2. Na sua opinião, qual é o papel social do Estado?
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Autoritarismos e totalitarismos: ameaças à cidadania
A História nos mostra que o Estado assumiu diversas formas, muitas delas
autoritárias - sendo os casos mais extremos definidos como totalitários. Nesse
tipo de regime político, o governo é dominado por um grupo que impõe a
ideologia de que o Estado está acima da sociedade e, por isso, tem direito de
intervir como bem entender na vida dos indivíduos. Inverte-se, assim, a lógica
da democracia de que o Estado deve servir ao povo.
Os totalitarismos ganham espaço em momentos de grave crise, como nos anos
1930, em que o capitalismo liberal caiu em descrédito. Nas experiências
históricas desse tipo de regime, além de uma ideologia oficial, se constituía
uma forte polícia política de controle social, visando garantir a existência de um
partido único e a censura e repressão de qualquer forma de opinião que
contrariasse a dos governantes. Partido e Estado, portanto, se confundiam com
o objetivo de controlar as massas pelos meios de comunicação e de
propaganda político-doutrinária. O fascismo italiano (1922-1944) e o nazismo
alemão (nacional-socialismo, 1933-1945) são exemplos de regimes políticos
totalitários.
LEGENDA: Pôster de 1933, peça de propaganda do regime nazista,
representando o trabalho, a liberdade e o "pão" como a base para a construção
da Alemanha.
FONTE: The Bridgeman Art Library/Keystone Brasil/Coleção Peter Newark
Os Estados em que a democracia não vigora são geralmente denominados
autoritários. Exemplo disso foram as ditaduras militares latino-americanas, na
segunda metade do século XX. Assim como ocorreu no Brasil, países como
Chile e Argentina viveram períodos de repressão e autoritarismo. No contexto
da Guerra Fria (1945-1989), as ditaduras foram estabelecidas sob o pretexto
de barrar a "ameaça comunista". Diferentemente dos regimes totalitários, que
conclamavam as massas a apoiá-los, elas se assentavam no apoio de uma
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