Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim


A flexibilização e a sociedade



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A flexibilização e a sociedade

Embora a forma como a produção é organizada não dependa do Estado, este exerce um papel crucial no desenvolvimento da economia. Assim, no sistema taylorista-fordista de produção há maior intervenção do Estado na economia: ele regulamenta as negociações entre o capital e o trabalho, oferece formação técnica ao trabalhador e regula as atividades capitalistas e de interesse nacional. Quando a produção se tornou mais flexível, o Estado tendeu a reformular seu papel, buscando atrair investimentos externos e legislar pela desregulamentação e/ou flexibilização das relações de trabalho.

Os sistemas flexíveis reduzem os estoques ao aprimorarem a logística interna e externa das empresas, por meio da organização de transportes e de abastecimento. Com essa reestruturação da produção, o capital se prepara para enfrentar crises, concorrência, oscilações econômicas e impasses técnicos, além de poder regular o uso da força de trabalho diante de tantas mudanças. Essa flexibilização pode ser compreendida como:

[...] a possibilidade de alteração da norma como forma de ajustar as condições contratuais, por exemplo, a uma nova realidade, a partir da introdução de inovações tecnológicas ou de processos, que podem ser negociados legitimamente entre os atores sociais ou impostos pelo poder discricionário da empresa, ou ainda através da atuação do Estado. Assim, em princípio, a flexibilidade pode significar a depressão dos direitos com a finalidade de redução dos custos. Por outro lado, ela pode ser uma forma de adaptar as equipes e os processos produtivos às inovações tecnológicas ou à mudança de estratégia da empresa, investindo e capacitando os recursos humanos ou até melhorando as condições de trabalho.

KREIN, José Dari. O aprofundamento da flexibilização das relações de trabalho no Brasil nos anos 90. Campinas: Ed. da Unicamp, 2001, mimeo. (Dissertação de Mestrado). p. 28.

Ser flexível significa realizar diferentes tarefas e fabricar diversas mercadorias na mesma linha de produção - por exemplo, quando variados modelos de carros são produzidos simultaneamente. A indústria automobilística e o setor bancário são exemplos de ramos em que foram implantados sistemas flexíveis de produção. Na indústria de veículos, a adoção de equipamentos de microeletrônica e robótica trouxe para os trabalhadores maior responsabilização pelo processo de trabalho e pelos resultados da produção.

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