Revista EDUCAmazônia - Educação Sociedade e Meio Ambiente, LAPESAM/GISREA/UFAM/CNPq/EDUA
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1. INTRODUÇÃO
O termo desenvolvimento sustentável, desde meados da década de 60, vem
ganhando cada vez mais força à medida que os impactos que as atividades humanas vêm
degradando o meio ambiente, alterando, de forma drástica, suas características de relevo,
clima, fauna, flora, biomas, etc. É notório que o capitalismo mundial trouxe consigo uma
falta de consciência no que diz respeito a interação lucro e preservação. A necessidade de
produzir mais,
visando um lucro maior, quase nunca esteve em paralelo com o
pensamento de preservar o meio ambiente que está sendo utilizado.
Tamanha tem sido a utilização do meio ambiente sem estas preocupações
ecológicas, que o planeta começou a mostrar sintomas de colapso, com o aumento das
temperaturas, extinção de várias formas de vida animal e vegetal, e desastres ambientais
cada vez mais frequentes. Fatos estes que refletem diretamente na qualidade de vida do
ser humano, à medida que o mesmo passa a sofrer de diversos problemas decorrentes de
tais deformações no ecossistema do planeta.
O comportamento indiferente acerca dos problemas ecológicos, e, em certo
sentido, o não reconhecimento de que a natureza em um dado momento não mais proverá
os benefícios tão reluzentes do crescimento econômico, instala-se a crise ambiental em
escala planetária. Depara-se, então, com o declínio das ideologias dominantes passadas e
necessidade de impor uma
nova forma de conceber o mundo, em particular, o mundo
natural, não se tratando mais apenas dos riscos e consequências socioambientais, mas,
sim, o risco de sobrevivência da espécie humana (AMORIM e OLIVEIRA, 2011).
As discussões em âmbito global embasadas na influência
do homem no meio
ambiente cresceram em nível de alcance, visibilidade e importância, determinando
nomenclaturas, documentos e eventos oficiais. A partir da linha do tempo, divulgada no
histórico oficial do Guia RIO+20 pode-se elencar alguns eventos de relevância,
quais
sejam: a publicação do primeiro relatório do Clube de Roma, em 1971, denominado Os
Limites do Crescimento; a divulgação do relatório Nosso Futuro Comum,
conhecido
como Relatório Bruntland, que marcou a definição do conceito de desenvolvimento
sustentável, em 1987; a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
realizada no Rio de Janeiro, em 1992, conhecida como ECO-92; e a Conferência da ONU
sobre desenvolvimento sustentável, novamente no Rio de Janeiro, em 2012, a RIO+20
(MORAIS et al., 2014).