Tempos modernos tempos de sociologia helena bomeny



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. Acesso em: maio 2016.
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Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan): . Acesso em: maio 2016.

Secretaria Nacional de Juventude: . Acesso em: maio 2016.

Filmes

Punk attitude. EUA, 2005, 270 min. Direção de Don Letts.

Surf adventures. Brasil, 2001, 91 min. Direção de Arthur Fontes.

Fala tu. Brasil, 2003, 74 min. Direção de Guilherme Coelho.

Hype! Documentário. Estados Unidos, 1995, 84 min. Direção de Doug Pray.

Práticas inter e multidisciplinares no ensino



Minha escola, minha tribo

Proponha a seguinte atividade: uma feira que exponha os símbolos, objetos, camisetas etc. das tribos dos alunos. Nos estandes (ou barraquinhas) também deverão ser expostas mensagens sobre a escola sob as perspectivas das tribos, ou seja, as mensagens deverão fazer a conexão entre as linguagens e os símbolos de cada tribo com o que seus integrantes pensam sobre o colégio. Exemplo: por meio de slogans, desenhos, poesias etc., roqueiros, patricinhas, surfistas, funkeiros, grafiteiros, entre outras tribos, deverão expressar aquilo que julgam ser a identidade da escola ou como se sentem como alunos dela. Essa é uma tarefa lúdica e cultural que pode envolver toda a comunidade escolar.

Comentários e gabaritos

Leitura complementar

O consumo musical cumpre um papel importante na vida da maioria dos jovens. Não raro, eles se veem diante da necessidade de justificar – para os pais, professores e mesmo colegas – seus gostos musicais, sobretudo aqueles considerados de “menor valor” cultural.

O objetivo desse texto no capítulo é criar oportunidade para uma conversa sobre a dimensão situacional dos rótulos, classificações e hierarquizações deletérias que são impostos a determinadas expressões artístico-culturais. O texto de Lydia Barros nos mostra o quão exemplar é o caso do gênero tecnobrega paraense: a despeito daqueles que o acusavam de pobreza estilística, o tecnobrega saiu das periferias e alcançou a mídia de massas, além de seu valor como modelo de negócios ser amplamente reconhecido.

A intenção é prolongar a discussão sobre os conceitos de gosto, identificação e cultura (iniciada no Capítulo 3), fazendo-os refletir sobre os próprios hábitos de consumo musical em contraste com aqueles de “outras” tribos ou gerações. Para tanto, sugerimos que lhes seja proposta a atividade a seguir.

Peça-lhes que listem anonimamente seus três estilos musicais preferidos e os três estilos mais consumidos por seus pais ou responsáveis. Recolha essas listas e escreva na lousa um ranking dos três estilos mais citados em cada uma das duas categorias. Quais são as diferenças e aproximações entre os dois grupos? A que se devem essas diferenças? Seriam apenas geracionais ou há outras variáveis em jogo (nível educacional e renda, por exemplo)? Como entender sociologicamente nossas preferências musicais e a dos outros grupos com quem nos relacionamos?

Sessão de cinema

Multiplicadores

O documentário está focado em iniciativas de ação social dos grafiteiros em comunidades do Rio de Janeiro. Apresenta o estilo da tribo, a atração que o grafite exerce sobre os jovens, a iniciação, a linguagem do grupo e os dilemas dos jovens pobres que ficam entre a contravenção e a comunicação visual. A mensagem do grupo é oferecer para os jovens das favelas uma alternativa ao tráfico de drogas e à marginalidade. O filme contribui para a reflexão a respeito do direito à diferença e do dever da cidadania – como essas duas dimensões podem associar-se na escolha que cada um faz de sua tribo.



A rede social

As sugestões de uso desse filme foram apresentadas no item Desenvolvendo as aulas.



A batalha do passinho

O filme, produzido por um antropólogo, mostra de forma muito sensível o mundo que cerca o fenômeno do passinho: as relações entre os jovens, a estética e os valores envolvidos. É um bom instrumento para pensar sobre o funk sob outro ponto de vista, valorizando como o olhar etnográfico nos ajuda a desnaturalizar o que já nos parece conhecido.



Metal – Uma jornada pelo mundo do heavy metal

O filme possibilita mergulhar a fundo no universo de uma tribo urbana bastante conhecida de muitos jovens.


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Algumas perguntas podem ajudar a orientar um debate, estimulando a volta a outros temas já trabalhados no livro: Quem contesta o consumo das sociedades capitalistas pode ser consumidor também? Que padrões propostos pelos metaleiros se opõem aos padrões predominantes? Após assistir ao documentário, o que você aprendeu a respeito dos estigmas contra fãs de heavy metal?



Construindo seus conhecimentos

Monitorando a aprendizagem

1. Nas sociedades contemporâneas, aspectos modernos, como as novas tecnologias e a lógica individua lista da escolha, fundem-se com aspectos arcaicos, como as lealdades e os compromissos expressos no fenômeno das tribos urbanas. A internet e as comunicações digitais (aspectos modernos) também possibilitam a criação de comunidades organizadas por identificação cultural, sexual, religiosa, esportiva etc. Essas comunidades, embora resultantes da escolha dos indivíduos, são regidas por compromissos de gostos e estilos de vida que fortalecem a noção de grupo, e não somente a de indivíduo. Essa combinação entre individualismo e comunitarismo é o que traduz a ideia de combinação entre moderno e arcaico nas tribos ou comunidades contemporâneas.

2. Uma tribo urbana é um grupo geralmente formado por jovens que se unem por terem valores culturais, ideologias, estilos e gostos musicais parecidos, ou ainda outros tipos de afinidades. Além de pretender escapar do anonimato social e se afirmar, algumas vezes os membros das tribos têm a intenção de contestar as relações, valores ou costumes existentes no mundo contemporâneo, como o individualismo e o consumo exagerado típicos das sociedades capitalistas. Não obstante negarem os padrões de consumo predominante, as tribos também apresentam os seus: adereços e bens por meio dos quais seus membros comunicam a própria identidade e posições.

3. O conceito é estigma ou rotulação. Rotular é atribuir ao indivíduo o pertencimento a um grupo em razão de uma característica que se julga negativa. A rotulação sempre parte de um estereótipo (consultar verbete). Exemplo: patricinha – menina que se veste com roupas de grife, tem um modo característico de falar e passa a maior parte do tempo pensando na aparência e cuidando dela.

4. A intensificação desse processo nas sociedades industriais, centradas nos indivíduos, acaba estimulando a diferenciação social em grupos identitários ou de identificação. Em tais sociedades diferenciam-se as profissões, as visões de mundo (orientações religiosas e políticas), as subculturas etc. Conforme foi dito no capítulo, o processo de diferenciação é ininterrupto, pois no interior de subculturas, como as tribos urbanas, ela prossegue podendo até mesmo gerar facções e rupturas. Reiteramos, esse processo está fortemente marcado pela individualização.

De olho no Enem

1. Sugerimos que você pesquise sites sobre a cultura hip-hop e apresente aos alunos alguns aspectos desse movimento no Brasil. Você também pode trabalhar letras de canções que explorem o olhar contestador e crítico do movimento, como “Causa e efeito”, do álbum homônimo de 2010 do rapperMV Bill.

2. Nas redes sociais ocorrem interações que aproximam pessoas que podem estar geograficamente distantes. A crítica da tirinha diz respeito à proporção que essa nova forma de interação vem ganhando, diminuindo os encontros face a face.

3. A crítica ao padrão de interação nas redes sociais da internet no contexto apresentado diz respeito à valorização da imagem do indivíduo, ao “desejo do espelhamento”, à cultura dos selfies e ao “centramento” na própria identidade.

Assimilando conceitos

1. Sim. Grupos de identificação como surfistas, emos, patricinhas etc. adotam visuais diferenciados para seus cabelos – o que é tomado como um elemento para a construção da identidade do grupo.

2. É possível notar a admiração de alguns ao visual adotado (não mencionado na canção) pelo narrador. Essa percepção pode relacionar-se com a valorização nos contextos culturais individualistas da adoção de um estilo estético pessoal que define a identidade da pessoa. Outros demonstram estranhamento pelo visual do narrador – o que se relaciona com a adoção de um padrão estético não usual ou não valorizado por quem observa. Essa tensão pode ser caracterizada como um conflito relacionado ao gosto (aspecto que a Antropologia mostra ser moldado pela cultura).

3. Com base na construção de estereótipos ou generalizações que relacionam as pessoas a certos atributos morais, desdobrando-os em preconceitos.
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Olhares sobre a sociedade

1. a) Os nomes que o cronista dá aos grupos expressam características negativas deles: a “Turma do Apagador” (alunos que consideravam privilégio sujar-se com pó de giz; puxa-sacos), os “Certinhos” (não se misturavam com a massa, definiam-se pelo que não eram), “Bundas de Aço” (excêntricos, introvertidos, estudiosos, ansiosos, esquisitos), a “Massa” (medíocres e indiferentes à aula) e suas subdivisões – “Núcleo do Nem Aí” (meninas vaidosas e desligadas), “Clube de Debates” (celebridades da sala de aula e seus admiradores), “Centrão Desconsolado” (frustrados por terem que assistir às aulas) – e, finalmente, os “Seres do Abismo” (bagunceiros, sem modos).

b) Bullying remete a um conjunto de ações ou situações vividas em ambientes escolares, mas não somente neles, em que um grupo ou indivíduo faz agressões intencionais, verbais ou físicas, de maneira repetitiva, contra um ou mais colegas. O termo bullying origina-se da palavra inglesa bully, que significa “valentão”, “brigão”. Embora não exista em português uma termo específico para essas ações, a expressão é entendida como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação, maus-tratos e também violência. A relação do bullying com a rotulação é o fato de ela ser usada para destacar determinadas características de alguns grupos, tornando-os alvos de ataques. Nem toda rotulação causa bullying. A diferenciação faz parte da dinâmica social, mas a atribuição de características negativas ou inferiores – a estigmatização – e a transformação da diferença em desigualdade é o que torna a rotulação uma relação de poder.

Exercitando a imaginação sociológica

O tema proposto envolve a reflexão sobre o protagonismo juvenil no campo político na atualidade. O texto do historiador Eric Hobsbawm compara a juventude de países cuja população é predominantemente mais velha e os países cujos jovens formam a maioria da população. O Brasil está em uma transição demográfica: embora a população esteja envelhecendo, os jovens ainda formam parte significativa dela. Desde 2013 o país assiste à movimentação de jovens e estudantes em manifestações políticas, o que torna o problema bastante significativo no que tange à realidade social brasileira. O tema possibilita a reflexão no campo tanto político quanto cultural. Antes de passar à atividade propriamente dita, recapitule o conteúdo estudado para que a dissertação dos alunos esteja fundamentada nos conhecimentos sociológicos.

Capítulo 18: Desigualdades de várias ordens

Orientações gerais

Objetivos

Ao longo das aulas, os alunos deverão:

• entender a centralidade do tema desigualdade para as Ciências Sociais;

• compreender a noção de desigualdade, sua presença em diversos campos e o fato de que as diferentes desigualdades muitas vezes se reforçam;

• entender as influências das desigualdades de gênero e de cor na educação e no mundo do trabalho;

• conhecer interpretações a respeito das desigualdades étnicas no Brasil – Gilberto Freyre, Florestan Fernandes e Oracy Nogueira;

• inteirar-se do tratamento dado ao racismo pelas leis brasileiras;

• analisar a segregação urbana e identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Recursos e questões motivadoras

A Sociologia nasceu para explicar as transformações ocorridas no mundo moderno. Repetida diversas vezes ao longo do curso, essa afirmação merece ser lembrada no desenvolvimento das aulas sobre desigualdades no Brasil. Os tempos modernos chegaram com a promessa de igualdade. Em que sentido? Certamente, havia a expectativa de uma sociedade igualitária que rompesse com as estratificações sociais ou que favorecesse amplamente a mobilidade dos grupos na estrutura social. Karl Marx foi um dos primeiros pensadores a se debruçar sobre as contradições entre as promessas liberais e a realidade das sociedades liberais.


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O sentido de igualdade que mais prosperou a partir da modernidade é aquele que remete ao campo jurídico (igualdade perante a lei, cidadania) e, mesmo assim, em contextos histórico-geográficos específicos, com avanços e retrocessos. Na contemporaneidade, a igualdade tem sido discutida tanto em termos in dividuais quanto no âmbito coletivo: igualdade racial/ étnica, igualdade de gênero, igualdade entre os diferentes que respeite a diferença sem dissolvê-la. Nesse sentido, as políticas públicas vêm adotando outros princípios de justiça ao lado dos princípios igualitários de “oferecer o mesmo para todos”. São as políticas compensatórias (que oferecem condições adicionais a quem tem menos) e as políticas de ação afirmativa (ver Capítulo 4) –, esses princípios são a equidade e o reconhecimento, respectivamente.

Ao longo desse capítulo serão discutidas algumas abordagens sociológicas sobre os temas: desigualdades sociais, relações de gênero e relações raciais no Brasil. Esses assuntos oferecem oportunidades para a discussão do conceito de política pública e das variações mencionadas, apontando para os princípios de justiça que as fundamentam. São muitos os casos de programas e projetos em andamento no Brasil que podem contribuir como exemplos didáticos a respeito desses temas e, mais do que isso, estimular os alunos para que desenvolvam as habilidades de avaliação, crítica e elaboração de estratégias para a superação de problemas sociais.

Desenvolvendo as aulas

Que tal apresentar o tema com base nas imagens que os alunos têm do Brasil no que diz respeito à estrutura da sociedade? O conteúdo do boxe Imagens da desigualdade pode ajudá-lo a montar uma dinâmica em sala de aula. Imprima figuras semelhantes às que são exemplificadas no texto e também outras, como uma pirâmide invertida, um quadrado etc. Distribua-as aos alunos e peça-lhes que informem qual desenho se assemelharia mais à sociedade brasileira (peça a ajuda deles para a contagem do resultado). Em geral aplicado em surveys, esse método capta as percepções das pessoas sobre determinado tema, sendo frequentemente usado pelos cientistas sociais. Com esse exercício, você terá a percepção da turma, e o resultado poderá ser comparado com a informação da pesquisa amostral (termo que deve ser esclarecido).

Recursos complementares para o professor



Leituras

A CIDADE é para quem? Site Periferia da Informação. Disponível em:


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