Obras completas de c



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1. Primeira versão de: Über die Psychologie des Unbewussten. Aparecida em: Raschers jahrbuch für Schweizer Art und Kunst. Zürich 1912. Este trabalho foi novamente refundido pelo prof. Jung e acrescido de alguns capítulos, em 1917, e publicado sob o título de. Die Psychologie der unbewussten Prozesse. Depois de outra elaboração resultou cortes feitos na versão definitiva, tal como figura na parte principal deste volume. Os seguir cortes feitos na primeira versão são colocados entre parênteses para que o leitor possa seguir o desenvolvimento deste primeiro ensaio
1. OS PRIMÓRDIOS DA PSICANÁLISE
COMO todas as ciências, a psicologia também teve sua época escolástica, que perdura em parte até nossos dias. Pode-se objetar a este tipo de psicologia o fato de decidir ex-cathedra como a psique deve constituir-se e quais as qualidades que lhe cabem neste mundo e no outro. O espírito da moderna ciência natural acabou com tais fantasias, estabelecendo em seu lugar um método empírico exato. Daí surgiu a psicologia experimental hodierna, ou "psicofisiologia" como a chamam os franceses. O pai deste movimento foi Fechner, espírito contestador que, com sua Psychophysik2, ousou introduzir o ponto de vista físico na concepção dos fenômenos psíquicos. Esta idéia e não o erro admirável desta obra representou uma ver­dadeira força fecundante. Contemporâneo de Fechner e mais jovem do que ele, Wundt foi, por assim dizer, o aperfeiçoador da obra do primeiro. Sua grande erudição, capacidade de trabalho e gênio no campo da investigação de novos métodos experimentais criaram a tendência dominante da psicologia moderna.

2. Leipzig 1860.


Há pouco tempo ainda a psicologia experimental era essen­cialmente acadêmica. A primeira tentativa digna de nota no sentido de aproveitar, pelo menos alguns dos numerosos mé­todos na prática psicológica, partiu dos psiquiatras da antiga escola de Heidelberg (Kraepelin, Aschaffenburg, e outros); os médicos dos processos mentais sentiram pela primeira vez, tal como se pode supor, a necessidade premente de um conheci­mento exato dos fenômenos psíquicos. Em segundo lugar, a Pädagogik apareceu com suas próprias exigências no campo da psicologia. Daí surgiu recentemente uma "pedagogia expe­rimental", em cujo campo Meumann, na Alemanha e Binet, na França, prestaram uma contribuição importante.

Para ajudar realmente seus pacientes, o médico "especia­lista em moléstias nervosas" precisa forçosamente dispor de conhecimentos psicológicos. Tudo que é designado pelo termo de "estado nervoso": a histeria, etc, tem uma origem psíquica e requer, portanto, logicamente, um tratamento psíquico. Água fria, luz, ar, eletricidade, magnetismo, etc, tem um efeito tran­sitório e na maior parte dos casos são absolutamente inúteis. Representam às vezes artifícios de má reputação, no sentido de sugestionar o paciente. A doença, no entanto, radica na psique e assim na mais alta e complexa das funções, que difi­cilmente podemos incluir no campo da medicina. Aqui o médico deve ser também um psicólogo e isto significa que precisa ser conhecedor da psique humana. Ele não pode esquivar-se a esta necessidade. Assim pois terá de recorrer naturalmente à psicologia, uma vez que seus livros de psiquiatria nada lhe ensinam. A psicologia experimental hodierna está longe, porém, de poder comunicar-lhe uma visão articulada daquilo que cons­titui, praticamente, os processos mais importantes da psique, pois sua meta é outra. Ela procura isolar os processos mais simples e elementares, que ficam nos limites da fisiologia, a fim de estudá-los separadamente. É pouco amiga da infinita variedade e mobilidade da vida psíquica individual e por isso seu conhecimento da realidade e dos detalhes essenciais dessa vida carece de conexão orgânica. Portanto, quem quiser conhe­cer a psique humana infelizmente pouco receberá da psicologia experimental. O melhor a fazer seria [pendurar no cabide as ciências exatas, despir-se da beca professoral, despedir-se do gabinete de estudos e caminhar pelo mundo com um coração de homem: no horror das prisões, nos asilos de alienados e hospitais, nas tabernas dos subúrbios, nos bordéis e casas de jogo, nos salões elegantes, na Bolsa de Valores, nos "meetings" socialistas, nas igrejas, nas seitas predicantes e extáticas, no amor e no ódio, em todas as formas de paixão vividas no pró­prio corpo, enfim, em todas essas experiências, ele encontraria uma carga mais rica de saber do que nos grossos compêndios.

Então, como verdadeiro conhecedor da alma humana, tomar-se-ia um médico apto para ajudar seus doentes. Poder-se-ia perdoar-lhe o pouco respeito pelas assim chamadas "pedras angulares" da psicologia experimental. Pois entre o que a ciência chama de "psicologia" e o que a práxis da vida diária espera da "psicologia" "há um abismo profundo".

Tal deficiência tornou-se o ponto de partida de uma nova psicologia. Em primeiro lugar devemos sua criação a Sigmund Freud, de Viena, o médico genial e investigador das doenças nervosas funcionais. Pode-se designar a psicologia inaugurada por ele como uma psicologia analítica. Bleuler sugeriu o nome de "psicologia profunda"3 a fim de indicar que a psicologia freudiana trata das regiões profundas, ou do interior da psique que também se designa pelo nome de inconsciente. O próprio Freud chamava o método de sua investigação de psicanálise. É este o nome pelo qual sua posição psicológica é geralmente conhecida.

3. E Bleuler, die Psychoanalyse Freuds. Jahrbuch für psychoanalytische Forschungen.
Antes de entrar na exposição dos fatos propriamente ditos, queremos dizer algo sobre suas relações com a ciência até então reconhecida. Aqui deparamos com um espetáculo curioso, que confirma a verdade desta observação de Anatole France: "Les savants ne sont pas curieux". O aparecimento da primeira obra de vulto 4 neste campo despertou apenas um fraco inte­resse, apesar de sua concepção fundamental e totalmente nova das neuroses. Alguns autores escreveram elogiosamente sobre ela, continuando na página seguinte a explicar os casos de his­teria segundo a velha maneira. Agiram mais ou menos como alguém que tendo louvado a idéia ou o fato da terra ser esfé­rica, continuasse calmamente a representá-la como se fosse plana. Depois desta publicação Freud publicou um ensaio 5 que passou quase completamente despercebido, embora contivesse, Por exemplo, observações de uma importância inestimável no campo da psiquiatria. Quando, em 1899, Freud escreveu a pri­meira verdadeira psicologia dos sonhos 6 (reinara até então na obscuridade noturna nesse domínio), as pessoas começa­ram a rir. Mas quando em meados da última década ele co­meçou a trazer à luz a psicologia da sexualidade 7, puseram-se insultá-lo, às vezes do modo mais obsceno e isto perdurou até recentemente.

4. J. Breuer und S. Freud, Studien über Hysterie, 1895.

5. Sammlung kleiner Schriften zur Neurosenlehre, 2 Bände. 1906.

6. Die Traaumdeutung. 1900.




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