Organização do trabalho no século XX
As crises econômicas, que de tempos em tempos atingem a sociedade capitalista em razão da insuficiência do sistema em dar respostas ao processo de acumulação, fazem com que empresários, gestores e administradores promovam alterações nas formas de produzir e de controlar o trabalho. Foi assim que, durante o século XX, predominou em nossa sociedade, ainda que não de modo uniforme, uma forma específica de produção com controle sobre o trabalho, denominada fordismo.
O fordismo se consolidou como um sistema de produção no contexto da crise de 1929 e da Grande Depressão dos anos 1930, quando o governo norte-americano passou a adotar práticas keynesianas, isto é, a intervir na economia e nas relações de trabalho como forma de saída da crise capitalista. Mas o fordismo não nasceu nessa crise. Então, em que consiste e quais são as suas origens?
O fordismo consiste em um sistema de produção em massa cuja palavra-chave é padronização (tanto das tarefas quanto do produto). Esse sistema, que articula inovações técnicas e organizacionais visando a otimização da produção e o consumo em massa, foi empregado pelo industrial Henry Ford (1863-1947) em sua fábrica de automóveis, sediada em Detroit (Estados Unidos), nas primeiras décadas do século XX. Por meio da criação de linhas de montagem, nas quais os operários ficavam parados enquanto as peças se movimentavam em esteiras rolantes, cada trabalhador executava apenas uma etapa do processo de trabalho.
Para aumentar a produtividade, o fordismo associou-se ao taylorismo, modo extremamente racional de uso do tempo e de movimentos do trabalhador no chão da fábrica. O taylorismo foi desenvolvido pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor (1865-1915), também com vistas a otimizar a produção.
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