O censor perseguido
William Prynne, famoso teólogo inglês e legislador radical, atacou duramente os desregramentos dos atores e mais de uma vez convidou amigos a condenar publicamente os excessos das peças teatrais. Em 1633, surgiu seu livro Histriomastix the players scourge, or Actors tragaediae, em que formalizou suas denúncias com argumentos demolidores. Infelizmente, não estava com sorte, pois um inocente livro seu editado seis semanas antes, de estilo pastoral, autorizado e bem-visto por alguns religiosos, provocou a cólera inexplicável da corte. Lord Cottington não explicou os motivos pelos quais o livro o desagradava, mas aconselhou a rainha a mandar queimar publicamente todos os exemplares.
O censor acabou, assim, vítima de suas próprias idéias. Foi encarcerado, humilhado, degradado, perdeu até as orelhas. No entanto, teve a coragem de se defender em A new discovery of the prelates tyranny (1641), um panfleto feliz e útil que serviu para anular algumas acusações contra ele.
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