Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim


Teste seus conhecimentos e habilidades



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Teste seus conhecimentos e habilidades

1.  [Desigualdade]  define   a  assimetria  de  acesso   a  bens  significativos  (para

usufruto de bens materiais e espirituais) entre indivíduos e grupos diferentes

em   uma   sociedade.   Caracteriza   uma   estrutura   social   na   qual   as   diferentes

posições   sociais   oferecem   aos   grupos   e   indivíduos   que   as   ocupam

oportunidades de ascender a bem-estar, pres-tígio e poder.

PIETRO, Mayra Espina. Desigualdade e desenvolvimento. In: IVO, A. (Coord.)

et   al.  Dicionário   temático   desenvolvimento   e   questão   social.   São   Paulo:

Annablume; Brasília: CNPq; Salvador: Fapesb, 2013. p. 162.

Relacionando o conceito de desigualdade com o contexto brasileiro, assinale a

alternativa correta.

a) A  desigualdade  no Brasil tem  relação  fundamental  com  as carências  de

políticas educacionais e a crise econômica recente.

b) A desigualdade no Brasil tem relação com o seu passado histórico, político e

o modelo econômico que se estabeleceu.




c) A desigualdade está concentrada apenas na região Norte do Brasil, uma vez

que nas demais regiões brasileiras esse processo se limitou às populações

rurais.

d)   O   aprofundamento   da   desigualdade   tem   relação   com   a   organização   da

legislação trabalhista do Brasil no Governo Vargas.

e)   A   desigualdade   foi   aprofundada   a   partir   da   Constituição   de   1988,   que

manteve a ampla maioria dos trabalhadores rurais sem direitos previdenciários

e de acesso à saúde.



2.  A análise do mapa abaixo nos permite observar o fenômeno da exclusão

social no Brasil, a partir dos indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH).

FONTE:   Adaptado   de:   GUERRA,   Alexandre;   POCHMANN,   Marcio;   SILVA,



Ronnie A. (Org.).  Atlas da exclusão  social no  Brasil:  dez  anos  depois.  São

Paulo: Cortez, 2014. Créditos: Banco de imagens/Arquivo da editora



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A análise desses indicadores no mapa nos permite afirmar que:

a) o Brasil apresenta um IDH homogêneo em suas diferentes regiões.

b)  a   região  Sudeste  apresenta   piores   índices,   ou  seja,   as  grandes   cidades

estão associadas a maiores níveis de exclusão social.

c) as regiões Sul e Norte do Brasil são semelhantes no que se refere aos

indicadores do IDH.

d) o mapa demonstra que as regiões Norte e Nordeste possuem os piores

indicadores   de   exclusão   do   país   em   razão   da   seca   que   domina   aquelas

regiões, registradas desde os tempos do Brasil colônia.

e)   os   níveis   reduzidos   de   IDH   estão   concentrados   nas   regiões   Norte   e

Nordeste.



3.  O pedreiro Jorge Sinésio de Almeida, 52 anos, tem más lembranças das

viagens de ônibus que fez de São Paulo até a cidade natal, na Paraíba. "É um

trajeto de três dias em estradas horríveis. Os passageiros sempre correm o

risco de assaltos." Atualmente, ele conta os dias para a primeira viagem que


fará de avião, em dezembro. "Quero embarcar logo. Vão ser só três horas de

viagem",   ele   conta.   "Acho   que   não   vou   ter   medo.   Todos   os   meus   amigos

gostaram". Pelo nível de renda, Almeida se enquadra na nova classe média

brasileira,   segundo   um   novo   relatório   do   Banco   Mundial.   O   estudo   define

classe média como a parcela da população que ganha entre US$ 10 e US$ 50

por pessoa (entre R$ 20 e R$ 102) ao dia.

Disponível em: www.worldbank.org/pt/news/feature/2012/11/13/middle-class-in-

Brazil-Latin-America-report. Acesso em: 15 jul. 2015.

O  crescimento  da  "classe  média"   ou da  chamada  "classe  C",  no  Brasil,  de

acordo com o texto, se deve:

a)   ao   incremento   exclusivamente   da   escolarização   básica   da   população

brasileira na última década.

b)   ao   crescimento   da   renda   da   população   alavancada   pelo   crescimento

econômico do século XXI e às políticas sociais e de valorização do salário

mínimo.


c)   às   políticas   desenvolvimentistas,   de   austeridade   e   de   atendimento   à

população   carente   nos   governos   de   Luiz   Inácio   Lula   da   Silva   e   de   Dilma

Rousseff.

d) às ações dos organismos internacionais que realizaram fortes investimentos

no Brasil.

e) à política de ajuste fiscal com vistas a deter a crise econômica, no início do

segundo mandato do governo de Dilma Rousseff.

4.  Grande   parte   do   que   sabemos   sobre   a   globalização   é   derivado   das

circulações que acontecem nas suas principais estradas ou vias: circulação de

marcas conhecidas [...], de tecnologias de ponta, de informação, de cadeias de

produtos e de imagens midiatizadas. Discussões acerca da globalização são,

geralmente, dominadas por um entendimento amplo da acumulação de capital.

[...]  Assim,   estudos   sobre   a   globalização   estão   mais   preocupados   com   a



formação de redes sociais (na verdade, a maioria são redes de negócios e

econômicas), as quais se unem em torno de empresas multinacionais, cadeias

de produtos, dinheiro e formas de mediação tecnológica (Castells, 1999; 2001)


[...]. Esta versão restrita da globalização reduz para a lógica da acumulação do

capital as formações sociais complexas que coproduzem a globalização, como

os diversos cenários, vidas e as conexões geradas entre eles (Smith, 2001:

23).   Tais   interpretações   da   globalização   omitem   as   texturas   sociais   que   a

carregam   e   a   incorporam,  [...].   Isto   coloca   as   versões   hegemônicas   da

globalização numa relação difícil com a agência humana.

Fonte:   KNOWLES,   Caroline.   Trajetórias   de   um   chinelo:   microcenas   da

globalização. Revista Contemporânea. v. 4, n. 2, São Carlos: Ufscar, 2014. p.

291-292.


O   fragmento   do   texto   da   socióloga   britânica   Caroline   Knowles   sobre   o

fenômeno da globalização expressa fundamentalmente:

a)   a   concordância   da   autora   com   os   conceitos   considerados   hegemônicos

sobre a globalização.

b) a ideia de que esse fenômeno padroniza os comportamentos e valores no

mundo ocidental e oriental.

c) uma crítica às visões que tendem a desconsiderar as ações dos sujeitos nos

planos locais, regionais e global.

d)   a   visão   da   autora,   que   concorda   com   a   perspectiva   dos   estudos   da

globalização que se concentram nas redes e em seu funcionamento.

e)   a   necessidade   de   os   governos   buscarem   ampliar   a   inserção   em   novos

mercados globais, visto que a globalização da economia e dos movimentos

sociais de modo global é uma tendência inexorável do capitalismo atual.


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