Isaac Newton entre livros destruídos
A vida dos grandes homens costuma ser interpretada ou lida a partir de uma visão idealística, reducionista, em que qualquer aspecto negativo é colocado ao pé da página, como se não fizesse parte da essência do personagem. No caso de Isaac Newton há um enorme temor de divulgar alguns de seus traços mesquinhos.
Um estudo recente mostrou como Newton se dedicou em vida a censurar e diminuir o valor dos trabalhos de John Flamsteed, astrônomo real de Greenwich. Não sem inveja, repeliu seus trabalhos e chegou a utilizar suas idéias sobre as estrelas. O advento de um novo rei lhe permitiu solicitar o confisco de trezentos exemplares de um volume de onde plagiou suas propostas e conseguiu queimá-los. Só depois de morto, Flamsteed pôde ter publicada sua Historia coelestis britannica, em 1725. Newton, como vingança, retirou de sua obra principal, Philosophiae naturalis principia mathematica, todas as alusões a esse cientista.
De qualquer forma, Newton sofreu na própria carne a destruição de sua obra. Um infeliz acidente reduziu a cinzas seus manuscritos quando seu cachorro derrubou uma vela e os papéis se incendiaram. Entre outras, desapareceram observações importantes sobre ótica e religião.
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