Dos primeiros humanos ao renascimento manual do professor gislane azevedo



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HORA DE REFLETIR

NÃO ESCREVA NO LIVRO

1. Um dos principais exemplos das rebeliões de escravos contra as injustiças do governo romano foi a revolta de Espártaco, que enfrentou o Exército romano e conseguiu importantes vitórias. Roma presenciou também várias outras revoltas que provocaram mudanças importantes na sociedade.

Hoje em dia, os grupos sociais que enfrentam discriminação e desigualdade social também reivindicam mudanças na sociedade. Pesquise em livros e na internet sobre o tema e redija um texto indicando algumas estratégias usadas em lutas populares em nossa sociedade atualmente.

2. O Estado romano se valia da "política do pão e circo" para manter a população pobre urbana distraída e minimamente alimentada. A estratégia reduzia os riscos de manifestações de descontentamento que poderiam abalar o poder das elites romanas. No Brasil, é comum a ideia de que o futebol e a televisão funcionam como diversão para que a população não se interesse por assuntos políticos. Você concorda com essa opinião?

Em grupos, apresentem suas ideias sobre o tema e escutem as opiniões dos colegas. Façam, depois, uma lista com os argumentos e apresentem oralmente para a classe. Com a ajuda do professor, aprofundem as várias opiniões apresentadas.

MINHA BIBLIOTECA

PARA NAVEGAR

Antiga Roma. Vídeo que reconstitui digitalmente a cidade de Roma no ano 320 (em inglês). Disponível em: https://vimeo.com/32038695. Acesso em: 13 nov. 2015.

PARA ASSISTIR

Gladiador. Direção: Ridley Scott. Estados Unidos/Reino Unido, Paramount/Universal, 2000, 155 min. História de um general romano que, perseguido pelo filho do imperador, é vendido como escravo e torna-se gladiador nas arenas de Roma, onde consegue vencer seus oponentes utilizando táticas militares.

Júlio César. Direção: Joseph Mankiewicz. EUA, Warner Home Video, 1953, 120 min. História da traição dos senadores de Roma contra Júlio César, o imperador romano, da qual teria participado até mesmo seu filho adotivo Brutus.

Nascidos em bordéis. Direção: Zana Briski e Ross Kauffman. EUA, Focus Filmes, 2004, 85 min. Documentário em que os diretores dão voz a meninos e meninas que nasceram e são criados dentro de bordéis na zona de prostituição de Calcutá, na Índia.

FONTE: ThinkFilm/Everett Collection/Fotoarena



PARA LER

Violência como espetáculo: o pão, o sangue e o circo. Pequeno artigo do professor de História antiga da USP, Norberto Luiz Guarinello, sobre violência na Roma antiga e seus paralelos com a violência nos dias de hoje. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-90742007000100010. Acesso em: 23 nov. 2015.

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CAPÍTULO 8 - Império Romano e Império Bizantino

Em pleno século XXI, mesmo com a farta produção de alimentos e o elevado desenvolvimento tecnológico-científico, milhares de imigrantes deixam sua terra natal, em alguns lugares da África e do Oriente Médio, para buscar refúgio na Europa. As cenas de fuga desses grupos, divulgadas amplamente na mídia e nas redes sociais, são chocantes: pessoas morrem afogadas, de fome, frio, etc.

O que fazer para ajudar esses imigrantes e refugiados e ainda garantir uma vida digna à população dos países que os recebem?

O governo da Finlândia, por exemplo, decidiu aumentar o imposto dos mais ricos para poder abrigar um número maior de refugiados. O Brasil e outros países também decidiram acolher parte dessas pessoas.

A História nos mostra que migrações em massa sempre ocorreram e, às vezes, provocaram mudanças profundas na sociedade. Por exemplo, uma das causas da desintegração do Império Romano foi a migração contínua de povos que vieram do interior da Europa e da Ásia.

Neste capítulo, vamos conhecer o esplendor e a desintegração do Império Romano e a resistência às invasões do Império Bizantino, que se manteve até o século XIV.

Professor(a), veja no Procedimento Pedagógico deste capítulo uma discussão teórica sobre o tema das migrações e imigrações.

LEGENDA: Visão geral de um abrigo para migrantes, localizado em um hangar de um antigo aeroporto de Berlim, na Alemanha. Foto de 2015.

FONTE: Fabrizio Bensch/Reuters/Latinstock

OBJETIVOS DO CAPÍTULO

· Conhecer a organização do Império Romano.

· Abordar aspectos da vida cotidiana dos romanos.

· Explicar o surgimento e a difusão do cristianismo no Império Romano.

· Compreender o papel das invasões externas na divisão do Império Romano.

· Refletir sobre o papel do Direito no passado e no presente.

· Analisar aspectos da organização social e política do Império Bizantino.

· Conhecer algumas características da cultura bizantina.

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1. Primeiros tempos do Império Romano

No começo da Era Cristã, os domínios do Império Romano abrangiam grande parte da Europa, o norte da África e as terras asiáticas próximas ao Mediterrâneo. Esse imenso território teve muitos governantes.

Em 27 a.C, Caio Otávio assumiu, sozinho, o comando do império, depois de derrotar Marco Antônio num confronto militar e exilar Lépido que, como ele, eram os senadores que compunham o Segundo Triunvirato.

Otávio manteve o Senado e a figura dos cônsules, dois fortes símbolos republicanos. O Senado concedeu-lhe os títulos de Augusto (até então reservado apenas para os deuses), Príncipe (ou seja, chefe do Senado) e Sumo Pontífice (o cargo religioso mais alto) em 27 a.C. Assim, Otávio passou a ser chamado de Augusto, e o exército o aclamou Imperator (imperador).

Durante as quatro décadas de seu governo, Augusto promoveu diversas reformas na sociedade romana. Destituiu senadores acusados de corrupção; perdoou dívidas dos camponeses para com o governo; criou um tribunal que julgava casos corriqueiros para dar maior agilidade à Justiça; distribuiu alimentos e dinheiro ao povo em momentos de crise; e incentivou os espetáculos públicos (veja o boxe Os romanos se divertem).

Os romanos se divertem

Durante o governo de Augusto, viviam em Roma cerca de 1 milhão de pessoas. Como muitos não tinham trabalho, o imperador procurava manter essa população ocupada por meio de diversões, festas e espetáculos variados. As lutas de gladiadores, iniciadas durante a república, tornaram-se ainda mais populares. Diversos anfiteatros, como o Coliseu, em Roma, foram construídos em todo o império para a realização desses espetáculos. Destinadas a divertir a população, essas lutas tinham também uma dinâmica religiosa. Ao entrar na arena, os gladiadores desfilavam e saudavam o imperador com a frase Ave, Caesar, morituri te salutant ("Salve, César, os que vão morrer te saúdam").

Outra grande diversão eram os circos, nos quais se realizavam corridas a pé, a cavalo e de bigas (pequenos carros puxados por cavalos). O Circo Máximo era um dos maiores e comportava cerca de 150 mil espectadores. Os romanos também podiam se divertir com o teatro, com os jogos de azar e com os triunfos, festas grandiosas oferecidas aos militares vencedores de batalhas importantes.

Havia ainda as termas, luxuosos edifícios com serviços de banho e massagens que atendiam milhares de pessoas por dia.

LEGENDA: Mosaico da época do Império Romano (especificamente do século III) representando uma corrida de bigas. A obra está abrigada no Museu Arqueológico Nacional, na Espanha.

FONTE: Bridgeman/Keystone

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Sucessão de imperadores: conspirações e assassinatos

Com a morte de Augusto, em 14 d.C., assumiu o poder seu genro, Tibério (14-37). Depois, até o ano 68 d.C., apenas pessoas das dinastias Júlia (de Augusto) e Cláudia (de Tibério) governaram o império: todos foram envolvidos em episódios de perseguições, assassinatos e conspirações.

Calígula (37-41), sucessor de Tibério, por exemplo, condenou à morte inúmeras pessoas; confiscou bens e concedeu honrarias reais a seu cavalo Incitatus. Assassinado em 41, foi sucedido por seu tio Cláudio (41-54), que morreu envenenado pela própria esposa para que Nero, filho dela de um casamento anterior, assumisse o poder.

Com Nero (54-68), chegou ao fim a dinastia iniciada com Tibério. Nero assassinou a própria mãe e reprimiu pesadamente os cristãos (o boxe Difusão do cristianismo, abaixo, aborda a relação entre o cristianismo e a religião romana).



DIALOGANDO COM...RELIGIAO

Difusão do cristianismo

Professor(a), no Procedimento Pedagógico deste capítulo há uma proposta de Atividade Alternativa sobre o tema da intolerância religiosa no Brasil.

A religião sempre desempenhou um papel importante entre os romanos. Com Otávio, os cultos religiosos ganharam importância, pois o imperador era venerado como um deus.

Entretanto, já no final do período republicano, parte da população passou a seguir doutrinas que pregavam o aperfeiçoamento interior e a crença na vida após a morte. Particularmente importante foi o cristianismo, religião monoteísta originária do judaísmo.

O cristianismo baseia-se nos ensinamentos de Jesus, que teria vivido na Palestina no século I de nossa era, época em que a região era dominada pelos romanos. Seus seguidores - os cristãos - acreditam ser Jesus o filho de Deus, enviado à Terra como o Messias para redimir a humanidade de seus pecados e, assim, trazer paz ao mundo.

Com sua doutrina, Jesus entrou em conflito com os sacerdotes judeus - que não o reconheciam como o Messias enviado por Deus - e com as autoridades romanas, para as quais apenas o imperador tinha caráter divino. Considerado perigoso pelos grupos dominantes, Jesus foi condenado a morrer na cruz.

Após sua morte, seguidores de Jesus (chamado de Cristo, que traduzido do grego significa "ungido") se espalharam por diversas regiões e passaram a divulgar seus ensinamentos. A partir de então, o cristianismo alcançou uma rápida difusão. Durante certo tempo, os imperadores romanos viram na nova religião uma ameaça a seu poder e perseguiram as comunidades cristãs.

Texto elaborado com base em: BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997. p. 15, 144-146; HOORNAERT, Eduardo. Memória do povo cristão. Petrópolis: Vozes, 1986. p. 41-75.

LEGENDA: Perseguidos pelos romanos, os cristãos eram obrigados a realizar seus cultos às escondidas. Os locais mais usados eram as catacumbas (sepulcros subterrâneos). Na foto, catacumba de São Genaro, em Nápoles, existente desde aproximadamente o século III e hoje local turístico na Itália. Foto de 2014.

FONTE: pavel dudek/Shutterstock



SUA OPINIAO

A população brasileira é bem diversa quanto à religião, e a liberdade de culto é assegurada pela Constituição. Em sua opinião, existem respeito e aceitação pela diversidade religiosa no Brasil ou há preconceito e intolerância contra algumas religiões? Reflita sobre esse assunto e expresse sua opinião em uma conversa com seus colegas de classe.

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Pax romana

Depois de Nero, o general Vespasiano assumiu o governo. Iniciou-se o período de maior esplendor do Império Romano (veja o mapa da página 157), que se estendeu pelas dinastias dos Flávios (69-96) e dos Antoninos (96-192). Veja o boxe A arte, a cultura e o Direito Romano, na página 157.)

Novas cidades surgiram. O modo de vida romano passou a ser adotado nas mais distantes províncias, acentuando o processo de romanização dessas regiões. Nesse período, as condições de vida nas províncias melhoraram sensivelmente, atraindo muitos romanos. Tudo isso fez com que o império vivesse um período de calmaria, razão pela qual essa época ficou conhecida como a da pax romana (paz romana). Para os povos dominados, no entanto, essa era uma paz imposta pela força.

Apesar da fase de esplendor, o império enfrentou problemas como epidemias, incêndios e até a destruição das cidades de Pompeia, Herculano e Estábia pela erupção do vulcão Vesúvio no ano 79.

LEGENDA: Afresco datado de aproximadamente 70 a.C-60 a.C. e encontrado na Vila dos Mistérios, entre as ruínas de Pompeia, na Itália. A pintura foi restaurada e representa um ritual de iniciação das mulheres no casamento. Foto de 2015.

FONTE: Ciro de Luca/Reuters/Latinstock



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FONTE: Adaptado de: DUBY, Georges. Grand atlas historique. Paris: Larousse, 2006. Créditos: Banco de imagens/Arquivo da editora



DIALOGANDO COM... FISICA, LITERATURA E SOCIOLOGIA

A arte, a cultura e o Direito Romano

O surgimento de uma produção artística e cultural tipicamente romana verificou-se principalmente durante o império. Uma das primeiras pessoas a produzir uma obra com características romanas foi Cícero (106 a.C.-43 a.C.), considerado o maior prosador da língua latina e autor de diversos textos de Filosofia, Direito e Política.

Entre os poetas, um dos mais importantes foi Virgílio (70 a.C.-19 a.C.), autor de Eneida, poema épico que descreve as origens de Roma, mesclando lendas e fatos históricos. Outro destaque é Petrônio, cuja obra Satyricon, escrita em prosa e verso, contém informações sobre a sociedade romana da época imperial.

Na arquitetura romana, bastante influenciada por gregos e etruscos, o desenvolvimento de arcos sustentados por pilares foi uma das invenções mais originais dos romanos nessa área e permitiu a construção de pontes, arcos do triunfo e aquedutos. Já a invenção do concreto - feito de uma mistura de pedra, areia, água e cinza vulcânica - impulsionou a construção de edifícios mais altos.

Um dos importantes legados dessa sociedade ao mundo moderno foi o Direito Romano, que definiu os primeiros regulamentos das relações públicas e privadas e se constituiu em um elaborado conjunto de leis. Ainda hoje, ele serve de referência para a Justiça em diversos países.



SUA OPINIÃO

No Brasil, um conjunto de instituições legais organiza a vida social com base em leis criadas e aprovadas pelo Poder Legislativo. Em sua opinião, o acesso ao Direito e às leis é igualitário em nossa sociedade? De que modo o acesso igualitário ao Direito pode contribuir para diminuir as desigualdades sociais?



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2. Invasões e divisão do império

No final do século II, o Império Romano começou a sofrer as primeiras invasões de povos vindos inicialmente do interior da Europa e posteriormente da Ásia. Os romanos os chamavam depreciativamente de bárbaros, porque não falavam o latim e tinham costumes diferentes dos seus.

A pax romana, portanto, não era uma garantia de estabilidade duradoura. A partir da dinastia Severa (193-235), os sinais de crise tornaram-se cada vez mais frequentes. Entre 235 e 284, por exemplo, somente um entre 26 imperadores teve morte natural. Além disso, nessa época a população sofria com os altos impostos e com uma crise econômica e agrícola sem precedentes.

Preocupado em tornar o império mais governável, o imperador Diocleciano (284-305) resolveu dividi-lo em duas partes: uma oriental, sob seus cuidados; a outra, ocidental, entregue ao general Maximiano.

Mais tarde, Diocleciano dividiu o poder do império entre quatro governantes, a chamada tetrarquia. Por esse sistema, o império continuou dividido em dois territórios governados por dois imperadores, ambos com o título de "Augusto". Cada um nomeava um sucessor que o auxiliava na administração de um dos territórios. Essa fragmentação enfraqueceu particularmente ainda mais o Senado, que vinha perdendo poder desde o governo de Otávio.

O Senado continuou a funcionar em Roma, mas a cidade deixou de ser sede do império, que passou a contar com quatro capitais: Trier (na atual Alemanha), Milão (na península Itálica), Sirmio (hoje chamada Sremska Mitrovicana, na atual Bósnia-Herzegovina) e Nicomédia (hoje Izmit, na atual Turquia).

LEGENDA: Portal da antiga cidade de Tréveris (atual Trier), na Alemanha, datado do século III. As características arquitetônicas remetem à forte presença romana na localidade. Foto de 2014.

FONTE: milosk50/Shutterstock

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Em 395, o imperador Teodósio dividiu o império em duas partes novamente, criando o Império Romano do Oriente, sediado em C

onstantinopla (hoje Istambul), sob o governo de um de seus filhos, Arcádio. Essa parte do império também ficou conhecida como Império Bizantino, pois sua capital havia sido erguida no lugar da antiga cidade grega de Bizâncio. (Esse será o assunto do próximo item, na página 162.)

A outra parte formou o Império Romano do Ocidente, com capital em Milão, sob o governo de seu outro filho, Honório. Essa parte do império continuou a ser assediada pelos povos provenientes da Europa central e oriental e, aos poucos, foi se esfacelando sob a ação dos invasores.

No início do século V, as legiões romanas foram expulsas da Bretanha pelos saxões, um dos povos invasores. Por volta de 400, os visigodos devastaram a Gália, invadiram a península Itálica e, em 410, saquearam Roma. Em 452, os hunos, comandados pelo rei Átila, invadiram a península Itálica e arrasaram as cidades de Pádua e Milão. A derrocada final ocorreu em 476, quando o último imperador romano do Ocidente, Rômulo Augústulo, foi destronado por Odoacro, rei dos hérulos.

Boxe complementar:

FILME

Veja o documentário Os bárbaros, The History Channel, 2007, seis episódios de 45 min. Documentário sobre vários povos considerados bárbaros que, no início da Era Cristã, invadiram territórios romanos.

Fim do complemento.

Professor(a), veja no Procedimento Pedagógico deste capítulo uma discussão relacionando o conceito de Idade Média a convenções historiográficas.

Boxe complementar:

VOCÊ SABIA?

Início da Idade Média

Alguns historiadores consideram que a partir da conquista de Roma, em 476, teve início o período histórico conhecido como Idade Média. Mas a divisão da História em períodos (como na linha do tempo abaixo) deve ser vista apenas como forma de facilitar a localização de grandes períodos históricos no tempo. Mais importante é entender que as mudanças estão relacionadas a processos históricos, o que significa dizer que nenhuma sociedade muda radicalmente de um dia para o outro apenas por causa de um nome que os historiadores lhe deram.

LEGENDA: Escultura Os tetrarcas. Localizada em Veneza, Itália, a escultura foi criada a pedido de Diocleciano (governo entre 284 e 305), para simbolizar a igualdade entre os quatro imperadores romanos - Maximiano, Galério, Constâncio e Diocleciano.

FONTE: anshar/Shutterstock

Fim do complemento.

160


Invasões ao Império Romano

À medida que a crise interna aumentava, a partir do século III, os territórios conquistados pelo Império Romano tornaram-se alvos constantes de invasões de diversos povos.

A maioria desses povos tinha origem germânica, exceto principalmente os hunos, que, por sua vez, tinham invadido as planícies da Rússia e da Europa oriental, impulsionando os povos germânicos para os territórios romanos.

Diferentes uns dos outros, não havia nenhuma unidade política ou cultural entre os germânicos. Observe no quadro a seguir a origem de alguns deles e as regiões do império onde se fixaram.



Povo

Origem*

Território/região invadida*

Anglos e saxões

Dinamarca e Alemanha

Inglaterra

Ostrogodos

Ucrânia

Península Itálica

Visigodos

Romênia

Penínsulas Balcânica, Itálica e Ibérica

Francos

Região do rio Reno

França

Burgúndios

Escandinávia

Sudeste da França

Lombardos

Escandinávia

Península Itálica

Vândalos

Alemanha, Polônia e Eslováquia

Península Ibérica e norte da África (região da antiga Cartago)

* Nesse quadro, estão sendo usados os nomes atuais de países e regiões.

* Nesse quadro, estão sendo usados os nomes atuais de países e regiões.

FONTE: Adaptado de: WORLD History Atlas: Mapping the Human Journey. London: Dorling Kindersley, 2005. Créditos: Banco de imagens/Arquivo da editora

DE OLHO NO MUNDO

Os processos de globalização, desemprego, transformações climáticas, guerras e conflitos variados, junto com a pobreza e a insegurança, são fatores que impulsionam a migração entre as populações. Reúna-se em grupo e façam uma pesquisa sobre essas migrações contemporâneas. Escolham três grupos étnicos ou culturais e os países de destino (por exemplo, mexicanos em direção aos Estados Unidos, sírios ou afegãos para países europeus como a Alemanha ou a França, etc.). Comparem as causas e as motivações dos grupos que estão migrando; montem um painel com textos e fotos e organizem uma exposição para a classe.

Glossário:

Globalização: processo de integração econômica mundial, tendo por base o crescimento das empresas transnacionais, a quebra das fronteiras e a interdependência entre os mercados de diversos países. Segundo pesquisas, a globalização favorece os países ricos em detrimento das nações pobres e em desenvolvimento. Para alguns pensadores, esse processo remonta aos séculos XV e XVI, com a expansão ultramarina das potências europeias.

Fim do glossário.

161

ORGANIZANDO AS IDEIAS

NÃO ESCREVA NO LIVRO

ATIVIDADES

1. No início da Era Cristã, o território do Império Romano abrangia grande parte da Europa e porções da Ásia e da África. Otávio governou essas terras por quatro décadas, a partir de 27 a.C., assegurando prosperidade e desenvolvimento. Mas os imperadores seguintes não garantiram a mesma estabilidade política. Compare o governo de Otávio com o de seus sucessores, até a morte de Nero, apontando as principais medidas adotadas por Otávio e os problemas políticos enfrentados pelos demais imperadores.

2. O Império Romano foi marcado por inúmeras transformações culturais e religiosas. Explique as principais mudanças ocorridas no período.

DIALOGANDO COM... GEOGRAFIA

3. Observe e compare atentamente os mapas O Império Romano (p. 157) e Invasões ao Império Romano (p. 160) e responda no caderno ao que se pede.

a) Os dois mapas representam situações bastante diferentes em termos militares e políticos. Compare esses contextos e justifique sua resposta com elementos presentes nos mapas.

b) Considerando o mapa Invasões ao Império Romano, aponte quais povos invadiram o território romano. Em seguida, explique os motivos desses avanços.



INTERPRETANDO DOCUMENTOS: IMAGEM

ATIVIDADES

Observe a imagem a seguir. Trata-se de um detalhe da Coluna de Trajano, obra construída no começo do século II d.C. O objetivo dessa coluna era comemorar as vitórias militares do imperador Trajano contra os dácios, povo considerado bárbaro pelos romanos. A obra pode ser vista como exemplo do esplendor romano durante o período da pax romana. No detalhe da imagem, é possível observar o imperador romano recebendo cabeças de guerreiros dácios mortos pelos soldados romanos. Com base nessas informações e na análise da imagem, responda em seu caderno ao que se pede.

LEGENDA: Detalhe da Coluna de Trajano, concluída no início do século II, no Fórum de Trajano, em Roma (Itália). Foto de 2015.

FONTE: Keystone/AGB

a) De que forma o detalhe da coluna representa a relação entre os povos germânicos e os romanos?

b) A construção da Coluna de Trajano representa o poder político dos romanos. Formule uma hipótese para descrever o tipo de representação do poder de Roma proposto pelo detalhe da imagem.

162


3. Império Bizantino

No final do século IV, os dois impérios romanos tiveram destinos completamente diferentes. Enquanto o Império Romano do Ocidente se esfacelava sob o impacto das invasões externas, o Império Romano do Oriente (Império Bizantino) se consolidava como uma das principais potências da Ásia e do mundo mediterrâneo.

Do ponto de vista da organização política, o Império Bizantino assumiu uma forma de governo chamada autocracia absoluta. O imperador, chamado basileu (rei), controlava a legislação, comandava as forças militares e podia nomear ou exonerar quem quisesse. O basileu era também o chefe da Igreja e, como tal, convocava concílios, nomeava bispos e promulgava regras e disposições religiosas.

Considerado pessoa sagrada e vice-rei de Deus na Terra, o poder do basileu era tão grande que até a arte estava a serviço de sua autoridade. Assim, ao exaltar o Estado, os artistas glorificavam também o Deus cristão (veja abaixo o boxe A arte bizantina).

A sociedade bizantina era fortemente hierarquizada (veja a seção Olho vivo na próxima página). No topo, estavam o imperador e sua família. Em torno deles, encontravam-se a nobreza urbana (comerciantes, banqueiros, altos funcionários públicos) e a rural (grandes proprietários de terras). Na base da sociedade, ficavam os trabalhadores livres, abaixo dos quais estavam os servos presos à terra e os escravos.

Glossário:



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