Química – Ciscato, Pereira, Chemello e Proti



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. Acesso em: jan. 2016.

Questões relativas ao texto de abertura



Responda em seu caderno

1 O que pode ser considerado para classificar uma amostra de água como doce ou salgada? Pode-se afirmar que a água doce é sempre potável?

2 É adequado dizer que a água apropriada para o consumo humano é a água pura?

3 Você concorda com a informação: “O Brasil possui 12% das reservas de água doce mundial, portanto, não há por que o governo e a população se preocuparem com a falta de água no país”? Exponha seu ponto de vista.

4 Na ausência de água potável, aconselha-se a ingestão de água de origem desconhecida?

5 Consulte o gráfico Distribuição da água no planeta Terra em 1993 (%), no início do capítulo, e calcule a porcentagem total de água doce encontrada em rios e lagos em relação ao total de água no planeta. Verifique se o valor obtido é consistente com dados obtidos em outras referências.

Reflita sobre os tópicos abordados neste capítulo



Discuta com seus colegas

• Além da ausência de microrganismos patogênicos, você sabe quais são os parâmetros para estabelecer se determinada amostra de água é ou não potável?

• Como é possível determinar a concentração de uma espécie química em uma solução?

• Utilizando água e sal de cozinha, como se pode preparar 1 L de uma solução que apresente concentração salina semelhante à da água do mar? Que informações seriam necessárias?

• Se 1 L de água for adicionado a 1 L de suco de uva integral e homogêneo, haverá alguma alteração na cor do suco? Por quê?

• O rótulo de uma embalagem de água sanitária indica a presença de 2,0% a 2,5% (em massa) de cloro ativo. O que essa informação significa? É possível confirmar a sua veracidade?

• Considerando que a pressão atmosférica seja a mesma, você acha que a água do mar entra em ebulição na mesma temperatura que a água pura? Por quê?

• Por que uma folha de alface murcha momentos após ser temperada com sal?


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TEMA 1
Como obter água potável a partir de água doce

Como foi visto, há pouca água doce no planeta Terra. Se forem consideradas as águas de fácil acesso (em rios e lagos), essa quantidade é ainda menor e está distribuída de modo heterogêneo nas diversas regiões. Lembrando que nem toda água doce pode ser considerada potável, o estudo deste tema possibilitará refletir sobre a importância do tratamento da água para o consumo humano.



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Antonio Scorza/Agência O Globo

Tanques de tratamento de água da Estação de Tratamento do Guandu. Nova Iguaçu, RJ, 2014.



Potabilidade da água

Observe novamente o significado da palavra “potável” mencionado no início do capítulo. Observe também que foram mencionadas algumas características da água para que ela seja considerada potável. Pode-se dizer, então, que a água comercializada como “mineral natural” é potável? Veja as quantidades de algumas espécies químicas presentes em determinada marca de água mineral, indicadas no exemplo a seguir.



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elic/Shutterstock; PureSolution/Shutterstock

Exemplo de um rótulo de água mineral.


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A composição química dessa solução é indicada no rótulo, com os íons dissolvidos expressos em miligramas para cada 1 litro de água mineral – assim, indica-se a concentração desses componentes. Note que o íon fluoreto encontra-se na concentração de 0,14 mg/L. O controle desse teor é importante para o organismo humano, pois essa espécie química está envolvida na formação de dentes saudáveis. Entretanto, o teor elevado pode gerar, entre outros problemas, uma doença chamada fluorose (que causa descoloração e desfiguração dos dentes permanentes).

Para que a água seja considerada potável ela deve, portanto, apresentar determinadas espécies químicas de acordo com um limite de concentração específico para cada uma delas. Veja na tabela a seguir alguns dos parâmetros que devem ser verificados para considerar a potabilidade da água.

Valores máximos permitidos de algumas espécies químicas na água potável de acordo com a legislação brasileira*

Alumínio

0,2 mg/L

Amônia

1,5 mg/L

Antimônio

0,005 mg/L

Arsênio

0,01 mg/L

Benzeno

5 μg /L

Cádmio

5 μg /L

Chumbo

10 μg /L

Cloreto

250 mg/L

Cobre

2 mg/L

DDT (pesticida)

1 μg/L

Fluoreto

1,5 mg/L

Mercúrio

0,001 mg/L

Níquel

0,07 mg/L

* Portaria MS nº 2.914/2011, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Portaria MS nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Brasília, 2012.

Entende-se por água pura a substância formada apenas por moléculas de H2O. Na água potável, há espécies químicas dissolvidas em diferentes concentrações. Assim, embora esses dois conceitos sejam confundidos com frequência, água pura e água potável não são sinônimos.

Mas o que significam os valores mostrados na tabela acima? São valores de concentração, ou seja, a quantidade de determinada espécie química presente em determinada quantidade de solução. No caso da tabela, são indicados os valores máximos de concentração de diferentes espécies químicas para que uma amostra de água seja considerada potável. O valor de concentração indica uma proporção, e não valores absolutos. Portanto, se o valor máximo permitido para os íons fluoreto (soluto) for de 1,5 mg/L, isso significa, por exemplo, que para a água ser considerada potável:
em um litro pode haver, no máximo, 1,5 mg de fluoreto dissolvido;
em dois litros pode haver, no máximo, 3,0 mg de fluoreto dissolvidos;
em três litros pode haver, no máximo, 4,5 mg de fluoreto dissolvidos;
em 300 mL pode haver, no máximo, 0,45 mg de fluoreto dissolvido.

No texto de abertura do capítulo, a concentração salina da água foi expressa em percentual em massa; na tabela Valores máximos permitidos de algumas espécies químicas na água potável de acordo com a legislação brasileira, uma das unidades utilizadas foi mg/L. Mas há outras maneiras de indicar a concentração de uma espécie química. Verifique, nessa mesma tabela, que uma unidade diferente foi empregada para determinadas espécies químicas.


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Com alta concentração de flúor, fontes são lacradas em Águas da Prata, SP

[...] As torneiras de duas fontes da Juventude e do Paiol em Águas da Prata (SP) foram lacradas por causa da alta concentração de fluoreto na água, que se ingerido em excesso pode prejudicar a saúde. A cidade possui sete fontes e é conhecida como uma estância hidromineral. O Departamento de Meio Ambiente informou que está consultando especialistas para entender o que mudou a concentração da substância nas duas fontes.

Um relatório feito em janeiro [de 2015] pelo Serviço Geológico do Brasil, a pedido da Prefeitura, constatou 21,89 miligramas de fluoreto por litro na Fonte da Juventude. E 33,64 miligramas na Fonte do Paiol. Os números são superiores ao permitido, que é de apenas 1,5 miligrama por litro.

Outra análise feita pela Secretaria Estadual de Saúde também classificou como insatisfatória a água das duas fontes, que são monitoradas há dois anos. Segundo a secretária de Meio Ambiente da cidade, Alice de Abreu, a interdição foi uma medida preventiva, porque a água medicinal com flúor em excesso pode trazer riscos à saúde.

De acordo com o médico Marcos Untura Filho, a grande quantidade pode potencializar problemas de rim, tireoide ou até causar intoxicação. “O flúor quando ingerido em uma quantidade mais elevada [...] pode também exceder os limites de calcificação do osso. Ele fica como o mármore, um osso muito duro, porém muito frágil a pequenos impactos, o que leva a uma fratura”, disse.

Para as fontes serem reativadas precisam ser enquadradas na legislação do Departamento Nacional de Produção Mineral, com uso controlado. Para que isso aconteça a Prefeitura precisa da aprovação do laboratório de análises minerais do governo federal.

“Vamos estudar e investigar todas as causas. A Prefeitura quer garantir que as águas sejam utilizadas da maneira correta. [...]”, explicou Alice.

A dona de casa Maria Aparecida Fernandes contou que sempre bebia água da Fonte da Juventude quando sentia dores de estômago. “Ela é digestiva e faz o intestino funcionar. Queria que resolvesse o problema para voltar a água para nós porque ela é medicinal e aqui é a cidade das águas”, falou.



Fonte: Globo.com, 21 mar. 2015. Disponível em:
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