Tempos modernos tempos de sociologia helena bomeny



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Filmes

O povo brasileiro. Brasil, 2005, 280 min. Direção de Isa Grinspum Ferraz. Baseado na obra homônima de Darcy Ribeiro.

Terra estrangeira. Brasil, 1996, 100 min. Direção de Walter Salles Jr. e Daniela Thomas.

Bye, Bye Brazil. Brasil, 1978, 105 min. Direção de Cacá Diegues.

Práticas inter e multidisciplinares no ensino



O Brasil em tela

Que tal organizar na escola uma mostra com algumas réplicas de telas famosas feitas por pintores que retrataram o Brasil? Essa atividade pretende não apenas ampliar a cultura artística dos estudantes – uma vez que tomarão contato com obras, estilos e pintores de várias épocas – mas também contribuir para treinar o olhar deles para os temas brasileiros que mais tocaram nossos artistas.


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Ao lado de cada pintura, seria bom ter um comentário abordando o contexto histórico vivido pelo artista e um fragmento de texto literário tratando do mesmo tema. Converse com os professores de Arte, Literatura e História e monte um projeto para a escola. Como desdobramento da atividade, peça aos alunos que façam suas próprias telas (ou cartazes) ou grafites sobre como veem o Brasil.

Comentários e gabaritos

Leitura complementar

Darcy Ribeiro (1922-1997) foi antropólogo, educador, literato e político brasileiro. Deixou várias contribuições para o pensamento social nacional, e seu livro O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil foi considerado por ele mesmo seu maior esforço de compreensão do país. Nessa obra, ele procurou responder a três perguntas: Quem somos, o que somos e o que nos torna sui generis?

O texto de Darcy Ribeiro não é meramente descritivo mas também provocativo, pois convida o leitor a tomar posição diante da história narrada. A ideia central do livro está presente no fragmento selecionado: o povo brasileiro é uma nova civilização constituída por mestiços que, diferentemente dos povos transplantados das nações vizinhas, não reproduz ou refunda uma sociedade nas Américas. Para Darcy, os brasileiros reinventaram o humano em razão da capacidade de incorporar a diversidade de pessoas e culturas, tornando-se um povo aberto à diferença.

Seguindo a proposta do autor – levar o leitor a tomar posição – sugira um debate para que os estudantes tenham a chance de posicionar-se: Concordam ou não com a visão de Darcy Ribeiro sobre os brasileiros como povo aberto à diferença? Problematize as imagens cristalizadas a respeito do Brasil, a sociedade e o povo brasileiro que porventura venham à tona durante a discussão.

No final dessa atividade, você pode propor uma reflexão individual: a elaboração de um texto dissertativo com base na interpretação de Darcy Ribeiro sobre o povo brasileiro, em que o estudante apresentará e defenderá seu ponto de vista.

Sessão de cinema

Central do Brasil
Olhar estrangeiro

Sugerimos que você selecione cenas dos filmes e as exiba durante a aula. Os alunos deverão comparar a forma pela qual o Brasil é retratado em cada longa-metragem (nacional e estrangeiro).

O objetivo dessa atividade é demonstrar que a maneira de perceber a realidade social relaciona-se com o lugar social de quem a observa. As interpretações sobre o Brasil são influenciadas pelo contexto histórico e pelo grupo social.

Construindo seus conhecimentos



De olho no Enem

No texto-base da primeira questão está escrito: “O Brasil vai começar”. Essa frase pode ser usada como ponto de partida para um exercício de desnaturalização das ideias de “Brasil” e “brasileiros”, após o qual se pode explorar o conceito de identidade nacional como construção social. O texto-base da segunda questão é um fragmento do modernista Oswald de Andrade. Com base nessa atividade, você pode identificar outros segmentos sociais que, após a construção política do Brasil, ocuparam-se com a questão da identidade nacional (ou nação brasileira). Os modernistas tiveram papel central na década em que o país completava seu centenário de independência política. A terceira questão traz uma proposta de interpretação comparativa de dois textos considerados clássicos da literatura brasileira. Com base neles você pode discutir com os alunos como é possível compreender diferentes percepções a respeito da realidade social dos indígenas no marco das Ciências Sociais: As imagens dos “indígenas” e “brasileiros” podem sofrer alterações de acordo com o contexto histórico? A percepção dos autores pode relacionar-se com o contexto social em que cada um deles está inserido? Essa variação de percepção pode ser notada apenas nos casos exemplificados? A quarta questão traz um fragmento do texto literário de José Lins do Rego que favorece a discussão sobre o papel da literatura na construção da identidade nacional – fato que não é uma peculiaridade da cultura brasileira. Na quinta questão o fragmento da crônica sobre futebol de Nelson Rodrigues aborda traços da cultura nacional que já impressionavam os viajantes europeus do século XIX: a combinação de aspectos civilizatórios com outros que escapariam a essa classificação por um olhar etnocêntrico.


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Capítulo 14: Brasil, mostra a tua cara!

Orientações gerais

Objetivos

Ao longo das aulas, os alunos deverão:

• entender que, apesar da unidade territorial e linguística, o Brasil apresenta muitas realidades distintas: de desenvolvimento; de qualidade de vida; de oferta de serviços; de manifestações culturais etc.;

• entender que dois dos indicadores que compõem o IDH brasileiro, educação e saúde, apresentam quadros desiguais no território nacional e como isso interfere na qualidade de vida e nas oportunidades dos cidadãos brasileiros;

• compreender como o processo de urbanização brasileiro, desencadeado na década de 1950, contribuiu para modificar costumes e aspectos da estrutura da sociedade e que a vida nos grandes centros urbanos é permeada por inúmeros paradoxos;

• compreender algumas alterações na vida privada dos brasileiros (arranjos familiares) relacionadas com a urbanização e a modernização da sociedade;

• reconhecer a presença dos povos indígenas e seus descendentes na formação social brasileira do século XXI, bem como identificar direitos desse segmento da população brasileira.

Recursos e questões motivadoras

Esse capítulo apresenta algumas discussões sobre a sociedade brasileira tomando o Censo 2010 (IBGE) como fonte. Há, com isso, a possibilidade para a apresentação das metodologias empregadas nas Ciências Sociais, com ênfase na produção e interpretação de dados quantitativos.

As condições de aprendizagem serão enriquecidas se houver possibilidade de trabalho integrado com outras disciplinas da área de Ciências Humanas – Geografia e História – com foco na construção das habilidades de leitura e interpretação de mapas temáticos, tabelas e figuras. O objetivo não é fazer coincidir o tema a ser abordado pelas disciplinas, e sim criar um projeto de ensino voltado para a aprendizagem da leitura de informações gráficas.

Desenvolvendo as aulas

O capítulo aborda diversos temas e oferece elementos para um primeiro retrato sobre a sociedade brasileira: diversidade regional, educação, urbanização, família (instituição social), grupos indígenas e grupos etários (velhice/terceira idade). Entendemos que seu conteúdo não precisa ser abordado linearmente e que é possível construir uma sequência didática com foco no interesse dos estudantes. Se você optar por abrir os trabalhos pela seção Outros brasis, recupere a discussão antropológica acerca da alteridade e promova o seguinte debate: Sendo parte da sociedade brasileira, por que operamos com a ideia de que os grupos indígenas são “outros”? Um desafio intelectual pode ser suficiente para motivar os alunos. Isso vale para os demais temas também.

Para conhecer as regiões metropolitanas e as regiões integradas brasileiras, um dos recursos disponíveis são os atlas geográficos escolares, que procuram manter atualizadas essas informações, além de possibilitar a observação de outros dados a respeito desses espaços geográficos.

Outra forma de abordar a questão é buscar na literatura especializada (essa pesquisa deve ser feita por você, professor) ou em artigos de revistas e jornais discussões sobre as definições desses espaços no âmbito político. Trata-se apenas da constatação de um fenômeno urbano, ou elas precisam ser reconhecidas por leis? As áreas integradas têm impacto na administração nacional, estadual e local? Estimule os alunos a explorar o conceito de regiões metropolitanas e regiões integradas com base em situações-problema que contribuam para o desenvolvimento de habilidades de alto nível e não apenas a memorização do conceito.

Recursos complementares para o professor



Leituras

BROCK, Colin; SCHWARTZMAN, Simon. Os desafios da educação no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

FONSECA, Claudia; CARDARELLO, Andrea. Família e parentesco. In: MORAES, Amaury César (Coord.). Sociologia: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica, 2010. v. 15. p. 209-230. (Coleção Explorando o Ensino). Disponível em: . Acesso em: maio 2016.
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PEIXOTO, Clarice Ehlers (Org.). Família e envelhecimento. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

FRÚGOLI JR., Heitor. Sociabilidade urbana. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

PEIXOTO, Clarice. Sobre a institucionalização da velhice e as condições de asilamento. In: GOLDENBERG, Miriam. Corpo, envelhecimento e felicidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 341-356.



Sites

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): . Acesso em: maio 2016.

IBGE Teen:


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