Reis Química



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; WebElements Periodic Table: . Acesso em: 10 fev. 2016.

A síntese dos elementos de número atômico 113, 115, 117 e 118 já foi reportada e, até janeiro de 2016, esses elementos estavam em processo de análise para serem referendados pela IUPAC. Os elementos serão renomeados após serem referendados.



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manual do Professor

Química


Volume 3
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Sumário

1 Apresentação e objetivos da coleção..................................................................................................................................... 291 

2 Organização do conteúdo ......................................................................................................................................................... 291 

3 Trabalho com textos .................................................................................................................................................................. 293 

4 Sobre o desenvolvimento dos conteúdos ............................................................................................................................. 293 

5 Proposta metodológica ............................................................................................................................................................. 294 

6Sugestão de planejamento ....................................................................................................................................................... 295 

7 Avaliação ....................................................................................................................................................................................... 296 

8 Proposta de atividade: Quimicurta ........................................................................................................................................ 297 

9 Referências bibliográficas ......................................................................................................................................................... 301 

10 Capítulo a capítulo em sala de aula ....................................................................................................................................... 302 

11 Sugestão de atividade interdisciplinar .................................................................................................................................. 366 

12 Referências bibliográficas ......................................................................................................................................................... 368

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Apresentação e objetivos da coleção

Esta coleção está organizada em três volumes com cinco unidades cada um.

Para o desenvolvimento de cada unidade, foram escolhidos temas ambientais ou sociais que são os assuntos-chave para o estudo dos conceitos químicos expostos na coleção. Dessa forma, à medida que vão sendo abordadas e discutidas questões pertinentes ao meio ambiente, à cidadania e à tecnologia, o conteúdo é desenvolvido.

É importante ressaltar ao professor que o livro didático é um instrumento de auxílio para que se possam trabalhar os conteúdos. O professor tem autonomia para utilizar o material da forma que lhe for mais conveniente para facilitar o aprendizado dos seus alunos.

A partir dessa perspectiva, o principal objetivo da coleção é que o aluno utilize o aprendizado de Química para entender melhor o mundo à sua volta, podendo, assim, exercer de forma mais consciente o papel de cidadão na sociedade, preparando-se para o mercado de trabalho e para o prosseguimento dos estudos. O objetivo deste Manual é oferecer algumas sugestões que possam guiar o trabalho do professor em sala de aula. A seguir, apresentamos os temas abordados nos três volumes do livro.

VOLUME 1


• Mudanças climáticas

• Oxigênio e ozônio

• Poluição eletromagnética

• Poluição de interiores

• Chuva ácida

VOLUME 2


• Meteorologia e as variáveis do clima

• Poluição da água

• Poluição térmica

• Corais


• Lixo eletrônico

VOLUME 3


• Petróleo

• Drogas lícitas e ilícitas

• Consumismo

• Alimentos e aditivos

• Atividade nuclear

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Organização do conteúdo

Para melhor organização do conteúdo, cada livro apresenta cinco unidades cujas aberturas são apresentadas em uma página com um texto que introduz o tema.

Cada unidade é dividida em capítulos, que contam com as seguintes seções e boxes:

Foi notícia!

Todos os capítulos se iniciam com a seção Foi notícia!, composta de textos jornalísticos (integrais ou parciais) relacionados ao tema da unidade. Isso foi feito para que o aluno reconheça e identifique os textos como parte integrante de seu dia a dia, uma vez que todos nós, em algum momento, assistimos à televisão, ouvimos rádio ou lemos as notícias nos jornais, nas revistas ou na internet.

Esse é um momento oportuno para o professor fazer o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre os assuntos tratados nos textos e/ou problematizá-los, trazendo as situações apresentadas para o cotidiano.

Ao final de cada texto são levantadas questões que têm quatro objetivos principais:

• mostrar que a compreensão do texto pode ser comprometida se alguns pontos não ficam claros;

• mostrar que existe uma diferença entre o senso comum e o rigor científico;

• mostrar que podem ser feitas reflexões sobre as notícias e informações a que somos constantemente expostos nas mais diversas mídias;

• evidenciar que a aquisição do conhecimento é uma das responsáveis pela autonomia e consciência necessárias para o exercício da cidadania e para a busca de uma vida melhor em sociedade.



Retomando a notícia

As questões levantadas na seção Foi notícia! são retomadas e respondidas na seção Retomando a notícia, que aparece sempre em momento oportuno, após a apresentação da teoria necessária para a compreensão adequada da resposta.

Trabalhar essas perguntas e suas respostas com o aluno é uma forma de desenvolver seu senso de cidadania paralelamente à aquisição do conhecimento químico, enriquecendo as aulas e significando o aprendizado.

Curiosidade

O boxe Curiosidade aparece durante o desenvolvimento dos conteúdos e trata geralmente de um fato interessante relacionado ao que o aluno está aprendendo, à biografia de um cientista cujo trabalho está sendo estudado, a algum fato histórico ou a alguma discussão extra que possa enriquecer a aula.



Manual do Professor 291
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Experimento

Os experimentos são atividades que podem minimizar a ideia preconcebida que alguns alunos têm de que as aulas de Química são difícieis e monótonas, pois tornam as aulas mais agradáveis e dinâmicas.

Alguns objetivos considerados importantes para a realização do experimento em sala de aula são: gerar hipóteses, estimular o senso crítico e o caráter científico e buscar soluções para problemas.

Houve uma grande preocupação em sugerir experimentos com materiais de baixo custo, de fácil acesso e que não oferecessem riscos para o aluno, para o professor e para o meio ambiente. Contudo, é extremamente difícil abolir, por exemplo, a chama e os reagentes químicos em todos os experimentos. Por esse motivo, ressaltamos a importância da responsabilidade do aluno ao manipular qualquer reagente ou chama com o selo Responsabilidade é tudo!.

É necessário também ressaltar a importância do descarte adequado dos rejeitos gerados em cada atividade. Além dos cuidados descritos, quando o experimento é mais complexo, é sugerido no livro que seja feito apenas pelo professor.

Cotidiano do químico

Neste boxe são apresentados alguns processos químicos realizados nos dias atuais ou que contribuíram para o desenvolvimento da Ciência. O objetivo é ampliar o conhecimento do aluno e tentar desmitificar o papel do químico como o indivíduo que, por exemplo, “faz explosões” ou que fica apenas no laboratório, correspondendo a uma visão distorcida e criada, muitas vezes, pela mídia.

Acreditamos também que a função da escola e do livro didático é a de ampliar os horizontes dos alunos, levando-os a conhecer muitos pontos que não estão acessíveis ao seu dia a dia, embora o foco seja no cotidiano do aluno e na aplicação da Química em sua vida.

Saúde e sociedade

Neste boxe são abordados os assuntos que relacionam a Química, os processos e os compostos químicos com a sociedade e a saúde dos indivíduos.



De onde vem? Para onde vai?

Discute as matérias-primas utilizadas, o processo de extração, a obtenção e as aplicações principais de alguns produtos economicamente importantes e estratégicos.

Esta seção sempre sugere um trabalho em grupo relacionado a alguma pesquisa que deve ser desenvolvida pelos próprios alunos, com orientação do professor. É um momento oportuno para o aluno discutir suas ideias e até confrontar situações contraditórias com seus colegas, desenvolvendo e aperfeiçoando seu senso crítico e o respeito pelas ideias do outro.

É importante que o aluno desenvolva na prática, em sala de aula, a habilidade de trabalhar em equipe, para que ele consiga se adequar às exigências do mercado de trabalho, aprendendo a conviver melhor em sociedade.

As sugestões de trabalho em grupo também têm um caráter interdisciplinar e são uma ótima oportunidade para que os alunos percebam que todas as Ciências andam de mãos dadas e necessitam umas das outras para o seu desenvolvimento.

Exercício resolvido

Optou-se por não trabalhar com exercícios resolvidos em meio a uma série de exercícios propostos. Algumas questões foram resolvidas passo a passo, no meio da teoria, quando se julgou necessário, principalmente em assuntos que envolvem cálculos matemáticos.



Exercícios

Sempre que se julgou necessário foram propostas algumas questões pertinentes ao assunto abordado. O objetivo dessas questões é verificar o aprendizado do aluno, direcionar o trabalho do professor e tornar a aula mais dinâmica e participativa.

Além disso, as questões podem ser utilizadas como forma de avaliação formativa, isto é, de acordo com essa concepção, cabe ao professor o papel de coletar dados e informações sobre o desenvolvimento do aluno e registrar suas necessidades e possibilidades.

Compreendendo o mundo

Essa seção finaliza a unidade e se propõe a concluir as discussões feitas em torno do tema central discutido ao longo dos capítulos, interligando-a com o tema da unidade seguinte.

Muitos dos vídeos que indicamos no livro do aluno em Sugestões de leiturafilmes e sites podem ser acessados por um link do YouTube. O acesso fácil e democrático a materiais com grande potencial educacional e o leque de possibilidades de trabalho que a internet traz ao professor são de um valor imensurável, mas, como sabemos, tudo tem seu preço.

No caso do YouTube o preço é a propaganda a que somos convidados a assistir antes do filme. Apesar de termos a opção de ignorar o anúncio após 5 segundos de visualização, é claro que a propaganda é planejada para despertar nossa curiosidade e o desejo de acompanhá-la até o final.

Em sala de aula, temos um objetivo claro de trabalho e dificilmente o professor cederá aos encantos da propaganda, por mais bem-feita que seja. Mas, quando solicitamos aos alunos que vejam um filme em casa, sozinhos ou em grupo para posteriormente discutir o tema em sala de aula, precisamos considerar que estarão expostos à propaganda e que devemos ajudá-los a desenvolver seu senso crítico. Isso pode ser feito, por exemplo, pedindo aos alunos que respondam às seguintes perguntas:

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1) O aluno viu a propaganda até o final?;

2) Pareceu divertido?;

3) Sentiu desejo de adquirir o produto?;

4) Esse desejo existiria caso não tivesse visto a propaganda?;

5) Qual a mensagem oculta do anúncio, ou seja, o que ele deixou claro mesmo sem dizer diretamente?;

6) O aluno concorda com a mensagem do anúncio?

Agindo dessa forma, acreditamos que o professor estará usando a favor da educação um material que a princípio poderia ser nocivo ao aluno.



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Trabalho com textos

O trabalho com textos nas aulas de Química não deve se resumir apenas à apresentação e à exploração dos conteúdos específicos, por isso recomenda-se explorar outros aspectos do texto – discursivos e textuais.

É preciso estimular os alunos para a prática da leitura e da interpretação dos textos, levando-os a compreender os fenômenos abordados, bem como a discuti-los. Nesta coleção, foram selecionados vários textos sobre assuntos atuais para promover a reflexão, contribuindo com a formação de leitores críticos e reflexivos.

Sugere-se, por exemplo, que a leitura desses textos seja feita em voz alta, com leitores (alunos) intercalados (cada aluno lendo um parágrafo). O objetivo é ajudá-los a desenvolver a expressão oral e estimular sua atenção. Após a leitura de cada parágrafo, sugere-se que o professor peça a eles que exponham o que foi entendido para que as dúvidas sejam esclarecidas.

Nesse ponto, deve-se tomar o cuidado de não expor ao constrangimento alunos de personalidade muito tímida, para os quais ler em público se tornaria um verdadeiro martírio. Se o professor perceber que entre seus alunos há algum(ns) nessa situação, pode solicitar voluntários para a leitura e estimular a participação do(s) aluno(s) tímido(s) de outra maneira, de modo que se respeite sua individualidade.

Outra forma de ler o texto com os alunos, tornando a leitura significativa, é contextualizar a situação de produção, ou seja, explorar:

• quem é o autor do texto;

• a quem ele se dirige (público-alvo);

• quando e onde o texto foi escrito;

• onde foi publicado;

• com que finalidade;

• quais os recursos discursivos que ajudam a compreender as principais ideias veiculadas no texto;

• o resultado decorrente desses recursos.

Uma terceira opção é trabalhar os articuladores textuais com o objetivo de levar o aluno a perceber o encadeamento dos enunciados e as relações lógico-semânticas por eles estabelecidos.

“Tais articuladores podem relacionar elementos de conteúdo, ou seja, situar os estados de coisas de que o enunciado fala no espaço e/ou no tempo [exemplo: A primeira vez...; depois], bem como estabelecer entre eles relações de tipo lógico-semântico [exemplos: por causa, para, porque]; podem estabelecer relações entre dois ou mais atos de fala, exercendo funções enunciativas ou discurso-argumentativas [exemplos: ou, mas, isto é, portanto, ainda que, daí que, afinal, aliás]; e podem, ainda, desempenhar, no texto, funções de ordem metaenunciativa [exemplos: geograficamente, economicamente, evidentemente, aparentemente, infelizmente, desgraçadamente, curiosamente, mais uma vez, é indispensável, opcionalmente, sinceramente].

[...] Desta forma, [os articuladores] não apenas são responsáveis, em grande parte, pela coesão textual, como também por um grande número de indicações ou sinalizações destinadas a orientar a construção interacional do sentido.” KOCH, Ingedore G. V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002, p. 133-141.



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Sobre o desenvolvimento dos conteœdos

A sequência em que os conteúdos foram distribuídos tem por objetivo levar o aluno a compreender como o conhecimento em Química é construído ao longo do tempo. Para isso, os textos são trabalhados de modo a enfatizar dúvidas e/ou discutir ideias (independentemente de estarem “certas” ou “erradas”).

Por exemplo, para compreender a teoria atômica e entender o modelo atômico de Dalton, é preciso primeiro conhecer as propriedades da matéria e as leis ponderais, ou seja, conhecer o que a teoria atômica procura explicar. Por isso optou-se em não utilizar fórmulas antes que o aluno saiba de onde vieram, como foram determinadas e como surgiu a necessidade de se empregarem símbolos e índices, por exemplo.

O aprendizado se inicia por aquilo que está mais próximo da realidade; logo, faz sentido iniciar a abordagem pela observação dos materiais à nossa volta, para então comparar suas propriedades e, paulatinamente, apresentar os conceitos de substância e de elemento químico, ainda que de forma rudimentar, para mais adiante rever e reformular esses conceitos conforme surjam novas observações e descobertas científicas que justifiquem tais reformulações.



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Dessa forma, é apresentada uma Química mais dinâmica, com erros e acertos, em constante evolução, e não como algo pronto e acabado, rígido e autoritário, que entedia os alunos em vez de despertar interesse e curiosidade.



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Proposta metodológica

O avanço tecnológico que vem ocorrendo no mundo a cada dia tem mudado o cotidiano das pessoas. Com isso, o novo paradigma da educação é preparar indivíduos que possam pensar, agir e interagir como cidadãos com o mundo.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Ensino Médio (1999): “O aprendizado de Química pelos alunos de Ensino Médio implica que eles compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos. Esse aprendizado deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas. Tal a importância da presença da Química em um Ensino Médio compreendido na perspectiva de uma Educação Básica”.

Para que esse aluno possa tomar decisões de forma crítica sobre as situações do dia a dia que poderão ser impostas, vários fatores são responsáveis pela sua formação, como

Construindo com os alunos uma base sólida de conhecimentos, o decorrer do curso, e principalmente a compreensão da Química aplicada ao dia a dia, poderá fluir mais facilmente e passará a fazer sentido.

o ambiente escolar, o currículo a ser adotado, a interação entre alunos e professores.

A escola deve ser um ambiente de formação e informação que possibilite ao aluno desenvolver todas as suas capacidades para compreender a realidade e participar em relações sociais de caráter político, social e cultural.

O objetivo principal da escola é que seja um ambiente que também aprenda a ensinar (Proposta Curricular do Estado de São Paulo). Ou seja, a escola deve valorizar as atividades em grupos, a opinião do aluno, as discussões entre alunos e professores, contribuindo para o conhecimento coletivo.

O currículo apresenta um papel importante na formação do aluno. Ele corresponde à situação de aprendizagem e ensino decorrente das culturas em nível científico, artístico e humanístico. Esse currículo, de acordo com os PCN, deve capacitar o indivíduo para a realização das atividades dos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva. Para que o aluno obtenha esses domínios da ação humana, é necessário que adquira competências e habilidades.

O quadro a seguir apresenta as competências e habilidades necessárias para o aprendizado da Química, de acordo com os PCN.



Competências Habilidades

Representar Comunicar-se

Investigar Compreender

Contextualizar

• Descrever transformações químicas em linguagens discursivas.

• Compreender a simbologia e os códigos da Química.

• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica e vice-versa. Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do tempo.

• Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química: gráficos, tabelas e relações matemáticas.

• Identificar fontes de informação e formas de obter dados relevantes para o conhecimento da Química.

• Compreender e utilizar os conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico-empírica).

• Compreender os fatos químicos numa visão macroscópica (lógico-formal).

• Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas, e relações proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional).

• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros (classificação, seriação e correspondência em Química).

• Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em Química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes.

• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à Química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes.

• Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões acerca das transformações químicas.

• Reconhecer o papel da Química nos sistemas produtivo, industrial e rural.

• Reconhecer os limites éticos e morais envolvidos no desenvolvimento da Química e da tecnologia.

• Reconhecer aspectos químicos na interação individual e coletiva do ser humano com o meio ambiente.

• Reconhecer as relações entre desenvolvimento científico e tecnológico da Química e aspectos socioculturais.

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De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), “competências são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer.

As habilidades decorrem das competências adquiridas e referem-se ao plano imediato do ‘saber fazer’. Por meio das ações e operações, as habilidades aperfeiçoam-se e articulam- -se, possibilitando nova reorganização das competências”.

O papel do professor nessa etapa de construção de conhecimentos, por meio das competências e habilidades adquiridas e aperfeiçoadas pelo aluno, é de extrema importância. Ele será um articulador de estímulos à aprendizagem do aluno.

Para que o aprendizado não seja segmentado e muitas vezes distante das outras áreas, um dos objetivos da proposta curricular é que se valorize o caráter interdisciplinar e contextualizado, estabelecendo conexões e inter-relações entre os diversos tipos de conhecimentos, proporcionando assim uma capacidade de resolver problemas e entender determinados fenômenos sobre vários pontos de vista.

Assim, a proposta desta coleção é proporcionar um aprendizado com todos os conteúdos relevantes da Química. Para isso, são utilizadas ferramentas como textos jornalísticos, científicos, interdisciplinares, atividades contextualizadas, experimentos, curiosidades, visando que as contribuições geradas pelas discussões possam proporcionar ao aluno senso crítico, criativo e dinâmico.



6 Sugestão de planejamento

Considerando no mínimo oito meses de aula (quatro bimestres) e duas aulas de Química por semana (o que se traduz na situação mais comum), teremos cerca de oito aulas de Química por mês.

Como cada volume da coleção possui 11 capítulos, podemos propor uma distribuição de conteúdos ao longo do ano de, em média, um capítulo e meio por mês.

Observe no quadro a seguir uma sugestão de distribuição de conteúdos.



Sugestão de distribuição do conteúdo

Volume 1 Volume 2 Volume 3

Março

Abril

Maio

Junho

• O estudo de Química e grandezas físicas

• Propriedades da matéria

• Propriedades da matéria (continuação)

• Substâncias e misturas

• Reações química

• Notações químicas

• Notações químicas (continuação)

• Eletricidade e radioatividade

• Teoria cinética dos gases

• Misturas gasosas

• Cálculo estequiométrico

• Soluções

• Soluções (continuação)

• Propriedades coligativas

• Reações endotérmicas e exotérmicas

• Cinética química

• Conceitos básicos e nomenclatura

• Hidrocarbonetos e haletos orgânicos

• Petróleo, hulha e madeira

• Funções oxigenadas e nitrogenadas

• Funções oxigenadas e nitrogenadas (continuação)

• Isomeria constitucional e estereoisomeria

• Reações de substituição

• Reações de adição e outras reações orgânicas

Agosto

• Modelo básico do átomo e leis periódicas

• Equilíbrios moleculares • Reações de adição e outras reações orgânicas (continuação)

• Polímeros sintéticos



Setembro

Outubro

Novembro

• Ligações covalentes e forças intermoleculares

• Compostos orgânicos

• Ligação iônica e compostos iônicos

• Ligação iônica e compostos iônicos (continuação)

• Metais e oxirredução

• Equilíbrios iônicos, pH e K ps

• Introdução à Bioquímica e lipídios

• Pilhas e baterias • Carboidratos e proteínas

• Eletrólise • Leis da radioatividade e energia nuclear



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As atividades experimentais, as atividades em grupo e os debates relacionados ao tema fazem parte do processo de aquisição do conteúdo e devem ser incorporados às aulas regulares.

Observe que no livro do aluno são intercalados textos de curiosidades e indicações de sites, em que poderão ser obtidas mais informações sobre os assuntos.

Isso foi feito para estimular o aluno a ler e a estudar sozinho por meio do livro e, dessa forma, adquirir autonomia – qualidade que deve ser sempre incentivada pelo professor por ser fundamental para o aluno que ingressa cedo no mercado de trabalho.

Muitos só adquirem essa autonomia ao cursar uma faculdade, mas, se for considerado que boa parte dos alunos não vão ingressar no Ensino Superior, é preciso concordar que ela deve ser assimilada agora, no Ensino Médio, porque o mercado de trabalho exige isso.

Outro recurso do qual se lança mão para atingir esse objetivo é a utilização de tamanho de letras e espaçamento proporcionais, imagens e ilustrações, evitando, dessa maneira, que o ato de ler se torne cansativo, principalmente para o aluno que não tem esse hábito regularmente.

No decorrer deste Manual, no detalhamento de cada capítulo, há sugestões de conteúdos específicos indispensáveis para a sequência dos estudos no caso de não haver tempo suficiente para trabalhar todos os conteúdos do livro. Também são sugeridas atividades extras e formas de se trabalhar conteúdos.

Note, porém, que são apenas sugestões, porque tão importante quanto desenvolver a autonomia do aluno é respeitar a autonomia do professor em sala de aula.



7 Avaliação

Avaliar o aluno não é verificar seu fracasso ou sucesso no ensino. De acordo com a educadora Maria Inês Fini: “Avaliar é melhorar o desempenho dos alunos, é verificar a atuação do professor e dar mais eficiência à instituição escolar para que alcance seus objetivos.”

Segundo os PCN, avaliar significa verificar se o ensino cumpriu com sua finalidade: a de fazer aprender. Para aprimorar e verificar as aptidões dos alunos é fundamental a utilização de diferentes códigos, como o verbal, o escrito, o gráfico, o numérico.

No ensino de Química é importante que sejam valorizadas a compreensão e a aplicação dos conteúdos estudados, e não a memorização de fórmulas, gráficos, “fila” de eletronegatividade, nome de compostos, entre outros.

O professor pode realizar essa avaliação utilizando alguns critérios, como:

• Os temas das unidades referentes aos volumes da coleção podem ser utilizados como objetos de pesquisa de forma individual ou coletiva. O professor pode dar um tema a cada grupo ou escolher um tema específico, dividindo-o por assuntos para os grupos que são formados.

• A participação oral pode ser utilizada também como observação do aprendizado, por exemplo, nas discussões de algum tema ou na apresentação de seminários. É importante que, neste momento, o professor registre como preferir (no diário ou em uma tabela) a participação desse aluno, verificando se houve progressão em seu aprendizado ou se existem lacunas ou conceitos malformados.

• A atividade experimental também pode ser utilizada como um meio de avaliação da aprendizagem dos alunos. A avaliação por meio da experimentação pode ser ricamente explorada nos aspectos conceituais (se os alunos compreenderam os conceitos ou conseguem resolver problemas por meio de experimentos), procedimentais (se os alunos são capazes de efetuar procedimentos) e atitudinais (como os alunos se relacionam nos grupos).

• Na produção de textos sobre algum assunto que foi proposto e discutido em sala de aula, como pedir aos alunos que elaborem uma análise crítica sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos que envolvem o uso da energia nuclear. O professor pode aplicar algumas perguntas ou fornecer aos alunos textos de caráter jornalístico ou científico como fonte de pesquisa para a produção escrita de seus alunos.

• Na capacidade do aluno em responder questões sobre conteúdos que foram discutidos e trabalhados em sala de aula de forma individual ou em grupo. Essas questões podem ser sobre conteúdos abordados, interpretação de textos, atividades experimentais, leitura de tabelas e gráficos, etc. As questões sugeridas na coleção também podem ser utilizadas para essa finalidade.

• Na mudança comportamental dos alunos mediante os conhecimentos adquiridos e incorporados em atitudes e valores.

Feitas as avaliações, o professor pode verificar se o aluno:

• adquiriu o conhecimento desejado sobre o assunto que foi desenvolvido;

• participou ativamente dos procedimentos que foram propostos para a aquisição desse conteúdo;

• assimilou o conhecimento de forma a influenciar positivamente suas atitudes no dia a dia, na sala de aula e na vida em sociedade. Dessa forma, as tradicionais provas escritas não devem ser o único objeto de avaliação, e sim mais uma das várias formas de avaliação, o que está de acordo com a versão mais recente dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM+).

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8 Proposta de atividade: Quimicurta

A proposta de atividade apresentada a seguir foi elaborada pela professora doutora Kátia Aparecida da Silva Aquino e faz parte de sua experiência como docente do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (CAp/UFPE).

Recomendamos que o professor leia a proposta e se inspire para colocá-la em prática com seus alunos, pois essa será uma experiência muito enriquecedora e significativa, tanto no aspecto do relacionamento pessoal com os alunos quanto nos aspectos didático e educacional.

Tanto na AS quanto na AM, a nova informação pode ser adquirida por recepção, como em aulas expositivas, ou por descoberta, que no contexto escolar se processa com ou sem a mediação do professor. Se, no momento da aquisição, um novo conhecimento não der significado a nenhum conhecimento prévio, ele pode vir a ser um subsunçor de outro conhecimento, adquirido no futuro. Então, a aprendizagem que antes era mecânica, se torna significativa. O esquema a seguir representa esse processo:



Quimicurta: construção do conhecimento químico por meio da produção audiovisual

Após quase trinta anos da estreia do filme De volta para o futuro II (dirigido por Robert Zemeckis, 1989), que conta com um roteiro em que um jovem é transportado do ano de 1985 para o ano de 2015, constatamos que alguns avanços tecnológicos previstos no filme fazem parte dos nossos dias atuais.

Assim, atento à possibilidade da união entre Tecnologia e Arte para construir uma narrativa que vai além do entretenimento, o Ministério da Educação em 2009 reafirmou a importância da linguagem cinematográfica como instrumento pedagógico através do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI).

O ProEMI preconizou que a inovação no ensino deve viabilizar atividades do macrocampo obrigatório Integração Curricular e, especificamente para o audiovisual, o macrocampo eletivo da Comunicação, Cultura Digital e uso de Mídias. Contudo, são necessários mais estudos sobre estratégias didáticas no ensino de Química que implementem os princípios das novas orientações curriculares para o Ensino Médio a fim de promover inovações educacionais.

Por esse motivo, apresentaremos a seguir uma sugestão didática que pretende contribuir neste sentido, com informações e reflexões sobre o projeto Quimicurta, que consiste na produção audiovisual feita por estudantes do Ensino Médio na disciplina de Química. Porém, antes de iniciar a apresentação, é importante mencionar as bases da aprendizagem significativa (AS) de David Ausubel, disponível em


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