laissez-faire: termo derivado da expressão francesa "Laissez-faire, laissez-
passer", que significa 'Deixe fazer, deixe passar', sintetizando a ideia de que o
Estado deve interferir o mínimo possível na economia.
New Deal: série de programas do governo dos Estados Unidos, entre 1933 e
1937, com o objetivo de minimizar os efeitos da crise econômica. O programa
focou em investimento maciço em obras públicas, destruição dos estoques de
gêneros agrícolas, controle sobre os preços e a produção, e diminuição da
jornada de trabalho.
Fim do glossário.
LEGENDA: Operários reconstroem o edifício do centro cultural Titaina Palace,
o maior de Berlim (Alemanha Ocidental) em 1950. A obra fazia parte de um
conjunto de medidas que utilizava recursos públicos para a reconstrução do
país após a Segunda Guerra Mundial, gerando milhares de empregos.
FONTE: Bettmann/CORBIS/Latinstock
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O Estado de Bem-Estar Social constitui-se, então, como um provedor de
serviços à população (daí ser chamado Estado-Providência) e como uma rede
de proteção social contra os excessos do sistema capitalista, sem, no entanto,
se opor a ele. Ao contrário: suas políticas de estímulo à economia também
visavam garantir que as empresas mantivessem sua produção e seu lucro.
Desse modo, propiciou (pelo menos na Europa ocidental e, em certa medida,
nos EUA) uma relativa conciliação de interesses no âmbito da luta entre capital
e trabalho.
Nos anos 1970, diante de outra crise mundial financeira e petrolífera,
economistas propuseram que o Estado diminuísse seus gastos e seu papel na
condução da economia. Defendiam o Estado neoliberal, no qual os
investimentos em infraestrutura deveriam ser conduzidos pela iniciativa privada
e os serviços sociais públicos reduzidos, deixando aos indivíduos o gasto com
os serviços que utilizassem. Propunha-se que a economia fosse menos
regulamentada, de modo que as empresas atuassem com mais liberdade, o
que garantiria o crescimento econômico.
Esses preceitos, implementados primeiramente na Inglaterra e nos Estados
Unidos, disseminaram-se para outros países, especialmente após a queda do
socialismo no Leste Europeu. Ao mesmo tempo que conglomerados industriais
e financeiros tiveram condições de se expandir e aumentar seus lucros,
milhares de pessoas viram-se desempregadas, devido às inovações
tecnológicas e à flexibilização do trabalho, além do pouco amparo social.
As críticas ao Estado neoliberal intensificaram-se a partir de 2008, quando se
instaurou uma nova crise econômica no mundo. Para alguns estudiosos, a
desregulamentação financeira promovida nas últimas décadas foi uma das
principais causas dessa crise. Mesmo com crescentes taxas de desemprego e
aumento da pobreza, os defensores do Estado mínimo propõem que se
reduzam, ainda mais, os gastos públicos para que a economia volte a crescer.
LEGENDA: Charge do artista Iotti, publicada no jornal Zero Hora, em 23 de
setembro de 2008.
FONTE: Iotti/Acervo do artista
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