Outros escritores com livros destruídos
Mikail Mikailovich Filipov foi assassinado a mando do czar Nicolau II em outubro de 1903. Seus manuscritos e livros foram queimados depois de um exame minucioso cujos pormenores alarmaram os militares. Autor de A revolução pela ciência ou o fim das guerras, fundador da Revista de Ciência, Filipov descobriu (ou supôs descobrir) uma maneira de transmitir um feixe de ondas com o poder de explosão por meio de um sistema simples.
Segundo ele, a magnitude das catástrofes provocadas acabaria com qualquer intento de guerra ou desordem no mundo.
Em 1915, exemplares de O arco-íris, de D. H. Lawrence, foram destruídos na Inglaterra, e seu instigante romance O amante de lady Chatterley não só foi destruído como também não pôde ser vendido durante muitos anos.
Em 1935, várias bibliotecas públicas repeliram o conteúdo dos romances de Theodor Dreiser, autor de Sister Carrie (1900), Jennie Gerhardt (1911) e Uma tragédia americana (1925). Alguns bibliotecários chegaram a queimar exemplares.
Em 1939, os bibliotecários da St. Louis Public Library rechaçaram As vinhas da ira, de John Steinbeck, e queimaram o livro numa fogueira pública, que serviu para que os oradores advertissem o restante dos escritores americanos de que não tolerariam linguajares obscenos nem doutrinas comunistas.
Em outubro de 1945, um grupo de militantes do partido Ação Democrática queimou a biblioteca do historiador Caracciolo Parra Pérez, um dos fundadores da Unesco. O ataque provocou a perda da versão original de um de seus mais importantes manuscritos.
Kurt Vonnegut publicou em 1973 um romance extraordinário e herético chamado Matadouro 5, que um vigilante da Drake High School de Dakota do Norte queimou por considerá-lo pornográfico. Diante de um grande grupo de professores e estudantes, queimou 32 exemplares.
Dostları ilə paylaş: |