Acreditamos que para amar e sermos amados (pais, filhos, amigos, companheiros...) deveríamos misturar vidas, opiniões, opções, espaços, sentimentos, crenças, ideias... Deveríamos nos unir numa só pessoa/grupo, nos adequarmos aos desejos de cada um e caminharmos pelos caminhos uns dos outros. Aprendemos a olhar para/pelos outros, para agradá-los, cuidá-los... antes e em lugar de nos ver, nos entender e cuidarmos de nós mesmos! Parece bonito, mas é incoerente, antinatural – não dá certo! Vivemos prisioneiros do medo da perda!
E que tola pretensão querer entender e cuidar dos outros, quando nada sei de mim- do que sinto, das minhas necessidades tão abafadas, mascaradas, disfarçadas de mim mesma! Como ser/estar verdadeira e serena, com meu interior irritado, magoado, ressentido, de tanto “engolir sapos”...
Como respeitar os outros, se não me respeito? E submetendo-me, acabo tentando submeter os outros pelas mesmas armas de segredos, mentiras, manipulações... Vendendo, muitas vezes, a imagem de pobre vítima amante da paz, lançando culpas...
Como ter relações verdadeiras se me relaciono apenas através do que mostro e não do que sinto? Temos muito medo da Verdade – de dizer ou de ouvir! E de tudo que sacrificamos e a que nos submetemos por esse medo, nos resta a triste constatação que estamos cada vez mais afastados e ressentidos...
Para ser assertivo preciso me dedicar ao exercício de conviver com as minhas “verdades”, perder o medo de me ver e escutar, aprender a ser honesta comigo mesma – aprender a sentir os meus limites a cada momento, em cada situação. Esse contato contínuo e verdadeiro vai revelando-me o que sou, como estou, o que quero, o que posso, o que não quero, o que não posso... Esse “descobrir de mim” vai criando uma intimidade amorosa que me leva a me valorizar, a vencer o medo de ser quem sou , a querer me respeitar, a querer me revelar...
Preciso dizer de mim! Preciso ser leal a mim e, com a mesma honestidade que usei comigo, preciso comunicar aos outros quais são osmeus limites, minhas possibilidades e disponibilidades na relação. Estou então estabelecendo e, corajosamente, honrando os limites do respeito a mim e à minha vida. É uma alegria poder “ver” meu próprio crescimento a cada momento que consigo ser assertiva, porque descubro que estou aprendendo a me valorizar, a me amar, a cuidar de mim... Amo as pessoas, mas “Que comece por mim”
Ser assertivo é aprender a viver com a Verdade, um princípio espiritual... É nos libertarmos dos medos que nos apequenam...
E cada vez entenderemos melhor o que nos foi prometido:
...E a Verdade vos libertará!
Postado por Maria Tude às 17:36
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
terça-feira, 14 de outubro de 2014
OPINIÕES
As opiniões exprimem nossa apreciação sobre qualquer assunto – naquele momento!
Somos seres vivos, portanto, seres em aberto, flexíveis, mutantes, mutáveis, em constante transformação... e nossas opiniões, reflexos do nosso pensamento, precisam ser coerentes com o que somos e atestar que estamos vivos – em movimento – de olhar e escuta com amplitude, retificando-as ou ratificando-as, mas certamente enriquecendo-as com novos aspectos apreendidos.
Quando dizemos ou pensamos: “Já tenho uma opinião formada...” apenas dizemos que estamos fechados, teimosos, congelados em nosso orgulho e enrijecidos naquele pensar, tantas vezes herdado ou manipulado!
De qualquer forma, as opiniões são um “instantâneo” de cada um de nós e por isso precisam ser respeitadas. Não devem ser discutidas, ironizadas, comparadas, disputadas – qual a melhor, a mais certa, a mais honesta... Não devem ser transformadas em munição para o convencimento, em uma disputa que só nos afasta, só nos enrijece em nossas posições de ataque/defesa, cada vez mais prisioneiros de nossos egos.
Numa visão maravilhosamente promissora de crescimento, num contexto de humildade, igualdade e cooperação, buscando, com gentileza e abertura, a solução de propósitos em comum, podemos desfrutar da experiência extremamente enriquecedora de compartilhar opiniões. Nesse contexto, cada um por sua vez colaborando com suas opiniões, escutando com mente aberta, podendo refletir e enriquecer ideias, temos a oportunidade de nos sentir “pertencendo” e coautores de nossas soluções.
Minha opinião, sozinha ou uni/direcionada, mesmo quando bem embasada, fica empobrecida nesse meu olhar “caolho”. A troca, não a disputa, é que pode nos enriquecer e nos fazer sentir participantes de uma Consciência maior e melhor. A discussão fere, agride e nos mantém entrincheirados em nossas razões e opiniões. O Compartilhar, ao contrário, nos enriquece e aproxima .
Mas, se não for, ainda, possível essa troca inteligente e generosa, que cada um fique com a sua opinião – sem disputa, com respeito.
Postado por Maria Tude às 16:48
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
ESCOLHAS
São nossas primeiras e eternas manifestações de individualidade e responsabilidade na Vida. Escolhemos, ainda que inconscientes, ser bebês mansos, manhosos, rebeldes... Nossas escolhas, quaisquer escolhas, vão construindo nossos destinos. Não importa os caminhos tomados, eles foram nossas escolhas! Não importa tudo que nos ensinaram, se acreditamos ou contestamos, foi nossa escolha! Até o que fomos “obrigados a engolir”, a fazer ou não fazer... foi nossa escolha como reagimos a tudo aquilo! E tudo que nos foi passado como verdade desde que nascemos, é de nossa escolha continuar acreditando ou não! Mesmo quando subjugados pela força (física, afetiva, econômica, psicológica), ainda assim é de nossa escolha como lidaremos com o que a realidade nos apresentar. Mesmo quando resolvemos não fazer escolhas, quando delegamos nosso direito a outros, isto também é uma escolha.
Esse é o livre arbítrio que um Poder Superior Amoroso Sábio nos legou. Podemos tudo, somos livres para qualquer escolha – e, junto, nos é deixada a responsabilidade, a oportunidade de aprendizado, com as consequências de nossas escolhas nas relações afetivas, religiosas, políticas, sociais... Esse é o propósito maior de nossa vida!
No entanto, nos foi ensinado que o Mundo é que seria “culpado” por nossa felicidade ou infelicidade! Por isso culpamos os amores, parentes, amigos, inimigos, os religiosos, os políticos, a sociedade... por nossas dificuldades, sem pensarmos em nossas próprias escolhas, tirando de nós a responsabilidade por nossas escolhas anteriores. E nos enganamos muitas vezes quanto ao que nos motiva em nossas escolhas. Gostamos de fantasiá-las de “pelo bem dos outros” quando, tantas vezes, estamos resguardando nossos privilégios, nosso poder, nosso medo das consequências de caminhos mais trabalhosos ou que nos exporiam mais às criticas do mundo.
Por respeito, não devo forçar, manipular ou tentar convencer os mais dependentes, os mais confusos, aqueles que ainda não sabem de seu próprio poder de escolha. É covardia, abuso, prepotência, arrogância, presunção, desrespeito... mesmo quando em nome do “bem” ou do “cuidado”! Não quero, tão pouco, ser manipulada ou “forçada” em minhas escolhas. Não quero abrir mão de minha liberdade e responsabilidade de escolha, não quero abrir mão de ser quem sou. Essa é a minha vida!
Postado por Maria Tude às 13:14
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
sábado, 4 de outubro de 2014
DELEGAR
Por que nos sobrecarregamos tanto?
Vivemos num queixume, pensado ou falado: “Tudo acaba por arrebentar em minhas costas! Mas, se eu não fizer, quem fará? E, de que jeito farão?” Quantas vezes nos sentimos assim? Abafados, desgastados, magoados pelo descaso dos outros, pelo não reconhecimento do nosso esforço, pelas cobranças injustas, pelo abuso, pelos elogios manipuladores dos mal acostumados...
Hoje começo a ver que somos os únicos responsáveis por nossos papéis nas relações em Família, no Trabalho... papéis de vítimas exploradas ou sobrecarregadas. Preciso aprender a desapegar do poder, do controle; preciso aprender a DELEGAR!
É um difícil aprendizado porque requer que abra mão do poder de ser quem faz tudo, quem decide tudo e do modo que me pareça melhor. É abrir mão da pretensão de ser a que pode “salvar” familiares, amigos, a humanidade em geral!...É abrir mão da presunção de ser a que sabe mais e a que tem mais bom senso. Abrir mão da prepotência de exigir que seja do “meu modo”. Abrir mão da vaidade de ser incensada, mais valorizada... mesmo que como “pobre vítima sacrificada”, esperando migalhas de amor e valor! Estes são ganhos tortos, aos quais, infelizmente, nos acostumamos...
Delegar, então, passa a ser um exercício de libertar-se da ansiedade de ocupar-se demais com os assuntos da vida dos outros para aprender a cuidar de você, buscando transformar-se para melhor, sua maior responsabilidade na vida. É um exercício de atenção gentil e carinhosa consigo mesmo ao respeitar seus limites físicos/psíquicos/espirituais. É um exercício de generosidade e respeito com os Outros porque, mesmo quando “não me custa nada”, não tenho o direito de tirar-lhes a oportunidade de enfrentar e aprender com seus próprios desafios, para poderem se sentir úteis e capazes. É, também, um exercício de confiar e fazer escolhas coerentes com aptidão e possibilidades, no momento, entre pessoas e tarefas, mantendo disponibilidade para cooperar, sem críticas e sem interferências.
Delegar, nesse sentido, é desprender-se do controle, aprender a confiar, é saber distinguir o que é meu do que é do Outro, o que eu sei do que o Outro também pode saber ou aprender. Só assim, menos sobrecarregados, mais livres, humildes e generosos, poderemos compartilhar serviços e saberes, nos valorizar e enriquecer uns aos outros.
Postado por Maria Tude às 22:14
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
O CADEADO E A CHAVE
Sentimo-nos, tantas vezes, cerceados, paralisados, em nossa caminhada rumo a um viver melhor! E nos perguntamos: Quem me prende? Quem bloqueia a amplitude do meu olhar para novos horizontes? Quem me incita a uma luta constante, que me desgasta, que me tira a “graça”? Durante tanto tempo procurei os culpados à minha volta, até que, finalmente, pude entender que era eu mesma a carcereira, a senhora das chaves - que eu era prisioneira de mim!
E então precisava descobrir onde estavam as algemas que me impediam de ser e estar melhor, comigo mesma e em minhas relações. Entendi que o orgulho não me permitia enxergar minhas tantas outras dificuldades. Minha presunção, minha pretensão, minha prepotência, minha vaidade, minha arrogância... mesmo quando disfarçados dos outros ou ignorados por mim mesma, me isolavam e me cegavam em minhas “certezas”. Como estar “juntinho”, próxima, se estava acima, se entendia mais, se falava mais alto, se era melhor e por isso deveria orientar e controlar ? Descobri que esse orgulho detonava a raiva que sentia por não aceitar situações de impotência ante as pessoas, ante os fatos, ante a vida, e a raiva me tornava impaciente, irritadiça, até agressiva, afastando os outros e adoecendo meu corpo. Roubava-me também a alegria de um desfrutar suave e carinhoso com as pessoas que amava e impedia a troca de ideias, que nos enriquecem nas relações. Pude notar que, quanto mais isolada eu ficava, deixava que meu olhar para os ganhos materiais ou afetivos dos outros se tornasse cheio de amargura invejosa, disfarçada pelo despeito. E tentava preencher o vazio de alegria acumulando, com usura, sem compartilhar, coisas, pessoas, saberes... numa gula sem fim e numa busca contínua e insaciável por prazer. Ao descobrir tudo o que me aprisionava nesse “mal viver”, descobri também que precisava vencer o desânimo, a preguiça, para iniciar as mudanças que libertam!
Mas entendo que não devo brigar ou repudiar minha humanidade ainda tão iludida, tão defensiva, tão agressiva... tão imatura. Preciso sim, com firmeza, honestidade, com paciência carinhosa e bem humorada, iniciar o reconhecimento e abertura dos meus cadeados, porque eu sou a chave de mim! Preciso ir desmontando a falso/tolo autoengano de soberba e superioridade e, sem humilhação, sem precisar parecer, sem medo, poder desfrutar a tranquilidade simples ser humilde e igual, de ser gente como qualquer gente, de poder acolher ideias e pessoas e admirá-las, sem comparações, críticas e azedumes...Preciso ir descobrindo a gostosura do com partilhar e substituir a disputa por cooperação, para sentir-me, realmente, pertencendo nas relações! Quero exercitar a gostosura do desfrutar, saboreando, com temperança, os prazeres da vida.
Aqueles são alguns dos cadeados que nos atam à luta, ao vazio, à agonia. Essas são as chaves que podem abri-los e os ganhos que nos esperam, que a vida nos promete, se nos dispusermos a romper a inércia, a acomodação e usarmos, com boa vontade, de nossa “coragem para mudar”. A aceitação de minha humanidade e a perseverança em libertá-la para patamares sempre melhores, me traz serenidade e libera minha capacidade de amar.
Postado por Maria Tude às 15:24
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
terça-feira, 23 de setembro de 2014
INSTRUIR E EDUCAR
Estamos acostumados a pensar nestes verbos em relação ao Outro – nós atuando sobre os outros. Mas, primeiro é importante pensá-los em relação a nós mesmos, porque tudo começa EM MIM!
Instruir – Vivemos sob o jugo de um mundo racional, mental, egóico, onde somos instruídos para a luta, para competir por ganhos materiais e poder, para descobertas técnicas que requerem cada vez mais informação. Recebemos instruções desde que nascemos e aprendemos a valorizar tudo que possa nos abastecer de mais saberes, desde os mais simples/básicos até os mais sofisticados e eruditos. Aprendemos que quanto mais e demais “saberes” e especializações tivermos, mais seremos valorizados, teremos mais prestígio, bens materiais... Seremos, talvez, até “amados”! E nesse mundo tão materialista é o que parece contar. Vivemos a era da informação/instrução porque esse é o caminho que nos mantém mais aptos a “vencer na vida”!
Esse caminho da instrução tem uma direção que vem de fora (do mundo) para dentro de mim. “Aprenda”, repita, memorize, enriqueça-se com mais técnica, mais novas informações, destaque-se, vença, seja mais, saiba mais, tente mais... tente até ser feliz! Tudo se inicia na família(com “papos” unilaterais e corridos de instrução), continua “mais formal” na Escola, pela TV, nas Igrejas, nas Empresas, nas Especializações... No entanto, atenção!Somente, e tanta, instrução acaba por criar “linhas de produção” de saberes, adestrando nossos pensamentos e comportamentos, ignorando nossos sentimentos, bloqueando nossa criatividade, fragmentando nosso olhar e percepção em infinitas especializações, querendo talvez transformar-nos em super homens, mas tão pouco humanizados, num mundo tão sofisticado, desamoroso, frio, violento...
Educar – tem uma direção contrária. É levar para fora as minhas potencialidades e compartilhá-las com o mundo, com ética/respeito e verdade... Para isso preciso primeiro conhecê-las e às minhas dificuldades internas que as entravam. Educar a mim mesma é ter uma atenção amorosa comigo, valorizando quem sou e, com paciência, ir modificando as distorções agressivas-defensivas do meu ego arrogante e competitivo. É buscar os valores éticos/espirituais que podem redirecionar, humanizar e trazer respeito amoroso à minha relação comigo mesma e com o mundo.
A partir desse meu processo interior contínuo, posso entender que Educar - na Família, na Escola, na sociedade em geral, é ter disponibilidade para o processo do “descobrir-se” do outro, compartilhando experiências, estabelecendo e honrando com respeito os limites de cada um em suas interações com pessoas e situações. Educar, assim, é valorizar nossa unicidade, nossa individualidade, querendo realmente escutar suas ideias, seus sentimentos, respeitando suas possibilidades em cada fase de sua vida, sugerindo e trocando valores éticos para que possam vivenciá-los no mundo material com toda a instrução que estiverem recebendo. Educar é ser o exemplo, um parâmetro, em nossa interação, de auto cuidado, o que certamente favorecerá a construção de sua auto estima.
A instrução nos traz saber, mas somente sua utilização com a ética que é trazida pela Educação poderá nos levar a sermos mais responsáveis, respeitosos, amorosos, mais aptos a utilizar tanta informação de modo a sermos mais felizes. Tanto a Instrução como a Educação fazem parte do desenvolvimento e da evolução humana. E elas precisam acontecer, sim, tanto na Família quanto na Escola e por consequência na Sociedade. Não adianta reconhecermos que nós mesmos recebemos mais instrução do que educação, porque, já então, restava à Família pouco tempo para se verem/ouvirem, presos que estavam todos ao sistema herdado de estudar o que mais que pudessem, trabalhar muito para ganhar muito e comprar muitas coisas uns para os outros, para terem poder e serem invejados e “respeitados”. Não adianta nos horrorizarmos com a violência de uma sociedade sem amor e valores, nutridos que fomos pela mídia materialista, abandonados que fomos num “jogo de empurra” entre a Família e a Escola! Todos reclamam e criticam, mas “Quem me Educa?”
Não posso mudar ninguém, nem esse Sistema equivocado que nos “engorda” de coisas e carências afetivas. Mas não quero eternizá-lo, nem passar adiante esse modelo. Só posso mudar a mim! Então, cabe a mimcuidar de mim, me educar e compartilhar – educando- levando aos outros o melhor de mim.
Maria Tude
2015
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
DESVAIROS
Mente correndo solta, sem brida, sem freio... Mente dominada pelo absurdo, pelas possibilidades mais terríveis, que nos aprisionam como “certezas”: desastres, traições, abandonos... Mente invadida pela ameaça dos fracassos (materiais, intelectuais, afetivos...), pelas doenças, pela morte... Mente dominada pelo Medo! Mente prisioneira do passado que valida as possibilidades mais terríveis no Futuro... Mente acuada por premonições, pela lembrança de casos, acasos, coincidências ameaçadoras...
Assim pode ficar nossa mente quando dominada pelos muitos medos, quando resolvemos viajar pelo escuro do futuro: “e se...?” E, desenfreada, nos leva a buscar alívio e escape no sono alienante, nos químicos, na morte... Ou nos paralisa, e nos leva ao pânico, à somatização, às doenças... Ou ainda nos submete e escraviza com superstições que nos deem a ilusão de segurança: rezas, patuás, rituais...
O corpo, encharcado da adrenalina liberada pelo medo gerado por nossa mente desvairada, descompassado, em desequilíbrio, necessita desesperadamente de movimento para tentar drená-la! É preciso, então, andar, correr, falar, brigar, argumentar, chorar, suplicar... “Ah, eu não posso parar. Se eu paro eu penso...” O Sistema está em colapso! Está fora de controle! Perdemos o controle de nós mesmos! A mente/ego está numa corrida desvairada e nós, submetidos ao absurdo, sem saber como parar!
Só uma dimensão acima, superior ao corpo e à mente, poderá nos devolver a sanidade, a tranquilidade. Só essa dimensão, espiritual, poderá sossegar-nos, desligar-nos, ensinar-nos a prestar atenção ao momento, até poder redirecionar nossa mente. Preciso experimentar, sentir e acreditar, no poder dessa Dimensão, sintonizada com um Poder Maior. É de lá que vem a força e serenidade para retomar as rédeas de mim. Sem luta, docemente, pacientemente, sinto a Suave Presença me acolhendo, cuidando de mim, dos meus desvairos, trazendo-me para a realidade do Momento, para a Vida...
“Pedi e Recebereis” nos foi prometido e, através da Oração, conforme nos foi sugerido, Soltamo-nos e Entregamo-nos a esse Poder de Amor Maior. E Ele nos traz para o Presente, para o Aqui e Agora, para a Serenidade!
Postado por Maria Tude às 09:49 2 comentários:
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
domingo, 16 de agosto de 2015
DESEJOS
Nossos desejos nascem e existem para além do Presente. Vivem em nosso imaginário como sonhos bons, metas de sucesso ou ainda para nos livrar de perdas. São anseios humanos, projeções de ideias da mente/ego, baseados naquilo que acreditamos ser o melhor para nós e para quem amamos. É ainda muito difícil deixarmos de desejar, deixarmos de projetar para adiante nosso medo de perdas e a alegria dos ganhos. Distraídos que somos do Aqui/Agora, nos vemos atraídos, arrastados e aprisionados por nossos desejos, que vivem no futuro.
As crenças que impulsionam nossos desejos quase sempre são baseadas na necessidade de sermos possuidores e acumuladores de bens materiais, de sermos vencedores em quaisquer jogos/disputas ( inclusive as afetivas), na “certeza” de sermos responsáveis pela felicidade de quem amamos, na vaidade de sermos reconhecidos e aplaudidos por nossas performances...Também acreditamos num Deus poderoso e bondoso que pode nos livrar de qualquer mal e do pesadelo das perdas, por nosso “merecimento”. Um Deus que pode nos garantir a concretização de nossos desejos mais caros e “importantes”, também por nosso merecimento e por Sua Graça.
Em nosso anseio e pressa por respostas aos desejos, facilmente desenvolvemos expectativas. Tentamos controlar situações e pessoas tentando ajustá-los à essas expectativas, dando orientações, cobrando, manipulando, vigiando... E jogamos, de forma cruel, desrespeitosa e insensível, todo o peso de nossa ansiedade naqueles que amamos. Expectantes, vivemos então em estado de vigilância e luta, encharcados de adrenalina, que muitas vezes parece nos viciar e nos leva a perder a capacidade de estarmos serenos para realmente desfrutar nossas relações. Buscamos também pressionar e orientar Deus para nos atender com rezas, promessas, barganhas, cobranças... Os sonhos, assim, se transformam em pura ansiedade e angústia, para nós e para aqueles que são alvo de nossos anseios.. Tornamo-nos prisioneiros da agonia de querer ver nossos desejos realizados!
Mas podemos substituir expectativas por Esperança! É só transformar as crenças do ego em um poder superior que existe para satisfazer nossos desejos, na crença em um Poder Maior, Superior em Sabedoria, Amoroso, Cuidadoso... Poder Maior que tem uma Visão Maior, que entende o que desejamos, mas sabe o que mais precisamos e respeita nossos ritmos e desafios no caminhar... É transformar a crença de que somos responsáveis pelo destino dos outros, pelo entendimento que todos temos um caminho próprio, com ganhos e dificuldades. Acreditando assim, confiando, podemos entregar nossos desejos a esse Poder e experimentarmos a doçura, a certeza e a paz de esperar o melhor, no tempo e com a sabedoria de Deus. Isto é Esperança, a espera mansa, paciente, humilde e confiante nas decisões de Deus para nossos humanos desejos.
Confiantes, com Esperança, vamos aprendendo a nos desapegar da expectativa dessas projeções futuras, buscando o exercício de Soltar-nos e Entregar-nos a esse Deus Amoroso de Sabedoria, cultivando sua Presença e Força em cada momento do Presente.
Postado por Maria Tude às 18:16 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
terça-feira, 11 de agosto de 2015
NÃO APRESSE O RIO...
Não chore pelas ondas desorientadas a se debaterem entre elas e a se quebrarem nas pedras... Não maldiga os ventos fortes que as impulsionam, irritam, encrespam, desorientam... Nem as poderosas correntes que as carregam para longe, que as misturam com outras águas... Nem a poluição que as tornam imundas, as contaminam e as desfiguram... Nem o sol que as evapora, parecendo fazê-las acabar, ir para o alto, morrer... Nem as chuvas que as trazem de volta para novos desafios... Afinal, tudo tem um propósito, um bom propósito!
Nós somos água, nós somos como as ondas... Centelhas individualizadas da mesma Energia Divina, gotas do mesmo Oceano. Cada um de nós, amigos e inimigos, bons e maus, “certos e errados” e até mesmo aqueles que mais amamos, somos únicas e particulares gotas divinas a caminho do Oceano! Podemos parecer tão diferentes ! Alguns, num estágio momentâneo de aparente paralisia como as geleiras e os lagos “fechados e imutáveis”. Outros, em pântanos estagnados, poluídos, outros ainda em um caminhar preguiçoso dos rios de planície, que parecem “fugir do mar”. E ainda os que se atiram em cascatas e corredeiras correndo céleres para o mar, onde se transformam em ondas, ainda a procura do Oceano!
Todos estamos a caminho, com a mesma meta, intuída, ainda que muitas vezes inconsciente, buscando nosso destino/origem... Cada um em um tempo, com um estilo, com talentos e dificuldades próprios. Podemos demorar a entender, a aceitar... mas nada nos impedirá a chegada, a união, a reunião!
As dores, os medos, os desafios do percurso nos maltratam, mas nos depuram, lapidam, nos fazem mais límpidos, nos iluminam, nos impulsionam para a beleza e grandeza de um Oceano de Luz, agora apenas sonhado. Nesse processo, tudo conspira e nos inspira a seguir.
Por isso, não culpe, não despreze, não se desespere. Não apresse o rio! Suas águas, todas as águas, até as que já evaporaram, sempre voltam... como tempestade, chuva, chuvisco, para mais uma vez caminhar buscando o Oceano. Todos fazemos parte de um propósito Maior. Respeite cada gotinha de Deus que encontre, amada ou não, já mais límpida ou ainda muito poluída. Cada um, qualquer um, é um vaso ainda frágil, cheio de medos, dores, alegrias, sonhos, decepções, acertos e desacertos, claros e sombras... Cada um de nós é uma promessa e uma certeza de Deus, no tempo de Deus.
Somos apenas como ondas confusas a se debaterem procurando o Oceano, porque ainda não sabemos que já somos parte do Oceano!!!
Postado por Maria Tude às 15:42 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
CICATRIZES E SEQUELAS
São marcas e marcos deixados em nós durante nossa passagem por esta vida. Algumas parecem até inatas, demonstradas pelas diferentes características de temperamento que já trazemos ao nascer!
As cicatrizes deixadas em nosso físico são mais visíveis: leves e superficiais ou profundas e perenes. Mas as cicatrizes que trazemos em nossa dimensão psicológica/afetiva, talvez menos visíveis, guardam também as marcas dolorosas que, muitas vezes, tentamos esconder ou esquecer. São testemunhas silenciosas (ou gritantes!) das dificuldades de nossa caminhada.
Os traumas pequenos deixam regiões apenas melindradas, mas os traumas muito violentos, inesperados, ou os traumas muito dolorosos e contínuos acabam por deixar vestígios mais profundos e duradouros - eles nos deixam sequelas. Essas sequelas, sempre em silenciosa prontidão, nos fazem reviver as dores e horrores do passado. Em nosso corpo físico criam lesões, mutilações, inadequações... E em nossas dimensões interiores - também.
Trazemos, então, essas marcas profundas, aparentemente adormecidas, escondidas dentro de nós. Podemos, inconscientemente, encobri-las nos deixando tomar por outros sentimentos e comportamentos. É o modo que encontramos para lidar com a dor, com nossa impotência ante algumas situações acima do nosso limite. Encobrimos a Grande Dor com irritação, raiva, frieza, indiferença, sublimação, arrogância... Mas não nos enganemos, esses sentimentos aflorados são sequelas deixadas pelos grandes traumas.
Outras sequelas só precisam de “gatilhos” para que descubramos o quanto aqueles traumas ainda estão vivos e atuantes. Algumas músicas, cheiros, paladares, filmes, datas... toques de telefone na madrugada, às vezes até a qualquer hora... pequenas ou grandes mentiras, traições, hospitais, doenças, drogas/álcool, abandono, acidentes, humilhações... Qualquer menção ouvida ou sentida funciona como uma “sirene” que detona reações em cadeia, trazendo para o presente o nosso medo, horror, agonia, vergonha... a nossa Dor. E se materializam em nosso corpo através de crises de suor, tremor, interferindo em nosso funcionamento físico, causando muita agonia!
Cicatrizes e sequelas são testemunhas do nosso passado doloroso. As cicatrizes físicas muitas vezes podem ir esmaecendo ou nós nos adaptando. E as poderosas e maldosas sequelas poderão ir perdendo o poder de nos fazer remoer as dores, nos paralisar ou de nos dirigir. Mas precisamos ter consciência delas, entendê-las, compartilhá-las até “banalizá-las”, tirar-lhes o poder de tanto nos assombrar. Precisamos lidar com os restos desse passado marcado, marcante, com coragem, honestidade, paciência e boa vontade.
Postado por Maria Tude às 11:06 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
sexta-feira, 31 de julho de 2015
GUERRA E PAZ
“Há guerras em que ninguém marcha com uma bandeira, embora isso não impeça que as baixas se acumulem.” - S.Tomás de Aquino.
As guerras não acontecem somente nos campos de batalha do mundo ou nos livros, nos noticiários, filmes... que as trazem de fora até nós. E elas, assim, nos parecem muitas vezes tão distantes! Mas outras batalhas dessas guerras estão, também, ocorrendo dentro de nossas casas! Lutas, discussões, humilhações, ironias, abusos físicos, afetivos, psicológicos, alianças, preferências, comparações, traições, abandonos... Quantas baixas elas causam! É estranho, porque, aparentemente, deveríamos estar sob a mesma bandeira – a dos laços consanguíneos ou de amor. Mas parece que estamos em campos opostos!
Na verdade, essas guerras (todas as guerras) se iniciam dentro de cada um de nós! Sempre é Ego contra Ego! Embora não estejamos empunhando bandeiras, essa tem sido a eterna luta do Homem. “Jamais nos renderemos” Lutamos na Família, nos Templos Religiosos, na Escola, no Trabalho, no Esporte, na política... Comparamos, competimos ,lutamos e possuímos... Vivemos em guerra, sempre, desde o princípio... Mas hoje, agora, já estamos ficando assustados, cansados, até horrorizados. O prêmio ao vencedor ( ter razão, submeter, dirigir, possuir, julgar, condenar ...) já não nos torna felizes, nem nutre nossa Alma cansada, isolada, cada vez mais sozinha, porque o vencedor posiciona-se acima, não consegue compartilhar, não tem iguais... O mesmo poder que superalimenta o Ego não consegue nutrir nossa Alma!
Começamos a tomar consciência de que temos uma Alma amorosa, de que somos seres espirituais! Mas ainda estamos confusos, acostumados a olhar para fora com os olhos do Ego. Queremos que os outros parem as guerras, queremos que os outros nos deem a paz ansiada. Imploramos pela paz, queremos que o mundo seja pacífico (ou pacificado, mesmo à força!!!) para que possamos ter paz! Ainda não percebemos que nem a paz dos outros bastaria para aquietar nosso Ego irritado competitivo e controlador. Ele nos mantém em estado de guerra através de nossos conceitos e preconceitos, de nossos pensamentos, de nossos sentimentos e nossos comportamentos. E com eles vamos trazendo e fazendo baixas em nosso mundo, espalhando luta, contaminando... Em nossas relações mais queridas, as baixas vão-se fazendo e acumulando por intolerâncias, diferenças, desconfianças, divergências, distanciamento... Estamos eternamente reagindo aos outros e nosso mundo ficando cada vez mais fechado, “seleto”, vazio, frio, amargo...
E a Paz? Só eu mesma posso buscar um armistício, uma convivência mais gratificante com os outros, a partir de um movimento interior de paz. Só eu mesma posso escolher ter mais flexibilidade e reformular conceitos. Só eu mesma posso escolher pensar com respeito, aceitação, compaixão, permitindo-me assim sentimentos de ternura, alegria ... Só eu mesma posso buscar agir com paciência, honestidade, com firmeza sem agressividade, com gentileza, com generosidade...Só eu mesma posso decidir me desarmar, depor minhas armas!
Com nosso Ego assim se reorientando poderemos nos dedicar à construção da Paz, porque a paz é uma construção interior, ela é responsabilidade de cada um de nós, ela independe das lutas à nossa volta. Na verdade, essa construção infinitas vezes nos parecerá muito difícil, quase impossível, porque estamos adaptados à guerra e em meio a muitas guerras. Mas é preciso experimentar essa mudança no pensar, sentir e agir, para poder realmente sentir e acreditar na gostosura da Paz. Guerra ou Paz, a escolha é nossa!
Postado por Maria Tude às 11:02 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
domingo, 26 de julho de 2015
LIMITAÇÕES
Somos seres potencialmente ilimitados, herança de nossa origem divina. Mas vivemos nesse espaço/tempo “desafiados” por limitações de toda ordem. Elas nos desafiam (e/ou estimulam) em todas as nossas dimensões e em nossas relações. Fisicamente, no transcurso de nossa vida vamos tendo limitações próprias de suas várias fases e com o passar do tempo elas se modificam e/ou se intensificam. A idade, o desgaste cada vez maior até o fim...Temos também limitações impostas pelo sexo, qualquer definição (ou indefinição) sexual que tenhamos, limitações pela raça, pela religião, pela classe social... Tantas limitações e delimitações!...
Muitos já nascemos com sérias limitações físicas, mentais, intelectuais... E sofremos também limitações em nosso pensar através da criação com crenças limitantes, dogmáticas, fechadas, radicais, que nos levam a posições preconcebidas sobre os mais diferentes temas.
Vivemos em condições materiais e culturais que nos limitam o pensar e o apreciar e, assim, tendem a limitar e delimitar nosso trânsito em nossas relações e na sociedade em geral. Nossas perdas materiais tornam-se altamente limitantes, numa sociedade competitiva, materialista e que despreza perdedores. Nossa dimensão afetiva sofre pressões e agonias desde cedo na luta pela necessidade de aprovação e submete-se, à prisão, às limitações de nossa s máscaras sociais.
Individualmente ou em relações, vivemos sob severas e variadas limitações. Mas essas limitações não são, obrigatoriamente, prisões eternamente condicionantes a nos marcar, estacionar, estagnar... Essas limitações não obrigatoriamente nos devem nos humilhar ou agredir nosso orgulho e vaidade, tornando-nos ressentidos pelas injustiças do destino, aguerridos, amargos, empunhando sempre bandeiras de luta.
Lutar contra nos torna azedos, amargos, arrogantes, cansados... fixados no que nos falta, no que nos limita, distantes da alegria, da aceitação, da superação. O que não pudermos modificar, podemos parar de nos debater para aceitar, reformular... Podemos encarar nossas limitações como desafios que nos estimulam a buscar novos e diferentes patamares.
Podemos substituir humilhação, frustração, raiva e amargura, sentimentos paralisantes e destrutivos, pela serenidade que nos traz a aceitação. Com paciência, perseverança, objetividade, coragem, ânimo, poderemos caminhar para as mudanças possíveis ou buscar novas possibilidades, quaisquer que sejam. Depende de cada um de nós...
Postado por Maria Tude às 11:08 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
terça-feira, 21 de julho de 2015
QUEIXUMES ...
Queixumes, lamúrias, reclamações, “chororô”, manhas... são armas muito antigas, irritantes, improdutivas, contra producentes, usadas nas relações, em quaisquer relações. São armas de manipulação, quando nos sentimos carentes de cuidados, atenção e valorização pelos outros. Mas, será que funcionam como gostaríamos que funcionassem?
Caracterizam uma baixa autoestima, na medida em que são usadas e abusadas numa eterna luta pelo cuidado que acreditamos merecer receber dos outros, numa eterna carência de um cuidado interior (por nós mesmos). É importante eu observar o quanto utilizo, mesmo que eventualmente, esse recurso, essa postura, demonstrados por pensamentos, palavras, máscaras e atitudes!
Às vezes, sentimo-nos realmente queixosos ... É quando estamos insatisfeitos, cheios de auto piedade, pobres vítimas incompreendidas, sem amor... E acabamos usando esse pensar, esse discurso ou essa postura para exigir (ou mendigar?) apoio, piedade, justiça, reconhecimento. É quando acreditamos que “ Auto piedade é melhor do que nenhuma!!!” Pensar dessa forma acaba por nos convencer que somos pobres vítimas!
O queixoso está sempre se comparando, sentindo-se prejudicado, injustiçado ... “ Eu merecia mais... ou eu não merecia!” Em sua irritação, amargura, tristeza, acaba experimentando o despeito, a inveja... jogando culpa nos Outros, em Deus, na Vida. Atua manipulando através da culpa, de um jogo de culpas entre as pessoas. Precisa de uns para ouvir suas queixas e indiretamente, disfarçadamente, culpar os outros, disseminando amarguras, rancores, julgamentos, desentendimentos. Fala como uma vítima inocente, criando culpados por onde passa. Joga, joga... Cobra, cobra...Talvez queira ver se sobra um pouco de “piedade” e atenção para ele! Nesse jogo, muitas vezes até inconsciente, tornamo-nos ácidos, maldosos, destrutivos...mesmo sob a capa de pobres vítimas injustiçadas!
A triste ironia é que, ao assumir essa postura, destruímos nossas relações e criamos uma imagem negativa. Passamos a ser uma companhia pesada, triste, cheia de raiva mascarada de tristeza. Companhia que soa falso, que incomoda, companhia de quem se quer guardar distância ... E, no entanto, os queixosos só queriam ter atenção, ser amados e valorizados!
A saída para lidar com os queixosos é não nos deixarmos manipular por suas lamúrias, estabelecendo limites “aos nossos ouvidos”. E a saída para nós mesmos, quando nos pegarmos pensando ou agindo dessa forma equivocada, em nossos momentos tortos de “vítimas”, é nos lembrarmos de assumir, nós mesmos, os cuidados e a responsabilidade por nossas necessidades físicas e afetivas. Queixumes, lamúrias... tudo isso é “chororô” sem ação, esperando sempre a ação dos outros ! “ O bom cabrito não berra”, nem se queixa... Ele age e procura novos pastos, os melhores que puder!
Postado por Maria Tude às 15:49 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
quarta-feira, 15 de julho de 2015
ENTÃO, APENAS AME !
Nossa realidade é o que é - Luz e Sombra, em nós e à nossa volta. Se, nesse momento, não aceitar a vida e as pessoas, se não gostar do que vê, se detestar o materialismo enaltecido, o ridículo dos valores éticos, se não entender nada, se ainda não tiver respostas para as injustiças da vida... se sentir-se revoltado e perdido em meio a tanta sombra, se sentir a agonia da impotência ...é melhor mudar o foco! É melhor escolher afastar a atenção da Sombra e buscar abrigo e nutrição na Luz.
Dostları ilə paylaş: |