Universidade estadual paulista “julio de mesquita filho”


- Avaliação do perfil dos candidatos e ingressantes



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- Avaliação do perfil dos candidatos e ingressantes

A apresentação dos dados que se seguem é baseada em informações obtidas pela Vunesp, de 1999 a 2002, sendo complementados com dados dos anos de 2003 e 2004. O objetivo é apenas apresentar os dados de maneira simples e usando a média dos anos considerados, ou seja, na maioria dos comentários que se seguem, a percentagem apresentada representa um valor médio dos quatro anos observados. Também deve-se informar que os dados da Vunesp referentes aos anos de 2001 e 2002, de acordo com o número de alunos matriculados, corresponde apenas aos ingressantes do primeiro semestre, pois não haviam dados referentes aos alunos do meio do ano.



2.1 – Características pessoais e procedências

Os dados referentes aos anos de 1999 a 2002 mostram que, aproximadamente, 90% dos alunos que se candidatam a uma vaga no curso de graduação em engenharia elétrica são do sexo masculino. Ao se analisar os alunos ingressantes, verifica-se que esse valor prevalece.

Analisando os dados referentes aos anos de 2003 e 2004, observa-se que a porcentagem de alunos do sexo masculino se mantém com aproximadamente 91,4% e 91,9%,respectivamente. Esta quantidade é praticamente a mesma quando são analisados os dados dos ingressantes em 2003 e 2004, tendo em vista que um total de 82,5% e 86,04% nesses anos são, respectivamente, são do sexo masculino.

Dos candidatos a uma vaga, cerca de 77,5% estão na faixa de 17 a 18 anos. Em 2001, esse número foi ligeiramente mais baixo, chegando a 55,5%. Já para os ingressantes, esse valor é de 65%, sem muita variação ao longo dos 4 anos observados. Dos candidatos e ingressantes, 98% são solteiros.

Quanto ao ano de 2003 observa-se que 37,5% estão na faixa de 17 anos ou menos, enquanto que 28,4% estão com 18 anos e o restante se situa acima de 19 anos. Já para 2004, 42,6% estão abaixo dos 17 anos, 27,3% estão com 18 anos e os demais acima de 19 anos.

Analisando os ingressantes, observa-se que 32,5% e 51,16%, para os anos de 2003 e 2004, respectivamente, estão na faixa de 17 anos ou menos, 37,55 e 9,3% estão com 18 anos e os demais acima de 19 anos, com um crescimento significativo na faixa de 17 anos para baixo no ano de 2004.


Cerca de 85% (em 2002, esse número foi ligeiramente diferente – 72,5% ) dos candidatos são provenientes do Estado de São Paulo e 12% são provenientes dos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e do Distrito Federal (em 2002, esse número foi de 20%). Essas mesmas características são observadas para o conjunto de alunos ingressantes.

Em 2003 e 2004 este número se mantém, respectivamente, com cerca de 84,5 % e 84,7% provenientes do Estado de São Paulo, destacando-se que 13,5% e 16,5% residem na região metropolitana da capital, contra 70% e 67,7% no interior, enquanto 8,3% e 7,4% são dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, com 4,7% e 4,2% sendo do Estado de Minas Gerais.

Para os ingressantes deste dois últimos anos, o número é praticamente o mesmo, com 82,5% e 90,7% sendo provenientes do estado de São Paulo, e os demais estando distribuídos entre os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. Observa-se que, em 2003, houve apenas um ingressante de outros estados que não daqueles constantes do questionário.

Aproximadamente, 70% dos candidatos são do interior do Estado de São Paulo, 10% do interior de outros estados e 10% da região metropolitana de São Paulo. Para os candidatos ingressantes, esses números são ligeiramente diferentes nos biênios 1999-2000 e 20001-2002. Em 1999 e 2000, os ingressantes seguiam o perfil dos candidatos. Já nos anos de 2001 e 2002, a porcentagem média dos ingressantes procedentes do interior paulista foi de, aproximadamente, 63%. Da capital de outros estados, foram aproximadamente 12%, sendo que 13% foram do interior do estado.

Com relação aos ingressantes dos anos de 2003 e 2004, a grande maioria continua sendo do interior do estado de São Paulo, com uma porcentagem razoável provenientes da região metropolitana da capital com 7,5% e 13,95% respectivamente.


2.2 – Trajetória Escolar




Ensino fundamental ou primeiro grau

A figura 1 apresenta um diagrama indicando o percentual de candidatos e de ingressantes provenientes de escolas públicas e particulares. Em 1999, 200 e 2001, o perfil dos ingressantes está próximo do perfil dos candidatos. Já em 2002, verifica-se que os alunos que concluíram o primeiro grau em escola particular teve um aproveitamento melhor do que aqueles que o fizeram em escola pública. Talvez isso seja uma tendência a ser seguida nos próximos anos.

Figura 1 – Candidatos e Ingressantes – Obtenção do 1o Grau

Durante os anos de 2003 e 2004 os candidatos cursaram o Ensino Fundamental respectivamente da seguinte forma: 52,1% 55,7% todo em escola pública, 24,7% e 22,4% todo em escola particular, 11% e 10,6% maior parte em escola pública e 11,7% e 9,9% maior parte em escola particular.

Para os ingressantes destes dois anos observa-se, respectivamente, que 40% e 39,5% cursaram o ensino fundamental todo em escola pública, contra 37,5% e 18,6% todo em escola particular, observando ainda que em 2004 cerca de 16,27% cursou a maior parte em escola pública.

Ensino médio ou segundo grau


As figuras seguintes apresentam as trajetórias dos candidatos e dos ingressantes com relação às escolas públicas e particulares. Observa-se que o percentual de candidatos oriundos de escolas públicas e particulares estão no mesmo nível, algo próximo de 45%, nos quatro anos observados. Já para os ingressantes, verifica-se facilmente que há predominância daqueles oriundos de escolas particulares. Isto tem ocorrido ao longo dos 4 anos analisados, mostrando que é preciso uma reformulação no ensino médio público, de modo a dar àqueles que lá estudam a oportunidade de concorrer mais fortemente a uma vaga na universidade pública.


Figura 2 – Candidatos e Ingressantes – Obtenção do 2o Grau

O segundo grau foi concluído praticamente da forma convencional por cerca de 86,8% e 88,2% dos candidatos, ficando 10,7% e 8,4% oriundos de curso técnico, para os anos de 2003 e 2004. Destes, 38,8% e 40,6% concluíram em escola pública, ao passo que 51,1% e 47,5% concluíram em escola particular.

A forma convencional de ensino médio ainda é a preferida com 90% e 81,39% dos ingressantes para os anos de 2003 e 2004, contra 7,5% e 9,3% cursando o ensino profissionalizante. Com relação à escola ser pública ou particular, há uma ligeira diferença entre os anos de 2003 e 2004, sendo que em 2003 40% concluíram todo o ensino médio em escola pública e 37,5% em escola particular. Em 2004, 39,5% concluíram todo o ensino médio em escola pública e 18,6% em escola particular, sendo que 16,27% fizeram a maior parte em escola pública.
Com relação à freqüência à cursinho pré-vestibular, observa-se que 45% dos candidatos não freqüentam cursinho, mas para os ingressantes esse valor cai para 30%. Também, observa-se que o número de candidatos que já prestaram o vestibular pelo menos uma vez chega a 30% e os que não prestaram nenhum vestibular chega a 37%. Para os ingressantes, o perfil é ligeiramente diferente. Nota-se que apenas 12% dos que prestam vestibular pela primeira vez conseguem uma vaga. Cerca de 30% dos que prestam vestibular pela segunda vez conseguem uma vaga e as outras vagas são distribuídas entre aquelas que prestam vestibular por mais de duas vezes. Nota-se claramente que há uma forte tendência de que os alunos ingressantes tenham prestado mais de um vestibular. Poucos alunos com curso superior têm tentado uma vaga.

Durante os anos de 2003 e 2004, a média dos alunos que não freqüentaram cursinho se mantém em torno de 46,3% e 50% respectivamente, tendo os demais freqüentado um semestre ou menos.

Analisando os ingressantes, 45% e 60,46% não freqüentaram cursinho, com 27,5% para 2003 que freqüentaram um ano.

2.3 – Características Sócio-Culturais
Instrução do Pai: 32% dos pais dos candidatos têm curso superior completo, sem mudança expressiva ao longo dos quatro anos analisados. Já para os pais dos ingressantes, constata-se que há uma evolução significativa. Em 1999, os pais com curso superior eram de 38%. Em 2000 passou para 43,5%, em 2001 evoluiu para 52,5% e em 2002 atingiu 62,5%. Os pais com primeiro e segundo grau completos dos candidatos representam cerca de 40%, sem muita alteração ao longo do período observado. Já para os pais dos ingressantes, de 1999 a 2001, esse número esteve em torno de 32% e em 2002 foi de 25%.

Este número também não se altera muito para os anos de 2003 e 2004, onde pode se observar que 35,7% e 29,8% tem curso superior completo, com 8,7% e 9,6% incompleto, 31,8% e 31,5% somente com o Segundo Grau e os demais com Primeiro Grau completo ou incompleto.

Quanto aos ingressantes destes dois anos, 55% e 27,9% dos pais tem curso superior completo, 37,5% e 25,5% com segundo grau completo, e os demais com primeiro grau completo ou incompleto.
Instrução da Mãe: no período analisado, 33% das mães dos candidatos apresentam curso superior e cerca de 43% têm primeiro ou segundo grau completo. Para as mães dos ingressantes, o perfil observado no período é o mesmo observado para os pais, ou seja, um aumento expressivo do número de mães com curso superior completo.

Analisando os anos de 2003 e 2004, respectivamente, este quadro se mantém com 38,3 % e 34,2% com curso superior completo, 7,2% e 7,9% incompleto, e 31,8% e 31,5% com o Segundo Grau e as demais com Primeiro Grau completo ou incompleto.

Dos ingressantes, destaca-se que 42,5% e 37,2% tem curso superior completo, com 37,5% e 25,5% com segundo grau completo, para 2003 35% tem curso superior incompleto, estando as demais com primeiro grau completo ou incompleto.

Profissão do Pai: Cerca de 28% dos pais dos candidatos são proprietários ou administradores de média ou grande; 30% são profissionais liberais, professores ou técnicos de nível superior; 15% tem curso técnico de nível médio e 11% são operários com pouca qualificação. Já para os ingressantes, em 1999 e 2000, havia um perfil semelhante ao observado para os pais dos candidatos. Porém, em 2001 e 2002, o percentual de pais profissionais liberais, professores ou técnicos de nível superior aumentou para 45,5%.

Para os anos de 2003 e 2004, pode-se observar que 32,5 % e 27,3% são profissionais liberais, professores ou técnico de nível superior, 27,8% e 24,4% proprietários ou administradores de pequenos negócios, 8,1% e 11,3% de grandes ou médias empresas, 11,7% e 15,7% técnicos de nível médio, e 14,8% e 14,6% operários com pouca qualificação respectivamente.

Considerando os ingressantes para estes dois anos analisados, o número não se modifica muito, com 15% e 16,27% proprietários ou administradores de grandes empresas, 22,5% e 9,3% para pequenos negócios, 42,5% e 30,23% profissionais liberais, professores ou técnicos de nível superior, 5% e 16,27% técnicos de nível médio, 10% e 11,62% operários pouco qualificados.
Profissão da Mãe: Cerca de 42% das mães não exercem atividades remuneradas (em 2001 esse número foi de 31%); 32% são profissionais liberais, professoras ou técnicas de nível superior e 10% são proprietárias ou administradoras de pequeno negócio. Para os ingressantes, o percentual de mães que não exercem atividades remuneradas foi de 40% nos anos de 1999 e 2000, caindo para 35% em 2001 e 25% em 2002. Já o percentual de mães como profissionais liberais em 1999 e 2000 foi de 38%, evoluindo para 52,5% em 2001 e 60,0 % em 2002.

Para os candidatos dos anos de 2003 e 2004 observa-se que 34,5% e 29,5% são profissionais liberais, professoras ou técnicas de nível superior, 38,5% e 38,7% não exerce atividade remunerada, 9,7% e 1,1% são proprietárias ou administradoras de pequenos negócios, e as demais estando distribuídas entre outras destacando-se que 6,7% e 9,6% são operárias com pouca qualificação, respectivamente.

Para os ingressantes, respectivamente tem-se 42,5% e 23,25% profissionais liberais, professoras ou técnicas de nível superior, 7,5% e 4,65% proprietárias de pequenos negócios, 2,5% e 7% operárias pouco qualificadas, e 45%e 44,18% que não exercem atividades remuneradas.
2.4 – Características Sócio-Econômicas
A maioria dos candidatos não exerce atividade remunerada e nem tem participação na vida econômica da família. Em 1999 o percentual era de 72%, passando para 80% em 2002. Para os ingressantes, esses percentuais são, respectivamente, 82% e 92%. Cerca de 12% dos candidatos têm participação na vida econômica da família. Dos ingressantes, em 1999 e 2000, 8% participavam da vida econômica da família. Em 2001 esse percentual foi de 12% e em 2002 0%.

Em termos de profissão, cerca de 73% dos candidatos não exercem atividades remuneradas. Esse número sobe para 90% para os ingressantes. Para os que declararam profissão, 10% dos candidatos possuem curso técnico de nível médio, sendo que este número para os ingressantes é de 5%.

Quanto aos candidatos dos anos de 2003 e 2004 este número praticamente se mantém com 76,5% e 80% sem exercer atividade remunerada.

Dos ingressantes, 87,5% e 72,1% respectivamente não exercem atividades remuneradas.

Tanto para os candidatos como para os ingressantes, 59% pretendem se manter com recursos dos pais ou responsáveis e 20% com bolsas de estudo ou crédito educativo. Neste ponto vale destacar que a pergunta não faz sentido dentro da Unesp. Extrapolando, pode-se imaginar que essa parcela espera conseguir algum tipo de auxílio para se manter (moradia estudantil, restaurante universitário, etc.).

Dos candidatos inscritos nos anos de 2003 e 2004, 61% e 55,9% pretendem se manter com recursos dos pais ou responsáveis ao passo que 19,8% e 20,7% pretendem obter algum tipo de recurso ou bolsa de estudos para se manter, e outros 14% e 18,7% trabalhando.

Os ingressantes para estes dois anos analisados, o número que pretende se manter com recursos provenientes da família se mantém, cujas porcentagens são 65% e 41,86%, observando que 25% e 27,9% pretendem obter bolsas de estudos com os demais desejando trabalhar para seu sustento.

A renda familiar é algo que apresenta as características distintas mais expressivas entre candidatos e ingressantes. A figura 3 apresenta dados sobre a renda familiar de candidatos e ingressantes. Observa-se que candidatos que apresentam renda familiar de até 1,9 salários-mínimos (SM) participam em todos os vestibulares (1999 a 2002), mas apenas uma parcela mínima conseguiu aprovação no ano de 2001. Candidatos com renda familiar que vai de 5 a 9,9 SM são maioria em todos os anos, mas apenas em 2002 a percentagem de ingressantes nessa faixa salarial se manteve maioria (mesmo assim, por uma pequena diferença).

Para os candidatos dos vestibulares de 2003 e 2004, observa-se que a renda familiar se situa em torno de 5 a 9,9 SM para 32,7% e 34,2%, 21,7% e 12,3% de 10 a 14,9 SM, 21,3% e 29,3% de 2 a 4,9 SM, 11,2 % e 10,3% de 15 a 19,9 SM, com 8,8% e 8,4% acima de 20 SM e 4,2% e abaixo de 2 SM tanto para 2003 como 2004.

Dos ingressantes, 22,5% e 30,23% estão na faixa de 5 a 9,9 SM, 25% e 2,32% estão na faixa de 10-14,9 SM, 22,5% e 9,3% de 15-19,9 SM, 7,5% e 6,97% acima de 20 SM, com 15 e 44,18% de 2-4,9 SM e 7,5% e 6,97% até 1,9 SM, sendo bastante diferente a faixa salarial de um ano para outro.

Neste ponto, fica claro que a Universidade continua sendo algo de acesso difícil para as pessoas com baixa renda familiar e pertencentes a famílias com baixa renda de instrução.



LEGENDA (SM = Salário-Mínimo)



Figura 3 – Renda Familiar


  1. - Análise da taxa de evasão e de progressão dos alunos de graduação

A evasão tem sido mínima no período observado, apesar de se ter também um número significativo de alunos que trancaram ou suspenderam matrícula. Não há um padrão para os números observados. Por exemplo, em 1999 o percentual de alunos evadidos foi de 4,72%, caindo para valores abaixo de 1,2% em 2000 e 2001 e sendo de 2,76% em 2002. Já o percentual de alunos que suspenderam matrícula tem caído regularmente ao longo do período. Em 1999, 1,97% dos alunos suspenderam suas matrículas e em 2002 apenas 0,55% o fizeram. Apesar dos esforços para acompanhamento dos alunos, é difícil imaginar um cenário onde a evasão seja algo inexistente. Os números apresentados mostram que não há problemas nesse sentido no curso de engenharia elétrica.


- Estudo dos egressos dos cursos de graduação
As informações sobre os egressos são difíceis de serem obtidas. Com os dados obtidos na pesquisa realizada na universidade, é impossível comentar sobre a eficácia da formação profissional do curso. Entretanto, informalmente, pode-se se afirmar que, no período considerado, os ex-alunos do curso de engenharia elétrica tiveram inserção profissional altamente significativa. A grande maioria teve como destino empresas para atuarem na sua área de formação. Também, uma parcela importante tem desenvolvido programa de pós-graduação. Através de contatos informais, os ex-alunos afirmam que se sentem capacitados profissionalmente. Entretanto, o distanciamento de Ilha Solteira dos grandes centros industriais é visto como um fator que impede uma melhor inserção profissional para os alunos aqui formados. A partir do momento em que os ex-alunos derem uma realimentação mais significativa sobre o que lhes é perguntado nesse processo de avaliação é que se poderá fazer um estudo mais rigoroso sobre o egresso.
- Estudo do impacto de bolsas e auxílios na formação dos alunos de graduação
A produção do corpo discente ainda é pequena. Entretanto, as bolsas de auxílio das diferentes agências de fomento, bem como da própria universidade, têm sido fundamental para o aumento da qualidade na formação. Nesse sentido, o Programa Especial de Treinamento (PET) financiado pela CAPES tem sido importante para estimular os alunos durante o curso.

O número de alunos envolvidos em algum tipo de trabalho científico é significativo no curso. No período avaliado (1999-2002), foram 45 alunos com bolsa FAPESP, 34 alunos com bolsa PIBIC, 24 alunos com bolsa PET, 33 alunos com bolsa PAE, 6 alunos com bolsa MONITORIA e 3 alunos com bolsa CNPq. Do total de bolsistas, apenas alguns tiveram problema com desempenho escolar, levando a perda da bolsa. Isto significa que os alunos bolsistas apresentam desempenho escolar acima da média, podendo-se, então, afirmar que os programas têm impacto positivo na formação dos alunos. Além disso, as publicações resultantes de parte dos trabalhos dos alunos bolsistas contribuem para sua formação acadêmica e científica. No período avaliado, foram publicados 43 trabalhos completos e 125 resumos. Alguns trabalhos são resultantes de atividades sem bolsa, mas esse número não chega a 10% do total.

Um ponto importante a se destacar dentro da Unesp é o Congresso de Iniciação Científica. Esse congresso tem permitido aos alunos um contato inicial com a pesquisa, possibilitando aos mesmos uma divulgação, através de resumos, dos seus trabalhos. Isto abre caminho para uma amadurecimento futuro que contribui, sem dúvida, para uma melhor formação.

O número de bolsas de Iniciação Científica no ano de 2003 foi bastante significativo com 19 bolsas FAPESP, 7 CNPq/PBIC, 4 PROPP, 3 FEPISA, 12 PET (sendo que 15 alunos foram contemplados, pois sempre acontecem substituições durante o período). Com relação aos bolsistas PAE, alguns desenvolvem trabalhos voltados mais para a área científica, assim pode-se contar com 9 alunos. O curso mantém anualmente 1 bolsa de monitoria, contemplada por 2 alunos, uma vez que tem a duração de 6 meses.

Ainda durante o ano de 2003 foram publicados 13 trabalhos em congressos de Iniciação Científica, destacando-se o Congresso de Iniciação Científica da UNESP, a Reunião de Iniciação Científica da FEIS/UNESP, e o Congresso de Iniciação Científica da USP.

Durante o ano de 2004 este número se manteve mais ou menos o mesmo, com 18 bolsas FAPESP, 10 CNPq/PBIC, 3 FEPISA, 12 PET, ainda com 12 PAE e 1 de monitoria.

Outra atividade que é muito importante para a formação dos alunos são as viagens didáticas a indústrias, usinas hidroelétricas, entre outras. Durante o ano de 2003 foram realizadas 9 viagens didáticas e no ano de 2004 foram 4 viagens.
- Avaliação do curso de graduação
O curso de graduação em engenharia elétrica tem procurado formar um engenheiro com sólidos conhecimentos técnicos e, também, com uma visão social, política e econômica. Nesse sentido, a estrutura curricular do curso prevê disciplinas nas diferentes áreas do conhecimento, como economia, direito, meio-ambiente, etc.
O curso de engenharia elétrica tem um corpo docente altamente qualificado, seja na parte básica do curso, seja na sua parte profissionalizante. Em 1999 eram 53 doutores num quadro de 82 docentes m 2002 esse número evoluiu para 61. O número de professores livre-docente passou de 16, em 1999, para 25 em 2002. Do total de docentes, 95% estão na universidade em regime de dedicação exclusiva. O número de publicações também evoluiu. Em 1999 foram 92 publicações em 2002 foram 108. O índice de publicação por docente, por exemplo, em 2002, foi de 1,32 trabalhos/docente. Se fossem considerados apenas os docentes envolvidos na parte profissionalizante do curso, esse índice seria de 2,8 trabalhos/docente.

Em 2004 o Departamento de Engenharia Elétrica conseguiu repor uma vaga docente, que a partir do ano de 2005 já está colaborando com o curso de Engenharia Elétrica.

A titulação dos docentes vem evoluindo ao longo dos anos. Ao final de 2004 o Departamento de Engenharia Elétrica contava com 39 docentes doutores e em RDIDP e 2 docentes mestres, também em RDIDP. A atuação na pós-graduação tem contribuído também na formação da graduação. Por exemplo, um aluno de graduação que tenha completado um mínimo de 80% dos créditos do curso pode cursar até duas disciplinas no programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica, contando como disciplinas optativas.

A carga horária tem seguido as diretrizes básicas, ou seja, todo docente deve ministrar um número mínimo de 8 horas-aula por semestre. Somando-se a isso o curso de pós-graduação, com orientações, pesquisas, etc., a carga de trabalho do corpo docente é elevada, o que atende aos investimentos feito de forma indireta pela sociedade.

As avaliações externas à universidade têm comprovado a eficácia do curso. Em 2001 e 2002 o curso teve conceito A no provão. No guia do estudante, o curso aparece com 3 estrelas em 2002, 4 estrelas em 2003 e 5 estrelas em 2004. Na avaliação do MEC, as instalações e o corpo docente têm Conceito Muito Bom (CMB), e a organização didático-pedagógica tem Conceito Bom (CB).

Os alunos de engenharia elétrica têm oportunidade de desenvolvimento pessoal ao longo do curso. É o caso do convívio no alojamento oferecido pela universidade, na recepção de visitantes na semana “Venha nos Conhecer”, na participação nos Grêmios e Centro-Acadêmico, na participação do Coral da Faculdade, na participação para eleição de membros de órgãos colegiados, como Conselho de Curso, na participação de torneios desportivos, etc. O aluno tem aqui a possibilidade de crescer como cidadão, tanto socialmente como politicamente.



Com esse quadro, a formação tem sido eficaz e os ex-alunos têm conseguido ingressar no mercado de trabalho, que hoje é altamente competitivo. Também, muitos ex-alunos têm ingressado em cursos de pós-graduação dentro e fora do Brasil, com muitos deles sendo hoje profissionais atuantes do ensino e da pesquisa.
2.1.4. ENGENHARIA MECÂNICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
AVALIAÇÃO DO ENSINO

SÚMULA
O curso de graduação em Engenharia Mecânica se propõe a formar um profissional com formação plena, ou seja, sem especialização em uma determinada área, porém com sólidos conhecimentos nas disciplinas básicas e específicas, que lhe permitam: desenvolver ao máximo as suas habilidades científicas, técnicas e humanas. Para tanto, o projeto pedagógico prevê um rol de disciplinas básicas que é comum a todas as modalidades de engenharia da UNESP e também, algumas disciplinas básicas do ciclo profissionalizante que são comuns a todas as engenharias mecânicas da UNESP. As demais disciplinas são específicas do curso de Engenharia Mecânica do Campus de Ilha Solteira. A organização curricular conta com 3720 horas-aulas em salas de aula, o que permite a integração do ensino de graduação com a pós-graduação, pesquisa, extensão e atividades extracurriculares. Como pontos fortes do curso, podem ser citados: o projeto pedagógico, as instalações dos laboratórios didáticos, o acervo e os serviços disponíveis na biblioteca, a satisfação do corpo discente, o engajamento dos discentes em iniciação científica, assistência de saúde e social aos alunos, e, principalmente o corpo docente que é constituído, na sua grande maioria, por doutores e livre-docentes em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa, com formação compatível com as disciplinas que ministram e com disposição para atender os alunos a qualquer hora. Os pontos que devem ser melhorados são: o conforto térmico e acústico das salas de aula, mais salas de aula com capacidade para maior número de alunos, maior número de projetores multimídia, mais espaço para estudos na biblioteca, investimento continuado em equipamentos e materiais de consumo para os laboratórios, maior número de computadores disponíveis para os alunos utilizarem fora do horário de aula para realização de atividades extra-classe. Quanto ao corpo docente, deve-se melhorar o número de publicações em revistas com forte rigor editorial e melhorar as atividades de extensão. Devido à grande distância em relação aos grandes centros industrializados, os alunos têm dificuldade para conseguir estágios em empresas e para sanar essa deficiência, o aluno tem a possibilidade de deixar o décimo período livre de disciplinas e dedicar somente ao estágio obrigatório. Porém, é necessário, que a instituição tenha um setor de estágio atuante, que busque convênios com as empresas de alto nível administrativo e tecnológico, de forma a garantir estágios de bom nível aos alunos. Concluindo, o Curso de Engenharia Mecânica da Unesp/Ilha Solteira, conta com um bom projeto pedagógico, bons laboratórios, boas instalações, boa biblioteca, corpo docente qualificado, corpo discente motivado, ótimo relacionamento professor-aluno, o que o qualifica como um dos melhores cursos de Engenharia Mecânica do Brasil. “Os pontos a serem melhorados”, indicam o caminho a ser seguido para que não ocorra a perda da qualidade no futuro e também para melhorar cada vez mais o curso.

1 INTRODUÇÃO
A Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, criada em 1976, sediada na cidade de Ilha Solteira, é um Campus da UNESP. Possui três cursos de graduação em engenharia (Civil, Elétrica e Mecânica) e cursos de Agronomia e Zootecnia em período integral, além dos cursos noturnos de Matemática, Física e Biologia. Tem também, cursos de pós-graduação (mestrado) em engenharia Civil, Elétrica, Mecânica, Física e Agronomia e doutorado em Engenharia Elétrica e Agronomia.

Com o propósito de formar profissionais, adaptados aos processos de contínua evolução da Humanidade, o ensino de engenharia sempre esteve submetido a uma constante reformulação, a fim de tornar o profissional desta área apto a responder, ao longo de sua existência profissional, aos anseios e exigências da sociedade. Sem dúvida, esta tendência deverá se acentuar ainda mais neste final de século, face à notável evolução dos meios de comunicação e da informática, responsáveis fundamentais pela internacionalização dos problemas da engenharia. Do profissional do futuro se exigirá mais criatividade, versatilidade, sólido conhecimento de princípios científicos e, sobretudo, capacidade e motivação para a aprendizagem continuada.

Um profissional de engenharia, para responder as exigências da sociedade, deve possuir uma sólida formação científica, tecnológica e profissional geral condizente com a concepção histórica da profissão, que o torne eficaz e eficiente no emprego de recursos humanos e financeiros, para a transformação de recursos naturais em bens e, por decorrência, melhorar a qualidade de vida do ser humano. Do ponto de vista da sociedade, o engenheiro é o profissional do conforto, isto é, sua principal função é engenhar meios e métodos para diminuir o peso e intensidade do trabalho físico despendido pelo ser humano, ampliando e expandindo suas capacidades na realização de tarefas.

Por desenvolver uma atividade que o coloca em estreito contato com pessoas de todos os níveis do extrato social e, muitas vezes, dentro dos círculos de decisão, é interessante que o profissional de engenharia tenha capacidade de comunicação, inter-relacionamento pessoal, que o permita contribuir nas transformações sociais.


PERFIL DO ENGENHEIRO QUE SE PRETENDE FORMAR
Pautado nas diretrizes formuladas, o Curso de Engenharia Mecânica da FEIS/UNESP, se propõe a formar um profissional com as seguintes características:

  • Sólida formação básica específica;

  • Emprego da informática como ferramenta cotidiana de trabalho;

  • Capacidade de criar e operar sistemas complexos;

  • Espírito de pesquisa e desenvolvimento;

  • Compreensão dos problemas administrativos, econômicos do meio ambiente;

  • Capacidade para trabalhar em equipes multidisciplinares;

  • Disposição para aprendizado continuado.


COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESEJADAS
O engenheiro mecânico deverá ser competente e eficaz na sua atuação profissional, sendo desejável que desenvolva as seguintes habilidades:

  • Habilidade Técnica: desenvolvimento e aplicação de métodos e técnicas tendo como base a educação formal da graduação, experiência adquirida pela vivência e especialização.

  • Habilidade Administrativa: capacidade de organizar o trabalho, dirigir, planejar e supervisionar projetos e tarefas, com aplicação de técnicas de economia e administração, para obter custos mínimos e maximizar resultados.

  • Habilidade Interpessoal: Capacidade de se integrar ao trabalho em equipes multifuncionais e interagir com pessoas de diferentes níveis hierárquicos, além da capacidade de comunicar-se e influenciar.

Esse conjunto de habilidades é fundamental para que na vida profissional haja manifestações de comportamentos e atitudes como:



  • Compromisso com a ética profissional;

  • Engajamento em processos contínuos de aprendizado formal ou não;

  • Responsabilidade social, econômica e política;

  • Espírito empreendedor;

  • Espírito crítico e de síntese;

  • Visão globalizada e sistêmica;

  • Comunicação com diferentes públicos-alvos, tanto na forma escrita como oral;

  • Capacidade de trabalho em equipes multidisciplinares;

  • Compromissos com a qualidade de vida, ambiental e segurança da sociedade;

  • Responsabilidade cível, criminal, administrativa e trabalhista;

  • Domínio da língua Portuguesa e de, pelo menos, uma outra língua estrangeira.


AÇÕES E MEIOS

O Curso de Engenharia Mecânica da FEIS/UNESP tem caráter de formação generalista, a fim de tornar o profissional desta área adaptado às evoluções constantes da sociedade moderna, dotando-o da necessária visão sistêmica. O desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem compreende um conjunto de ações que envolvem a articulação entre dois subprogramas básicos:



  • Ensino formal;

  • Ações complementares.


Ensino Formal

Trata-se do ensino das matérias básicas e específicas profissionalizantes. Para isto, o Curso está estruturado nos moldes de créditos por disciplina, permitindo ao aluno desenvolvê-lo, dentro de certos limites, de acordo com suas necessidades e características pessoais. Para o desenvolvimento deste trabalho, são utilizados os serviços de cinco Departamentos de Ensino e Pesquisa, Pólo Computacional, Biblioteca e um Núcleo de Apoio Computacional; envolvendo um total de aproximadamente 70 professores, na maioria Doutores, 27 laboratórios e quase uma centena de computadores interligados em rede com acesso irrestrito a Internet.

O aluno tem, para se formar, um prazo máximo 9 anos e mínimo de 4,5 anos. Durante este período deve obter um total de 282 créditos em disciplinas, correspondendo a 4230 horas/aula (cada crédito = 15 horas/aula). No total, o aluno deve cursar 76 disciplinas, dentre as quais 11 são especificamente práticas de laboratório, 16 envolvem 40% ou mais de aulas de laboratório, e 4 são de livre escolha do aluno dentre um elenco de opções (optativas). Além disso, é exigido um Estágio Supervisionado e um Trabalho de Graduação. A partir de 2005 foi implantado o novo currículo, cuja carga horária em sala de aula foi reduzida para 3720 horas.

Ações Complementares

Em complementação a educação formal, o Curso conta com um conjunto de programas institucionais que, articulados com o ensino de graduação, permite estimular o desenvolvimento das atitudes preconizadas como desejáveis ao profissional. Estes programas são chamados de Projetos Especiais. Pode-se citar como exemplos, a participação no grupo PET, Minibaja, Aerodesign, programas de iniciação científica, empresa júnior, estágios curriculares e extracurriculares e outras atividades extracurriculares.


RESULTADOS DE AVALIAÇÕES EXTERNAS

- Provão 1999 – B 2000 – B 2001 – B 2002 – A 2003 - B


- Condições de Oferta: Corpo Docente CMB,

Instalações CMB,

Organização Didático–Pedagógica CB
- Guia Abril do Estudante 2000; 2001; 2002, 2003 e 2004 – 4 estrelas

- Ranking 2000 Revista Playboy – 7. lugar


2. AVALIAÇÃO DO PERFIL DOS INGRESSANTES
Até o ano de 2001, ingressavam 50 alunos no início do ano com exame vestibular realizado em dezembro do ano anterior. A partir de 2001, estão sendo realizados dois exames vestibulares por ano (dezembro e julho), ingressando 40 alunos no primeiro semestre e mais quarenta alunos no segundo semestre, totalizando 80 alunos por ano.

A apresentação dos valores que se seguem é baseada em informações obtidas pela Vunesp, de 1999 a 2004 no sítio http://gsc.reitoria.unesp.br/Vunesp/IlhaSolteira/

O objetivo é apresentar os dados de maneira simples e usando a média dos anos considerados, ou seja, na maioria dos comentários que se seguem, a percentagem apresentada representa um valor médio dos seis anos observados.

2.1 – Características pessoais e procedências
Aproximadamente 95% dos alunos que se candidatam a uma vaga no curso de graduação em Engenharia Mecânica são do sexo masculino, enquanto que para os ingressantes esta proporção aumenta ainda mais, atingindo 97,5% de alunos do sexo masculino. Esse fato se explica por ser o curso de engenharia mecânica pertencer ao rol das ciências exatas e ser um curso tradicionalmente freqüentado pelo sexo masculino, e também, pela primeira impressão de que o engenheiro mecânico vive sujo de graxa.

Cerca de 60% dos candidatos têm menos de 18 anos e 80% menos de 19 anos. Já entre os ingressantes a média de idade tende a cair um pouco. Dos ingressantes, 100% são solteiros. Por ser um curso em tempo integral, aqueles que se dedicam somente aos estudos têm maior facilidade.

85% dos candidatos e ingressantes são provenientes do Estado de São Paulo. Os demais se distribuem entre Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. O ano de 1999 foge um pouco dessa média, ficando com 75%.

76% dos candidatos são do interior do Estado de São Paulo, 6% da região metropolitana de São Paulo e o restante, a maioria do interior dos estados vizinhos. Para os ingressantes, o número de alunos do interior do estado de São Paulo vem crescendo, ou seja, em 1999 foi de 63,2%, em 2000 de 66%, em 2001 de 82,5% em 2002 de 76,92% e em 2003 e 2004 estabilizou na faixa de 77%.



2.2 – Trajetória Escolar
Ensino fundamental ou primeiro grau
Analisando o gráfico da figura 1, verifica-se que de 1999 a 2001, aproximadamente 60% dos candidatos cursaram todo o 1º grau em escola pública e mais de 45% dos ingressantes no curso de Engenharia Mecânica da FEIS cursaram todo o primeiro grau em escola pública. 20% dos candidatos cursaram todo o 1º grau em escola particular e 23% dos ingressantes cursaram todo o primeiro grau em escola pública, caracterizando um melhor aproveitamento proporcional das escolas particulares. 11% dos candidatos cursaram a maior parte em escola particular e houve uma grande oscilação no percentual de ingressantes, variando de 10% em 2001 a 26% em 2000 (média de 16%). 10% dos candidatos cursaram todo o 1º grau em escola particular e nos ano de 1999 e 2000 o índice de ingressantes foi 100% maior que o índice de inscritos, o que poderia caracterizar também um maior aproveitamento dos alunos que cursaram a maior parte em escolas particulares, porém, essa tendência não foi verificada nos anos seguintes, onde as proporções entre candidatos e ingressantes foram mantidas. A cada ano, tem ocorrido o aumento gradativo de candidatos de escolas particulares (15% em 1999 e 30% em 2004) e ao mesmo tempo reduzido o número de alunos das escolas públicas (60% em 2001 e 42% em 2004). Os ingressantes oriundos de escolas particulares também têm aumentado (15% em 1999 e 37% em 2004), porém, os oriundos de escolas públicas têm oscilado em torno de 35%.

Em resumo, proporcionalmente, os alunos que cursaram escolas particulares tiveram melhor aproveitamento.



Figura 1. Local onde os candidatos e ingressantes cursaram integralmente o primeiro grau.
Ensino médio ou segundo grau

Analisando os gráficos da figura 2, verifica-se que nos anos de 1999 e 2000, os percentuais de candidatos oriundos de escolas públicas (47%) eram maiores do que os de escolas particulares. Já no ano de 2001 essa proporção se inverteu (43,2% públicas e 44,7% particulares) e a partir daí, o número de candidatos oriundos de escolas particulares aumentou a cada ano e o número de candidatos de escolas públicas diminuiu ano a ano. Em 2002 a diferença aumentou (39,96% públicas e 49,24% particulares), e em 2004 a diferença já estava em 55% para particulares e 32% para públicas apresentando uma clara tendência de aumento de candidatos provenientes de escolas particulares. Quanto aos ingressantes, até 2001, 60% dos ingressantes eram de escolas particulares, enquanto 30% eram de escolas públicas. A partir de 2002 o número de alunos ingressantes oriundos de escolas particulares subiu para o patamar de 68% enquanto o de escolas públicas caiu para o patamar de 22%, o que demonstra uma clara evidência de que o ensino público de segundo grau apresenta grande desvantagem em relação ao particular, e que para se socializar o acesso ao ensino superior púbico e de qualidade, é preciso melhorar a qualidade do ensino público fundamental e médio.



Figura 2. Local onde os candidatos e ingressantes cursaram integralmente o segundo grau.


Com relação ao cursinho pré-vestibular, 45% dos candidatos não freqüentaram cursinho e por isso, a dispersão do percentual de ingressantes é muito grande, variando de 24% em 2000 a 53,8% em 2002. Porém, não se pode detectar uma tendência na evolução destes dados ao longo dos anos. Dos candidatos que freqüentaram cursinho, a maior proporção é a dos que cursaram pelo menos um ano (27%), e observa-se que a proporção dos ingressantes que freqüentaram é 50% maior do que o percentual de candidatos. Já para os que cursaram mais de um ano, essa proporção sobe para aproximadamente 80%. Estes dados demonstram que os cursinhos pré-vestibulares contribuem muito para o ingresso no curso superior.

Cerca de 30% dos candidatos prestaram vestibular pela primeira vez e 30% já prestaram uma vez. O número de ingressantes que já prestaram vestibular pelo menos uma vez é maior do que os que prestaram pela primeira vez, porém essa diferença varia de 8% a 150%, sem uma tendência lógica. É notório que a maioria dos ingressantes prestaram vestibular mais de uma vez e mais de 90% dos candidatos e ingressantes nunca iniciaram um curso superior.


2.3 – Características sócio culturais

Instrução do pai: mais de 30% dos pais de candidatos e ingressantes têm no máximo o primeiro grau completo, 27% têm o segundo grau completo e 30% têm curso superior completo. Esses valores oscilam de ano para ano, sem apresentar uma tendência lógica.

Instrução da mãe: neste caso, cerca de 40% das mães dos candidatos e ingressantes cursaram o primeiro ou segundo grau completo. 31% das mães dos candidatos e 40% das mães dos ingressantes têm curso superior completo, verificando-se uma tendência do aumento do número de mães com curso superior ao longo dos anos.

Profissão do pai: Aproximadamente 10% dos pais dos candidatos e 8% dos pais de ingressantes são proprietários ou administradores de grande ou média empresa, 30% dos pais dos candidatos e 27% dos pais de ingressantes são proprietários ou administradores de pequenas empresas, 28% dos pais dos candidatos e 34% dos pais de ingressantes são profissionais liberais, técnicos de nível superior ou professores, 12% dos pais dos candidatos e 15% dos pais de ingressantes são técnicos de nível médio, 12% dos pais dos candidatos e 12% dos pais de ingressantes são operários de pouca qualificação e 4% dos pais dos candidatos e 4% dos pais de ingressantes não exercem atividades remuneradas. Verifica-se uma tendência do aumento de pais de ingressantes que são profissionais liberais, técnicos de nível superior ou professores (26, 35 e 38,46% para os anos de2000, 2001 e 2002 respectivamente). Verifica-se ainda, que apesar de pequeno, existe ainda um número de alunos ingressantes (4%), cujo pai não tem remuneração.

Profissão da mãe: Aproximadamente 2,5% das mães dos candidatos e ingressantes são proprietárias ou administradores de grande ou média empresa, 12% das mães dos candidatos e ingressantes são proprietárias ou administradoras de pequenas empresas, 32% das mães dos candidatos e 40% das mães dos ingressantes são profissionais liberais, técnicas de nível superior ou professoras, 5% das mães dos candidatos e 3,5% das mães de ingressantes são técnicas de nível médio, 6% das mães dos candidatos e 7% das mães de ingressantes são operárias de pouca qualificação e 40% das mães dos candidatos e 35% das mães de ingressantes não exercem atividades remuneradas. O índice de mães não remuneradas é bastante alto, porém tem apresentado uma queda ao longo dos anos.
2.4. – Características sócio-econômicas dos candidatos e ingressantes

Pela análise dos gráficos da figura 3, pode-se dizer que:

Cerca de 75% dos candidatos e 85% dos ingressantes não exercem atividades econômicas. 6% dos candidatos e 2,5% dos ingressantes exercem atividades parcialmente remuneradas, e 12% dos candidatos e 8% (0% em 2002) dos ingressantes exercem atividades remuneradas em tempo integral.

75% dos candidatos e 84% dos ingressantes não trabalham para sustentar a família. Dentre os ingressantes, o índice vem aumentando ano a ano, chegando a 95% em 2002. 13% dos candidatos e 8,5% dos ingressantes trabalham e recebem ajuda da família. Já 9,5% dos candidatos e 5,5% (0% em 2002) dos ingressantes trabalham para se sustentar.

Dos dados analisados, nota-se que o ano de 2002 foi atípico em relação aos outros, pois 100% dos alunos ingressantes se dedicam integralmente ao estudo.

Quanto à profissão, 75% dos candidatos e 82% dos ingressantes não exercem atividades remuneradas. 8% dos candidatos e 6% dos ingressantes são técnicos de nível médio, 10% dos candidatos e 7,5% dos ingressantes exercem funções pouco qualificadas.

Aproximadamente 60% dos candidatos e ingressantes pretendem se manter com os recursos dos pais ou responsáveis, 20% com auxílio de bolsas de estudo e 5% trabalhando.

A renda familiar é um item que merece atenção especial, pois a condição financeira é essencial para manter o aluno em um curso de engenharia em tempo integral. O número de candidatos e ingressantes com renda familiar inferior a 1,9 salários-mínimos, é inferior a 5%. Na faixa de 2 a 4,9 salários-mínimos, o índice de candidatos que era de 16% até 2002, subiu para 20% em 2003 e 28% em 2004. O índice de ingressantes que era de 6%, demonstrando um baixo aproveitamento nesta faixa de renda até 2000, apresentou um crescimento gradual, ano a ano, atingindo 40% em 2004. Entre 5 e 9,9 salários-mínimos, teve-se o maior número de candidatos, atingindo a média de 32% nos últimos anos, enquanto o número de ingressantes tem oscilado na faixa dos 18%, mas com uma dispersão muito grande e sem uma proporção candidato/ingressante muito lógica. A faixa de 10 a 14,9 salários-mínimos, foi a que apresentou maior aproveitamento até 2002, ou seja, o percentual de ingressantes (28,7%) foi sempre maior do que o dos inscritos (23,5%), porém, os números de candidatos e ingressantes dessa faixa diminuíram em 2003 e mais ainda em 2004, atingindo o patamar de 15%. Já cima de 15 salários-mínimos, a proporção candidato/ingressante teve um comportamento regular, mantendo o mesmo percentual para ambos os casos. Pela análise, fica evidente que o acesso à universidade pública fica difícil para as pessoas com baixa renda familiar, mas tem aumentado, principalmente na faixa de renda familiar de 2 a 4,9 salários mínimos.




Figura 3. Renda familiar dos candidatos e dos ingressantes.


2.5 – Principais conclusões sobre o perfil dos ingressantes

  • Mais de 95% dos ingressantes são do sexo masculino;

  • Quase 100% são solteiros;

  • 80% têm menos de 19 anos;

  • 85% são provenientes do Estado de São Paulo e a maioria do interior. Os demais, são dos estados vizinhos;

  • Cerca de 45% cursaram todo o primeiro grau em escola pública e 25% em escola particular;

  • 47% cursaram todo o segundo grau em escola particular e 35% em escola pública;

  • Os que cursaram cursinho pré-vestibular durante pelo menos um ano tiveram maior índice de aprovação;

  • Aqueles cujos pais têm maior grau de instrução, são a maioria entre os ingressantes;

  • Cerca de 34% dos pais são profissionais liberais, técnicos de nível superior ou professores;

  • 40% das mães são profissionais liberais, técnicas de nível superior ou professoras;

  • 35% das mães não exercem atividades remuneradas;

  • 85% dos ingressantes não exercem atividades econômicas, dedicando-se exclusivamente aos estudos;

  • Ingressantes com renda familiar inferior a 1,9 salários-mínimos representam menos de 5%

  • A maioria tem renda familiar entre cinco e 20 salários-mínimos;


3 - ANÁLISE DA TAXA DE EVASÃO E DE PROGRESSÃO DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO

O percentual da taxa de evasão calculada em relação ao total de alunos regulares do curso, no ano de referência foi de 1,85% em 1999, 1,79% em 2000, 2,49% em 2001, 2,75% em 2002, 1,94 em 2003 e 5,12 em 2004, com média aritmética dos seis anos de 2,66%. A mesma taxa calculada em relação ao número de ingressantes no ano, foi de 8% em 1999 e 2000, 8,75% em 2001, 11,25% em 2002, 8,75 em 2003 e 23,75 em 2004, com média aritmética dos seis anos de 13,83%. Estas taxas podem ser consideradas pequenas e as vagas são preenchidas nos semestres seguintes através de processos de transferência.

Quanto ao trancamento de matrícula, em 1999, 2000, 2003 e 2004, não ocorreu nenhum trancamento. Já em 2001, 8,54% dos alunos trancaram matrícula em alguma disciplina e em 2002, 9,48% dos alunos trancaram matrícula em alguma disciplina. As maiorias dos alunos que trancam matrícula em alguma disciplina, alegam excesso de carga horária no semestre.

Com exceção de 2001, quando houve a suspensão de matrícula de 1,78% dos alunos, menos de 1% dos alunos suspenderam a matrícula nos demais anos, chegando a 0,61% em 2002. As alegações mais comuns sobre a suspensão de matrícula são problemas particulares e problemas de saúde.

Em relação aos formandos, dos quarenta ingressantes de cada ano, 33 (82,5%) se formaram em 1999, 16 (40%) em 2000, 31 (77,5%) em 2001, 28 (70%) em 2002, 41 (102,5% devido aos atrasados ou transferidos) em 2003 e 28 (70%) em 2004.
4. ESTUDO DOS EGRESSOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

Em 2002, somente 13 egressos responderam os questionários. Destes, pelo menos a metade são docentes do Departamento de Engenharia Mecânica da FEIS, e três são alunos de mestrado do Curso de Pós-graduação em Engenharia Mecânica da FEIS. Assim, pelos dados obtidos na pesquisa realizada pela UNESP, é praticamente impossível obter conclusões que representem significativamente a opinião dos que se formaram nos últimos 22 anos. Informalmente, tem-se notícia de ex-alunos que estão muito bem profissionalmente, inseridos em empresas privadas, públicas, instituições de ensino superior, centros de pesquisa, etc. e poucos estão desempregados ou atuam fora da área de formação. A maioria enaltece a sólida formação teórica que lhes permite uma fácil adaptação aos cursos de pós-graduação, indústria ou a qualquer outra situação. Porém, sentiram falta de estágios em empresas com estrutura para receber estagiários. A grande distância de Ilha Solteira dos grandes centros industriais é um fator que dificulta a inserção profissional dos alunos aqui formados.

Apesar da forte campanha realizada pela coordenação do curso, em 2003 e 2004 esse panorama não mudou muito. O número de cadastrados aumentou de 13 para 56, porém este número é ainda muito pequeno. A seguir, serão tecidos alguns comentários sobre o questionário respondido:

Dos respondentes, 17,8% não estavam empregados no momento em que responderam o questionário. Esse número não corresponde à realidade, pois extra-oficialmente sabe-se com o aquecimento do mercado no seguimento da indústria metal-mecânica, poucos egressos não se encontram empregados ou trabalhando em áreas afins (alguns não estão exercendo a profissão). Dentre os empregados, a grande maioria trabalha em empresas privadas ou de capital misto, tem-se ainda um bom número (aproximadamente 25%) de respondentes que trabalham em serviço público de autarquia ou fundação estadual, porém, este número é alto devido ao fato de que aproximadamente 20% dos respondentes serem docentes ou alunos de pós-graduação da FEIS. Somente 1 respondente atua como profissional liberal, o que confirma a dificuldade do engenheiro mecânico atuar nesta área. Dos 48 egressos que responderam à pergunta, 65% acharam que saíram preparados para o mercado de trabalho, enquanto 35% acharam que não, e destes, 6,25% responderam com grau 2 (na escala de 1 a 5) segundo a suficiência do curso para o mercado de trabalho, 27% com grau 3, 52% com grau 4 e 14,6% com grau 5. Praticamente 100% fizeram algum tipo de estágio, 60% fizeram cursos de extensão e 45% algum outro tipo de atividades. Se comparados com alunos de outras instituições, 50% se acharam em condições iguais e 45% em melhores condições. 35,4% se sentem realizados profissional e financeiramente, 52,1% se sentem realizado profissionalmente, mas não financeiramente, 2,1% insatisfeito profissional mas satisfeito financeiramente, 2,1% insatisfeito profissional e financeiramente e 8,3% não exercem a profissão. A grande maioria (mais de 80%) exercem atividades relacionadas com a formação acadêmica, sendo que 22,2% se dedicam ao ensino em instituições públicas e 14% em instituições privadas. Quanto aos cursos realizados após a graduação, 12,3% fizeram pós-graduação lato sensu, 29,82% mestrado, 10,53% doutorado, 52,6% não fizeram nenhum tipo de curso e 12,3% fizeram algum outro tipo de curso. Três estão matriculados em cursos de pós-graduação em nível de doutorado, 1 em mestrado e 1em lato sensu. Dos que cursaram ou cursam cursos de pós-graduação, 70,3% foi na área de formação. Sobre a participação em atividades de relevância social, política e cultural, somente dois responderam positivamente, o que sugere que a maioria se preocupa mais com aspectos técnicos.

Para se fazer um estudo mais detalhado e confiável sobre os egressos, é preciso que os mesmos alimentem o banco de dados da UNESP. A grande dificuldade é a acomodação das pessoas e o procedimento dispendioso para se cadastrar e preencher os formulários.
5. ESTUDO DO IMPACTO DE BOLSAS E AUXÍLIOS NA FORMAÇÃO DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO

A produção científica do corpo discente bastante significativa e tem sido destaque nos principais congressos de iniciação científica do país, tanto em número como em qualidade dos trabalhos publicados, ficando com pelo menos um trabalho classificado entre os três primeiros colocados em todos os congressos. As bolsas de auxílio das diferentes agências de fomento (PIBIC/CNPQ, FAPESP, empresas, etc.), bem como da própria universidade, têm sido fundamental para o aumento da qualidade na formação dos alunos. Dentre as bolsas existentes, pode-se destacar o Programa Especial de Treinamento (PET) financiado pela CAPES que tem sido importante para estimular os alunos durante o curso, fornecendo-lhes além da formação técnica, formação na área de humanas, prestação de serviços, relacionamento, liderança, etc.

O número de alunos envolvidos com algum tipo de trabalho científico é bastante alto, sendo que no período de 1999 a 2004, foram atribuídas 77 bolsas FAPESP, 65 bolsas PIBIC/CNPQ, 11 bolsas PET por ano, 76 bolsas PAE e 12 bolsas de monitoria. Do total de bolsistas, apenas alguns tiveram problema com desempenho escolar, levando a perda da bolsa. Isto significa que os alunos bolsistas apresentam desempenho escolar acima da média, podendo-se, então, afirmar que os programas têm impacto positivo na formação dos alunos. Além disso, as publicações resultantes dos trabalhos dos alunos bolsistas contribuem para sua formação acadêmica e científica. No período avaliado, foram publicados mais de 50 trabalhos completos e mais de 500 resumos em anais de congressos nacionais e internacionais. Alguns trabalhos são resultantes de atividades sem bolsa, pois muitos alunos que não conseguem bolsa, também acabam realizando estágios de iniciação científica e muitas vezes acabam se engajando em programas de pós- graduação na própria FEIS ou em outras instituições.

Um ponto importante a se destacar dentro da Unesp é o Congresso de Iniciação Científica. Esse congresso tem permitido aos alunos um contato inicial com a pesquisa, possibilitando aos mesmos uma divulgação, através de resumos, dos seus trabalhos. Isto abre caminho para um amadurecimento futuro que contribui, sem dúvida, para uma melhor formação.


6. AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO

O curso de graduação em engenharia mecânica tem procurado formar engenheiros com formação plena e com sólidos conhecimentos básicos e técnicos, e também com uma visão social, política e econômica. Nesse sentido, a estrutura curricular do curso prevê disciplinas nas diferentes áreas do conhecimento, como economia, direito, meio-ambiente, etc. O curso conta com a participação efetiva de 72 docentes, todos com formação compatível com a área de atuação, dos quais 29 são do Departamento de Engenharia Mecânica, 18 do Departamento de Matemática, 17 do Departamento de Física e Química, 3 do Departamento de Engenharia Elétrica, 2 do Departamento de Engenharia Civil, 2 do Departamento de Fitossanidade e Sócio-Enconomia e 1 do Departamento de Biologia. A titulação dos docentes sofreu pouca alteração nos 4 primeiros anos analisados e uma boa evolução em 2003 e 2004, conforme apresentado na tabela 1, porém praticamente todos os docentes estão engajados em cursos de pós-graduação em nível de mestrado ou doutorado. O número de professores dos Departamentos de Física e Matemática não corresponde ao total de professores dos mesmos, tendo em vista que nem todos ministram aulas para o curso de engenharia mecânica em um determinado semestre. Como não há turmas específicas para cada curso no campus de Ilha Solteira, a maioria dos docentes dos departamentos de matemática, física e química constam na avaliação de todos os cursos. Isso fez elevar artificialmente o número de horas-aula ministradas pelos professores durante o curso.

A qualificação dos docentes, é um dos fatores que contribuem para a qualidade do curso. Atualmente, os diferentes Departamentos que ministram disciplinas para o Curso de Engenharia Mecânica têm boa parte dos seus docentes envolvidos em cursos de graduação e pós-graduação, o que significa: maior capacidade de orientação de pesquisas de iniciação científica, maior interação dos alunos de graduação com a pós-graduação, aulas teóricas e laboratoriais atualizadas e de melhor qualidade, melhor atendimento dos alunos pelos docentes, etc.

Tabela 1 – Formação Acadêmica dos Docentes do Curso



FORMAÇÃO

1999

2000

2001

2002

2003

2004

Graduação

3,66%

3,66%

3,66%

3,66%

3,66%

3,66%

Mestrado

31,71%

31,71%

31,71%

31,71%

14,28%

12,86%

Doutorado

64,63%

64,63%

64,63%

64,63%

82,06%

83,48%

Sobre os vários pontos a serem considerados, os seguintes comentários se fazem necessários:


O curso de engenharia mecânica tem um corpo docente altamente qualificado, seja na parte básica do curso (matemática, física e química), seja na sua parte profissionalizante. Aproximadamente 80% dos docentes são doutores, mais de 20% são livre-docentes, aproximadamente 12% são mestres e poucos são auxiliares de ensino. Nos anos de 1999 a 2002, não houve evolução na titulação dos docentes, mas todos os mestres se encontravam engajados em cursos em nível de doutorado, sendo que em 2003 pelo menos três obtiveram o título de doutor e pelo menos quatro docentes obtiveram o título de livre docente e em 2004, pelo menos dois obtiveram o título de doutor e pelo menos seis, o título de livre docente. Do total de docentes, mais de 95% estão na universidade em regime de dedicação exclusiva à docência e à pesquisa.

Se for analisado especificamente o corpo docente do Departamento de Engenharia Mecânica em 2004, dos 29 docentes, três são mestres e os demais doutores ou livre-docentes. A tabela 2 apresenta a formação acadêmica dos docentes do Departamento de Engenharia Mecânica no período de 1999 a 2004.


Tabela 2 – Formação Acadêmica dos Docentes do Departamento de Engenharia Mecânica.

FORMAÇÃO

1999

2000

2001

2002

2003

2004

Graduação

0%

0%

0%

3,44%

3,44%

0%

Mestrado

17,85%

17,85%

17,85%

17,24%

10,35%

10,35%

Doutorado

82,15%

82,15%

82,15%

79,32%

86,21%

89,65%

Livre docente

7,15%

7,15%

7,15%

10,71%

24,14%

41,38%

O número de publicações tem evoluído, sendo que essa evolução pode ser observada na tabela 3. Os dados se referem somente às publicações do Departamento de Engenharia Mecânica, pois os demais departamentos atendem a outros cursos e a separação ficaria muito complexa. Observa-se que houve grande número de publicações em anais de congressos, porém, poucas publicações em revistas nacionais e internacionais de renome. Atualmente os docentes têm sido incentivados e cobrados para melhorar este item.


Tabela 3 – Publicações dos docentes do Departamento de engenharia Mecânica.

PUBLICAÇÕES

1999

2000

2001

2002

2003

2004

CONGRESSOS

52

43

37

46

35

77

PERIÓDICOS

06

05

03

01

08

02

A maioria dos docentes tem algum orientado com ou sem bolsa, que realizam estágio de iniciação científica.

A carga horária tem seguido as diretrizes básicas, ou seja, todo docente deve ministrar um número mínimo de 8 horas de aula por semestre. Somando-se a isso o curso de pós-graduação, com orientações, pesquisas, etc., a carga de trabalho do corpo docente é elevada, o que atende aos investimentos feitos de forma indireta pela sociedade. Se forem considerados os docentes do ciclo básico, a média é de quatro alunos por docente.

As avaliações externas à universidade têm comprovado a eficácia do curso. Em 1999, 2000 e 2001 e 2003, o curso obteve conceito B no provão, e em 2002 conceito A. No guia do estudante o curso aparece com 4 estrelas; e na avaliação do MEC, as instalações e o corpo docente têm Conceito Muito Bom (CMB) e a organização didático-pedagógica tem Conceito Bom (CB). No guia Abril do Estudante, o curso teve conceito 4 estrelas em 2000, 2001, 2002,2003 e 2004.

Os alunos ingressantes recebem a nomeação de um orientador acadêmico, que é um docente que irá acompanhá-lo e orientá-lo durante os três primeiros anos do curso. Têm ainda, a oportunidade de se desenvolver pessoalmente ao longo do curso, através de participações em grupos que realizam trabalhos extracurriculares, como por exemplo, grupo PET, Mini Baja, Aerodesign, construção de foguetes, e do convívio no alojamento oferecido pela universidade, na recepção de visitantes na semana “Venha nos Conhecer”, na participação no Diretório e Centro-Acadêmico, na participação do Coral da Faculdade, na participação de órgãos colegiados como Conselho de Curso e Conselho de Departamento, na participação de torneios desportivos, etc. O aluno tem aqui a possibilidade crescer como cidadão, tanto social como politicamente.

Com esse quadro, a formação tem sido eficaz e os ex-alunos têm conseguido ingressar no mercado de trabalho, que hoje é altamente competitivo. Também, muitos ex-alunos têm ingressado em cursos de pós-graduação dentro e fora do Brasil e muitos deles são hoje profissionais do ensino e da pesquisa.

A conclusão é a de que o Curso de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, é no momento, um curso de excelência e está com certeza entre os vinte melhores cursos de engenharia mecânica do país, e numa avaliação mais otimista, entre os 11 primeiros. Porém, deve-se atentar para o fato de que para manter essa excelência, é preciso investir em infra-estrutura de salas de aula, aumentando o número de salas de aula, melhorando o conforto térmico e adquirindo projetores multimídia, e, principalmente, investir maciça e continuamente em laboratórios, principalmente naqueles que carecem de atualização tecnológica, como por exemplo, os de informática, máquinas-ferramenta, microscopia, ensaios mecânicos, instrumentação e controle, extensometria, vibrações, mecânica dos fluidos, hidráulica e pneumática e metrologia.


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