Dos primeiros humanos ao renascimento manual do professor gislane azevedo



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EU TAMBÉM POSSO PARTICIPAR

Problemas urbanos no passado e hoje

O crescimento populacional de Roma a partir do século II a.C. fez com que a cidade convivesse com muitos e variados problemas urbanos.

As estreitas ruas da cidade tornaram-se quase intransitáveis devido ao comércio intenso e à presença de vendedores ambulantes, saltimbancos e adestradores de animais, que disputavam espaço com carruagens e liteiras usadas pelos mais ricos. A maior parte das pessoas vivia em construções de até seis andares, com habitações pequenas, sem cozinha nem banheiro. Por causa disso, as ruas recebiam todo tipo de dejeto, ocasionando mau cheiro e doenças diversas.

Esses problemas urbanos da antiga Roma não são exclusivos daquela sociedade. Qualquer comunidade que viva em condições precárias de higiene ou em contato com lixo está sujeita a doenças como cólera, peste bubônica ou leptospirose.

Nas cidades brasileiras foram geradas, em 2014, 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos. Especialistas afirmam que nem todo esse lixo é coletado. E o que não é coletado vai para rios, córregos, terrenos baldios e ruas.

Dejetos rejeitados inadequadamente causam poluição, podem entupir bueiros e provocar enchentes em dias de chuva. Além disso, colaboram para a proliferação de animais transmissores de doenças, como ratos, baratas e pombos. Daí a importância de o lixo ser descartado apenas no lugar a ele destinado.

Veja de que forma podem ser evitados os problemas decorrentes de descarte inadequado de dejetos e como é possível diminuir o volume do lixo que criamos:

· Quando estiver fora de casa, utilizar um saquinho ou similar para guardar os detritos até encontrar uma lixeira. Assim, evita-se jogar o lixo na rua.

LEGENDA: Prefeitura cearense de Ipu promove campanha visando ao correto descarte do lixo. Foto de 2015.

FONTE: Reprodução/Governo de Ipu

LEGENDA: Em Roma todos os esgotos eram captados e lançados sem nenhum tratamento no rio Tibre pela tubulação chamada Cloaca Máxima (na foto em 2016) construída na antiga Roma nos finais do século VI a.C. Sem uma rede de esgoto que atendesse toda a cidade, grande parte da população lançava seus dejetos diretamente na rua, provocando várias doenças.

FONTE: Samantha Zucchi/Insidefoto/Keystone

· Colocar o lixo para ser recolhido apenas nos dias e horários em que há coleta na rua. Dessa forma, o lixo não fica muito tempo aguardando o recolhimento nem depositado nas lixeiras públicas.

· Sempre que possível, preferir o consumo de produtos a granel, com refil ou com embalagens retornáveis. Assim, é possível reduzir a quantidade de embalagens descartadas.

SUA COMUNIDADE

Como é feita a coleta de lixo onde você mora? Existe coleta seletiva ou usinas de tratamento? Os rios e as ruas estão sujos e poluídos? Em grupo, elaborem uma pesquisa sobre o caminho percorrido pelo lixo em sua cidade. Reúnam essas informações e, com a ajuda do professor, façam uma roda de conversa para discutir os problemas que sua comunidade enfrenta em relação ao lixo e quem são os mais afetados por eles. Lembrem-se de apresentar propostas de solução ou melhora para a situação.

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Lutas entre Senado e plebe

Eleito tribuno da plebe em 133 a.C., Tibério Graco lutava por uma distribuição de terras mais justa, que pusesse fim ao êxodo rural e estabelecesse limites à propriedade da terra. Inconformados com a ideia, os senadores - donos da maior parte das propriedades rurais de Roma - tramaram o assassinato de Tibério e de trezentos de seus seguidores (veja a seção Interpretando documentos na página 148).

As propostas de Tibério seriam retomadas alguns anos depois por seu irmão Caio Graco, eleito tribuno da plebe em 124 a.C. Com base no modelo da democracia ateniense e buscando minar o poder dos ricos, Caio Graco propôs que as principais decisões da república fossem transferidas do Senado para uma assembleia popular. Também defendia a divisão das terras públicas e sua distribuição entre os mais pobres.

Sentindo seus interesses ameaçados, a aristocracia senatorial se mobilizou contra Caio Graco, que, em 121 a.C., foi morto em uma emboscada. A morte do tribuno agravou as diferenças entre os segmentos populares e a aristocracia. Algum tempo depois, teve início uma guerra civil, que se estenderia por quase um século. Permeado por alguns momentos de paz, o conflito corroeu o sistema republicano.

Glossário:

Êxodo rural: migração em massa do campo para a cidade. No Império Romano, esse movimento ocorreu depois das guerras de expansão territorial, quando muitos camponeses buscaram trabalho nas cidades e deixaram a vida agrícola. Em outros momentos da história da humanidade, o êxodo rural ocorreu por causa da industrialização, da mecanização da agricultura, da falta de incentivo ao trabalhador rural, etc.

Fim do glossário.

6. Militares no poder

Procurando desviar a atenção da crise que se abatia sobre a república, a partir do final do século II a.C., o Senado de Roma passou a estimular campanhas militares em lugares distantes do território romano. Graças às vitórias, o prestígio dos militares cresceu (veja a seguir o boxe Revolta dos escravos). Entre 107 a.C. e 100 a.C., por exemplo, o general Caio Mário foi eleito cônsul por seis vezes consecutivas.

LEGENDA: Relevo de um sarcófago do século II d.C. mostrando a submissão de um estrangeiro a um general romano. Museu Nacional de Roma.

FONTE: Museu Nacional Romano, Roma, Itália/The Bridgeman/Keystone

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Revolta dos escravos

Com as conquistas territoriais, os escravos se tornaram a principal mão de obra da República Romana. Eles eram responsáveis pelas atividades agrícolas, pela produção artesanal nas cidades, pelo trabalho doméstico e até pelas atividades educacionais. Ou seja, desempenhavam importante papel no processo que culminou na ascensão e na riqueza da sociedade romana. Submetidos a precárias condições de vida e de trabalho, não eram raras suas manifestações de revolta. Alguns desses movimentos foram reprimidos rapidamente; outros, contudo, reuniram grande número de escravos e duraram mais tempo.

Uma das maiores revoltas ocorreu entre 73 a.C. e 71 a.C. Seu líder era um gladiador chamado Espártaco. Após ter fugido com outros 73 gladiadores de seu cativeiro em Cápua, Espártaco reuniu um exército de mais de 60 mil escravos.

À frente dessa tropa, percorreu quase toda a península Itálica, vencendo várias vezes as legiões romanas. Ao se dirigirem a Roma, porém, foram derrotados por tropas comandadas pelo general Crasso. Cerca de 6 mil escravos revoltosos foram condenados à morte na cruz.

Texto elaborado com base em: MAESTRI FILHO, Mário José. O escravismo antigo. São Paulo/Campinas: Atual/Editora da Unicamp, 1985. p. 52-55.

LEGENDA: Monumento a Espártaco, escravo romano que liderou uma revolta entre 73 a.C. e 71 a.C. A estátua está exposta no Memorial Espártaco em Sandanski, na Bulgária, e foi construída em 1978 pelo escultor búlgaro Velichko Minekov.

FONTE: Jürgen Sorges/akg/Latinstock

Mais tarde, entre 60 a.C. e 46 a.C, Roma foi governada pelo Triunvirato ("governo de três varões") dos generais Sila, Júlio César e Marco Licínio Crasso, sem depender do Senado. Depois desse período, o poder concentrou-se nas mãos do general Júlio César, a quem os senadores de Roma concederam o título de ditador vitalício.

Sob o governo de César, teve início a fase da personificação do poder. Sem comprometimento com plebeus, senadores, cavaleiros, nem mesmo com a instituição republicana, ele assumiu para si vários cargos e funções: cônsul, Pontífice Máximo (sumo sacerdote) e supremo comandante militar.

Durante seu governo, César distribuiu terras a cerca de 80 mil pessoas em colônias além-mar, visando diminuir o desemprego; exigiu que pecuaristas tivessem pelo menos um terço de homens livres entre seus empregados; e estendeu a cidadania romana a praticamente toda a população da península Itálica. (O texto da seção Passado presente a seguir analisa a importância da cidadania para as populações conquistadas por Roma.)

Para seus inimigos, as atitudes de César comprovavam que ele pretendia acabar com a república e se proclamar rei. Desde a deposição do rei Tarquínio II, o Soberbo, em 509 a.C., os romanos rejeitavam qualquer tentativa de retorno da monarquia. Assim, em 44 a.C., durante uma sessão do Senado, um grupo de 60 senadores cercou Júlio César e o assassinou a punhaladas.

Após a morte de César, Roma passou a ser governada por um novo triunvirato, dessa vez formado pelo cônsul Marco Antônio, o general Lépido e o sobrinho e filho adotivo de Júlio César, Caio Otávio. As divergências entre eles, contudo, transformaram o território romano em palco de uma guerra que só terminou em 27 a.C., quando Caio Otávio se tornou senhor absoluto de Roma, dando início a um dos maiores impérios já vistos.

Boxe complementar:

FILME

Veja o filme Spartacus, de Stanley Kubrick, 1960. História de um gladiador que lidera uma revolta de escravos contra o Império Romano.

Fim do complemento.

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PASSADO PRESENTE

A cidadania romana

A palavra cidadania vem do latim civitas, que quer dizer "cidade". A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Segundo o jurista Dalmo Dallari, "a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social".

Na Roma antiga, contudo, a cidadania era privilégio apenas de uma parte da população. Durante a monarquia, somente os patrícios gozavam de direitos políticos. Com a república, os plebeus conquistaram alguns direitos de cidadania. Entretanto, a população da maior parte das regiões conquistadas pelos romanos nunca teve acesso a esses direitos (concedidos apenas à população da península Itálica).

Nas regiões conquistadas, cerca de 80 milhões de pessoas viviam sob as ordens dos cavaleiros ou dos nobres romanos. Como não tinham cidadania, esses indivíduos eram considerados estrangeiros em sua própria terra: sem direitos civis, religiosos ou políticos.

Também não existiam leis ou regras orientando a conduta dos administradores romanos que ali se encontravam. Assim, cada um governava e aplicava a justiça conforme seus interesses.

Ter a cidadania significava ter uma lei e uma justiça igual para todos.

Texto elaborado com base em: COULANGES, Fustel de. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 428-432; O QUE É cidadania. Disponível em: www.dhnet.org.br/direitos/sos/textos/o_que_e_cidadania.html. Acesso em: 12 nov. 2015.

LEGENDA: Alto-relevo em pedra, do século II a.C., representando um vendedor romano de frutas e vegetais.

FONTE: Bridgeman/Keystone

SUA COMUNIDADE

Atualmente, a cidadania no Brasil é um direito de todos os nascidos em território brasileiro ou que nasceram em outro país e se naturalizaram brasileiros. Por isso, qualquer pessoa pode participar da vida política do país. Em virtude do crescimento dos fluxos migratórios em diversas partes do mundo (provocados por conflitos, problemas ambientais e desigualdade social), muitos imigrantes buscam refúgio em outros países, incluindo o Brasil. Em sua comunidade, há grupos ou pessoas que se encontram nessa condição? Em grupo, façam uma pesquisa sobre essas pessoas e descubram como são tratadas pelo governo e pela comunidade que as receberam. Relatem oralmente os resultados da pesquisa para a classe.

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ESQUEMA-RESUMO



Os primeiros séculos de roma

Ocupação da península Itálica por vários povos

Etruscos unificam aldeias: fundação de Roma (séc. VII a.C.)

· Sociedade estratificada (patrícios, plebeus, clientes e escravos)

· Desenvolvimento técnico e arquitetônico

· Monarquia

Revolta dos Patrícios (509 a.C.)



República Romana (509 a.C.-27 a.C.)

Declínio da República Romana

· Crescimento das desigualdades sociais

· Fortalecimento dos militares



Fim da república e início do império (27 a.C.)

Nova estrutura política: Senado, Magistratura e Assembleias

Novos grupos sociais: nobreza e cavaleiros

Cultura greco-romana

Rebeliões populares

Expansão territorial

A história de Roma, desde sua fundação até a criação do império, foi marcada por duas grandes fases: a monarquia e a república. Com base na observação do esquema e em seus conhecimentos sobre o tema, compare os dois períodos, destacando as principais diferenças políticas e sociais entre ambos e apontando como se encerraram.

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ATIVIDADES

ORGANIZANDO AS IDEIAS

NÃO ESCREVA NO LIVRO

1. Explique de que modo o agravamento das desigualdades sociais no período da República Romana resultou na criação da estratégia conhecida posteriormente como "política do pão e circo".

2. Os irmãos Tibério e Caio Graco, tribunos da plebe, propuseram algumas reformas visando reduzir as tensões sociais em Roma. Quais eram as propostas defendidas por eles e que destino tiveram os irmãos?

3. Os últimos séculos do período republicano foram marcados por grande turbulência social e política, provocada, entre outros motivos, pelo fortalecimento dos militares romanos. Explique como ocorreu esse processo e quais foram as consequências.

4. Qual foi o papel de Júlio César na transformação das tradições políticas de Roma?

5. Nem todos os moradores de Roma tinham direito à cidadania, ou seja, à participação nas decisões políticas da cidade. Sobre esse tema, responda no caderno ao que se pede.

a) Quais eram os critérios para que um habitante de Roma fosse considerado ou não um cidadão?

b) A desigualdade de tratamento entre os diversos segmentos sociais de Roma gerou várias revoltas na população. Redija um resumo sobre as rebeliões na sociedade romana, especialmente as organizadas por escravos.

c) A ideia de cidadania em Roma está de acordo com a noção que temos de cidadania em um ambiente democrático hoje em dia? Justifique sua resposta.



INTERPRETANDO DOCUMENTOS: TEXTO E IMAGEM

1. Leia os dois trechos a seguir sobre a revolta de Espártaco. O primeiro é do filósofo grego Plutarco (46-120) e o segundo é do historiador romano Apiano (95-165). Em seguida, responda no caderno ao que se pede.



Trecho de Plutarco

Este sucesso [a vitória numa importante batalha contra os romanos] foi a perdição de Espártaco, por tornar arrogantes os escravos fugitivos, já que não procuravam oferecer o combate frontal e deixaram de obedecer aos chefes. Pior ainda: já tendo encetado a marcha, eles cercaram tais chefes em armas e forçaram-nos a dar marcha a ré, a conduzi-los, através da Lucânia, ao encontro dos romanos.



Trecho de Apiano

A batalha foi longa e sangrenta, como era de se esperar de tantos milhares de homens desesperados. Espártaco foi ferido na coxa por uma lança e ajoelhou-se, segurando seu escudo à sua frente e lutando assim contra seus atacantes até que ele e a grande massa dos que com ele estavam foram cercados e mortos. O resto de seu exército entrou em pânico e foi massacrado maciçamente. Tão grande foi a matança que se tornou impossível contar os mortos. Os romanos perderam mais ou menos mil homens. [...]

ROSSI. Rafael Alves. As revoltas de escravos na Roma antiga e o seu impacto sobre a ideologia e a política da classe dominante nos séculos II a.C. a I d.C. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal Fluminense, Niterói (RJ), 2011. p. 151-152.

a) Segundo o texto de Plutarco, o que explica a derrota de Espártaco?

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b) Como Apiano descreve a batalha final de Espártaco e seus homens contra as forças romanas?



c) Os dois excertos expressam visões antagônicas dos episódios finais da revolta de Espártaco. Justifique essa ideia utilizando elementos dos textos.

2. A imagem a seguir é um mosaico criado no século IV representando Netuno (deus romano do mar) e sua esposa, Anfitrite (uma ninfa dos mares). A peça foi descoberta no século XIX, na cidade de Constantina, na atual Argélia (antiga Cirta, província de Roma). A obra nos permite refletir sobre alguns aspectos da cultura romana. Com base nisso, responda no caderno ao que se pede.

LEGENDA: OTriunfo de Netuno e Anfitrite. Parte de um mosaico em estilo romano, criado no século IV, encontrado na Argélia e conservado no Museu do Louvre, França.

FONTE: Bridgeman/Keystone

a) Descreva a imagem e indique de que forma os deuses estão representados na cena.

b) Netuno e Anfitrite são divindades do panteão romano, mas também do grego. Pesquise esses deuses e elabore um texto-resumo sobre eles.

c) Pelos elementos da imagem, podemos observar o fenômeno de helenização da cultura romana. Explique o que significou esse fenômeno.

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TESTE SEU CONHECIMENTO

NÃO ESCREVA NO LIVRO

1. (ESPM-SP)

Cada vez mais conscientes de seus direitos, os plebeus solicitaram ter por escrito as leis que regulavam os conflitos entre as pessoas. Até então existia o costume como lei, que era conhecida e interpretada somente pelos patrícios. Nas leis escritas viam os plebeus, e com razão, a única garantia para a segurança e a estabilidade. Assim foi elaborado este primeiro código legal escrito.

Bárbara Pastor. Breve História de Roma: Monarquia e República.

Grande parcela da sociedade romana, durante a república, era constituída pelos plebeus, que viviam marginalizados politicamente. A marginalização e o descontentamento levaram às lutas de classe em Roma. Assim, o texto deve ser relacionado com:

a) o Corpus Juris Civilis.

b) a Lei das XII Tábuas.

c) a Lei Frumentária.

d) o Edito do Máximo.

e) o Edito de Tessalônica.

2. (UEPG-PR, adaptada) A respeito do sistema de escravidão estruturado em Roma, identifique verdadeiro (V) ou falso (F) em cada afirmativa.

a) O número de escravos cresceu consideravelmente na medida em que aumentaram as conquistas territoriais romanas, o que tornou sua estrutura socioeconômica cada vez mais dependente do escravismo.

b) Era comum entre os romanos mais ricos a não utilização de escravos. Esse grupo preferia pagar pelo trabalho em suas terras ou nas atividades urbanas a ter escravos. O medo das revoltas escravas explica tal postura.

c) Espártaco ficou conhecido por liderar a maior rebelião de escravos contra o Estado romano. Ao final do movimento que reuniu milhares de escravos, ele acabou executado.

d) A escravidão foi um fenômeno restrito ao Império Romano, não sendo registrado nas fases da monarquia e da república.

3. (Mackenzie-SP)

Os generais os enganam quando os exortam a combater pelos templos de seus deuses, pelas sepulturas de seus pais. Isto porque de um grande número de romanos não há um só que tenha o seu altar doméstico, o seu jazigo familiar. Eles combatem e morrem para alimentar a opulência e o luxo de outros. Dizem que são senhores do universo, mas eles não são donos sequer de um pedaço de terra.

Apud Plutarco. Vidas paralelas. Barcelona: Ibéria, 1951. v. 4. p. 150.

Segundo Plutarco, essas foram palavras proferidas por Tibério Graco, político romano, em um discurso público. A respeito da iniciativa promovida tanto por ele como por seu irmão Caio, durante o período da República Romana (VI a.C.-I a.C.), podemos afirmar que:

a) reafirmou o poder da aristocracia romana, confirmando o direito a terras e indenização em caso de expropriação nos períodos de guerra.

b) os irmãos Graco reconheciam que a distribuição de terras seria a solução para atender às necessidades de uma plebe marginalizada.

c) defendiam uma maior participação política da classe de comerciantes para promover o desenvolvimento e a expansão da economia romana.

d) incitavam o povo a apoiar as ditaduras militares, sendo os generais do exército os únicos capazes de assumir o governo em época de crise.

e) os irmãos Graco, com o apoio do Senado e da aristocracia romana, puderam promover uma reforma social que aplacou o clima de tensão vivido na época.

4. (Fuvest-SP)

César não saíra de sua província para fazer mal algum, mas para se defender dos agravos dos inimigos, para restabelecer em seus poderes os tribunos da plebe que tinham sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para devolver a liberdade a si e ao povo romano oprimido pela facção minoritária.

Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: Estação Liberdade, 1999. p. 67.

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O texto, do século I a.C., retrata o cenário romano de:



a) implantação da monarquia, quando a aristocracia perseguia seus opositores e os forçava ao ostracismo, para sufocar revoltas oligárquicas e populares.

b) transição da república ao império, período de reformulações provocadas pela expansão mediterrânea e pelo aumento da insatisfação da plebe.

c) consolidação da república, marcado pela participação política de pequenos proprietários rurais e pela implementação de amplo programa de reforma agrária.

d) passagem da monarquia à república, período de consolidação oligárquica, que provocou a ampliação do poder e da influência política dos militares.

e) decadência do império, então sujeito a invasões estrangeiras e à fragmentação política gerada pelas rebeliões populares e pela ação dos bárbaros.

5. A estrutura política de Roma começou a se desenvolver sob a forma de uma monarquia, porém se transformou, a partir do século VI a.C., em uma república. Leia as seguintes afirmações sobre o tema e identifique a opção correta. Em seguida, justifique no caderno o erro das afirmativas incorretas.

I. Durante a monarquia, o rei de Roma governava sozinho e autoritariamente. Seu poder era hereditário, o cargo passava de pai para filho.

II. O Senado só foi criado durante a república, modificando profundamente a organização política de Roma.

III. A passagem da monarquia para a república foi marcada tanto por rupturas institucionais quanto por permanências. O Senado romano é um exemplo de permanência, porque já existia durante a monarquia e se manteve como instituição importante durante a república.

IV. A república funcionava segundo uma complexa estrutura político-administrativa, envolvendo o Senado, a Magistratura e as Assembleias.

a) Apenas a afirmativa I está correta.

b) Apenas a afirmativa II está correta.

c) As afirmativas I e II estão corretas.

d) As afirmativas II e III estão corretas.

e) As afirmativas III e IV estão corretas.

6. A República Romana foi marcada por diferentes conflitos sociais, que provocaram sua queda em 27 a.C. Sobre esses conflitos, leia as afirmativas e identifique a opção correta. Depois, justifique no caderno o erro das afirmativas incorretas.

I. O crescimento das desigualdades sociais e do empobrecimento de grande parcela da população romana, provocado pela expansão territorial, estava entre as principais causas das revoltas populares em Roma.

II. Alguns políticos tentaram criar medidas para diminuir as desigualdades sociais e aliviar os conflitos em Roma. Exemplo disso foram as propostas de Tibério e Caio Graco. Porém, ambos foram assassinados e suas propostas não se concretizaram.

III. As tensões sociais em Roma sempre envolveram patrícios e plebeus, já que essas eram as duas classes sociais mais importantes da sociedade.

IV. Para controlar os plebeus, os patrícios concordaram em ceder seus poderes políticos aos generais romanos, resultando na coroação de Júlio César como imperador de Roma. A partir de então, apenas os generais ocuparam o poder político em Roma.

a) Apenas a afirmativa II está correta.

b) Apenas a afirmativa III está correta.

c) As afirmativas I, II e III estão corretas.

d) As afirmativas I e II estão corretas.

e) As afirmativas III e IV estão corretas.

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