CAPITULO VIII
N
o meio das sombras e das penumbras do plano espiritual encontra-se nas tormentas e nas reminiscências de um pretérito um bruto ser. Que na transfiguração das infelicidades revoltam-se quando se vê defronte a uma situação feliz e vitoriosa com uma conduta ereta daquela a quem postula uma vingança, o submisso da degradação do ser humano jogado ao abismo das imperfeições. No declínio da moral quem não se perdoa, machuca-se a alma rasga o perespirito modulando a metarmofose sombria a face do mal.
Assim encontramos Dangel regurgitando seus impuros pensamentos, traçando uma investida contra aquela que confiara o futuro dos seus a cúmplice que não cumpriu a sua parte no acordo combinado, as suas chagas rasgavam doíam e sangravam cada vez que relembrava os pactos funestos e maus que se submeteu, quanto mais sangrava mais fediam, mais ele se revoltava.
- Aquela vaca, vai se casar e vai continuar a ser feliz, enquanto eu moribundo continuo aqui sentindo minha carne ser rasgada como se estivesse naquele dia na arena dos leões. Todos estão as mil maravilhas e eu submisso a estes monstros que não me dão folga. Não sei como dominei aquele velho aquele dia, mas eu tenho que tentar de novo, mas não consigo, os da luz conseguem tão facilmente e eu não, maldição queria somente mais uma oportunidade de esganá-la até a morte como fiz com seu irmão Félio...
Tivas Neto estava eufórico com o dia do nosso matrimonio, Plínio com a família chegaram bem cedinho, os meus “pacientes” chegavam um a um trazendo um agrado por tudo o que nós e a espiritualidade lhes proporcionamos, cuidando de suas feridas materiais e principalmente suas dores morais, o dia resplandeceu em natureza viva, de alegria eu não cabia em mim. Meus sonhos de menina moça depois de velha seriam realizados, depois de tantos sofrimentos, ensinamentos que a vida nos dá, relembrei todo o meu passado naquele instante, em estado de comoção fiz uma prece nos minutos que antecedia meu enlace.
Senhor dos senhores dai a sabedoria oh meu Pai para saber desfrutar desta felicidade que bate a minha porta com a força do amor. Dai oh Pai a simplicidade de fazer feliz os meus, que eu não tenha a petulância de perder meus irmãos em caridade.
Meus companheiros e mentores espirituais daí a certeza de que necessito sempre com amor e com devoção, pedir perdão aos meus inimigos mesmo que eu não os tenha ou não os conheça deste ou de outras vidas e planos.
Neste momento de oração o espírito de Dangel foi atraído aos meus pensamentos, àquela que julgava ser a causadora de sua desafortunada situação de vida. Ele acompanhou todos os movimentos do ambiente, a chegada dos convidados, tanto encarnados quanto desencarnados, minha prece ele ouviu toda. Ele via inúmeras entidades e pessoas e se perguntava como aquela infeliz que perseguia de muitas jornadas, como ela chegou aquele estado de plenitude e com tantos amigos, fazendo o que ela fez este era o seu pensamento.
Revoltado Dangel tentou se afastar, mas uma força invisível o prendeu entre nós, impossibilitado de sair ele ficou a contra gosto vendo o cerimonial.
Que de lindo só teve as bases da simplicidade sem muitas delongas, pois naquela época de preconceitos ainda era necessário a presença de um padre para celebrar um casamento. Tudo foi magistral da hora do sim ao amém, abraçamos todos os nossos convidados e meus companheiros de jornada, papai chorava feito uma criança, Plínio cantava uma bela canção, era uma festa sem os prazeres da carne, patrocinada com muita sublimação do alto.
- Vadia cadela maldita. – Resmungava do outro lado da vida o espírito de Dangel.
- Meu irmão por que tamanha revolta contra aquela que trilha no caminho do bem?
- Quem esta falando?
- Somente um velho humilde.
- Apareça, então quero te ver velho.
- Pra que se a voz da consciência nos faz enxergar mais que os olhos.
- Consciência? Diz isso a ela que não teve compaixão nem consciência aos meus quando não cumpriu sua promessa.
- Tramas infelizes de ambas as partes meu filho.
- Não sou teu filho, e eu cumpri minha parte do nosso trato.
- Se houvesse cumprido sua parte no combinado, estaria aplaudindo em vez de estar jogando pedra na felicidade alheia.
- Culpa-me pelos atos desta cretina?
- Não, atos são atos, sensatos e insensatos, somos todos passiveis de insensatez nos dizeres do destino.
- Pra que tanta proteção a ela? Matou a mãe, o irmão, usurpou-lhe os seus lugares, viveu um mundo de luxuria, compactuou comigo todos estes desatinos, prometeu cuidar de meus pais e de meu filho e o que ela fez? Simplesmente no seu egoísmo e sem pudor maquinou tudo contra todos.
- Sim concordo contigo, peço apenas que acure seus sentidos e olhe com os olhos da razão, você diz atrocidades contra ela, arraigado em fatos que são pretéritos, como você mesmo bem disse.
- Não queira me convencer que ela depois de tudo que fez passou a ser boazinha?
- Não, só quero te mostrar que ela cumpriu com o prometido.
- Como? Nunca! Prova-me.
- Veja bem meu filho. O pai que ela carrega nos ombros de amor é o seu, a irmã muda e surda a qual ela dedica carinho e devoção é a sua mãezinha adorada e doente.
Dangel arregalou os olhos e viu a mãe e o pai, caiu por terra de joelhos chorando e em prantos ele ainda incrédulo levantou e gritou.
- Mas e o meu filho, meu filhinho querido, que ela ultrajou, molestou jogando ele aos lacaios das libertinagens, este ela não cuidou, apenas abusou. E queres agora a voz da inconsciência querendo ser minha coerência?
- Engana-se novamente meu filho, olhe bem nos traços daquela a qual a chama de mãe, aquele que ela carregou no ventre e, que não teve coragem de arrancá-lo das entranhas, sumindo com o rebento no ventre e achando na vida do mato e do campo as forças para cumprir o prometido contigo.
- Vê filho que ate aquele a quem ela mais prejudicou esta do seu lado dando total apoio.
- Quem és tu voz do céu, que tirou a vendas dos meus olhos?
- Sou apenas Belarmino um humilde servidor do bem.
Estupefato Dangel abriu os olhos e ajoelhando envergonhado dizendo:
- Majestade?
- Não filho um escravo da caridade, e do amor ao próximo.
- Sou a vergonha em pessoa e atentei meu senhor contra a sua felicidade.
- Hoje sou feliz filho, vendo que tudo agora depende de cada um para ser feliz.
- Obrigado meu rei.
- Agradeça somente a Deus filho e siga-te teu caminho, agora tu tens em tuas mãos a oportunidade de mudar tua vida. Ao teu lado estão os “lanceiros da luz divina” que te acolherá em uma colônia e será tratado e recuperará as suas chagas, é só acompanhá-los ou então continuar no seu mundo umbralino.
- Eu vou com eles meu rei, estou cansado de sofrer.
- Vá meu filho e sejas feliz.
Meu casamento foi o dia mais feliz de minha vida e não sei por que minha aflição acabou, sumiu aquela inquietação quando vi uma senda de luz sumindo no horizonte, meu amigo espiritual em fração de segundos desdrobando-se. Colocaram-me de frente a frente com meu ex-algoz. Dangel.
- Senhora, seja feliz na sua jornada que tentarei ser feliz na minha.
- Só o amor Dangel e o perdão são capazes de vencer os obstáculos da vida, você vai ser feliz. Adeus.
- Marcione Ortencio Neto.
Acordei do meu transe atendendo o chamado de Tivas Neto para me falar de núpcias. Com um pensamento. Que força é esta que move o coração dos justos fazendo um rei transferir a sua inteligência a um corpo sem estudos, somente com a doutrinação da sabedoria do grande magistral Deus. Onde um algoz torna-se redivivo e redimindo ao amor, mostra-se que a vingança e duas lâminas afiadas cortantes na carne da igualdade e nesta base que resumimos no amor ao próximo.
A lua lá no céu brilhou E as matas virgens estremeceram
A onde anda os mensageiros
De umbanda que até agora não apareceram
Por volta de 1857, surgiu na França um novo conceito doutrinário, um novo seguimento religioso, acasalando-se ciência, filosofia e religião. Rivail Hippólito, com o pseudônimo Allan Kardec, lançara sua doutrina codificada pelos espíritos denominada kardecista. Alvo de perseguições incontáveis, suas obras literárias foram queimadas nas fogueiras, em praça pública a vez era a voz dos inquisidores da santa inquisição.
Rompendo as barreiras preconceituosas e pejorativas a doutrina dos espíritos avançou anos a finco, contra céticos, padres, jesuítas, mas o codificador não tremeu nos seus ideais de uma nova regimentar segurança espiritual. Esta maravilhosa religião chegou ao Brasil e se ramificou alastrando-se por todo o território nacional com sua máxima: “- fora da caridade na há salvação”.
Meado, de 1908 na federação espírita do Brasil chegou aos laudos dos federados o caso de um jovem que médicos, cientista e religiosos não encontraram a cura de seus problemas, este jovem convidado a participar de uma sessão espírita em Niterói na federação, no dia 14 de novembro de 1908. Surgia nas dificuldades o médium Zélio Fernando de Moraes, participando da mesa, iniciados os trabalhos com a espiritualidade eis que manifesta no jovem um espírito dizendo-se ser um índio totalmente mediunisado.
- Meu irmão, nesta alva mesa falta-me algo.
Levantando-se foi lá no jardim colheu uma flor e a depositou na mesa causando um alvoroço nos participantes da mesa mediúnica, o dirigente da respectiva sessão manifestou contra a este gesto. Então o espírito indagou.
- Qual é a diferença entre eu e os doutores que manifestam em suas sessões?
- Não sabemos vossa procedência.
- Sou originário das matas, sou a força viva que brota no tronco da aroeira, a esperança da senzala.
- O que me dizes tu és um índio, um negro escravo?
- Sou a voz dos impossibilitados pelo silêncio dos imaturos.
- Qual é seu nome?
- Se é um nome que vocês desejam, eu digo com fé, e com a força daquele que pode mais. Que é Deus. Meu nome é Caboclo das sete encruzilhadas, porque para mim não haverá um só caminho fechado. Minha missão é cumprir um plano traçado do astral, onde os espíritos de índios e negros escravos cultuarão um rito apartir de amanhã, onde serão aceitos todas as entidades de luz ou não, forte ou fraca. Ministrarei a força do amor, plantarei uma semente no jardim das esperanças e regarei com muito esmero e todos vós, brancos ou negros, de cristãos a galegos estão convidados a participarem na casa de meu “cavalo” deste culto chamado UMBANDA.
Foi após oito anos a estes acontecimentos que eu pude compreender o que se passava comigo e todos os meus familiares, Tivas trouxe-me todos estes relatos, umbanda veio ser a luz que ilumina o escuro. Agrupando um sincretismo dos evangélicos, católicos, os espíritos umbandista na sua simplicidade aceitam todos os seus filhos, seus compromissos com a espiritualidade, no reino de suas linhas.
Buscando nos apontamentos do Barão, deparei-me com suas projeções, em que ele anunciava esta nova religião chamado umbanda.
Há tempos, vários seguimentos manifestaram no Brasil, macumbas, ritos africanos, quimbanda, feitiçarias, feiticeiros, candomblé, amarrações, trabalhos feitos, sapo costurado pela boca, queimação de velas. Contudo isso orientado do mundo astral na sua reorganizaçao espiritual estabeleceu a lei de umbanda. Quais são as leis:
Lei de amor.
Lei de fé.
Lei de caridade.
Não quero aqui condenar os que se acham no direito de queimar um lume contra ou a favor de seu próximo, para derrabá-lo ou levantá-lo a fé e de cada um. Porém assim afirma a sabedoria e os segredos de umbanda vão além desta mistificação. Responsabilidade acima de tudo, sinceridade no tratado com o pobre sofredor, que busca no pé de um santo ou guia, até mesmo ao um zelador de terreiro, expondo todos os seus problemas ao medianeiro.
Nas leis de amor, amar todos os falidos que tal qual a nós, sucumbem nas imperfeições do mundo, amar o próximo, fazer a ele o que queríamos que fosse feito a nós, a lei de amor é mais que uma lei, é uma razão de vida. O amor é uma constatação da existência do Grande.
Lei de fé é a elevação do pensamento uma ligação direta com o criador nos caminhos de umbanda quantos e, quantos desvalidos de fé, encontramos e, quantas vezes nós também somos desprovidos de fé. A fé move nossos pés rumo ao infinito esplendido do amanhã, permitindo caminhar pelos pontos mais perigosos sem nada temer.
A fé resgata do lodaçal da incredulidade os infames que se escravizam na senda de um calvário criado com nossas próprias mãos. Inevitavelmente a fé conseguiu unir povos no labor do misticismo, somos na umbanda um ponto luminoso na escuridão, agindo com perseverança para dominar não o mundo e sim nossos impulsos.
Na lei de caridade: a caridade é uma lei moral que molda os corações e principalmente o caráter no além, auxiliando o próximo, amparando seu irmão. Em resumo a caridade só não é também uma lei superior a fé, iguala-se a lei de amor, pois a caridade é à base do homem na terra. Uma encarnação sem caridade, sem amor e fé, é uma encarnação propensa ao retorno à reencarnação. A caridade abraça o pobre, tempera o rico, ensina a nos lembrar dos esquecidos, a umbanda veio ao mundo com esta finalidade unir fé com amor e amor com caridade.
Perguntado ao um sábio preto velho o que a umbanda é? Ele então respondeu:
- Primeiro si fia, não é o que a umbanda é, e sim o que ela representa e do que ela serve...
... Ela serve de guia que orienta os falidos do ego íntimo.
Meu mundo se resumiu na umbanda, legionário que desbravará o tempo e ocupará um lugar de destaque nos povos que virão.
Trabalhei por vários anos com a espiritualidade sem saber que este trabalho tinha um valoroso nome: umbanda, que a peso do preconceito, ela aceita o ladrão, a prostitutas, de miseráveis pobres e de rico miserável, nossa umbanda é sem distinção, costumam dizer que ela é uma lata de lixo onde se aceita de tudo. A lei que move no infinito o lume da sabedoria.
CAPITULO IX
A
proteção de umbanda vem dos compromissos firmados em outros planos até mesmo quando estamos encarnados. Quando fiz meus compromissos, eu não tinha outra atitude a tomar, foi num total momento de transição. A umbanda não veio impor atitudes tão pouco cobrar alguma coisa, cada ser fica no critério a quem escolher religiosos, evangélicos, católicos, budistas Hari Christina, protestantistas, receberam a influência da cultura ameríndia os xamas.
Os filhos de fé vibram nas energias dos setes orixás: Yemanja, Oxalá, Oxossi, xangô, oxum, ogum, Iansã e, outra energia vibracional que é Omulú, a qual comanda a lei de causa e efeito, ou seja, o carma.
Na umbanda sábia e estudiosa a pesar da banalizaçao que fazem e vão continuando fazendo com a nossa umbanda, a seriedade nos manda rever as situações dos sacrifícios.
Qual será o maior sacrifício para o ser humano? O maior de todos é a aceitação de compreender a falta que a união nos faz durante o dia-a-dia, a proteção se associa também aos trabalhos desenvolvidos no terreiro umbandista, com suas linhas que são tantas: Léguas, ciganos, caboclos, pretos velhos, baianos, boiadeiros, êres e exus. Todas essas linhas de entidades são a firmeza e a proteção do médium, do assistente, e de todos os que necessitam de um ensinamento e de proteção desta magia chamada umbanda.
Minha vida teve um novo recomeço, com um novo caminho a seguir, agora naquele tempo casada com um homem maravilhoso, que me amparou e esperou minha vida se organizar espiritualmente, o recomeçar não foi tão meu somente, Sâmara teve uma linda criança a qual Tizil deu o nome de Marta, papai teve a vida rotineira do campo, é nessa ordem que eu abracei a chamada umbanda com amor ao ideal, que se desenvolveu firme e forte.
Plínio e Dorinha mudaram o destino de muitos pobres da região, Dorinha prefeita construiu melhorias na base da religião, com a orientação do nosso plano espiritual. Neste recomeço nem tudo foi flores não, tivemos os espinhos dos nossos jardins, fomos nós os umbandistas perseguidos por políticos, padres, autoridades da lei, que à surdina vinham até os pés dos nossos guias, que com a humildade e com a certeza que o ser humano merece sempre uma chance ao recomeço e os atendiam.
Tivas Neto me auxiliou a atender os necessitados. Da nossa união tivemos três filhos que estreitou mais ainda nossos laços de afetividade, Dudu formou-se em direito e constituiu família, morando e exercendo sua profissão na capital, tornou-se um protestante chegando a fundar uma igreja que perpetua através dos tempos. Neste seu ideal chocamos muitas vezes nossas idéias onde não sei quantas ocasiões entramos em atritos congestionando nossa convivência.
Mas nada que abalou minha estrutura e meus propósitos. Posso dizer que meu recomeço nesta encarnação foram vários os meus despertares, ao meu entender minhas aceitações, minha missão na terra foi cumprida sei que em partes, pois o meu, maior recomeço e resgate, era com a minha genitora, que sei por intermédio de meus companheiros do mundo invisível que está bem, e buscando uma nova reencarnação, se é que já não reencarnou.
Assim foi minha encarnação neste período de transição o ano e a época a história conta por si só. Perguntaram-me se sou um espírito nascido em terras brasileiras? Não! Vim numa migração planejada para a difusão desta obra maravilhosa codinome umbanda, mas como toda reencarnação é uma expiação, vim com o propósito de junto com os meus, apararmos, as arestas de um pretérito imperfeito de ambos.
No avançar das horas chegando à hora grande, num de nossos trabalhos do nosso terreiro que recebeu o nome de TENDA UMBANDISTA PAI BELARMINO. Manifestou-se o meu amigo Exu M... De meia noite disse estas palavras:
No transpor de um novo dia a sabedoria dos ancestrais nos ensinará a seguir o caminho do esclarecimento, a verdades dos justos, os certos dos incertos que marejada mente e prenuncias. A luta não vem de hoje e não terminará amanhã, vazarão eras e épocas, sonhos e realidades, moverão pedras no tabuleiro da vida, nos palcos das encarnações.
Nascerão mágicos, magos, feiticeiros em trocadilhos medianeiros, que serão a ponte dos dois planos, os amores serão tratados, as feridas serão curadas, o amor prevaleça felizes os que caminharem lado a lado com o reto. Metáforas que atingiram os gentios de nomenclaturas, títulos e posse, estatus que serão abalados, pessoas que um dia olharão a miséria e a degradação humana e, não se comoverão, pobres que potenciarão o albergado dos maiorais.
Moveremos os nossos passos ao credor do esplendor, doutrinário do Grande. Amaciando o lombo dos execrados pela politicagem proba, que nos acercará através dos tempos. Todos os regimes pestiginosos que assaltará o infeliz ser humano, teremos a dor e o remédio será amor, caridade, amparo aos depressivos, pobres incapazes de se conhecerem, o nascimento vivo desta religião que muitos sombrearão como seita, fanatismo acolherão os doentes de alma, de corpo e os inferiores que se castiguem.
Vergastam seu coro com a imprudência, com suas inseguranças, com seus martírios. Mas o Grande ampliou no homem a capacidade de raciocínio maior que a dos outros animais, o mundo após milênios transformou os primatas em bípedes, andarilhos do tempo em vastas reencarnações, e o fim não existe, subida que galgaremos as nuances do bem e do próximo.
Meus caros lembrem que a vida dá lugar a morte, o tempo ao cotidiano.
A incerteza é a razão da dúvida, o amor é pelo ódio e vice e versa.
Os obstáculos pelos caminhos são labores que acolherão nossos feridos nos planos infinitos, sem medo de machucarmos as mãos.
Calejemos nossos pés, choremos com alegria tirando dos ombros dos outros o peso de nossas culpas.
Sejamos a cumplicidade de matéria e espírito de umbandistas e consulentes, tratemos todos os indivíduos como irmãos, filhos e pais.
Deixemos a cabo da imortalidade o saneamento das dúvidas, levemos nossa umbanda ao longe, pois esta doutrinação será criticada esculachada e até ridicularizada por seus próprios seguidores.
Mas até um dos discípulos do cordeiro o negou por três vezes, quem somos nós para cobrar fidelidade aos corações incertos?
Avante irmãos de fé!
Salve quem pode.
Salve quem não pode.
Salve minhas calungas.
E que o grande abençoe a todos.
Epílogo
Q
uando o trabalho é feito com esmero e formosa dedicação, os resultados tardam mas não faltam. Tentei levar minha encarnação nessa época com a maior dedicação e comprometimento aos meus caminhos junto aos guias de umbanda, e continuo com eles, até o presente momento com a mais pura devotação e satisfação.
Sou eternamente grata aos meus mentores e ao pai Belarmino, meu conselheiro e tutor, me incentivou a por no papel dos encarnados, minha humilde história de vida.
Sei que o trabalho missionário não foi todo realizado, mas se uma alma seguir ao menos folhear estas linhas já estarei, muito bem gratificada e realizada.
Um forte abraço! E salve meus irmãos de fé.
Saravá povo de umbanda!
E vai, vai, vai.
Eu quero é ver quem não vai?
Quem é filho de pémba meu pai!
Pode a tombar mais não cai!
Marcione Ortencio. Abril de 2006
Fim!
Nos, Passo de Uma Vida!
É uma historia, que conta, a luta de uma moça, para ter seu filho, sem a ajuda do pai da criança, e contando com o preconceito de todos na sua região, ignorada pelos seus familiares dentro do seu próprio lar.
Tendo que esquecer, de todo o seu passado, para se burilar nos caminhos da vida e amparar, aqueles que a cerca.
Mergulhada num mundo de amor, renuncia, numa época que o espiritismo dava seus primeiros passos, lado a lado com os irmãos de Umbanda.
Ela encontra guarida, sob a tutela de Pai Belarmino, um ermitão, cheio de experiência, na lida dos sentimentos humanos.
Deliciem com esta leitura simples e singela, de elevado cunho moral e espiritual.
Valdison/Marcione Ortencio
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