Dos primeiros humanos ao renascimento manual do professor gislane azevedo



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Autocracia absoluta: sistema político em que o poder está nas mãos de uma só pessoa, que o exerce de modo absoluto e despótico. As monarquias absolutistas são regimes autocratas.

Fim do glossário.



DIALOGANDO COM... ARTE

A arte bizantina

A arte bizantina é uma síntese do cristianismo, do helenismo e do orientalismo. Sua imponência pode ser observada tanto na arquitetura como nas pinturas e nos mosaicos que decoram o interior das igrejas.

O mosaico (técnica de criação de uma imagem ou padrão visual por meio da incrustação de pequenas peças coloridas sobre uma superfície de gesso ou argamassa) foi a forma de expressão preferida dos artistas do Império Bizantino.

Paralelamente, monges bizantinos inventavam os ícones, pinturas que representavam figuras sagradas do cristianismo. Veneradas nas igrejas e oratórios familiares, tais pinturas frequentemente eram decoradas com joias e pedras preciosas.

Na arquitetura, uma obra de grande destaque é a Basílica de Santa Sofia. Inaugurado no ano de 537, o templo foi construído em cinco anos por 10 mil trabalhadores (veja a foto ao lado). Após a tomada de Constantinopla, em 1453, os turcos otomanos a transformaram em mesquita (templo muçulmano).

LEGENDA: A Basílica de Santa Sofia, inaugurada em Constantinopla (atual Istambul) em 537 d.C., é considerada o monumento arquitetônico mais famoso do Império Bizantino. Com a queda da cidade em 1453, foi convertida em mesquita. Por essa época, foram-lhe acrescentadas torres pontiagudas, conhecidas como minaretes. Em 1934, foi transformada em museu. Foto de 2015.

FONTE: Zzvet/Shutterstock

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OLHO VIVO

DIALOGANDO COM... ARTE

A imperatriz Teodora

O mosaico aqui apresentado, A imperatriz Teodora e seu séquito, de autor anônimo, encontra-se na Igreja de São Vitale, em Ravena, na Itália. A peça foi concluída em 547, um ano antes da morte de Teodora, que foi casada com o imperador Justiniano por mais de vinte anos.

Teodora fora atriz e dançarina de circo. Ao se tornar imperatriz, em 527, sofreu preconceito por parte da aristocracia bizantina. Ao retratá-la no mosaico, contudo, o artista imprimiu grande respeito e certa conotação sagrada a sua imagem, como veremos a seguir.

LEGENDA: Mosaico A imperatriz Teodorae seu séquito, que retrata a imperatriz, dois ministros e sete mulheres de sua corte.

FONTE: Akg-Images/Latinstock

1. As pessoas representadas no mosaico são (da esquerda para a direita): um dignatário (alto funcionário do império); o eunuco Narsés, funcionário de confiança da imperatriz; a imperatriz Teodora; a amiga da imperatriz e administradora do palácio, Antonina; a filha de Antonina, Joanina; cinco mulheres da corte.

2. A auréola em torno da cabeça da imperatriz denota um caráter sagrado concedido a ela.

3. A rainha veste as insígnias reais: o diadema de pedras preciosas; o toucado (arranjo de cabelos) com joias; e o manto de seda cor púrpura sobre os ombros. O uso da cor púrpura era reservado a seletas pessoas do império.

4. Aqui estão bordados os três reis magos com suas oferendas.

5. O tablion (pedaço de pano em forma de losango preso à roupa) na cor púrpura é outro sinal de que essa pessoa era um alto funcionário do império.

6. O cinturão indica que ambos são dignitários, ou seja, altos funcionários do império.

7. As túnicas curtas foram introduzidas no Império Bizantino durante o governo de Justiniano.

8. A dalmática (tipo de manto) era usada sobre as túnicas pelos representantes das camadas mais elevadas da sociedade bizantina. As demais pessoas as usavam apenas em ocasiões especiais.

9. A cor púrpura do manto indica a proximidade de Antonina com a realeza.

10. Os sapatos brancos e pretos compunham o uniforme dos dignatários. Eram entregues pelo próprio imperador, junto com o certificado de nomeação para o cargo.

11. As estolas eram uma peça comum do vestuário feminino da época.

Texto elaborado com base em: HAGEN, Rose Marie; HAGEN, Rainer. Los secretos de las obras de arte. Tomo I. Madrid: Taschen, 2005.

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O governo de Justiniano

Professor(a), veja no Procedimento Pedagógico deste capítulo um texto complementar que aprofunda a discussão sobre o Código de Justiniano.

Desde a queda do último imperador romano do Ocidente, em 476, pela ação dos povos germânicos, os bizantinos acalentavam o desejo de reconstruir o Império Romano. Essa aspiração ganhou força a partir de 527, com a chegada ao trono do imperador Justiniano e de sua mulher, a imperatriz Teodora (reveja a seção Olho vivo, na página 163).

Em 533, depois de fortificar as fronteiras e reequipar o exército, Justiniano se lançou à conquista do norte da África. Vitoriosas na África, suas tropas ocuparam então a península Itálica. Em 550, o exército bizantino invadiu a península Ibérica, conquistando o sul da região, após quatro anos de batalhas (veja o mapa abaixo).

O governo de Justiniano dedicou-se a restaurar o antigo Império Romano e a sistematizar, em um código, os principais preceitos legais do Direito Romano que regulavam a vida na sociedade bizantina. Em 529, com o nome de Código de Justiniano, o conjunto de leis tornou-se público. Posteriormente, outras leis foram reunidas no Digesto (palavra latina que significa "pôr em ordem"), publicado em 533.

Justiniano ainda reformou as escolas de Direito e produziu um manual para estudantes sobre a legislação bizantina. Esse trabalho constituiu por séculos a base do Direito europeu e é, ainda hoje, o fundamento de muitas leis no mundo ocidental, considerado o maior legado do império de Justiniano.

LEGENDA: Detalhe do mosaico A imperatriz Teodora e seu séquito, obra concluída no século VI.

FONTE: Akg-Images/Latinstock

FONTE: Adaptado de: DUBY, Georges. Grand atlas historique. Paris: Larousse, 2006. Créditos: Banco de imagens/Arquivo da editora

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4. Declínio de um império

Após a morte de Justiniano em 565, seus sucessores não conseguiram manter a unidade do império. Entre os séculos VII e VIII, o Império Bizantino perdeu territórios para outros povos. Em seguida, a Palestina, a Pérsia, o Egito - e, em 711, a península Ibérica - passaram do domínio bizantino para o controle do islã (veja mais detalhes sobre o islamismo no capítulo 9).

Nos séculos seguintes, o império sofreu crises internas, revoltas e conflitos religiosos. Em 1204, uma cruzada organizada por venezianos que seguia em direção a Jerusalém mudou de rumo e invadiu Constantinopla (sobre as Cruzadas, veja o capítulo 11). Tesouros, obras de arte e livros, preservados por séculos, foram destruídos ou saqueados. A capital bizantina foi incendiada e não conseguiu mais se recuperar.

Em 1453, após sete semanas de resistência, Constantinopla sucumbiu ao ataque dos turcos otomanos chefiados por Maomé II. O episódio marcou não apenas a queda do Império Bizantino, mas também o término do período que a historiografia convencionou chamar de Idade Média.

Boxe complementar:

ENQUANTO ISSO...



A Rússia e o cristianismo

No século IX, os rus, povo originário da região da atual Escandinávia, estabeleceram-se no território que hoje corresponde à Federação Russa, onde fundaram diversos povoados. Em 882, os dois povoados mais importantes, Kiev e Novgorod, passaram a ser governados por um único líder, Oleg, que consolidou assim o reino dos rus. Pouco mais de cem anos depois, em 989, Vladimir, soberano desse povo, casou-se com a princesa Ana, irmã de Basílio II, imperador do Império Bizantino, e se converteu ao cristianismo. Vladimir mandou destruir estátuas e templos não cristãos em seu território e ordenou a construção de igrejas. A partir dessa época, a religião cristã se constituiu em fator importante no processo de unificação da Rússia (nome derivado de rus). Kiev (atual capital da Ucrânia) se tornou então o grande centro cristão do Leste Europeu.

LEGENDA: Catedral de São Basílio em Moscou, na Rússia, erguida na praça Vermelha , entre 1555 e 1561. O desenho do prédio, um templo da Igreja ortodoxa, reflete a influência da arte bizantina na Rússia. Foto de 2015.

FONTE: vvoe/Shutterstock

Fim do complemento.

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ESQUEMA-RESUMO

Império Romano e Império Bizantino

Início do Império Romano (27 a.C.-68 d.C.)

· Primeiro imperador: Caio Otávio ( 27 a.C.-14 d.C.)

· Reformas políticas e administrativas

· Difusão do cristianismo no território romano

· Expansão das lutas de gladiadores para diversão popular

· Período turbulento: sucessão de diversos imperadores ( 14 d.C.-68 d.C)



Pax romana (69 d.C.-séc. II d.C).

· Esplendor cultural e econômico

· Expansão territorial

· Dominação dos povos germânicos

Invasões germânicas e enfraquecimento do império (séc. II d.C.-séc. V d.C.)

Divisão do império (395 d.C.)

Império Romano do Ocidente (476 d.C.)

Último imperador: deposto pelos germânicos

Império Romano do Oriente - Império Bizantino

· Autocracia absoluta (imperador com poderes políticos e religiosos)

· Sociedade fortemente hierarquizada

· Expansão territorial no governo de Justiniano (527 d.C.-565 d.C.)

· Desenvolvimento cultural, artístico e arquitetônico



Processo de declínio do Império Bizantino até a invasão dos turcos otomanos (1453 d.C.)

Broche visigodo do século VI.

Escudo ornamental anglo-saxão do século VII.

A partir da observação do esquema, é possível perceber que tanto o Império Romano do Ocidente quanto o Império Romano do Oriente (Império Bizantino) passaram por um período de expansão territorial e esplendor cultural e depois por um lento período de declínio e perda territorial. Explique como esses processos ocorreram nas duas sociedades.

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ATIVIDADES



ORGANIZANDO AS IDEIAS

NÃO ESCREVA NO LIVRO

1. O cristianismo desempenhou uma função muito importante, tanto no Império Romano do Ocidente quanto no Bizantino. Explique como se deu a difusão dessa doutrina no mundo romano e aponte o papel da religião cristã na sociedade bizantina.

2. O Império Romano do Oriente foi resultado de uma divisão em duas partes do Império Romano, estabelecida em 395, pelo imperador Teodósio. Explique os motivos do imperador para essa decisão e compare a situação dos dois impérios entre os séculos IV e V.

3. O Império Bizantino assumiu uma organização política diferente da que existia no Império Romano do Ocidente. De que forma se estruturou o governo bizantino e por que essa estrutura era diversa daquela que existiu no Império Romano do Ocidente?

4. Faça um esquema mostrando como era organizada a sociedade bizantina.

5. A morte de Justiniano marca uma transformação no Império Bizantino. Explique o que foi essa mudança e qual o papel de Justiniano na história do Império Romano do Oriente.

6. Aponte as características fundamentais da arte bizantina, levando em conta seu caráter de arte a serviço da Igreja e do Estado.



INTERPRETANDO DOCUMENTOS: TEXTO E IMAGEM

DIALOGANDO COM... FILOSOFIA

1. O trecho a seguir é da obra Da clemência, escrita pelo filósofo romano, Lúcio Aneu Sêneca (4 a.C.-65 d.C.). Tal obra tinha a intenção de ajudar a educar o imperador Nero (que reinou entre 54 d.C e 68 d.C); por isso trata da conduta virtuosa que esse governante deveria ter para construir um bom governo. Esse tipo de obra ganhou tanta importância ao longo da História, que se transformou em um gênero filosófico, serviu de modelo para muitos escritores e manteve relevância até o fim da Idade Média. Leia atentamente o trecho e responda no caderno ao que se pede.

Empreendi este tratado sobre a clemência, Nero César, para que ele tenha, de algum modo, a função de um espelho e te encaminhar, oferecendo-te tua imagem, ao maior prazer que existe no mundo. Com efeito, o proveito maior de nossas boas ações é tê-las feito [...] e não é menor a fruição de olhar para a alma e vê-la sem reprovação. [...] Se é verdade que tu és a alma da república e que ela é teu corpo, compreendes, espero, a que ponto a clemência é necessária [...]. A clemência é conforme a natureza de todos os homens, mas ela convém particularmente aos imperadores. [...] Embora as virtudes formem um coro harmonioso e nenhuma é melhor ou mais bela do que as outras, entretanto algumas vão melhor para cada tipo de homem. [...] A clemência, em qualquer parte em que apareça, aí fará reinar a felicidade e a paz, porém, numa casa régia, quanto mais é rara, mais é admirada. Para o rei, não existe nenhuma glória vinda de uma condenação brutal; ao contrário, sua glória será imensa se contiver a cólera sua e alheia, se não aplicou a sua a ninguém.

CHAUI, Marilena. Introduçãoà História da Filosofia. v. 2. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 296-297.

a) De acordo com o trecho selecionado, qual a função da obra de Sêneca para o imperador romano?

b) Sêneca atribui grande importância às virtudes morais na condução da vida individual e também nas ações políticas. Segundo essa ideia, o que ele entende por clemência e por que ela é importante para um governante?

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c) O tratado de Sêneca foi escrito num período conturbado da política imperial romana. Nesse período, os imperadores que governaram Roma seguiam o modelo de virtude moral que Sêneca recomendava para bem governar o império?



2. O mosaico reproduzido a seguir faz parte da decoração da Igreja de Santa Sofia, construída durante o Império Bizantino em 537, em Constantinopla (atual Istambul, na Turquia). Na imagem, é possível observar os imperadores Constantino e Justiniano; ao centro, Maria com Jesus no colo. Observe atentamente a imagem e responda no caderno ao que se pede.

LEGENDA: O mosaico é um exemplo de arte bizantina.

FONTE: Tolga Tezcan/Shutterstock

a) Os dois imperadores trazem objetos nas mãos. Descreva esses objetos e formule uma hipótese para explicar a mensagem que a representação constrói sobre o Império Bizantino.

b) Como vimos neste capítulo, o imperador bizantino era considerado sagrado, detentor do poder político e religioso atribuído a ele por Deus. Que aspecto do mosaico representa essa divindade do imperador?

TESTE SEU CONHECIMENTO

1. (PUC-SP) Leia o texto para responder a questão.

O apóstolo Paulo era cidadão de Tarso, uma pequena cidade, muito antiga, que era a capital provincial da Cilícia. Mas Paulo era também judeu, membro de uma etnia que se reproduzia por laços familiares e pela aderência a uma religião, cujo templo se encontrava distante, em Jerusalém. Era um judeu da diáspora. Numa viagem para Damasco, Paulo se tornou cristão e, entre os cristãos, apóstolo. Nessa condição, assumiu a identidade de apóstolo dos não judeus e viajou, por terra e por mar, por boa parte do Mediterrâneo oriental. Foi a Chipre, à Panfília, passou pela Capadócia, pelo centro da Anatólia, e morou em Éfeso, onde foi confrontado pelos artesãos locais, escapando apenas pelo medo geral de uma intervenção do poder romano. Muitas vezes estabeleceu-se com o apoio das comunidades judaicas locais. Morou na cidade de Felipe, visitou a Macedônia e a Acaia e, segundo os Atos, passou por Corinto, capital provincial, onde exerceu outra de suas identidades - a de artesão. Chegou a Atenas e discutiu com os filósofos da cidade. Passou também por Mileto, Rodes, Tiro, Cesareia, Jerusalém e outras cidades. Ao ser perseguido em Jerusalém, refugiou-se em Cesareia, onde foi preso. Fez, então, uso de sua identidade de cidadão romano, que também possuía, e de seu conhecimento da língua grega, para não ser espancado e executado. Para ser julgado, atravessou todo o Mediterrâneo, com uma escala em Malta, após um naufrágio, tendo vivido em Roma com amigos e fiéis. Suas cartas mostram um amplo círculo de relações e de influências em Roma e no Mediterrâneo oriental. O ponto central é: teria sido a carreira de Paulo possível ou verossímil 500 anos antes?

GUARINELLO, Norberto Luiz. História antiga. São Paulo: Contexto, 2013. p. 157-158.

A trajetória do apóstolo Paulo, descrita no texto, revela que:

a) o intercâmbio cultural na Antiguidade era regular e sistemático desde a globalização da filosofia grega e da hegemonia dos valores helenísticos no Oriente Extremo.

b) os povos da Antiguidade mantinham-se firmemente fechados em suas comunidades,

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sem que houvesse qualquer tipo de integração ou transformação cultural.

c) a força política do cristianismo na Grécia e em Roma garantia a segurança e a ampla possibilidade de circulação de seus adeptos, empenhados na difusão dessa fé religiosa.

d) a tolerância religiosa existente na Grécia e na Roma antigas permitia contínuas romarias de todos os seus habitantes por todos os territórios de seus impérios.

e) o Império Romano era bastante heterogêneo no seu interior, e parte de seus habitantes podia valer-se de suas várias identidades e vínculos pessoais e religiosos.

2. (UFRGS-RS) Os dois fragmentos citados abaixo, de autoria do filósofo Santo Agostinho (354-430 d.C.), tratam do mesmo contexto histórico.

Sobre a origem, o progresso e os termos previstos para as duas cidades, das quais uma é de Deus, a outra deste mundo [...], prometi escrever, após ter refutado, quanto me ajudasse sua graça, os inimigos da cidade de Deus, que preferem seus deuses ao fundador desta última, Cristo.

Santo Agostinho. A cidade de Deus, XVIII, I-II, 1.

Neste momento, Roma foi destruída sob os golpes da invasão dos godos que o rei Alarico conduzia (410 d.C.): foi um grande desastre. Os adoradores de uma multidão de deuses falsos, que chamamos ordinariamente de pagãos, esforçaram-se para atribuir esse desastre à religião cristã e puseram-se a blasfemar contra o Deus verdadeiro.

Santo Agostinho. Retratações, II, 1.

Considere as seguintes afirmações sobre esses fragmentos.

I. Santo Agostinho retrata a tomada de Roma, a ascensão dos pagãos e a opressão aos godos.

II. Santo Agostinho afirma que os godos eram cristãos e que os romanos eram pagãos.

III. Santo Agostinho discorre sobre a queda de Roma e a defesa do cristianismo.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e II.

e) Apenas I e III.

3. (UFG-GO) Leia o verbete a seguir.



vândalo (do latim vandalus). S. m. 1. Membro de um povo germânico de bárbaros que, na Antiguidade, devastaram o Sul da Europa e o Norte da África. 2. Fig. Aquele que destrói monumentos ou objetos respeitáveis. 3. Fam. Indivíduo que tudo destrói, quebra, rebenta.

Adaptado de: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: dicionário da língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

O verbete "vândalo" indica que o mesmo termo adquire diferentes significados. O sentido predominante no dicionário citado, e amplamente empregado na cobertura midiática das recentes manifestações no Brasil, decorre da prevalência, na cultura ocidental, de uma:

a) visão de mundo dos romanos, que, negando a cultura dos povos germânicos, consolidou a dicotomia entre civilização e barbárie.

b) mentalidade medieval, que, após a queda do Império Romano, se apropriou da herança cultural dos povos germânicos conquistadores, valorizando-a.

c) concepção renascentista, que resgatou os valores cristãos da sociedade romana, reprimidos desde as invasões dos povos bárbaros.

d) imagem construída por povos dominados pelo império, que identificaram os vândalos como símbolo de resistência à expansão romana.

e) percepção resultante dos conflitos internos entre os povos germânicos que disseminou uma imagem negativa em relação aos vândalos.

4. O Império Bizantino manteve-se por mais de mil anos, passando por inúmeras transformações e enfrentando um lento processo de decadência, ao longo de séculos. Leia as seguintes afirmativas sobre esse império e escolha a opção correta. Em seguida, justifique no caderno o erro das afirmativas falsas.

I. O Império Bizantino foi criado em 395, quando o imperador Teodósio dividiu os territórios do Império Romano em duas partes, uma com capital em Milão e outra com capital em Constantinopla.

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II. O imperador bizantino era chamado de basileu e comandava uma autocracia absoluta, com poderes políticos e religiosos.



III. Durante o governo de Justiniano, os bizantinos conseguiram expandir seus territórios, dominando regiões na Ásia, África e Europa.

IV. O Império Bizantino perdeu grandes territórios entre os séculos VII e VIII, especialmente a partir da expansão do islã. Esse processo de decadência continuou nos séculos seguintes até que, no século XV, a cidade de Constantinopla foi tomada pelos turcos otomanos, marcando o fim do Império Bizantino.

a) As afirmativas II e III estão corretas.

b) As afirmativas III e IV estão corretas.

c) As afirmativas I e III estão corretas.

d) Todas as afirmativas estão corretas.

e) Apenas a afirmativa II está correta.

HORA DE REFLETIR

NÃO ESCREVA NO LIVRO

Na batalha que provocou a queda de Constantinopla, o imperador bizantino receava cair nas mãos dos "infiéis", isto é, dos turcos otomanos, que não eram cristãos. Os muçulmanos também denominavam de "infiéis" todos os não adeptos de sua religião. Esse modo de tratar outras religiões é um sinal de intolerância: desqualifica a fé dos outros povos e considera apenas a sua própria religião como verdadeira.

Um exemplo de intolerância religiosa foi a perseguição aos primeiros cristãos, no início de nossa era. Hoje em dia a intolerância religiosa se manifesta por ataques armados a grupos ou locais considerados sagrados para certa religião, discriminação social ou agressões a praticantes de determinada crença, etc.

Reflitam sobre a relação entre tolerância e democracia. Em seguida, pesquisem reportagens em jornais, revistas ou na internet que relatem exemplos de situações de intolerância religiosa no Brasil e no mundo. A partir dessa pesquisa, montem um cartaz destacando de que modo os conflitos religiosos oferecem riscos à democracia. Destaquem também ideias e ações que possam ser implantadas para evitar esse tipo de violência. Para encerrar, com os demais grupos, elaborem um mural com as pesquisas de todos.

MINHA BIBLIOTECA



PARA NAVEGAR

Death in Rome. Jogo (em inglês) ambientado na Roma antiga. Disponível em: http://tinyurl.com/7hv49b3. Acesso em: 18 nov. 2015.

Museu Nacional de Arqueologia. Exposição virtual de mosaicos romanos. Disponível em: http://tinyurl.com/opwj4ju. Acesso em: 18 nov. 2015.

PARA ASSISTIR

Ben-Hur. Direção: William Wyler. Estados Unidos, Warner Home Video, 1959, 212 min. História de Judah Ben-Hur, um judeu de família nobre da Palestina, quando ainda era província de Roma. Após um acidente, Ben-Hur é acusado de tentar matar o governador romano.

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FECHANDO A UNIDADE

Você vai ler agora parte de um relatório elaborado em 2013 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e observar uma charge do cartunista Carlos Amorim. Ambos abordam questões pertinentes à democracia e aos direitos de cidadania. Feita a leitura, responda ao que se pede.



DOCUMENTO 1 - Relatório

De eleitor a cidadão

O potencial da sociedade civil global para influenciar a tomada de decisões sobre questões globais cruciais foi em larga medida ampliado pela revolução da internet. Esta possibilita a hiperconectividade de grupos diversificados e oferece plataformas para a rápida divulgação de ideias e preocupações entre os cidadãos por todo o globo. Permite a comunicação entre as pessoas e a partilha de ideias entre as comunidades de cientistas e outros profissionais, sem a mediação do poder do Estado ou dos mercados. Esta nova facilidade de comunicação global alimenta parcerias criativas, capacitando indivíduos e organizações sociais, conduzindo a novas formas de solidariedade e permitindo que as pessoas interajam e expressem os seus valores à escala internacional. As revoltas ocorridas recentemente em vários países árabes e o culminar de desenvolvimentos históricos complexos mostraram que as redes sociais constituem uma força que os líderes mundiais e as instituições globais ignoram por sua conta e risco. A rápida divulgação do vídeo Kony 2012, sobre Joseph Kony, membro do Exército de Resistência do Senhor acusado de crimes de guerra, e a ampla resposta ao mesmo mostram que as redes sociais conseguem, no espaço de alguns dias, envolver muitos milhões de pessoas em discussões sobre assuntos importantes. [...] Na verdade, uma das ferramentas mais valiosas da sociedade civil global reside na capacidade de difundir novas normas que transformam o comportamento dos atores estatais e privados. Acolhendo e enquadrando problemas e pressionando os Estados, as redes da sociedade civil conseguem pôr sobre a mesa novas questões e influenciar a ação governamental e internacional com vista a novos tratados, mecanismos de execução mais fortes e até mesmo intervenção direta.

PNUD. A ascensão do sul: progresso humano num mundo diversificado. Disponível em: www.pnud.org.br/hdr/arquivos/RDHglobais/hdr2013_portuguese.pdf. Acesso em: 18 nov. 2015.


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