História Universal da Destruição dos Livros Das Tábuas Sumérias à Guerra do Iraque Fernando Báez


CAPÍTULO 9 A condenação dos astrólogos



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CAPÍTULO 9

A condenação dos astrólogos
A destruição da biblioteca de Henrique de Villena
Alquimista, astrólogo e poeta, Henrique de Villena, um dos escritores mais interessantes da Idade Média na Espanha, nasceu provavelmente em 1384 e morreu em 1434. Presumia, como todo parente bastardo, ser neto ilegítimo de Henrique II de Castela. Obcecado pela mitologia, escreveu Eis dotze treballs de Hércules (1417), em catalão. Também foi autor de estranhos escritos como Tratado de enfeitiçar ou fascinologia, livro que se tornou uma referência e um estigma. Amante da cortesia e das boas maneiras, mandou imprimir seu Tratado da arte de cortar com afaça, em que apresentou explicações rigorosas sobre a postura e a atitude correta na mesa. Um fragmento desse livro se refere claramente à destruição da biblioteca de Alexandria:
[...] Segundo concordam muitas histórias que falavam dele, Cam, filho de Abraão, chamado por algumas pessoas de Zoroaestes, descobriu, organizou e deu a conhecer as artes e as ciências, escrevendo sobre artes em sete colunas ou marcos de cobre e sobre as ciências em outras sete colunas de terracota sabendo que o mundo deveria perecer pelo fogo, como aconteceu no tempo de Phetonte, ou pela água, como aconteceu no tempo de Noé e de Ogígio e Deucalião. E uma grande parte de quatro destas colunas de cobre, sobre o dilúvio, encontra-se no lugar em que hoje se situa Atenas, a cidade, na Grécia. Por causa delas numerosos estudiosos, estudantes e escritores foram ali, chegando a se publicar setecentos mil volumes, segundo Agélio, menção feita no livro Note acticarum, lamentando a queima e destruição daquele estudo [...].
Villena traduziu pela primeira vez para uma língua européia toda a Eneida, de Virgílio, e também fez a primeira tradução da Divina Comédia, de Dante. Atribui-se a ele o livro Arte de trovar, editado por volta de 1420, em que se preocupou em fazer uma história da língua castelhana e do uso das normas poéticas dos trovadores. Escreveu uma carta sobre o amor esotérico intitulada Epístola a Suero de Quinones (1428). De qualquer forma, seu prestígio não bastou para evitar momentos ingratos nos seus últimos anos. A Igreja não parou de persegui-lo e o fez perder em 1414 o direito de pertencer à Ordem de Calatrava.

No mesmo dia em que morreu, todos os seus livros foram confiscados, revistos e, em sua maioria, queimados.



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