Sam bourne o código dos justos



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TRINTA E OITO
DOMINGO, 15H51, MANHATTAN
Will subiu direto a escadaria, tomando o cuidado de não olhar para trás. Assim que entrou no prédio, continuou andando a passos rápidos. Mas sentiu, antes mesmo que pudesse ouvir, o barulho de passos às suas costas, batendo no piso de pedra fria. Dirigiu-se para a primeira escada que conseguiu encontrar, ousando, ao subir mais um lance, dar uma olhada para baixo. Como temia, o capuz cinzento vinha atrás dele.

Começou então a correr, subindo mais dois lances. Assim que che­gou a um patamar, buscou refúgio numa sala cheia de catálogos. Pre­cipitou-se como um raio porta adentro e diminuiu o ritmo para uma caminhada apressada: mesmo calado, sentiu que fazia barulho demais, suado demais para o ar de concentração e silêncio da sala. Deu meia-volta: o homem de capuz.

Seguiu mais rápido, sob uma enorme pintura que mostrava um céu trompe l'oeil. Nuvens escuras acumulavam-se. Localizando uma aber­tura na parede dos fundos, entrou e descobriu que não era uma saída, mas uma pequena sala de fotocópias. Tornou a sair imediatamente, mas agora o homem de capuz estava a poucos metros.

Viu as portas duplas abrirem-se e correu em sua direção. Uma vez transpostas, viu-se no meio de um bando de pessoas que aproveitavam a folga do meio do trabalho. Esgueirou-se por entre elas, chegou à es­cada no outro lado e, agarrando-se ao corrimão, desceu-a, dois degraus de cada vez. Deparou-se no caminho com uma mulher que carregava um computador e teve de desviar para passar por ela. Deslocou-se para a esquerda, e a mulher também. Depois para o outro lado, tentando esquivar-se, mas ela soltou um gemido involuntário — seguido de uma pancada e um estrondo de vidro quebrado. Ela deixara a máquina cair.

Will agora estava no saguão principal, de frente para um vestiário. Era ali que os leitores assíduos começavam seu dia. Havia escaninhos para bolsas e um longo cabide de casacos que serpenteava em volta da sala como numa lavanderia. O homem de capuz encaminhava-se para ele. Calmamente.

Will precisava sair dali, rápido. Enquanto o atendente olhava para outro lado, ele saltou sobre o balcão de madeira e mergulhou entre os casacos. Espremendo-se entre um casaco de pele e uma jaqueta bem gasta, recostou-se na parede atrás. Viu que o perseguidor parara de an­dar; e o imaginou ali perto à espreita sobre o balcão, procurando. Ten­tou prender a respiração.

De repente, sentiu um movimento. O atendente remexia nos casa­cos, empurrando vários para o lado, à procura de um número. Mordeu as bochechas para não fazer nenhum barulho. Mas o homem estava chegando cada vez mais perto — até parar, a menos de meio metro. Will sentiu-o pegar um casaco e voltar para o balcão.

Então viu de relance algo cinza. Não teve certeza se o perseguidor passara por ele. Permitiu-se respirar; talvez não o houvesse visto. Ia esperar mais cinco minutos, depois sair, encontrar TC e dar o fora dali.

Mas foi agarrado primeiro — antes que pudesse ver um rosto, como o braço robótico de uma sonda espacial. Agarrou-lhe a camisa pelo cola­rinho, na tentativa de arrastá-lo para a luz do dia. Mesmo no escuro, viu o tecido do agasalho cinza que cobria aquele braço. Duas vezes Will con­seguiu usar as duas mãos para soltar-se. Mas em cada uma delas a mão o agarrou novamente, acabando por acertar seu queixo. Imprensado atrás dos casacos, simplesmente não conseguia o espaço necessário para des-vencilhar-se daquele único braço que o acertava — e atingir o homem que o agarrava.


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