Português 8º ano



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. Acesso em: 10 mar. 2015.

Fig. 1 (p. 169)

Marcos Guilherme/ID/BR



PARA SABER MAIS

Livros

A megera domada, de William Shakespeare. Tradução de Millôr Fernandes. Editora L&PM Pocket.

Fig. 2 (p. 169)

L&PM Pocket/Arquivo da editora

A MEGERA DOMADA

O noviço, de Martins Pena. Editora Paulus.
Acervo PNBE

Fig. 3 (p. 169)

Paulus/Arquivo da editora

O Noviço

O santo e a porca, de Ariano Suassuna. Editora José Olympio.

Fig. 4 (p. 169)

José Olympio/Arquivo da editora

O Santo e a Porca

Os títeres de porrete e outras peças, de Federico García Lorca. Edições SM. Acervo PNBE

Fig. 5 (p. 169)

Edições SM/Arquivo da editora

Os títeres de porrete e outras peças

Página 170

ATIVIDADES GLOBAIS

REFLEXÃO LINGUÍSTICA

Responda sempre no caderno.

1. Leia o texto.

Astronomia mirim/Júpiter

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar. Em seu interior caberiam todos os outros juntos. É o quinto planeta a partir do Sol. O planeta é conhecido desde a Antiguidade e recebeu o nome do principal deus romano, Júpiter.

Como os outros planetas, além dos asteroides, Júpiter tem anéis em volta de si e muitos satélites naturais: 63 luas no total. As quatro maiores luas de Júpiter foram descobertas por Galileu Galilei em 1610 ao apontar seu telescópio para o céu e receberam nomes da mitologia: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.

Disponível em: . Acesso em: 11 mar. 2015.



Fig. 1 (p. 170)

O planeta Júpiter.

Stocktrek/Photodisc/ID/ES

a) Transcreva do primeiro parágrafo uma oração na voz passiva.

“O planeta é conhecido desde a Antiguidade”.

b) Transforme essa oração em voz passiva pronominal.

Conhece-se o planeta desde a Antiguidade.

2. Releia este trecho.

[...] As quatro maiores luas de Júpiter foram descobertas por Galileu Galilei em 1610 [...]

a) Copie o trecho a seguir no caderno, completando as informações a respeito dessa frase.

••A oração está na voz ______ . O sujeito da oração é ______ . O agente da passiva é ______ .

passiva / “As quatro maiores luas de Júpiter” / “por Galileu Galilei”.

b) Reescreva a frase, mudando a voz verbal de passiva para ativa.

Galileu Galilei descobriu as quatro maiores luas de Júpiter em 1610.

c) Que efeito de sentido tal mudança sugere?

O efeito de sentido provocado pela mudança diz respeito ao enfoque dado a Galileu Galilei, o sujeito da ação, e não mais ao objeto da descoberta, paciente da ação.

3. Elabore os dizeres de placas de anúncios a seguir, fazendo a concordância do verbo com o sujeito. Copie as frases no caderno.

a) (vender) ______ esta casa.

Vende-se

b) (doar) ______ material de construção.

Doa-se

c) (doar) ______ livros usados.



Doam-se

d) (compra) ______ roupas em bom estado.

Compram-se

e) (trocar) ______ um CD por um livro.

Troca-se

4. Copie, no caderno, o agente da passiva das orações a seguir.

a) O concurso foi criado pela faculdade para estimular os novos talentos.

“pela faculdade”

b) O senhor será chamado pelo nome por uma enfermeira.

“por uma enfermeira”

c) As fotografias para a exposição serão analisadas por uma comissão examinadora.

“por uma comissão examinadora”

d) O passe do jogador foi comprado por uma equipe estrangeira.

“por uma equipe estrangeira“

5. Indique, no caderno, o agente da passiva adequado a cada uma das orações a seguir.

por seus melhores amigos pelo médico Albert Sabin

por uma equipe muito competente por Carlos Gomes

a) A ópera O Guarani foi composta ______.

por Carlos Gomes

b) A segurança do show será feita ______.

por uma equipe muito competente

c) Uma vacina contra a poliomielite foi desenvolvida ______.

pelo médico Albert Sabin

d) A festa surpresa foi organizada ______.

por seus melhores amigos

Página 171

O que você aprendeu neste capítulo

Texto dramático

Ausência de narrador: o texto dramático é constituído pelo diálogo das personagens e pelas rubricas (instruções para atores e diretores).

Pontuação: tem a função de dar expressividade às falas das personagens, revelar suas emoções, atitudes e intenções.

Encenação: transformação do texto dramático em uma peça teatral. Utiliza recursos técnicos como iluminação, som, cenários e figurinos.

Adaptação: transposição de uma obra para outro gênero — um texto dramático pode tornar-se um roteiro de cinema ou de televisão, e vice-versa.

Vozes verbais Voz ativa: a forma verbal indica que o sujeito da oração é também o agente da ação verbal.

Voz passiva: o sujeito da oração é o paciente ou o objeto da ação verbal. Apenas verbos transitivos diretos possibilitam essa construção. O sujeito da oração na voz ativa torna-se agente da passiva, na voz passiva, geralmente introduzido pela preposição por.

Voz passiva analítica: formada pelo verbo ser mais o particípio do verbo principal.

Voz passiva sintética ou pronominal: construída com o pronome apassivador se.

Voz reflexiva: o sujeito da oração é, ao mesmo tempo, sujeito e paciente da ação verbal. O verbo empregado na voz reflexiva é chamado de verbo pronominal.

Voz reflexiva recíproca: ocorre quando a ação verbal atua reciprocamente entre mais de um agente.

Agente da passiva: é o que pratica a ação verbal na voz passiva.

Verbos abundantes

Verbos abundantes são aqueles que apresentam mais de uma forma no particípio, de valor ou de função equivalente.

• Em geral, a forma regular do particípio é empregada na voz ativa, com os verbos auxiliares ter e haver.

• Em geral, a forma irregular do particípio é empregada na voz passiva, com os verbos auxiliares ser e estar.



Autoavaliação

Para fazer a autoavaliação, releia o quadro O que você aprendeu neste capítulo.

• . Dos assuntos tratados neste capítulo, qual você achou mais interessante? Por quê?

• . Que aspectos dos textos dramáticos chamaram mais a sua atenção?

• . Você atentou para os recursos que dão expressividade ao texto dramático?

• . Você aprendeu bem os conteúdos relacionados às vozes verbais e ao agente da passiva? O que acha que precisa estudar mais?



Página 172

ORALIDADE

Professor, explique aos alunos que a leitura dramática é diferente da encenação teatral. Não há necessidade de memorizar o texto, mas é necessário entendê-lo e expressar as intenções implícitas.



Leitura dramatizada de texto teatral

Leia os trechos da comédia Maldita parentela, de França Júnior. As cenas ocorrem na residência do casal Damião e Raimunda Teixeira.



Texto 1. Damião e Raimunda conversam sobre os convidados.

Maldita parentela

O teatro representa uma sala mobiliada com elegância.

É noite.

DAMIÃO (entrando por uma das portas da esquerda, a Raimunda, que entra pela direita) Onde está Marianinha? (com alegria) As salas regorgitam de gente e neste momento acaba de entrar a família do comendador Pestana.

RAIMUNDA Marianinha está no toalete com as filhas do conselheiro Neves.

DAMIÃO Que reunião luzida! São apenas nove horas e já tenho em casa dois desembargadores, três deputados, um conselheiro, um tenente coronel...

RAIMUNDA O pior é que chove a cântaros.

DAMIÃO Tanto melhor. Haverá à porta maior número de carros e o nosso baile, durante uma semana pelo menos, será o assunto das conversações na vizinhança.

RAIMUNDA Você só pensa nos seus comendadores e barões e não se lembra do mano Basílio e das meninas da Prainha. Sabe Deus como elas virão por aí, coitadinhas, metidas num bonde, todas enlameadas e correndo o risco de uma constipação.

DAMIÃO Se é por esse motivo que a chuva a incomoda, então fique sabendo desde já que eu não duvidaria dar às almas o dobro do que gastei esta noite para ver desabar sobre a cidade um tremendo temporal, dez vezes maior que o de 10 de outubro.

RAIMUNDA Se a minha família o envergonha, por que casou comigo?

DAMIÃO Ora, Raimunda, falemos com franqueza, a tua parentela é um escândalo!

RAIMUNDA Em que é que os seus parentes são melhores que os meus?

DAMIÃO Aqui para nós, que ninguém nos ouve, tu achas que teu mano Basílio...

RAIMUNDA Teu mano, não; seu cunhado.

DAMIÃO Vá lá, tu achas que meu cunhado Basílio e aquelas duas filhas, uma muito desengonçada e a dar gargalhadas a todo o momento e a outra de cara sempre amarrada, a responder às amabilidades que lhe dizem com desaforos [...], estão no caso de entrar em um salão de gente que se trata?

RAIMUNDA Quem te viu e quem te vê!

DAMIÃO [...] E o tal senhor Cassiano Vilasboas? Não se me dá de apostar que ele vem por aí de casaca e calça branca.



Texto 2. Laurindinha (filha de Basílio) e Vilasboas trocam impressões sobre a festa.

LAURINDINHA (rindo-se às gargalhadas) Ah! Ah! Ah! Você já viu, primo, que súcia de feiosas, todas caiadas e a fazerem umas cortesias muito fora de propósito! (arremedando)

VILASBOAS E que linguinhas! Uma delas que dançou perto de mim, estava falando do seu balão.

LAURINDINHA O que é que ela podia dizer do meu balão?

VILASBOAS Eu lá sei; disse que você estava estufada, como uma pipoca.

LAURINDINHA Ah! Ah! Ah! E elas estavam umas escorridas; parecem uns chapéus de sol fechados!

Alexandre Mate; Pedro Moritz Schwarcz (Org.). Antologia do teatro brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 331-332 e 346 (Selo Penguim Classics).

GLOSSÁRIO
Arremedar: imitar.
Balão: saia rodada.
Constipação: resfriado.
Dar às almas: fazer doações à igreja.
Luzido: vistoso, pomposo.
Regorgitar: ficar muito cheio, transbordar.
Súcia: grupo de pessoas de má índole.

Página 173

Ver respostas no MP.



1. Sobre o diálogo do texto 1, responda:

a) Que atitudes e sentimentos Damião demonstra em relação à festa?

b) Qual a diferença de expectativas e preocupações de Damião e Raimunda em relação à chegada dos parentes da Prainha?

c) Quais são os sinais de distinção social que Damião tanto valoriza e que os parentes da Prainha não têm?

d) Crie hipóteses para o sentido da frase dita por Raimunda em sua última fala.

2. Observando o diálogo do texto 2, responda:

a) Qual o assunto predominante na conversa entre Laurindinha e Vilasboas?

b) A quem Laurindinha se refere como “súcia de feiosas”? Qual a opinião de Vilasboas sobre essas pessoas?

c) O que você achou da “resposta” de Laurindinha ao comentário da convidada sobre a saia dela?



Fig. 1 (p. 173)

Marcos Guilherme/ID/BR



Atividade oral: leitura dramatizada

O que você vai fazer

Com mais três colegas, você vai formar um grupo para a realização da leitura dramatizada dos textos. Cada grupo deve escolher as duplas que farão a leitura.



Preparação e apresentação

Para realizar a leitura dramatizada, considerem os seguintes aspectos:

a) Será uma leitura dramatizada e com o texto em mãos, não uma encenação.

b) A leitura pode ser realizada com os atores de pé ou sentados.

c) Para conseguir expressar as intenções implícitas nas falas das personagens, devem ser usados recursos como a voz, as expressões faciais e pequenos gestos.

d) Ao utilizar a voz, deve-se atentar à fluência na leitura, explorando aspectos como o ritmo, o volume, a dicção e a entonação.

e) As intenções das personagens podem ser conhecidas pela interação entre elas, pelas rubricas e pelas pistas que aparecem no próprio texto.

Avaliação

Durante a apresentação da leitura dramatizada das duplas, os espectadores devem preencher uma ficha de avaliação, anotando os seguintes tópicos:

• Foi boa a interação entre os participantes? A leitura foi expressiva e passou a intenção das personagens?

• A plateia conseguiu entender as falas? A leitura foi fluente? A dicção dos atores foi clara? O volume de voz e o ritmo da leitura estavam adequados?

• As expressões faciais e os gestos dos atores contribuíram para dar expressividade ao texto?

Terminadas as apresentações, a classe deve formar um círculo para discutir como aprimorar a leitura dramatizada de textos teatrais, com a mediação do professor.



Comédia de costumes

A comédia de costumes, gênero teatral que floresceu em meados do século XIX, permite conhecer o modo de vida da sociedade e os costumes de toda uma época. Atualmente, minisséries, programas de TV e até os núcleos cômicos das telenovelas podem ser vistos como importantes registros de nosso modo de vida e de aspectos de nossa realidade, como os conflitos familiares, as diferenças sociais, o papel da mulher, etc.



Página 174

CAPÍTULO 6 - Poema

CONVERSE COM OS COLEGAS

1. O quadro ao lado é do artista russo Wassily Kandinsky.

Fig. 1 (p. 174)

Wassily Kandinsky. No azul, 1925. Óleo sobre tela, 80 cm × 110 cm.

Kunstsammlung Nordrhein-Westfalen, Dusseldorf, Alemanha. Fotografia: The Bridgeman Images/Easypix

a) Quais são os elementos desta composição?

1a. No quadro, formas geométricas (círculos, triângulos e trapézios) coloridas e outros objetos como bandeirinhas e formas ovais estão dispostas em um fundo azul.

b) Como eles estão organizados?

1b. Os objetos estão organizados de forma desordenada no quadro. Boa parte deles está concentrada na diagonal do quadro, mas há elementos nas laterais.

c) Você consegue associar esses elementos a algo existente no mundo real?

Resposta pessoal. Professor, deixe os alunos livres para fazer associações das formas geométricas com objetos do cotidiano em que elas estão presentes.

2. O título da obra ao lado é No azul.

a) Por que você acha que o pintor deu esse título ao quadro?

2a. Resposta pessoal. Professor, espera-se que os alunos notem que as formas geométricas estão imersas no fundo azul.

b) Que outro título você daria ao quadro?

Resposta pessoal. MP

3. De acordo com Kandinsky, um dos pioneiros da arte abstrata, a obra de arte não precisava se resumir a imitar a natureza. Pelo contrário, ela deveria buscar certa independência do real. Por isso as composições com elementos puros, como formas, linhas e cores. Ao criar composições abstratas, desejava praticar a criação livre e provocar diferentes sensações no espectador.

a) Quais sensações você tem ao apreciar essa obra de arte?

Resposta pessoal. MP

b) Converse com os colegas e verifique se as sensações provocadas pela obra foram semelhantes ou não.

3b. Resposta pessoal. Professor, ao final da atividade, destaque que as obras de arte costumam provocar diferentes sensações no espectador, uma vez que cada um a lê de acordo com seu repertório e visão de mundo.

4. Kandinsky costumava associar as cores a instrumentos musicais.

Essa relação entre sentidos de caráter diverso é chamada de sinestesia. Isso ocorre quando há uma contaminação entre os sentidos a partir de um único estímulo. Por exemplo, ao ver a cor azul, o pintor ligava-a a um som musical.

a) Para você, o azul remete ao som de qual instrumento musical?

Resposta pessoal. MP

b) Associe as outras cores do quadro a sons ou sabores.

Resposta pessoal. MP

c) Agora, escreva um verso sinestésico com base no quadro ao lado.

Resposta pessoal. MP

A linguagem poética cria outros significados para cenas e objetos do dia a dia. O artista destaca uma visão subjetiva sobre o mundo e usa as imagens como recurso para produzir efeitos de sentido inesperados. Neste capítulo, aprofundaremos o estudo sobre o gênero poema e as imagens poéticas.

Página 175

O que você vai aprender

• Características principais do poema


• A arte do poema: imagens
• Aposto e vocativo
• Vírgula entre termos da oração

Página 176

LEITURA 1

Poema

O que você vai ler

Fig. 1 (p. 176)

Vinicius de Moraes (1913-1980), compositor e poeta fluminense. Fotografia de 1979.

Wagner Berber/Abril Imagens

O poema que você vai ler foi escrito por Vinicius de Moraes, poeta, jornalista, diplomata e compositor brasileiro. Nascido em 1913, no Rio de Janeiro, Vinicius faleceu em 1980, deixando uma obra que abarca a literatura, a música e o teatro.

Escrito entre 1946 e 1950, “A rosa de Hiroxima” faz referência à bomba atômica lançada sobre uma cidade japonesa em 1945 (um dos mais tristes episódios da história do século XX). Musicado em 1973 pelo grupo Secos & Molhados, o poema integrou um disco que vendeu mais de 800 mil cópias, número expressivo para a indústria fonográfica brasileira da época.



A rosa de Hiroxima

Pensem nas crianças


Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Vinicius de Moraes. Em: Ítalo Moriconi (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 147.



Acervo PNBE

GLOSSÁRIO
Atômico: que se refere à liberação violenta de energia na desintegração do núcleo do átomo; nuclear.
Cálido: quente, ardente.
Cirrose: doença que afeta as células do fígado, prejudicando seu funcionamento.
Hereditário: que é transmitido para os descendentes por determinação genética.
Inexato: que não é exato, correto ou lógico.
Radioativo: que contém radiação; que emite energia por meio de ondas ou partículas.
Telepático: que tem a capacidade de telepatia, ou seja, de transmitir e receber pensamentos a distância, sem fazer uso dos sentidos.

Fig. 2 (p. 176)

Guilherme Vianna/ID/BR



Página 177

Estudo do texto

Responda sempre no caderno.

Para entender o texto

1. Releia os quatro primeiros versos do poema.

Pensem nas crianças


Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas

a) Nesse trecho, o eu lírico sugere ao leitor que pense em crianças (de uma forma geral) e em meninas (em particular). Quais são as ideias mais comuns associadas a esses seres?

Sugestão: As ideias de vivacidade, espontaneidade, beleza, doçura.

b) De que modo o segundo e o quarto versos modificam essas ideias?

1b. O segundo e o quarto versos do poema aniquilam essas ideias, pois anunciam limitações físicas e sensoriais que afetam o desenvolvimento das crianças e das meninas.

c) O adjetivo telepáticas não apenas se soma ao adjetivo mudas, ele o intensifica. Isso também acontece com inexatas em relação a cegas. Explique essa afirmação, explorando a relação de sentido existente entre as palavras citadas.

Telepáticas e inexatas são termos que remetem às possíveis consequências da mudez e da cegueira: a pessoa sem fala perde o apoio dos sentidos para se comunicar, e a pessoa sem visão vive em uma condição de “errante”, aos tropeços e esbarrões, sujeita a perigos, sem exatidão nos movimentos.

2. Releia.

Pensem nas mulheres


Rotas alteradas

a) Entre o primeiro e o segundo versos, não há nenhum elemento de conexão aparente: um verbo de ligação, uma conjunção, uma preposição. O leitor, no entanto, é capaz de imaginar a relação que existe entre mulheres e rotas alteradas. Reescreva esses versos, tornando clara essa relação.

Sugestões: Pensem nas mulheres que são (que têm suas / e suas / com) rotas alteradas.

b) No poema, qual é o sentido que se pode atribuir a esses versos?

Eles remetem à ideia de mulheres que tiveram trajetórias de vida interrompidas, transformadas ou desviadas pelo incidente.

Fig. 1 (p. 177)

Marcos Guilherme/ID/BR



3. Em três dos seis primeiros versos, o eu lírico repete parte de um verso.

a) Quais são os efeitos obtidos com essa repetição?

3a. Além de permitir ao eu lírico enumerar imagens relacionadas aos efeitos maléficos da “rosa radioativa” que o poema denuncia, a repetição acentua a musicalidade do texto.

b) Ao usar o verbo pensem e depois a expressão “oh não se esqueçam”, a quem o eu lírico se dirige?

3b. O eu lírico dirige-se a todos os leitores, indistintamente. Sua mensagem não se destina a um grupo social específico; pelo contrário, quer sensibilizar todos os cidadãos.

c) Qual é o modo verbal empregado em pensem e esqueçam?

O modo imperativo.

d) Qual é a relação entre a escolha do modo verbal e as ideias expressas no poema?

O modo imperativo expressa ordem, conselho, chamamento, invocação. Dessa forma, exige do leitor ou do ouvinte uma postura ativa e vigilante, acentuando o caráter de denúncia do poema.

4. O eu lírico apela para que os leitores não se esqueçam da “rosa de Hiroxima”.

a) No contexto do poema, o que é a rosa de Hiroxima?

É a bomba atômica que foi lançada sobre a cidade japonesa Hiroxima no final da Segunda Guerra Mundial.

b) Como o leitor sabe que a rosa de Hiroxima não é uma flor em sentido literal?

4b. Pelas características que se atribuem a ela: “A rosa radioativa / Estúpida e inválida”; “A antirrosa atômica / Sem cor sem perfume / Sem rosa sem nada”. Além disso, por seu conhecimento de mundo, o leitor percebe os sentidos atribuídos à rosa quando ela é descrita como a “rosa de Hiroxima”.

5. Em que verso, por meio de dois adjetivos, o eu lírico expressa sua total rejeição à rosa de Hiroxima? Identifique esses adjetivos.

No décimo quarto verso, no qual ele a qualifica como estúpida e inválida.



ANOTE

Para transmitir sentimentos ou impressões sobre o mundo, o poeta cria imagens, atribuindo novos sentidos às palavras. No poema analisado, por exemplo, a “rosa de Hiroxima” é uma imagem poética.



Página 178

Responda sempre no caderno.

As imagens do poema

1. Observe estes versos.

Pensem nas feridas


Como rosas cálidas

a) Há no poema “A rosa de Hiroxima” uma comparação entre dois elementos. Copie o quadro no caderno e complete-o.

Elemento comparado: feridas. Elemento que serve de termo de comparação: rosas cálidas. Palavra que estabelece a relação: como.

Fig. 1 (p. 178)

Elemento comparado

Palavra que estabelece a relação

Elemento que serve de termo de comparação

b) Qual é o traço comum entre os dois elementos que permite ao eu lírico realizar essa comparação?

1b. As rosas, assim como os ferimentos, podem ter tons de cor-de-rosa ou vermelho. As rosas, com a abertura de suas pétalas e as várias camadas de que são formadas, podem lembrar os ferimentos que dilaceram a pele. As rosas, às quais o eu lírico acrescentou o adjetivo cálidas (quentes, ardentes), podem remeter às queimaduras, à pele em carne viva, precisamente o tipo de ferimento mais comum e imediato entre os atingidos pela bomba.



ANOTE

Uma das figuras de linguagem com as quais se criam imagens é a comparação. Ela aproxima, de forma subjetiva, dois elementos de universos diferentes.

Na comparação, há sempre um termo que estabelece a relação entre as palavras comparadas. O mais frequente é como, mas há outros, por exemplo: tão quanto, assim como, tão como, além dos verbos parecer, sugerir.

2. Leia os versos a seguir, retirados da letra de canção e de um poema, respectivamente, e indique os elementos comparados e o que têm em comum.

2. No primeiro par de versos, os elementos comparados são a felicidade e a pluma. A característica que as aproxima é a leveza e seu caráter passageiro. Ambas estão em movimento. No segundo par, os elementos comparados são a mata e a multidão em delírio coletivo. Elas têm em comum a agitação.

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar

Vinicius de Moraes; Tom Jobim. A felicidade. Em: Friends. Rio de Janeiro. Polygram Records, 1996. 1 CD. Faixa 8.

A mata agita-se, revoluteia, contorce-se toda e sacode-se!
A mata está hoje como uma multidão em delírio coletivo.

Manuel Bandeira. A mata. Em: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.



Acervo PNBE

Fig. 2 (p. 178)

Guilherme Vianna/ID/BR



3. No exercício 4 da seção Para entender o texto, você constatou que no poema “A rosa de Hiroxima” a palavra rosa é utilizada no lugar da palavra bomba.

a) O que há em comum entre uma rosa e uma bomba atômica?

3a. A forma e o movimento de expansão: assim como a rosa desabrocha a partir de um botão, a bomba irradia-se a partir de um núcleo.

b) É possível afirmar que o eu lírico propõe uma comparação entre a bomba atômica e uma rosa?

3b. O eu lírico substitui a palavra bomba por rosa, propondo uma comparação implícita. Pela semelhança da forma da rosa e da explosão, ele cria uma imagem poética que iguala os dois elementos.

ANOTE

A metáfora é outra figura de linguagem destinada a criar imagens poéticas. Ela consiste no emprego de uma palavra ou expressão com sentido e em contexto não usuais, em razão de uma semelhança observada entre a palavra empregada e aquela a que se relaciona. Assim, por exemplo, os olhos de uma pessoa podem ser equiparados a esmeraldas em função de um traço que lhes é comum: a cor verde brilhante; portanto, pode-se dizer: “Seus olhos são duas esmeraldas”.



Página 179

4. A explosão atômica observada a distância lembra o formato de um cogumelo. A expressão cogumelo atômico tem sido usada há décadas em filmes e livros que abordam esse episódio.

a) Em sua opinião, por que o poeta rejeitou uma metáfora de uso comum e optou por inovar, quando usou o termo rosa e não cogumelo para tratar da bomba em Hiroxima?

4a. Sugestão: Além de “cogumelo atômico” ser uma expressão gasta pelo uso, ela não permitiria ao poeta explorar os ricos contrastes que destacou no poema.

b) Copie e complete o quadro abaixo no caderno, comparando os atributos das rosas em geral e da “rosa de Hiroxima”, tal como caracterizada no poema. Justifique cada atributo com um verso do poema.



Fig. 1 (p. 179)

“Cogumelo” após explosão da bomba atômica Little boy sobre Hiroxima, em 6 de agosto de 1945.

marka/Alamy/Latinstock


Características das rosas em geral

Características da “rosa de Hiroxima”

Simbolizam o amor.

Simboliza a guerra.

Despertam os sentidos (especialmente tato, olfato e visão).

Aniquila os sentidos (deixa as “crianças mudas” e as “meninas cegas”)

Remetem à perfeição da natureza.

Liga-se às mazelas que afligem a humanidade, às doenças (é “a rosa com cirrose”)

Têm duração efêmera.

Tem efeitos maléficos que perduram no tempo (é “a rosa hereditária”)

Apresentam cor e aroma característicos e agradáveis.

Não tem cor, nem perfume (é a “rosa sem nada”)

ID/BR

c) Qual é o verso que sintetiza os contrastes destacados no quadro?

O antepenúltimo verso, no qual o eu lírico define a “rosa de Hiroxima” como a “antirrosa”.

5. Leia esta estrofe de “Marília de Dirceu”, um poema de Tomás Antônio Gonzaga.

Na sua face mimosa,


Marília, estão misturadas
Purpúreas folhas de rosa,
Brancas folhas de jasmim.
Dos rubis mais preciosos
Os seus beiços são formados;
Os seus dentes delicados
São pedaços de marfim.

Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu. Disponível em:


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