Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim



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As Ciências Sociais e a educação

A educação é mais um dos objetos de estudo das Ciências Sociais, que a

compreendem   como   um  processo  social   com   repercussão   na  História.   Isso

significa que a educação é algo em constante transformação, apresentando-se

como   um   fenômeno   com   diferentes   características   conforme   o   contexto

histórico-social.

Para Durkheim, o processo de educação pode ser definido como a ação que as

gerações adultas exercem sobre as gerações ainda não preparadas para a

vida social. O objetivo da educação é, portanto, desenvolver nos educandos

certos estados físicos, intelectuais e morais desejados pelo meio social do qual

a criança e o jovem provêm.

Nessa concepção, que reconhece um processo envolvendo as gerações em

convívio, há a perspectiva de integração do educando ao sistema de normas e

valores sociais, que molda o seu eu individual ao eu social. Para Durkheim, a

educação se reveste da responsabilidade pela socialização, um processo de

contínua   introdução   de   padrões   culturais   ao   indivíduo   que   implica   o

aprendizado de papéis sociais. O conjunto de papéis sociais forma um sistema

institucionalizado de expectativas denominado  sistema social  pelo sociólogo

estadunidense Talcott Parsons (1902-1979).

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Os sujeitos individuais ou coletivos nessas posições e nesses papéis sociais

interagem   mediante   ações   e   atividades   de   natureza   específica   (econômica,

política, educativa, religiosa, entre outras), reguladas por normas que limitam o




confronto de uns com os outros e regem a vida organizada. Nesse aspecto, a

educação exerce uma forma de controle social.

De   acordo   com   outros   pensadores,   a   educação   molda   o   ser   humano   para

determinada   sociedade.   Sociólogos   como   o   húngaro   Karl   Mannheim   (1893-

1947)   consideram   que   o   processo   educacional   supõe   interação,

interinfluências,   resistências,   adaptações   e   inovações.   Mannheim   analisa   a

educação como uma técnica social, ou seja, um agrupamento de métodos para

influenciar o comportamento dos indivíduos, a fim de enquadrá-los aos padrões

da   sociedade.   As   pessoas   seriam   educadas   para   se   ajustar   aos   padrões

dominantes   presentes   na   fábrica,   no   escritório,   no   exército,   na   escola,   na

família e em outras esferas institucionais, o que constituiria um processo de

controle social.

Controle social é uma forma de pressão que uma sociedade (um grupo ou uma

unidade social) exerce para que seus membros sigam as normas sociais. Ele

ocorre quer por constrangimento (sanções legais, punições, reprovações, entre

outras   ações),   quer   por   persuasão   (mediante   propaganda,   recompensas,

elogios).   No   entanto,   a   educação   não   seria   algo   aceito   passivamente,   um

conteúdo que flui do educador para o educando. Diferentemente de Durkheim,

Mannheim considera a educação capaz de alterar a ordem estabelecida, por se

adequar às transformações pelas quais passa a sociedade. Informações, ideias

e   valores   veiculados   estimulariam   a   assimilação   e   aceitação   dos   padrões

comportamentais   vigentes   e   também   os   modificariam,   graças   ao   fato   de   a

juventude não estar ainda comprometida com os valores dominantes.

LEGENDA: Estudantes universitários protestam por mais verbas para o ensino

público no Rio de Janeiro (RJ). Foto de 2012.

FONTE: Márcio Babski/Futura Press

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