São Cipriano o legítimo Capa Preta o livro Proibido de 600 Páginas: o legítimo Capa Preta



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EXU - São Cipriano O Legítimo Capa Preta

Pentagrama da Magia Negra
Visava promover, pelo medo se necessário, um juramento de segredo sobre o que acontecia.
Os livros negros não deixam dúvidas de que muitos feiticeiros e bruxas não acreditavam na existência do diabo como um ser. Admitiam que
certos espíritos poderiam ser invocados para propósi​tos escusos, por isso dirigiam-se ao demônio, Satã e Lúcifer — cha​me como quiser — como a
personificação do mal que desejavam praticar.
Eliphas Levi, provavelmente o maior estudioso dos segredos da Magia Negra escreveu: "Declaramos enfaticamente que Satã co​mo
personalidade e poder, não existe. O diabo, na Magia Negra é o Grande Agente Mágico empregado para objetivos malignos por um desejo perverso".
As investigações de Levi abriram muitas portas para estudiosos posteriores na interpretação de pergaminhos e ma​nuscritos deixados por mágicos
perversos. Ajudou também a esta​belecer o objetivo do 
Sabbat, 
ao tempo em que outros queriam tratar sumariamente do assunto como fantasia pura e
simples.
Constata-se que não havia dias específicos nos quais o 
Sabbat 
deveria ser realizado — nada também estipulado quanto a um local exato.
Obviamente o isolamento é de alguma importância, mas quase não era necessário enfatizar este ponto. Feiticeiras e bruxos, usando roupas apropriadas,
comumente praticavam a Missa Negra, com oferenda de um sacrifício humano ao diabo, parodiando a Missa Cristã. Vejamos um ritual típico de altar
negro narrado num manuscrito do século XVI:
"Uma grande pedra é melhor, mas uma mesa de madeira será suficiente. Sobre estas, duas velas de gordura humana colocadas em castiçais de
madeira na forma de um pé de bode; uma espada mágica com punho preto; um vaso de cobre contendo sangue; um incensório contendo perfumes, quer
dizer, incenso, cânfora, suco de babosa (aloés), âm​bar, estoraque misturado com sangue de bode, uma mola (massa carnosa) e um morcego; quatro
pregos re​tirados de um caixão de um criminoso executado; a cabeça de um gato preto que tenha sido alimentado com carne hu​mana por cinco dias; os
chifres de um bode e o crânio de um parricida."
Logo acima do altar deveria sentar-se a "figura de um bode" representando o diabo. Poderia ser também um bode amar​rado, ereto, em uma
cadeira com uma vela acesa colocada en​tre os chifres, ou um grande gato preto com a cabeça raspada e uma capa jogada sobre seu corpo imobilizado.
Um membro masculino aparecia comumente. De cada lado duas belas "feiticeiras virgens", as "noivas" simbólicas do diabo, que poderiam despir-se e
juntar-se às festividades gerais depois do "serviço" de adoração inicial.
Quando a sociedade está reunida em um semicírculo de frente para o altar, o "alto ministro" designado (usando uma capa preta simples com o
pentagrama da Magia Negra nas costas) dá um passo à frente em direção à figura do bode e apre​senta um nabo negro com as palavras "Mestre, ajude-
nos".
O homem faz uma pausa então, dá um passo a mais e repete:
"Irei ao altar. Salve-me, Príncipe Satã, dos traido​res e dos violentos".
A seguir a "Oração de Satã" é lida do 
Livro Negro 
e pode ser repetida pela assembleia depois do ministro:
"Oh Satã, tu que és a sombra de Deus 

de nós mes​mos, digo estas palavras de agonia para tua glória.
Tu és a Dúvida e a Revolta. Sofisma e Impotência, tu vives novamente em nós, como nos séculos atribulados quando reinaste, manchado de
sangue das torturas como um mártir obsceno no teu trono das trevas, brandindo em tua mão esquerda o cetro abominável de um sangrento símbolo
fálico.
Hoje teus filhos degenerados estão espalhados e cele​bram teu culto em seus esconderijos. Teus pontífices tra​dicionais são como pastores cegos,


viciados; infames, má​gicos presunçosos, envenenadores e párias.
Mas teu povo cresceu e, Satã, tu podes te orgulhar da multidão de teus fiéis, tão pérfidos como tu o desejaste. Este mundo que te nega, tu habitas
nele, tu chafurdas nele em rosas mortas de um monte de lixo cediço e mal​cheiroso.
Tu ganhaste, ó Satã, embora anônimo e obscuro, por mais alguns anos ainda; mas o século por vir irá procla​mar tua vingança. Tu renascerás no
Anticristo. A ciência dos mistérios subitamente fez jorrar uma onda negra para saciar a sede dos curiosos e ansiosos; homens e mulheres jovens viram-
se refletidos nestas ondas de ilusão que into​xica e enlouquece.
Fascinante Satã! Arranquei tua máscara de gula volup​tuosa e me perdi de amor ante tua face coberta de lágri​mas, bela como o rancor eterno e
malogrado.
O hediondo Satã! Descobri tua ignomínia para revelar.

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