Igor moreira



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portos-chineses-abastecem-comercio-infraestrutura-e-commodities-do-mundo.shtml>. Acesso em: 19 out. 2015.

©iStockphoto.com/silkwayrain



Porto de Xangai, na China, o maior do mundo em volume de carga. Foto de 2014.

Comércio internacional: algumas tendências

As mudanças do comércio internacional, como expressão da globalização, apresentam aspectos que merecem destaque. Por exemplo:



maior investimento dos países pobres na produção de manufaturados;

formação de mercados regionais para facilitar o intercâmbio de mercadorias;

aumento do volume de trocas, resultante da queda de barreiras políticas.

Vale lembrar que nem todos os países se beneficiam igualmente do comércio em tempos de globalização.

Observe, no mapa a seguir, a participação dos países nas exportações mundiais.
Mundo: estrutura das exportações (2011)

João Miguel A. Moreira/Arquivo da editora

Fonte: Adaptado de FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 51.

Investimentos em manufaturados

Não é de hoje que vários países economicamente mais pobres se veem às voltas com um problema crucial: os preços dos produtos primários (que tradicionalmente exportam), além de serem inferiores aos dos produtos industrializados, tendem a diminuir de cotação. Esse fato decorre do aumento da produção mundial, com o ingresso no mercado de áreas antes improdutivas; da ausência de aumento proporcional do consumo; da descoberta e produção de substitutos industrializados para certos produtos primários.

Por esses motivos, diversos países menos desenvolvidos procuram aumentar suas exportações de industrializados, alterando a estrutura do comércio mundial. A ideia não é apenas desenvolver a produção industrial, mas também apresentar competitividade no mercado internacional. Por isso, eles têm se preocupado com investimentos em infraestrutura, como energia, transportes e comunicações. Ao mesmo tempo, necessitam incre

mentar a educação e a qualificação da mão de obra para um bom posicionamento no comércio mundial. Para isso, muitos países menos desenvolvidos modificaram o perfil de suas exportações, aumentando as vendas externas de manufaturados em relação às de produtos primários. Os exemplos mais notáveis são Malásia, Tailândia e Indonésia, já chamados de Novos Tigres Asiáticos, e Filipinas e Vietnã (Novíssimos Tigres). Mas também merecem destaque Índia, Brasil, México e África do Sul.

No entanto, no atual contexto mundial – de competitividade e aceleração tecnológica –, os países ricos têm a grande vantagem de dispor de mais recursos para os investimentos requeridos.

Por outro lado, apesar dos esforços e de algumas conquistas, grande parte dos países menos desenvolvidos permanece fornecedora de matérias-primas e de produtos alimentícios ao mercado internacional. A partir da década de 1990, vários desses países adotaram um modelo muito parecido de inserção de suas economias no mundo globalizado. Sem capital para investir e

afundados em dívidas externas cada vez maiores, não tinham como financiar o desenvolvimento econômico. Assim, contaram com organismos internacionais, que impuseram-lhes a estabilização da economia (redução da inflação), com a adoção de políticas econômicas rígidas e a redução dos gastos governamentais; a privatização de empresas estatais; a abertura econômica; entre outras condições.

O retorno do investimento externo nesses países se deu tanto de forma direta, pela compra de estatais por multinacionais (especialmente no setor de infraestrutura) e/ou pela instalação de filiais, quanto indireta, por empréstimos e investimentos financeiros (compra de títulos dos governos, bolsa de valores, etc.).

Esse processo não se realizou em todos os países menos desenvolvidos, apenas naqueles que já contavam com uma base industrial expressiva e, ao mesmo tempo, tinham um mercado consumidor potencial. Era a garantia de retorno dos investimentos feitos pelas empresas estrangeiras. Por essa razão, países como Brasil, Chile, México, Argentina, Índia e África do Sul, bem como os Tigres Asiáticos, começaram a ser chamados de economias emergentes.

Tais países passaram a ocupar um papel específico na nova divisão internacional de trabalho (DIT). Eles se articulam à economia globalizada como fornecedores de setores industriais mais tradicionais ou, ainda, de bens com maior tecnologia agregada, a qual é produzida por empresas multinacionais em seus países de origem.

De qualquer maneira, a DIT vem se modificando, sob influência de fatores como: abertura ao mercado internacional, com a eliminação de barreiras protecionistas; distribuição internacional do trabalho especializado; capacidade de investimento em infraestrutura; e avanço das inovações tecnológicas, com a queda dos custos das comunicações.

Formação de mercados regionais

Nas últimas décadas, uma tendência mundial crescente é a formação de organizações regionais de comércio e cooperação econômica. Países de quase todo o mundo se associam e criam organismos supranacionais que preveem normas comuns para regular a circulação de bens, serviços e capitais.

O maior desafio à completa integração aduaneira entre os membros do Nafta, por exemplo, reside na desigualdade socioeconômica entre o México e os países que compõem a chamada América Anglo-Saxônica, o que dificulta a conciliação de interesses empresariais.

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) tem uma proposta que envolve vários países da América do Sul, in

clusive o Brasil. Essa organização não se limita à criação de uma zona de livre-comércio, tendo sido concebida como instrumento capaz de integrar melhor os países- membros. Entre seus objetivos, estão a redução ou eliminação gradativa dos impostos de importação entre os países-membros; a criação da tarifa externa comum (TEC), com a uniformização das tarifas alfandegárias para os produtos importados de fora do Mercosul; a adoção de uma política comercial comum a todos os países-membros; a harmonização de leis que contribuam, em uma etapa posterior, para a livre-circulação de pessoas e mão de obra, com, por exemplo, o mútuo reconhecimento dos diplomas emitidos em cada país. Fazem parte do Mercosul Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru são membros associados, com participação limitada no bloco.

Mas a organização de maior destaque é a União Europeia (UE), pois constitui o maior bloco econômico do mundo. As chamadas “quatro liberdades” – circulação de produtos, capitais, serviços e pessoas – têm sido viabilizadas por várias medidas, como: uniformização de tarifas alfandegárias para produtos importados de fora da UE – isso significa que os acordos comerciais são negociados em bloco, e não em cada um dos países; adoção de políticas sociais comuns e até a criação de uma força de defesa europeia; adoção de uma moeda única, o euro, desde janeiro de 2002 (adotado por 19 dos 28 países que, em 2015, integravam a comunidade).

O Parlamento europeu, que faz parte da estrutura da UE, tem a incumbência de criar leis comuns a todos os países-membros. A expansão da União Europeia é um grande desafio, pois envolve interesses políticos, econômicos e estratégicos.
Glowimages/Zuma Press/Delmi Alvarez

Votação no Parlamento Europeu em Bruxelas, Bélgica, pelo acolhimento de refugiados e sua distribuição entre estados- membros. Foto de 2015.

O Japão, associado à Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), estabelece importantes relações bilaterais com os participantes dessa organização, sobretudo com os outrora chamados Tigres Asiáticos, a Austrália e a Nova Zelândia.

As tradicionais rivalidades do Japão na área do Pacífico são antigas. No início do século XX, o Império Japonês ocupava a Manchúria, Taiwan e a Coreia. Hoje em dia, o Japão procura desenvolver uma política de aproximação com essas áreas.

A China, por sua vez, tem uma posição muito especial nessa área geográfica. Pagando baixos salários à sua abundante mão de obra, consegue pequenos custos de produção. Assim, pode colocar produtos (calçados, têxteis, brinquedos, carros, máquinas) muito baratos no mercado internacional, com preços bem inferiores aos de similares produzidos em outros países.

As exportações da China estão ligadas ao seu dinamismo econômico, possibilitando elevadas taxas anuais de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos anos, a China foi o país com o maior crescimento econômico no mundo, embora esse crescimento tenha deliberadamente diminuído entre 2014 e 2015. Os investimentos estrangeiros atraídos para áreas de livre-comércio criadas pelo governo têm contribuído decisivamente para isso. Essas áreas estão localizadas nos litorais leste e sudeste e são chamadas de Zonas Econômicas Especiais (ZEE), como as que ficam junto aos portos de Cantão, Zhangzhou, Hong Kong e Macau, ex-possessão portuguesa integrada à China em 20 de dezembro de 1999.

Para se contrapor à vigorosa expansão mercantil da China, os Estados Unidos e o Japão, com mais dez países (Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã), firmaram, em outubro de 2015, o maior acordo comercial regional até então realizado. Trata-se da Parceria Transpacífico, tratado de livre-comércio que abrangerá cerca de 40% da economia global. O acordo necessita de aprovação do Congresso dos Estados Unidos, bem como do respectivo órgão legislativo de outros países do bloco.

Observe, no mapa abaixo, a composição de importantes organizações econômicas.

Mundo: principais blocos econômicos (2015)

Fontes: Adaptado de IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 78; 8 PONTOS para entender o Tratado Transpacífico, acordo entre EUA, Japão e mais dez países. Folha de S.Paulo, 5 out. 2015. Disponível em:


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