modo de produção.
Essa é uma realidade histórica e, portanto, mutável. A forma com que os
indivíduos produzem socialmente sua sobrevivência material se acha
condicionada por determinado desenvolvimento das forças produtivas e pelas
relações que o caracterizam. O processo da História tem sido explicado como
uma sucessão de diferentes modos de produção - o primitivo, o asiático, o
escravista, o feudal, o capitalista -, cada qual estabelecendo determinadas
relações sociais.
Marx produz uma teoria da acumulação tomando as características das
relações de produção na sociedade capitalista - que, como dissemos
anteriormente, são relações entre proprietários e não proprietários dos meios
de produção. Basicamente, essa teoria explica como ocorre o crescimento do
capital na sociedade capitalista: quanto mais o trabalhador vende a sua força
de trabalho ao capital para produzir, ou seja, transforma os meios materiais de
produção em mercadorias com o seu trabalho, menos recebe do que lhe é
devido. Esse "valor a mais", ou a denominada "mais-valia", que o trabalhador
produz é apropriado pelo capitalista. Assim, em contínuo movimento, cresce o
capital e com ele o conjunto dos meios de produção, não só em volume, mas
também em nível técnico e tecnológico, resultante das forças sociais
desenvolvidas.
Marx adotou a dialética como método de análise da realidade. Em seu
pensamento, o movimento dos contrários é encontrado na superação de um
modo de produção histórico para outro (escravismo, feudalismo, capitalismo,
por exemplo). Também é dialético compreender o antagonismo complementar
existente nas relações entre as classes sociais na chamada luta de classes -
na qual diferentes interesses disputam a riqueza acumulada no processo
produtivo.
LEGENDA: Karl Marx, em pintura de 1920, de P. Nasarov e N. Gereljuk.
FONTE: Akg-Images/Latinstock
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