Nos passos de Uma vida Pelo espírito Marcione Ortencio



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CAPITULO V

“Q


ual a causa da morte do seres orgânicos?

“Esgotamento dos órgãos”.

a) - Poder-se-ia comparar a morte à cessação do movimento de uma máquina desorganizada? 

“Sim; se a máquina está mal montada, cessa o movimento; se o corpo está enfermo, a vida se extingue

“Foi a de um justo a morte desse homem de quem neste momento vos ocupais, isto é, esperançosa e calma. Como o dia sucede naturalmente à aurora, a vida espiritual se lhe sucedeu à vida terrestre, sem rompimento nem abalo. O seu último suspiro foi tanto como um hino de reconhecimento e amor. E quão poucos os que atravessam assim a rude transição! Quão poucos os que após a confusão e desespero da vida concebem o ritmo harmonioso das esferas! Como o homem de saúde perfeita, de chofre mutilado, sofre nos membros separados ao corpo, assim, a alma do céptico, separada do corpo, se despedaça e, lacinante, se precipita no espaço, inconsciente de si mesma.” (livro céu e o inferno)

As flores dos jardins vivas em cores múltiplas estavam todas belas, bromélias, orquídeas, crizantos, um misto e perfumes invadiam nossas narinas e ele se foi tal qual o dia se vai ao silencio para se fazer noite coroamos seu velório da forma a qual ele nos pediu, com muitas flores bastantes rosas perfumadas as mesmas que cultivamos ali no seu jardim. E que o colocássemos ali no meio de sua horta florida mesmo se fizesse um temporal no dia de sua partida seu desejo foi atendido.

Os anjos do tempo o abençoaram com um dia lindo de sol com nuvens espaçadas, o céu majestoso com os pássaros a cantar. Belarmino escreveu sua historia no livro da vida um amigo a qual meu coração nunca se esqueceu, suas risadas, seus ensinamentos tudo ate hoje ressoam em meus tímpanos. Toda a minha convivência com aquele espírito de luz que ele na sua simples humildade nos falava:

- Luz minha filha quem tem é só a lua, o sol e as estrelas do céu.

Eu ainda afirmava que ele era uma alma pura. E ele me retrucava.

- Pureza minha fia, só a dos animais, estes sim não conhecem a maldade, pois só atacam por serem acuados puramente para se defenderem.

Sempre tinha uma resposta para as nossas dores, foi meu pai, meu anjo protetor até recobrar minha consciência e lembranças de que eu era. O que dizer de um ser assim? Somente o que ele mais gostava de ouvir.

Garra, força de vontade, jamais abaixar a guarda diante dos fortes nunca levantar a força perante os fracos, seus ensinamentos guardo comigo. Até hoje sua história de onde sei é esta que vivemos juntos.

Creio que ele foi um destes espíritos missionários a que vem cumprirem sua missão e cumpriu sem queixumes sem lamentações. Belarmino apenas tenho que ressaltar não houve um pranto derramado por todos que o conheciam. Não teve um dedo que levantasse contra a sua moral, um mestre que soube ensinar. Quanto a seu passa mento, só posso afirmar que ele foi recebido por vários espíritos amigos que fizeram festa pelo ser que chegava a meio a muito um dentre eles se se destacou pela sua prepotência mais benéfica. Belarmino vendo que eu, com os olhos da vidência, acompanhávamos tudo em oração veio até a mim com seu jeito maroto, sorriso aberto, disse-me:

- Filha! Que todos sejam felizes, que você tome conta de tudo e de todos como sempre combinamos que é amparar os infelizes. Filha jamais um filho de fé fica desamparado, esta energia da presença que estais sentido é a do Barão de M... Se eu pudesse ver aquele espírito como via ao meu amigo diria que ele me sorriu e eu já sabia que o conhecia não sabia de onde, mas aquela sensação de olhos a me olhar não me era estranho. Como são as coisas deste e do outro mundo o corpo do meu amigo sendo enterrado e eu por intermédio de seu espírito sendo apresentada a outra energia de alma a do Barão quebrou o silencio.

- Será estranha pra você fêmea, no entanto prefiro ser chamado de Exu M... Procurei aquela voz rouca e potente nos meus tímpanos e olhei a minha volta pra ver se alguém também tinha escutado.

Compreende naquele dia que a providencia espiritual me levava um mentor na matéria, meu amigo Belarmino mais providenciava outro porem espirituais. O Exu M...

Sepultado os restos mortais de Belarmino ele despediu-se de mim e abraçou cada presente, alguns sentiram arrepio pelo corpo, e no finzinho da tarde choveu uma chuva fina branda e tranqüila. Olhávamos o tempo lá fora, a chuva caindo. Outra vez lembramos o que ele falava: Toda vez que alguém morre e chove depois do enterro é por que esta alma já foi para o céu.

- E o céu recebeu Belarmino. Falei baixinho.

Todos me olhavam espantados, apenas sorri e disse.

- Que Deus o tenha.

- Amém!

Ouvi a voz do meu novo amigo o Exu de M... No meu ouvido.



Exu: Nome de um orixá representante das potencias contrárias ao homem, assimilado pelas religiões afro-brasileiras ao demônio e por temor cultuado na próxima religião a ser fundada em solos brasileiros. Pouco se sabe ou saberá sobre os exus, o exu não é um agente do baixo astral tão pouco uma criação de satanás. Exus trabalham nos dois planos é o equilíbrio da justiça entre o bem e o mal. Exu o grande agente mágico universal, é o fluído impessoal. Então quando me foi apresentado o Exu M... Fiquei tranqüilizada ao ouvir dele estas explicações, conversava com ele através de meus sonhos ou de meus transes.

Muita coisa aprendeu com ele, Belarmino foi muito feliz na escolha do meu novo guardião. Então meu novo amigo esclareceu-me.

- Não existem pessoas substituíveis e sim situações variáveis, estar ao seu lado é por uma finalidade e com o passar dos dias saberá quais as nossas finalidades.

Assim os dias foram engolindo o tempo, Plínio retornou a fazenda de Dorinha que administrava juntamente com ela, quando vinha nos visitar contava-me que o Coronel prefeito melhorava a cada dia. Sâmara continuava também comigo, mais vistosa cheia de vida, Dudu estudava no povoado, nossas orações agora eram mais freqüentadas, numa noite Tivas Neto chegou com um manuscrito que dizia sobre uma nova religião que se alastrava pela cidade de Niterói, no estado de do Rio de Janeiro. Relatava os manuscritos ainda rusticamente, que um jovem anunciaria a cultuação de uma nova religião por intermédio de um espírito, cujo nome era ainda desconhecido segue a nota do manuscrito:

- Qual seria esta religião?

- Mas, - Falou-me no ouvido o Exu de M...

- Esta religiao causará muito impacto à sociedade, só que na hora certa pensarão nela com outros olhos.

Suspirei, enquanto ao manuscrito que recebera, quardei prometendo a Tivas que leria depois.

- Mulher! Mulher voce sempre me surpreemdendo

- Surpresas são para crianças.

- Mas eu tenho uma para voce.

- É, e qual e?

- Seu pai, estive conversando com alguns amigos e acho que podemos conseguir liberta-lo.

- Benza Deus.

- Sabe quem esta ajudando?

- Quem?


- O prefeito, pai do falecido.

- O que é a vida hen?

Tivas pegou minhas mãos, senti naquele momento algo estranho que a muito tempo nao sentia e recuei.

- Porque você nao dá chance pra ser feliz,.

- Hoje eu sei o que quero e não esta na hora de me envolver.

- Tudo bem eu espero meu amor.

- Voce é um anjo Tivas, quem sabe um dia...

Na minha oraçao daquela noite aos anjos espirituais, ampararam meu pai e todos aqueles que necessitavam de amparo. Dormi e no meu sono sonhei com o Barão, hoje exu de M... que me dizia:



Nas noites de total escuridão, um betume só,

onde o tempo era negrito existia somente a serra chamada nada

dai surgiu ele dando o nascimento do senhor das encrusilhadas. Mais do nada ele veio, e por que o tudo existia. Não tinha o de cima não tinha o de baixo mais quando aparece Exu traça-se limites eis que surge o de cima e o de baixo e então nasce tambem ás leis de exu.
As leis de exu: continuei naquele sonho de ensinamento foi apenas uma lição, lição que jamais esqueço, que são as leis de exu. Ha vários seres espirituais dados as zonas internas de muitos planetas similar ao nosso de zonas e subcrostas. Com seus filhos revoltos na geniosidade do mal insubmissos denominados dragões que por serem libertos das zonas condensais começam a habitar esta crosta de locais universais e afinizam com encarnados e viram pontes de seus desejos e ações infelizes.

Sucubindo a noite estes infames vão aderir as falanges inferiores de ódio, a despeito da região submissa. Assim...

Assim começa a lei de exu enviada de uma variação energética denominada futuramente de orixás, vamos às baixas zonas inferiores por meio da misericórdia divina do Grande, resgatar estes vários milhões de marginais, escravos imprudentes e os colocaremos no caminho da encarnação, restabelecendo o equilíbrio, para que alguns venham, por ventura, trabalhar dentro de uma faixa de vibração.

Somos os guardiões da sombra para a luz, queremos recuperar os infelizes e nos recuperarmos definitivamente ante as leis do universo.

Por isso da escuridão almejamos resquícios de claridade, seremos muito contraditórios num futuro não muito distante, cumpridores da lei cármica, sabemos que esta será feita pelos exus. Resguardando-nos também ao equilíbrio de nossas necessidades perante esta lei.

Poucos saberão diferenciar um exu de um quiumba, nós os exus somos os executores da lei cármica, responsáveis a quem diga, por encaminhamento de espíritos rumo a uma reencarnação. Abriremos os caminhos para outros seres submissos passarem, do mineral ao vegetal, do animal irracional ao homem racional. Seremos os seres de candeeiros nas mãos iluminando a estrada para aqueles que querem caminhar.

Seremos a escora de muitos comandados uma revolução nas sombras, pois onde a luz não entrar nós os exus entraremos, para arrancarmos os inconstantes da infortuna vida que o individuo projeta para si mesmo. A necessidade de um exu é evoluir para que isto venha acontecer precisamos de um encarnado para nos auxiliar nesta evolução.

Somos necesitários ainda dos prazeres carnais, não estes obscenos que muitos vão pregar por ai. Temos nossas leis, nossos fundamentos, somos rigorosos, porém justos, somos vaidosos porem nunca orgulhosos, somos excêntricos, porém sempre francos. Amigos dos amigos às vezes carrascos dos inimigos da lei do Grande, com a sabedoria de pesar nos dois lados da mesma moeda, somos a coragem do fraco e o medo do forte, a realização do sonhador e a força que regerá o equilíbrio abaixo do Grande e dos iluminados.

A mão que bate e a boca que assoprará as dores dos hematomas daqueles que realmente ressentirem na moral as feridas da mudança na alma. Trabalharemos na Constância em prol do progresso moral e espiritual, se para isso o indivíduo terá que se enriquecerem nós lhe daremos a pataca, se preciso for de empobrecer tiraremos seus proventos, tudo sob o olhar e a regência de uma lei cósmica de causa e efeito. Atrelados ao homem construiremos um mundo de dois planos, material e espiritual num só astral.

Acordei na manhã seguinte com o coração leve e o corpo menos agitado, vi Sâmara brincando com Dudu alimentando os animais. Tivas Neto arrumando suas caixas para seguir viagem, era uma manhã de segunda-feira de um feriado nacional, o dia radiante prometia. Vi Tivas indo para sua viagem não sei por que, mas naquele dia ele estava mais lindo que nos outros dias. Os ensinamentos do meu amigo exu não paravam, me passava noite após noite, dia após dia e com isso meus conhecimentos na doutrina cresciam notoriamente a diuturnamente, em vários transportes era eu levada em planos de magnificentes inexplicáveis.

Meus familiares pareciam mais felizes do que nunca, Plínio com Dorinha viviam em estado de graça, em constante lua de mel me visitavam sempre quando podiam. Tivas com suas andanças quase não aparecia, porem quando chegava meu coração agradecia sua chegada, Dudu já rapazinho passou a ajudar-me nos atendimentos aos mais necessitados, Sâmara por sua vez não deixava por menos, também fazia sua parte, brincava com as crianças catava-lhes os piolhos eu na minha missão nunca deixara faltar um dia de culto e vigília.

Onde vários amigos espirituais manifestavam suas mensagens de amor. Paz e esperança nos enchendo de carinho, aliviando as cargas diárias de nossas necessidades, suprindo a alma, alimentando nosso extra-físico. Deus na sua sabedoria nos deu as provas de sua existência e da superioridade espiritual, uma certeza de amor sincero, vimos as chances de vida e resignação bater as nossas portas. Por sermos imperfeitos e sempre imaturos, nos ensinamentos do Cristo, passamos tantos anos inertes que nem nos aproximamos da metade do entendimento da sua filosofia e dos seus ensinos. Prematuramente nos achamos propícios a nos igualarmos aos primórdios do filho de Deus.

Terminado o culto de sexta-feira feira à noite, meu amigo exu deixou-me um recado, que se tratava da dádiva do criador nas suas magnitudes pelo amor ao próximo. Alertou-me que naquela noite, ao dormir, ele na companhia de um amigo espiritual necessitariam de mim em espírito. Sendo assim isto aconteceu.

Tive um sono rápido, adormeci com o meu coração em saltos num misto de curiosidade e ansiedade desdobrada, em meu quadro espiritual tive uma grata surpresa e felicidade impagável, quem me recebeu de braços abertos e com sua velha pitimba na mão foi Belarmino, não sei se sorria ou se chorava.

- Que isso fia não disse a você que a vida não nos pregava peças e não cessava após a morte.

- Disse, e que peças! – Disse em um pranto total.

Junto a Belarmino estava um homem alto trajando uma armadura medieval uma longa capa preta e vermelha com uma cruz cravada no centro dela, em frente e verso, empunhando uma espada embainhada numa bainha cravejada de pedrinhas luminosas, formatando diversos símbolos. Este cavaleiro resguardado por mais dois soldados não tão menos trajados, porém dava-se a perceber que eles seguiriam ordens do cavaleiro que chegou até a mim se apresentando.

- Boa noite fêmea.

- Boa noite senhor?

- Sou eu mesmo o senhor Exu M...

- Que prazer conhecê-lo.

- Mas você já me conhecia.

- Sim, mas sua voz, pois quando te vi não estava trajando desta forma. Esbocei um sorriso discreto.

- Pra tudo existe a hora e o momento certo minha cara.

- Só não esperava ser assim.

- Assim em missão de auxilio é sempre as melhores oportunidades de nos conhecermos pessoalmente ou espiritualmente como queira definir.

- O que esperamos? Perguntei.

- Nossos amigos da luz. Respondeu o Exu M...

- Mais?

- Sim moça, a luz nunca é demais.



Nesse momento o ambiente que estávamos uma brisa suave de um leve vento, um perfume de flores campais e rosas do cerrado e uma sublime luz se fez aos nossos olhos três pontos luminosos, foram tomando formas humanas uma senhora aparentando uns sessenta anos de idade de sorriso amável nos lábios, um senhor de cabelos alvos, sorriso formal cativante. Por ultimo um rapaz de olhos verdes penetrante de uma profundeza infinita mais apaziguadora.

- Saudoso seja o nosso Deus, que nos permite aproximar-nos dos desprovidos de fé. – Começou a senhora falando e nos cumprimentado e se apresentando.

- Sou Ana Bela, este senhor é Heitor e o jovem cativante Bruno Mendes.

- Minha querida Ana, Belarmino, meus dois escudeiros, guardiões de nosso plano imediato e esta jovem é a nossa estimável médium. Fiquei emocionada com o estimável. Nas apresentações.

- Seguimos então que as horas avançam. – Falou Ana Bela.

Uma senhora intrigante analisando-a bem tive a impressão de já conhecê-la mais deixei isso de lado e passei a analisar nossa caminhada. O panorama era de um deserto obscuro uma vegetação de vida sem cor, um dos guardiões tomou a dianteira, seguido pelo Exu M... E Belarmino, eu fiquei entre Ana Bela e Heitor, Bruno penultimava a fila indiana seguido de pertinho pelo outro guardião. O caminho tornou-se num trieiro vertical, decaíamos e a cada descida me assustavam todos os mais, vendo com estes olhos que a terra há de comer. Via sombrias formas, meio homens meio insetos, animais humanizados se espreitando, escondendo-se das luzes que eram vertidas no ambiente. O abismo foi-se fazendo mais profundo e os grotescos infelizes grunhiam, alguns pareciam até relinchar, outros diziam despautérios em xingatórios impróprios. Então pensei:

- Que desvalidos.

- Não minha cara. – Heitor veio ao meu socorro lendo minha mente.

- São desprovidos de fé, pois cada um destes irmãos teve sua oportunidade terrena e terão tantas outras quantas forem possíveis.

- Mas então não entendo por quê?

- Porque não lhes chegou o despertar da alma, a piedade de si mesmo junto com a sua valorização, e depois a súplica de perdão ao próximo.

- Chegamos, a voz de Ana Bela sai suave, pude então visualizar uma, gama espíritos infelizes, gritando por piedade e implorando socorro, muitos atrelados uns nos outros, farrapos humanos, vários amigos espirituais acudiam tantos quantos podiam.

Dentre a multidão de farrapos um me chamou a atenção e me disparou o coração eu vi que era ele...

Ele estava lá abaixado, num canto escondido com a cabeça entre as mãos, chorando devido à dinastia sofredora.

- Agora e com você filha! – Heitor falou-me meigamente.

- Eu?


- Sim, disse Belarmino, por você estar ainda na matéria, é a única que ele pode ouvir, por se tratar de uma surpresa para ele.

- Mais o que direi?

- Siga seu coração. – Respondeu Ana Bela.

Meu espírito tremia se é isso que posso dizer, aproximei-me dele com o coração em disparate, se estivesse em matéria com certeza estaria suando frio, fui chegando e fiquei bem pertinho e junto ao seu ouvido sussurrei.

- Rômulo.

Assustado ele se levantou quis correr, mas cercado por uma corrente espiritual de luz e prece, numa vibração iniciada por um guardião e fechada pelo Exu M...

- Não quero assustá-lo, quero simplesmente ajudá-lo a sair deste seu pesadelo.

- Eu conheço esta voz. Mas de onde vem?

- Claro que conhece muito bem a voz e a mim também. Nesta hora eu me fiz presente não sei como deve de ter sido com ajuda dos amigos que vibraram em oração.

- Sou a mãe do nosso filho.

- Mais você esta viva, e eu morto.

- Entre a vida e a morte não existe fronteiras, senão vejamos, nascemos e morremos todos os dias, feito o sol e a lua, o sono e o sonho são as pontes que quebram estas barreiras fazendo o elo entre alma e corpo.

- Não tem conversa, a revolta me consome, o desejo de vingança é uma necessidade maior que a fome, o frio, a sede, vou acabar com seu pai que me assassinou ah isso eu vou. E também meu pai que virou a casaca agora ajudando aquele maldito dos infernos, ele não tinha o direito de hoje o apoiar, pois sou eu que morri. Agora nem mais consigo aliviar minha dor, não encontro espaço no seu coração... Miséria! Nem próximo ao meu pai eu não posso ficar mais.

- A revolta que nos consome dia-a-dia é apenas um estado de espírito, todo sofrimento é uma transição que passamos em nossas vidas e perdoar nossos ofensores implica nossos ofendidos a nos dar a graça do perdão.

- Perdoar, como? Ele me matou friamente.

- Olha Rômulo, para esta filha. Desta feita foi Ana bela que se fez vê, começando a falar emocionando a todos e conseguinte assustando-o.

- Ela teve nas mãos a chave da revolta, a dor do abandono, os pés no caminho do desespero, nos olhos o véu da desilusão e no ventre o filho da imprudência. Mesmo assim não se revoltou, e nos presta hoje um grande um serviço de auxílio ao próximo que é você meu querido.

- Vovó, eu não sou digno desta piedade.

- Todos nós somos dignos de clemência. – Desta feita foi Heitor quem manifestou.

- Vovô?


- Há meu querido, de uma oportunidade a você mesmo e a seu coração de paz tão necessária neste momento, não se têm certos nem errados, tem sim a necessidade de nos aproximarmos ao máximo da graça de Deus, aproveitando as oportunidades que ele nos fornece estendendo as mãos em amparo.

- Meus avôs queridos eu quero sim esta chance cansei de tanto sofrer.

- Então Rômulo abrace esta chance que Deus vos deu, sinta a presença da sabedoria divina e acaricie seus sentimentos com a verdadeira humildade e renuncia, e suplique ao altíssimo, paz e amor.

À medida que eu falava, Ana e Heitor aplicavam-lhe passes magnéticos com fluidos depurativos o adormecendo. Entregamo-lo aos cuidados do jovem Bruno e, numa prece silenciosa mais sentida em cada coração, retornamos a superfície terrena. Para nossas despedidas.

- Agradecemos sua colaboração.

- Não há de que Ana.

- Um abraço minha filha. – Desta feia foi Heitor. Pude observar Rômulo nos braços de Bruno auxiliado pelos guardiões subindo para outra esfera, seguidos de pertos pelos avôs sumindo na imensidão do céu estrelado.

- Você hoje fêmea deu mais um gigantesco passo rumo a sua vida espiritual.

- Que isso, eu sou apenas um grão de areia frente ao oceano.

- Perfeitamente, até uma próxima oportunidade.

Numa revoada ele desapareceu na minha frente, só então dei por mim que belarmino presenciava a tudo.

- E você meu velho, como sempre fumando seu cachimbo e sorrindo.

- O sorriso é uma grande proteção espiritual, pois retrata a oração da alegria, e a alegria é um mantra de felicidade e felicidade também é uma prece bem feita. Fui vendo Belarmino sumindo e, rindo, fumando e, sorrindo e sumindo. Galo cantou e o sino bateu e, eu me desapertei tendo uma vaga lembrança de um sonho bom e com pequenos resquícios do que aconteceu durante a noite, da nossa missão uma vaguíssima recordação. O sorriso lindo do sol, com seus belos e aquecedores raios prometeu um novo esplendor e meu coração cintilou esta paz.


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