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quarta-feira, 30 de novembro de 2011
AUTO – ENGANO
O que é mesmo que vim fazer aqui?
Esquecidos de nossa origem divina, nos distraímos e ficamos prisioneiros de um mundo material, de seus prazeres, das certezas e dos saberes do ego, da forma, enfim, que fomos condicionados a viver. Os fatos da vida, no entanto, nos emitem sinais, nos chamam a retomar nosso caminho, a buscar o Despertar de uma Espiritualidade que nos aponta a felicidade ao vivenciarmos a Liberdade e o Amor. Apesar disso, permanecemos, quase sempre, surdos, distraídos desses chamados – e nos perdemos...
Parecemos enfeitiçados, hipnotizados, paralisados, enganados, pelos prazeres, disputas e conflitos de um mundo que é apenas passagem e não moradia! Esse mundo que nos engana com promessas a curto prazo de prestígio, sucesso, poder, posse ...
O perigo, no entanto, não está na força e constância dessas promessas, mas, sim, em nós mesmos. É nossa própria voz que nos engana. A voz que advoga as razões do ego mundano; a voz que tudo explica e até justifica; a voz do auto-engano, que nos afasta de quem, realmente, somos, de como estamos; a voz que grita bastante alto para não me deixar ouvir uma outra voz, a voz da minha consciência espiritual, aquela que poderia me conduzir a patamares de vida mais felizes, verdadeiros e menos conflituosos. Quando assim me distraio, eu me engano e me perco de mim mesma, do meu caminho, do que busco. Pior que paralisada, fico perdida, desnorteada... Até quando? O momento do redirecionamento é sempre Agora! Ainda que o caminho possa parecer difícil, não quero me justificar e me enganar. Quero a Verdade para orientar meu olhar e meu caminho, porque acredito que só ela me libertará!
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sábado, 26 de novembro de 2011
CONFLITOS FAMILIARES II - UMA OUTRA OPÇÃO
A Família ficou disfuncional porque se desestruturou, se desorganizou, misturou espaços, papéis ... ou ficou “engessada”, rígida, presa ao passado, presa ao que creditava ser o correto desempenho de seus papéis, presa às suas “verdades” indiscutíveis... ou se diluiu num “salve-se quem puder”... Ela não consegue mais uma comunicação simples e honesta entre seus membros. A Família está em grande sofrimento, ainda que tente negar e a seus membros pouco reste, a não ser “... a ventura de parecer aos outros venturosa.” A Família não sabe como mudar, a não ser tentando mudar uns aos outros. E, Por Amor, tentamos muitas vezes até o fim: o fim da saúde, da ternura, da gentileza, da alegria, da esperança...
Mas finalmente, depois de muita dor, entendi: Não posso “salvar” minha Família! Não tenho o poder de modificá-la ou a qualquer de seus membros, por mais que os ame! Não sou incompetente, sou apenas impotente perante os outros! Entender isso faz toda a diferença. Entender que somos únicos, com pedaços de nossas histórias em comum, mas caminhos individuais a percorrer. Podemos nos enriquecer mutuamente ou nos perder...
Mas, afinal, como mudar? Quem muda? Muda aquele que estiver mais incomodado, aquele que a dor dos conflitos conseguir quebrar a arrogância do ego e, com humildade, finalmente entender: Só posso mudar a mim, ao modo como me relaciono em Família! Então, “Que comece por mim”! O que posso fazer é procurar me conhecer, entender meus papéis (os que me deram, os que aceitei, os que eu mesma forjei), confrontar-me com minhas perdas, danos e ganhos nesses jogos “amorosos” e perversos de poder, reconhecer minhas expectativas e cobranças em família. Posso, também, aprender a me respeitar, delimitando meu espaço, estabelecendo meus limites e, honestamente, comunicando-os ao grupo.
Só posso, realmente, mudar a mim, mas quando o faço, liberto-me dos grilhões que me sufocam e escolho ir estabelecendo laços amorosos, “arejados”, livres e ternos com meus familiares. Estarei dando à minha Família um referencial diferente de relacionamento, com respeito e honestidade. Passo a ser um elo de sanidade num sistema ainda adoecido; um membro respeitoso e amoroso que exerce sua auto-responsabilidade, é assertivo e por isso jamais cobra. Com o tempo talvez os inspire, talvez não. Sem discurso, sem orientação, sem promoção... apenas uma possibilidade de atração. Essa é a minha parte, minha responsabilidade comigo mesma e com a Família.
Acredito que um Poder Superior aprovou que nos encontrássemos em família. Por impossível que, às vezes, nos pareça, essa Sabedoria Maior acredita que aí poderemos florescer. A força dos laços que nos unem se fará sentir para sempre em nossas vidas. Cabe a cada um de nós decidir que tipo de laços escolheremos e nos responsabilizaremos por manter.
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terça-feira, 22 de novembro de 2011
CONFLITOS FAMILIARES I
A Família é um grupo humano. Os grupos, em geral, têm a função de acolher, proteger e orientar seus membros de acordo com seus propósitos.
Eles se organizam, possuem uma hierarquia, criam regras, determinam papéis, comunicam suas expectativas, esperam lealdade às suas crenças e ao grupo. A Família é um grupo especial, na medida em que seus membros estão unidos por laços afetivos, embora nem sempre de escolha voluntária ou por parentesco sanguíneo. Ela nos acolhe, cria, protege, nos passa seu sistema de crenças - tudo em que acreditam e “sabem” sobre o mundo, Deus, as pessoas e nós mesmos. Internalizamos essa “marca da família” e é através dela que iremos viver, fazer escolhas...
A função da Família seria servir de ninho a cada um de nós, para que pudéssemos atingir nosso propósito de vida: libertarmo-nos de nossas amarras interiores e anteriores e florescer, desenvolvendo nossos dons únicos, de seres únicos, em busca da felicidade, em contínua evolução.
Nesse processo é tão importante cuidar, proteger, ensinar, como garantir espaço, liberdade (com respeito aos limites na vida de relação) e Amor (carinho, elogios, atenção, verdade, ternura... )
Mas o que é Felicidade para cada família? Num mundo material e materialista, competitivo, com o foco de atenção fora, buscando sucesso, aprovação e valorização, com crenças repetidas através de gerações e expectativas idealizadas, irreais, sobre seus membros, a Família acredita que “sabe o que é melhor” para cada um e que, “por amor”, tem o poder, o direito e até o dever, de modificá-los, direcionando-lhes o que pensar, sentir e agir. Em família, acreditamos que somos responsáveis pela felicidade de quem amamos (e eles pela nossa!) e se atendermos às expectativas de cada um e do grupo, seremos valorizados, amados e teremos cumprido nossa missão! Baseados nesse tipo de crenças, Por Amor e para Ter Amor, aprendemos a negar aspectos de nós mesmos ou a escondê-los sob máscaras. Passamos a viver em constante luta para nos controlar, para controlarmos uns ao outros e para fugirmos ao controle!
Se a Família for rígida (ou algum de seus membros) e tentar cumprir à risca toda essa “missão impossível” de controle, a hierarquia será rígida, as regras serão rígidas, os papéis rigidamente definidos e “congelados”. Não conseguirá se adaptar às mudanças naturais decorrentes do ciclo de vida da família: nascimentos, casamentos, mortes, adolescência, aposentadorias, divórcio, re-casamentos, desempregos... bem como aceitar as diferenças individuais de seus membros. Ao longo dessa luta constante, a comunicação se perverte, servindo às disputas pelo poder, pela razão. É utilizada para cobranças, lamúrias, estratégias (segredos, mentiras, manipulações...).
Todos, que tanto se empenham em suas relações familiares, ficam desgastados, ressentidos, confusos... porque sentem-se cada vez mais distantes daqueles que mais amam! É muito doloroso!
E nos perguntamos: Onde erramos? De quem é a culpa? Quem tem que mudar? Precisamos achar um “bode expiatório”, porque assim tudo se explica e a Família não precisa se olhar! Continuamos analisando uns aos outros, apontando erros, emitindo julgamentos, condenando ou nos defendendo... e nada muda! Às vezes, continuamos juntos, em conflito, até que a morte, misericordiosamente, nos separe; noutras, permanecemos superficialmente juntos e, em outras ainda, simplesmente desistimos, nos desligamos, abandonamos – para sobreviver. Mas, mesmo assim, carregamos a mágoa pelo que não conseguimos de amor e um sentimento amargo, disfarçado, de tristeza, fracasso e deslealdade com a Família. Podemos tentar recomeçar em outro lugar, com outras pessoas, formando novas famílias – para vermos, confusos, tudo se repetir!
Será que Família - só em retrato?
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011
LIBERDADE E EVOLUÇÃO
Movimento, mudança, transformação, evolução. Todo o universo é assim – e nós também! Estamos todos, sempre, em constante processo – evoluindo. Esse é o sentido da Vida! Para onde? Acredito que para a Perfeição, para a Felicidade, para a Luz Maior. Quando? Onde?... em aberto.Como? Entregando-nos ao processo, procurando entendê-lo em nós mesmos, facilitando, acreditando... e jamais abrindo mão da Liberdade interior, característica da centelha divina que somos, nessa caminhada para a Luz Maior.
Todo esse aprendizado passa pela libertação das amarras do instinto, das crenças materialistas e competitivas, dos sentimentos bloqueados e escondidos, dos comportamentos repetitivos e copiados e pela busca de um despertar espiritualatravés de todo esse processo. Mas tudo só pode acontecer a partir de nossas Livres Escolhas. Para fazê-las, precisamos exercer nossa criatividade, refletir, sermos honestos e corajosos. Escolhas são como semeaduras. Escolhemos livremente as sementes e tornamo-nos responsáveis pelo que fazer com o que colheremos. Desse processo natural nasce a possibilidade do aprendizado. Podemos ainda escolherlivremente como analisaremos os resultados quando eles não forem os esperados. Podemos escolher, também livremente, nos fechar em revoltas e negações, em nosso orgulho e arrogância, culpando os outros, o mundo, Deus, por nossas decepções, humilhações e azares. Mas podemos, ainda livremente, reconhecer nossas avaliações erradas e, humildemente, abrir nossas mentes racionais para poder “escutar com o coração” o que nos for intuído por nossa Consciência Espiritual. É assim que fazemos descobertas, aprendemos, mudamos, nos transformamos e evoluímos. Os repetidores, os preguiçosos, as dóceis criaturas que só obedecem, que jamais ousam pensar ou fazer do seu próprio jeito, que não se arriscam, que não se revelam realmente, são bastante aceitos socialmente, mas permanecem na aba dos outros, buscando aprovação, se eximindo de qualquer “culpa” ou responsabilidade e permanecem à margem do processo, encalhados, com grande dificuldade de crescer.
Em nossa dimensão física, animal, somos regidos pelo instinto para saciar nossas necessidades básicas, materiais. Nossa dimensão psíquica nos torna curiosos, indagadores, estudiosos, podendo ousar fazer diferente, livres no pensar, em busca de novos patamares de conhecimento, alavancando nosso progresso material, científico e tecnológico. Nesse processo utilizamos nossa inteligência racional, adquirindo grande saber, ainda que com pouca Sabedoria. Esta é mais abrangente. Ela deriva do saber anterior que adquirimos, mas que precisa atravessar nossa dimensão espiritual, amorosa, livre, para ali ganhar sentido e significado e assim nos levar a evoluir. Por isso, ela vai além do progresso material, do saber científico, das mudanças de comportamento, da “domesticação” dos instintos. Sabedoria, Evolução,envolvem transformações. Para isso precisamos nos remeter livremente, amorosamente, ao nosso mundo interior em busca de uma sintonia cada vez melhor com nossa Consciência Espiritual, que poderá nos libertar e transformar.
Torna-se necessária uma atenção cuidadosa, uma escuta destemida, Livre, desse mundo velado, escondido, dissimulado, de nossos pensamentos e sentimentos mascarados.
- tenho noção que escolho livremente, a cada instante, o que pensar ou sentir? E o que ver e ouvir no mundo a minha volta?
- consigo perceber que quando não faço escolhas, até isso, é uma decisão queescolhi livremente?
- como escolho lidar com os pensamentos e sentimentos detonados nessa interação com o mundo exterior?
- como escolho me relacionar comigo?
O que escolho: Ser rígido, poderoso, ter razão, saber mais, competir... Ou ter abertura, humildade, poder descobrir, mudar, transformar, evoluir...?
Para onde minhas escolhas poderão me levar? Para o frio e brilhante sucesso mundano, para a estagnação conflituosa ou para a Luz e a Alegria amorosa? É importante haver coerência entre o que desejo colher (felicidade) e as escolhas que,livremente, estou semeando!
Estamos em processo. Querendo ou não, com maior ou menor dificuldade, estamos a caminho. Apenas na infância e na velhice nossas atitudes ficam em parte cerceadas por condicionamentos físicos e legais. Na adolescência “descobrimos” nossa capacidade de ser livres, nos deslumbramos e assumimos atitudes de desafio, confronto, irresponsabilidade. Sentimo-nos confusos... Como jovens adultos, começamos a colher os frutos da liberdade irrefletida. São os primeiros sustos, as primeiras dores, as primeiras oportunidades de aprendizado. Adultos e pela maturidade, já “amaciados”, podemos entender que escolhemos livremente nossos destinos: ficar congelados em nosso orgulho, teimosia, revolta e preguiça ou caminhar atentos, humildes, com boa vontade e Sabedoria... evoluindo!
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011
A SÉTIMA TRADIÇÃO. AUTO-SUFICIÊNCIA “ANÔNIMA”
Envolvidos num mundo tão material, lutamos, compramos, manipulamos, perdemos, às vezes até vencemos... mas não fomos felizes.
Um dia, encontramos esse Programa de 12 Passos, um programa de buscaEspiritual. E ele nos nutre, nos toca, nos satisfaz, porque é espiritual!. Tão envolvidos estamos com nosso mundo material, que não nos damos conta que somos seres espirituais, apenas numa passagem material! Atuamos temporariamente nessa dimensão, mas pertencemos à outra!
A sétima tradição, no entanto, nos sugere que estejamos atentos a essas duas realidades. Assim, ela nos sugere buscarmos auto-suficiência nos dois aspectos onde atuamos.
A busca da auto-suficiência me leva à Responsabilidade de
cuidar de mim, e de, juntos, cuidarmos do Grupo, da Irmandade. E isso nos garante independência e liberdade. Ao atender a essa sugestão estamos exercitando e desfrutando princípios que nutrem nossa dimensão espiritual. Esse exercício nos proporciona a descoberta de que podemos, de que temos capacidade, eficiência, que somos responsáveis...
Depois de tanta “incompetência”, lutas, desencontros, dores,
abandono, fui acolhida, entendida, aceita. Por isso quero estar aqui, quero aprender e desfrutar tudo que a riqueza desse programa e desse grupo podem me proporcionar; quero levar essa mensagem de felicidade... Estou começando a entender que para eu ter o sentimento de Pertencer a tudo isso, preciso sentir-me participando, fazendo parte. Não quero ser alguém “de fora”, uma eterna visitante! Estou descobrindo o desejo de tomar parte e assumir serviços. Estou desfrutando a satisfação de poder estar junto e o gosto de me sentir competente. Esta participação, a realização, o Servir, me fazem sentir que sou capaz, que aceito compromissos, que sou confiável!
Ter participação também nos gastos de uma sala ou nos gastos diversos inerentes a Divulgação e ao “Levar a Mensagem” é atender às imposições de nossa materialidade para poder atingir nossos objetivos Espirituais. É importante atentarmos para a suficiência; por tempo demais nos sentimos “insuficientes” em vários aspectos de nossas vidas. Precisamos de cada um na contribuição material, na objetividade dos serviços, na espiritualidade do compartilhar. Para darmos continuidade a esse caminhar, para podermos estar juntos, desfrutando e transmitindo forças e esperanças, precisamos realmente do material servindo ao espiritual. Precisamos, todavia, estar atentos para a “suficiência sem excessos” de dinheiro, coisas, projetos puramente materiais, personalismos... para que não percamos o foco da espiritualidade que buscamos, para que o excesso material ou pessoal não venha a gerar luta pelo poder, controle, prestígio... velhos conhecidos que não nos trouxeram felicidade.
Comprometidos em entender, aprender, exercitar nossa auto-suficiência grupal, estaremos nos nutrindo de respeito, solidariedade, generosidade, responsabilidade, lealdade, fidelidade, Gratidão... Estaremos imersos no processo do Despertar Espiritual.
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011
MEDO
Sentimento básico, primal, que nasceu da minha equivocada percepção de separação, de isolamento, de incompletude, de não pertencimento a Algo Maior. Sentimento que nasceu instintivamente e me fez criar defesas contra o que, me parecia, estava fora, separado de mim: os outros, o mundo, o amanhã, o desconhecido, o escuro... Assim é o medo que, ao querer me proteger, me cerca, me tolhe, me aprisiona. Medo que me faz negar, brigar, agredir, fingir, mentir... Medo que faz eu me defender do que está fora e, ao mesmo tempo, me faz lutar para não perder tudo e todos que fui buscar lá fora para, eu acreditava, me completarem! Medo e agonia com essa grande confusão interior!
São tantos medos...
- medo de não ser bom o bastante, de ser derrotado, do desamor, do “desvalor”...
- medo de ser livre, de assumir minhas escolhas...
- medo da solidão, do sentimento de desconexão com os outros, com tudo, com o Todo.
- medo do abandono, da perda, da separação, da saudade...
- medo de amar, de sentir, de ouvir... e doer.
- medo de dizer, de me revelar... e decepcionar, perder ou fazer sofrer.
- medo de ousar pensar diferente, fazer diferente... e falhar.
- medo da grande vergonha de não ser aprovado, valorizado...
-medo de acreditar e estar enganado; medo de ser enganado...
- medo de me ver, do que ver, do meu mundo interior, de ir descobrindo quem sou...
- medos, medos... São tantos mais...
Mas, acredito que eles irão perdendo o poder de me paralisar na medida em que vou conseguindo percebê-los, aceitá-los, entendê-los, nomeá-los – olhá-los de frente! Na medida em que vou abandonando as crenças equivocadas e irreais, os “tenho que” idealizados, partindo para a ação de modificar “o que posso”.
É ocupar-me com a realidade do Agora, soltar-me das lembranças ruins do passado e das possibilidades terríveis do futuro. É, principalmente, mais e mais, internalizar a certeza de minha origem sagrada e de minha ligação com tudo e todos. É o exercício de me ver e aceitar como uma criatura única, inteira, completa, que faz parte e está conectada a um Poder Maior!
Nos momentos em que o medo ainda se fizer presente e tanto maltratar, “Solte-se e Entregue-se a Deus” , lembrando:
“Tudo posso Naquele que me habita, me fortalece, me consola...”
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Postado por Maria Tude às 17:21 Nenhum comentário:
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domingo, 6 de novembro de 2011
VOCÊ, QUE ME ACOMPANHA...
Você, que nem sei o nome...
Você, que nem conheço a expressão...
Você, que sinto junto a mim, mas não habita em mim...
Você, que acompanha meus passos e meus tropeços...
Você, que tenta me proteger de mim mesma, até onde eu deixo, até onde você acha que deve.
Você, que, mesmo quando me fecho e não quero ouvi-lo ou senti-lo, quando me rebelo e caio, ainda assim, você permanece paciente, esperando uma brecha em minhas muralhas para que possa, de novo, tentar orientar-me.
Você, que “tira a mão”, respeita minha liberdade e permite que eu caia, quando sabe ser, aquele, o momento do aprendizado maior – o aprendizado da humildade. A humildade, que possibilita todos os outros aprendizados.
Você, a quem me apego nas horas do medo, buscando o conforto, a certeza de que não estou sozinha.
Você, o irmão mais próximo a quem fui confiada por um Irmão Maior e pelo amor de uma Luz Maior, numa maravilhosa hierarquia de Luz, numa incrível cascata de Amor!
Você, a quem foi delegado o cuidado de me acompanhar, cuidar, não me deixar tão só, num mundo tão egóico e material.
Você, que todos, em todos os lugares, culturas, religiões, nos ensinam desde a infância a reconhecer a existência e o nomeiam: Anjo que nos guarda, Guia ou Mentor espiritual, Gênio do bem, Deva...
A você, todo o meu carinho, minhas desculpas pelo trabalho que tenho dado, minha eterna gratidão e a esperança de num tempo, um dia, poder melhor vê-lo e abraçá-lo!
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