietário. Ele geralmente é criado internamente, mas também pode ser adquirido de outra empresa. Se a organização possui tempo e equipe competente em SI, ela pode optar por um desenvolvimento interno de um ou todos os módulos. Alternativamente, uma organização pode adquirir um software personalizado de fornecedores externos. Por exemplo uma firma terceirizada pode desenvolver ou modificar um aplicativo para atender às necessidades de uma empresa qualquer.
Outro fator importante é o desenvolvimento de aplicações com segurança adequada e controles de qualidade para promover o desempenho correto e resguardar a integridade das redes de departamentos e dos bancos de dados da empresa. A maioria das organizações estabelece e executa políticas para a aquisição de hardware e de software pelos usuários finais e unidades da empresa. Visa, com isso, assegurar sua compatibilidade com os padrões de hardware, de software e de conectividade de rede de computadores corporativa.
Ainda, segundo NANINI (2001): “A decisão de adquirir um sistema de ERP precisa do apoio de todos os líderes de área e "usuários chaves [2]”. Deve haver um claro comprometimento com a decisão, de modo que o projeto seja "de todos", e não de um pequeno grupo de heróis que tentará cumprir as metas geralmente apertadas tanto em sentido de prazo quanto financeiro.
A postura da alta administração em relação ao processo de aquisição é fundamental: entendimento do processo, comprometimento e visão são características que devem ser facilmente percebidas pela equipe de avaliação e por todos os que tiverem algum contato com o processo.”
Resumindo, o ERP é um sistema que controla uma empresa de ponta a ponta, ou de “cabo a rabo”, da produção às finanças.
[1] O termo "customização" é explicado no caderno de Tecnologia da Informação do jornal Gazeta Mercantil (16/03/1999, p. TI-1) como sendo a adaptação do software às necessidades específicas do usuário por meio de mudanças na funcionalidade de um sistema.
[2] São os funcionários responsáveis, do lado da empresa adquirente, pelo processo de implantação, customização e a disseminação da nova cultura de utilização do sistema de ERP por todas as áreas da empresa.
NANINI, Umberto J. V.O impacto dos sistemas de ERP na competitividade da empresa industrial de médio porte. Dissertação (Mestrado em Administração) - Instituto de Ciências Sociais e Comunicação, Universidade Paulista, 2001.
Em princípio, o ERP, o CRM e o EIS têm em comum o fato de serem sistemas voltados para uso em organizações, porém suas finalidades e formas de trabalho são diferentes.
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