O ARDILOSO FEITICEIRO, ATRAVÉS DA LEITURA DE SATÂNICAS ESTORIAS ERÔTICAS, JÁ CONSEGUIU PROVOCAR NUDEZ
VOLUNTÁRIA DA JOVEM INICIADA, QUE SE VÊ SENTADA A SEU LADO. A FISIONOMIA DO BRUXO DIZ TUDO: ELE ESPERA DA MOÇA
MUITO MAIS DO QUE ISSO. . . OU NÃO?!
92. No Tresgajo, na borda de um ribeiro vê-se uma mula de pedra, debaixo dela um grande haver.
93. Na Encruzilhada, a doze passos do caminho, podem ser encontradas sete bilhas de pérolas de ouro e diamantes encantados.
94. No Penedo do Corvo, ao Nascente, quinze passos do Ciprião, há um caixão de argamassa, onde estão dez águias de ouro.
95. No Penedo Certaneiro para a Porta do Sol, ao pé do penedo, há uma cadeira de ouro.
96. Na fonte antiga, passando o portão direito, ao Norte, um haver muito grande.
97. No Seixo dos Anciãos, junto à fonte, debaixo dele há um azado de cobre cheio de ouro.
98. No mesmo Castelo dos Anciãos, na esquina que olha para o Nascente, existe um caixão de argamassa, colocado na torre, lá estão sete
dobrões de ouro.
99. Seguindo-se a outra fonte do mesmo Castelo, no corre-douro da água, há uma talha coberta com pedra mó de um antigo moinho; a talha está
cheia de moedas de ouro.
100. No sombreiro de Roldão uma cabra pintada está olhando para um haver.
101. No Manadouros, numa fresta de uma fraga, por onde sai água, há uma telha, por baixo um haver grande.
102. Na Olha Velha, junto ao poço da mesma, no lado do Poente, ao pé de um alcorno, enterrado um caixão cheio de joias.
103. Na Palha Parda, numa barca antiga, estão umas cadeiras pintadas, sob estas uma toalha cheia de barras de ouro.
104. Na Fonte do Pingão encontra-se um haver grande.
105. No Sítio dos Cabrões, na Peneda do Lagarto à distância de dois passos do lado Norte, há um desenho reproduzindo a cara do Nascente,
daí a dez passos da mesma cara, acima, acharão, debaixo da torre, uma arca feita de argamassa; são necessárias três bestas para transportar a grande
quantidade de moedas.
106. Na Fonte do Costa, a dezesseis passos, em cima de uma peneda, de cara para o Poente, está uma talha de moedas de ouro.
107. Na Fonte de Ouro, a nove passos da Porta do Norte, encontra-se uma penela com dinheiro.
108. Na Fonte do Teixeira, no lado do Nascente, há uma arca enterrada contendo muito ouro e prata.
109. Na Fonte das Navalhas, dez passos da fonte, cara ao Sul, embaixo à altura dum homem, existe uma valia de mais de mil cruzados.
110. Na Fonte da Sibra, ao lado esquerdo, por baixo da mesma fonte, altura de um homem, uma panela cheia de joias preciosas.
111. No Castro de cima, em uma das cinco portadas, está enterrada uma panela de ouro a dois homens de profundidade.
112. No sítio da mesma porta, cara ao meio dia, próximo do Canaleiro distância dum tiro, a 15 passos estado e meio dum homem, está uma pia
de peças de ouro.
113. No Castelo do Mau Vizinho está uma pedra de três quinas, defronte da mesma pedra, a oito passos, está uma tina de prata contendo muito
ouro.
114. Na Pedra do Corvo há um caixão argamassado com moedas de ouro.
115. No Sítio da Peneda Redonda, cara ao meio dia, vinte e sete passos estado dum homem, há muita soma de ouro e prata lavrada.
116. No Sítio de Castro Sucher acharão um caixão de seis palmos de altura contendo grande soma em moedas.
117. Na Fonte do Monte Frio, estado vinte palmos, cara ao Poente, acharão a dezesseis passos uma tina de ouro e debaixo grande serventia de
prata.
118. Na Fonte do Carvalho, estado dum homem, cara ao Norte, acharão mais de doze mil cruzados de ouro e grata, distância de seis palmos.
119. Na Peneda do Rio Fragoso vê-se uma cabra, em volta, cara ao meio-dia, e da outra parte, cara ao Nascente, a dezoito passos está a arte de
um ferrador todo de ouro.
120. Desenterrando o Castro dentro do mesmo castelo, existe um tesouro de mais de cem mil cruzados, em peças de ouro.
121. Na Peneda do Olho Redondo, ao virar o sol, a quinze passos, há uma arca enterrada com muita riqueza.
122. No Castelo do Mau Vizinho, defronte do meio-dia, debaixo da portada, acharão um grande haver.
123. À porta do Sabugueiro, da casa do Calador, há um grande haver na mesma porta; são quarenta barras de ouro.
124. Defronte do Penedo Furado, a sete braças, estão enterradas quarenta barras de ouro e quarenta de prata.
125. Na Cabeça da Velha há um desenho representando a cabeça de um cavalo; ao pé encontram-se uma cabrita de ouro e vinte barras de prata.
126. Ao pé do Seixo Branco estão sete barras de ouro. 127: No Castro Bolha, sete passos ao longo da fonte, encontra-se o haver de um rei —
sete milhões de ouro, em moedas. 128. Perto da Calçada, ao pé de uma fraga, da banda do Castelo, há um grande haver, mil escudos de ouro e prata;
espetada na mesma fraga, a cara pintada de um homem.
129. No poço que fica por cima do Goadramil, tem dentro duas caras de peças de ouro e prata, e mil quantias de ferro do lado onde tem um
buraco por onde escorre água.
130. Nas rachas que ficam próximo a um salgueiro, ao pé do qual nasce uma fonte, estão quarenta barras de ouro e vinte de prata guardadas num
caixão.
131. No Penedo da Mira, junto ao pé e na parte do Nascente, existe um tesouro, assinalado por um marco; são duzentas barras de ouro e
quinhentas de prata.
132. Na Penha, em Varge, um grande haver que não tem conta fica escondido sob grande cabeça de um cavalo, pintada; debaixo, enterrado está
o tesouro.
133. Nas fontes do Navalho, em cada uma delas há seu haver, e por cima da principal, a oito passos uma tinalha cheia de ouro.
134. Noutra fonte do Navalho, onde há uma ferradura desenhada em uma pedra, entre a fonte e a ferradura aloja-se um grande haver; e o que
acharem vivo não matem.
135. Na outra parte do Navalho, ao norte, entre a estrada e a fonte, tanto para uma como para outra parte, fica um azado de ouro.
136. Na salgueira oculta-se um grande haver, que são quinhentas barras de ouro.
137. Na Fonte do Velho, um pico de ouro.
138. No limite do Castro Socham há uma fornalha de fazer telha, na quinta, dele para o sul, há uma cadeira de pedra, debaixo dela uma tina de
pérolas e diamantes e quinze barras de ouro.
139. Na Fonte de Sagraça, na parte de cima estão quarenta marcos fincados, e no meio destes está uma tina de ouro da altura de um homem.
140. Na Fonte da Moura, a três passos, está uma tina de ouro mais alta que um homem.
141. No Vale de Valbum, há um penedo furado na parte do poente onde estão depositados cento e quarenta saquinhos de ouro.
142. 0 Castelo de Vorim, na Fonte d'El-Rei, para a parte do Nascente, tem um seixo branco com uma medalha pintada, ao direito dele; a um
passo existe uma cova redonda cheia de moedas de ouro, da altura de dois homens.
143. No mesmo limite, por baixo do Castelo, está uma mesa redonda de pedra, pintada, na outra parte uma ferradura, e por baixo, a 25 palmos
escondidos muita prata e ouro de uma viúva.
144. No limite do Vale Curto tem uma laje grande, debaixo desta estão quatro arrobas de ouro.
145. No Castelo do Mau Vizinho, nas portas do poente, por baixo delas está um penedo redondo, onde acharão duas tinas metidas na fraga, uma
de ouro outra de prata.
146. No mesmo limite, no Penedo do Vale, por onde sai água, aí acharão duas ferraduras pintadas, por cima de onde sai a água, a seis passos
para o norte, acharão uma tina de diamante e uma barra de ouro de altura de dois homens.
TESOUROS DA GALIZA
Pergaminho de valor histórico apreciável foi descoberto nos porões, exatamente numa junta que une duas grandes pedras nos alicerces do castelo
mourisco de D. Guttierre de Altamira. O achado ocorreu no ano da graça de 1065, época em que D. Fernando, o Grande, rei de Leão, passou os
domínios da Galiza a seu filho Garcia.
Pergaminho encontra-se atualmente na Biblioteca Acadêmica Peninsular Catalana, na cidade de Barcelona, Espanha, estante n9 76-A.
Os tesouros e encantamentos do antigo reino da Galiza foram depositados pelos mouros e romanos em esconderijos subterrâneos. A maior parte
deles, segundo o pergaminho.
Tal providência de mouros e romanos sugere que, sendo expulsos daqueles territórios depois de longos combates, levavam a esperança de voltar
a estabelecer-se ali, mais tarde. Por isso deixaram parte dos tesouros escondidos, temendo que lhes fossem saqueados pelas legiões invasoras.
O pergaminho tem partes corroídas pela ação do tempo e em alguns trechos a escrita está i legível, o que muito dificulta sua tradução.
Ao longo dos séculos foram surgindo orações, esconjurações e ladainhas com fundamentos mágicos, sempre objetivando o desencanto
(achamento) dos tesouros galizinos.
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