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participo de minha própria vida!



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participo de minha própria vida!
            Como é essa Participação?  Tenho plena consciência de mim mesma? Preciso ter Consciência de minha responsabilidade – a primeira -  com minha própria vida, com as minhas escolhas, com o modo como enfrento os desafios, as dores e as delícias do meu caminho. Preciso ter consciência das minhas necessidades físicas, psicológicas, afetivas, espirituais – consciência dos cuidados que preciso ter comigo, cuidados que preciso receber de mim mesma!

 - tenho tempo para mim ou apenas fico com o que sobra? (quando sobra!)

 - respeito os meus limites, “o que posso”, ou me sobrecarrego em todos os níveis para agradar?

 - tenho uma escuta atenciosa e gentil com meus anseios, meus desejos, meus sonhos, com meus sentimentos... ou sou “sargento” de mim mesma e  os ridicularizo, os desqualifico, os sufoco, para me adequar aos modelos e expectativas do mundo?

 - busco coragem para ser leal a mim e dar voz ao que penso, ao que sinto, ao que quero, ao que posso?

 - sou paciente, bem humorada e generosa com minhas falhas, aprendendo a transformar minha prepotência e humilhação em humildade, simplicidade e aceitação?

 - procuro conhecer, honestamente, com atenção, curiosidade e aceitação, os meus defeitos/características (preguiça, orgulho, prepotência, inveja, vaidade, mentiras...) para poder libertar-me deles?

 - procuro reconhecer meus dons únicos e as minhas “boas” características  que podem gerar força e boas possibilidades para mim?


            Quero, ativamente, participar dessa minha passagem por aqui!

Quero ter consciência de que minha participação nessa vida é de minha inteira responsabilidade e de que todas as possibilidades dependem de mim para serem aproveitadas!

Quero escolher que essa Participação seja amorosa, paciente (mas firme), generosa, gentil, cordial, alegre, terna... comigo mesma, porque tudo começa em mim, inclusive meu aprendizado e minha capacidade de Amar!
Postado por Maria Tude às 11:01 http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif

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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

PARTICIPAÇÃO

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           Nossa participação em qualquer grupo humano está ligada ao nosso sentimento de pertença, de pertencimento. Participando, sentimos que fazemos parte daquele grupo (Família, Escola, Igreja, Trabalho...). E é também participando que aprendemos, crescemos e florescemos. É compartilhando, trocando, que vamos descobrimos quem somos e o que podemos.
            Mas como fomos ensinados a participar para podermos pertencer? Bem cedo fomos entendendo que precisávamos disputar para termos um “bom” lugar nos grupos, quaisquer grupos. Precisávamos ser bons, os melhores, para contarmos com a admiração, a valorização, o prestígio, e assim não corrermos tanto o risco de perdermos valor, valores e amores. Aprendemos a participar de uma forma distorcida, nos comparando, tentando sempre muito mais parecer do que ser, o que acaba nos distanciando afetivamente uns dos outros, enquanto nos enredamos nessas artes de defesa/ataque, nesses jogos de prestígio e poder.
            Nesse modelo egóico de pertencer, disputado e equivocado, fomos buscando participar da forma que nossas características pessoais nos impelem.

 - podemos nos omitir, nos esconder, porque somos preguiçosos, letárgicos, ou porque temos medo de nos arriscar, de tomar atitudes, de sermos responsabilizados. Cedemos espaço, mas se algo der errado, a culpa é dos outros, “não temos nada com isso”. Não nos doamos, nada acrescentamos!

 - podemos ser os submissos, os sobrecarregados, os obedientes, que também não se responsabilizam porque só cumprem ordens. Preferem sempre concordar para serem aceitos e queridos. Não criam e também não acrescentam!

 - podemos ser os eternos críticos, meio “de fora” para melhor apontar os erros dos outros. Tornamo-nos ácidos, amargos, negativos, destrutivos, em nome de proteger o grupo. Não somos amados, mas nos consolamos em ser temidos.

 - podemos nos ver como “líderes” condutores, quando somos, na verdade, controladores, arrogantes donos do saber e da verdade. Orgulhosos, não ouvimos os que “nada têm a nos acrescentar”! Queremos fazer tudo no nosso jeito ou tudo/todos controlar, tirando aos outros a capacidade de colaborar e do grupo crescer. Somos movidos pela constante necessidade e ambição de prestígio e poder.

 - podemos ser os agressivos, os grosseiros, os ríspidos, os frios, os distantes, os fechados, que não dão afeto, que a todos afastam e, tristes/amargos, se sentem excluídos e abandonados...


Podemos desempenhar tantos outros papéis nesse modelo aguerrido!

Mas, nenhum deles nos gratifica, nenhum deles nos aproxima uns dos outros, nenhum deles nos traz conforto e alegria ao convívio. Eles não nos fazem melhores e mais felizes! Como mudar? Não quero simplesmente me afastar e abrir mão das pessoas e oportunidades que passam pela minha vida, em Família e em outros grupos. Quero participar de uma forma prazerosa, que nos acrescente, que nos faça florescer! Cabe somente a mim escolher um novo modo de estar, de participar. Talvez os outros não se interessem em modificar sua participação, mas só posso mudar a mim!

 - posso aprender a ouvir, inteira, disponível, com coração e mente abertos.

 - posso exercitar a coragem para me revelar, para me colocar, para colaborar, com doação, sem cobrança ou expectativa de gratidão.

 - posso descobrir a importância do sorriso, da delicadeza, da gentileza para chegar ao outro, valorizando-o com meu respeito, demonstrando a necessidade de Igualdade e Simplicidade em qualquer relação.

 - posso descobrir a Humildade com as minhas falhas e ao compreender as dificuldades do outro ao “calçar os seus sapatos”.

 - posso ser uma voz de boa vontade e entusiasmo, uma voz mais firme e serena, querendo apenas participar para cooperar.

            Essa é a Participação que, acredito, se torna a “chave da harmonia” em nossas relações.


Postado por Maria Tude às 12:04 http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

POR QUE ME ESCONDO ?

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           “Por que tenho medo de lhe dizer quem sou?”

Por que aceito tanto as “verdades” que me foram ensinadas sobre quem eu devia ser, como devia pensar, sentir e agir ? – por que tenho tanta dificuldade de questioná-las e procurar minhas próprias verdades?

Por que escondo tanto meus pensamentos, meus sonhos?

Por que sufoco, brigo, nego, renego tanto os meus sentimentos?

Por que me submeto a mentir e fazer segredo de comportamentos e atitudes tomadas na vida?

Por que fico prisioneira da busca de uma imagem que não sou eu?
            Acredito que toda essa dificuldade de assumir quem realmente sou a cada momento, é fruto do imenso medo de não ser aceita, não ser amada, não ser valorizada! E aprendi que tudo isso viria de fora, do mundo – da Família, da Escola, da Igreja, do Trabalho...

Aprendi desde cedo a ter muito cuidado em não decepcionar os outros, a buscar atender às expectativas que tinham sobre o meu modo de pensar, sentir e agir. E como não conseguia agradar a tantos e todos, aprendi a esconder as “partes de mim não aceitáveis”... Mas como dói, como é difícil manter-me sempre atenta – policiando, lutando, escondendo... até de/para mim mesma!


O custo é imenso! Custo físico, emocional, mental, espiritual! Custo afetivo em minhas relações mais significativas, que se tornam inseguras, falidas, de fachada... e me trazem a dor de me sentir incompreendida em minha humanidade.
            Nesse processo não sou honesta comigo mesma, nem com o mundo.

Não consigo assim desfrutar da Verdade e a Verdade é uma das necessidades mais altas do ser humano! É uma necessidade espiritual e nós somos Seres Espirituais! Sem a Verdade, sentimo-nos vazios, ocos, deformados, estranhos a nós mesmos, sempre inseguros e insatisfeitos com o “produto” em que nos tornamos.

            Como trazer Verdade à minha vida? Só eu posso ir abrindo mão, com paciência, coragem, bom humor, boa vontade... das máscaras que me escondiam e defendiam do mundo. Só eu posso escolher estar comigo a cada instante - presente, atenta e interessada em rever e entender meu personagem em minha história. Só eu posso estar me descobrindo – sem julgar, sem acusar, sem culpar... mas sem justificar e sem desistir – apenas com Honestidade, Aceitação e Humildade, construindo uma auto-imagem real, uma identidade verdadeira. Começo então a criar uma intimidade comigo, plena de um novo respeito, de auto valorização, de carinho e estima por mim! Começo também a desfrutar da Liberdade (outra necessidade espiritual) de ser quem sou! E tudo isso é muito bom!
Postado por Maria Tude às 18:46 http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

NÃO JULGUEIS...

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            O que sabemos do Outro?

Conhecemos seu rosto, talvez alguma coisa da sua história, de suas falas, de suas atitudes... Mas nada disso revela, realmente ou mais profundamente, quem ele É, porque nós não somos somente um rosto, episódios, palavras e comportamentos. Nós somos, além disso tudo, todo um mundo interior, escondido de todos, até de nós mesmos!


Tendemos a acreditar que podemos julgar-nos uns aos outros apenas por essa superfície revelada. Julgamos: bom, mau, muito mau, execrável...

Na verdade, o que estamos vendo, julgando, condenando, são suas atitudesagressivas, falsas, mentirosas, negativas... Estamos vendo o efeito de suas defesas adoecidas, perversas, pervertidas...


Existe a necessidade de estabelecer limites que resguardem as pessoas. Existe a necessidade de tomarmos atitudes de controle sobre esses comportamentos lesivos aos grupos onde estiverem. E os limites vão desde a advertência verbal até ao afastamento do grupo (familiar, religioso, profissional, social...), às vezes para sempre, daqueles que julgamos representar perigo, por seus comportamentos.

Julgamos e precisamos condenar o que é do mundo – as atitudes negativas no mundo.


            No entanto, a cada momento de indignação e revolta com esses comportamentos, preciso lembrar de separar o Ser que É daquilo que ele está sendo, premido pelas distorções de seu mundo interior adoecido, desamoroso, agressivo...

Preciso lembrar que nada sei dos medos, angústias, ódios, decepções, ressentimentos... que esconde em si.

Preciso lembrar que o que realmente sei é que, escondido sob tanta escuridão, cinismo e maldade, existe uma centelha divina igual àquela que nos habita a todos!
            Certamente por isso nós fomos alertados - “Não julgueis...” a criatura que todos somos, ainda que esteja, no momento, perdida de sua própria luz.

Na relação com ela, é preciso ser assertivo, firme, realista, até duro...

Mas para a Criatura que ela É preciso dirigir minha compaixão, com a certeza de que, em algum momento, em alguma vida, ela conseguirá romper a prisão de seu interior adoecido e também se libertará.
Postado por Maria Tude às 17:17 http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif

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domingo, 8 de setembro de 2013

MEU FILHO, MEU FILHO...

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           E o rei gritava e chorava pelos corredores do palácio, clamando:

- Meu filho, meu filho...!

Esse é um episódio contado num livro muito antigo. Ele fala da dor do pai pelo filho que ele “perdera”, pelo filho que se perdera!
Ah! Meu filho, meu filho...!

É um gemido que retrata um medo continuado, um susto constante e doloroso, uma agonia que se repete a cada momento de impotência ante os rumos que os filhos muitas vezes tomam, ante a barreira que parece se interpor entre os pais e o filho... São linguagens diferentes, idéias divergentes, caminhos e atitudes “tortas” que se contrapõem aos desejos, fantasias e valores dos pais.

Aprendemos a acreditar que tínhamos o Poder e, mais ainda, o Dever, de cuidar do filho, consertá-lo, resgatá-lo, modificá-lo... Afinal, era o nosso filho! E agora, tudo se mostrava impossível! O que mais posso fazer? Onde errei? Onde estou falhando? Fracassei! Sou incompetente! Mas preciso salvá-lo!  Meu Deus, como dói tudo isso!
            Ah! Meu filho, meu filho...

Quantos sentimentos se misturam, então, ao nosso amor e nos confundem: medo, ansiedade, frustração, raiva, culpa, vergonha, mágoa, ressentimento, desespero, cansaço, desesperança...


            Ah! Meu filho, meu filho...

Quanta dor nessa luta inglória, luta perdida, nessa “missão impossível” de tomar tua vida, teu caminho, teus descaminhos, em minhas mãos e querer modificá-los!... Quantas atitudes incoerentes, controversas, contraditórias, ora cedendo, ora negando, manipulando, escondendo, cobrando, exigindo, culpando, implorando, me humilhando, te humilhando, agredindo... em nome de um Amor desesperado! Toda uma luta que nos feria a todos na tentativa de manter o controle do incontrolável – o Outro, ainda que meu filho, ainda que meu Amor!


            Ah, Meu filho, meu filho...

Revejo o caminho da Dor: a inicial negação dos “problemas”, a luta desorientada e desesperada, a conformação cansada, magoada, desesperançada... até a aceitação, afinal, da verdade simples – estamos juntos, mas não somos misturados! Os filhos têm seus próprios caminhos... Os pais não são incompetentes, são apenas impotentes! Somos, apenas, parceiros nessa caminhada. Uns vieram antes, outros depois, para nos amarmos e respeitarmos.


Ah, Meu filho, meu filho...

Como entendo os gritos e lamentos de dor daquele rei, daquele pai tão antigo! Como me doeu te ver sofrer! Qualquer dor, pequenas ou grandes! Chorei com as tuas dores! Hoje, quero estar sempre contigo (não importam as distâncias), para te animar, te amar... mas não devo e não quero mais chorar pelas tuas escolhas, respeitando-as e aos teus tropeços, porque eles geram teus aprendizados...


Ah, Meu filho, meu filho... Que a mesma doce Luz que nos habita possa nos orientar em nosso caminhar, possa nos perdoar, consolar, fortalecer e pacificar.
Postado por Maria Tude às 15:10 http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

JÁ NÃO ME ACOMPANHA!...

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          O tempo passa... tudo se transforma...

Nossas fantasias perdem as cores da magia, a gostosura e o brilho das crenças irreais...

Nossos bonecos/as, nossos heróis, já não nos respondem! Ou nós é que não queremos, ou conseguimos, falar com eles...

Nosso corpo já não nos obedece... Meu corpo já não acompanha meus desejos, meus projetos... Cedo fica cansado, reclama, “emperra”, me desestimula!


            Passei “batida” pela vida, olhando para fora (os outros, o mundo), desatenta de muita coisa que acontecia em mim. No entanto, em alguns momentos, tudo se clarifica, “cai a ficha”! E como dói!

É uma dor “doída”, triste, meio assombrada, um pouco amarga, cheia de nostalgia... Uma dor algo infantil em minha mágoa com o tempo, com a “injustiça” dessa vida, que não pára, que não retarda esse caminhar. Logo agora, que acho que sei um pouco mais, eu posso tão menos!


            Mas, quanto menos posso, preciso descobrir mais o que ainda posso e como posso! Preciso descobrir novas frentes para o meu poder!

 - posso estar atenta e aproveitar as oportunidades do cotidiano real, “ver” as belezas e cores escondidas, disfarçadas em aparentes banalidades.

 - posso agora descobrir heróis em pessoas de verdade, sofridas, valentes, ainda sorridentes, caminhando como podem, frente a seus desafios. E elas estão passando pela minha vida! Quando me dedico a parar para vê-las e ouvi-las... elas me respondem sempre! E não deixarão se esgotar o meu desejo de conhecê-las melhor, incríveis e interessantes que são, em qualquer fase da vida em que estejam.

- posso “ouvir” e cuidar, com carinho e respeito, desse meu corpo que há tanto tempo me serve e acompanha.

 - posso continuar a sonhar, adaptando meus desejos e projetos às minhas atuais possibilidades, em minha atual realidade.

 - posso curtir a vida sem mágicas ou delírios, com intensidade serena, numa sintonia mais fina, mais delicada e profunda...

            Posso tanto!... É tolice chorar pelo que já não posso!

Postado por Maria Tude às 14:45 http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013



SAIR... PARA SERVIR

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Essa exortação, esse convocação, me chama a atenção para a importância de sair do meu mundinho cômodo/egoísta, do meu conforto protegido pelos meus bens materiais, pelo amor desfrutado em família, pelo acesso que tenho à educação, à informação, a valores... do tanto que tenho e tive o privilégio de desfrutar.       Sair da segurança das minhas opiniões, da minha religião, da minha cultura, das minhas “certezas”, quando elas me separam e me fecham, quando me ajudam a ignorar ou rejeitar o “resto” do mundo.
Sair... para chegar ao Outro. Chegar a Outros de realidades tão diferentes e que, na verdade, me são tão iguais! Chegar, acreditando menos em nossas diferenças mundanas, apostando mais em nossa humanidade, que nos aproxima, e em nossa origem divina, que nos iguala. Chegar, com mãos amigáveis, sorriso franco, mente aberta, coração receptivo... Chegar ao Outro com igualdade – para Servir.
Mas, como posso Servir? Um Servir maior, melhor, um Servir que sabe doar e receber...

Será apenas doando bens materiais, que talvez eu possua mais?

Ou será sabendo, também, aceitar, receber, valorizar e agradecer o que o Outro possa doar a mim - coisas, atenção, gratidão, sorrisos ou afetos – fazendo realmente sentirmo-nos iguais e amigáveis?

Será apenas levando informações/orientações que eu acredito ter melhores?

 Ou será sabendo Ouvir, muito mais do que falar, catequizar ou direcionar?

Preciso, acima de tudo, estar disponível, receptiva, abrindo meu coração para poder, realmente, sentir e demonstrar empatia, simpatia...  para finalmente poder Chegar Junto!


            Esse Servir requer estar aberto, humilde, entusiasmado, para trocar, compartilhar!  Sair... para servir é dar a mim mesma a oportunidade de me sentir atuante, participante, pertencente a essa grande aventura da Vida!

 O moço de Assis já descobrira isso! Ele afirmava “É dando que se recebe”, a alegria do compartilhar!



Sair... para servir com simplicidade, humildade, respeito, alegria... Assim, sou também enriquecida pela humanidade do Outro! E isso é muito bom!

Maria Tude

2014


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domingo, 28 de dezembro de 2014



O MEDO DA VIDA

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Esse medo, alicerçado em memórias dolorosas e em nossos apegos, nos aprisiona em possibilidades desagradáveis e até terríveis, sempre em um Futuro próximo ou distante. Nos momentos em que nos perdemos do Agora, esse medo nos envolve, difuso como uma neblina assustadora, e nos ameaça de todas as formas, com todas as forças...
            É um medo nascido em um mundo agressivo e maldoso, apresentado e comentado pelas mídias num festival contínuo, cotidiano, sobre o que há de pior nos seres e na sociedade. Hipnotizados, nos perguntamos: Como parar? Aonde vamos parar? E temos medo de sair, de ficar, medo de não ver saída... no futuro.
           E remoemos o medo das escolhas e do destino daqueles que mais amamos. Medo de vê-los afastados do nosso convívio, medo de vê-los sofrer, medo de nossa impotência ante suas vidas, medo de perdê-los, medo de sua finitude.
           E temos o medo da falta, das nossas carências, de bens materiais, da saúde, medo da perda da utilidade, medo da perda dos carinhos, dos amores, e medo, a cada despedida, de não voltar a ver quem amamos...  Medos, tantos medos, medo até da agonia dos nossos medos...  E todas as possibilidades ruins que nos assaltam estão ligadas ao Futuro! Quando me ponho a antevê-las sinto muito medo de sofrer e, mesmo acreditando serem necessárias ao meu caminhar, sinto-me acovardada, pequena...
            O Futuro, informe, disforme, solto e sem limites na imaginação, nos assombra e aterroriza. Nossa mente, quando sem freios, nos arrasta em pensamentos aleatórios, soltos, loucos. Viver pode, então, tornar-se um fardo ameaçador e sufocante, com questões que ressoam, sem parar, em nossa mente: E se?...  E quando?...
            A solução em qualquer momento de medo, para qualquer medo, inclusive esse tão abrangente Medo da Vida, é entregar-me ao Agora, focar minha mente e atenção no que estiver fazendo e vivendo naquele momento: andando, trabalhando, respirando... Viver o Agora com simplicidade, fazendo o que posso naquele instante. É um exercício de Paciência, Autodisciplina e Perseverança, onde meu esforço e minha ação são reforçados pela entrega confiante à uma Força Amorosa que nos habita, nos acolhe, nutre e conduz.
            Minha humanidade, ainda tão imperfeita, se deixa levar pela desatenção, se perde nos atalhos assustadores do Futuro e me apavoro tantas vezes com Medo da Vida. Mas acredito que já sei o caminho de volta a Mim, a Deus, ao Agora – ao porto seguro do Aqui/Agora. Busco, através da oração, a sintonia com a força e o Amor de Deus, entrego-me ao momento e o medo se esfumaça... Ele volta muitas vezes e eu, pacientemente, tento repetir e repetir o que aprendi. Acredito que, cada vez menos, o medo me assaltará e cada vez mais estarei atenta, fortalecida e livre para viver.
            A vida é “Só por hoje” – Só por Agora!  
Postado por Maria Tude às 10:25 Um comentário: http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif

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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A DOCE RESPOSTA

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           Há muito tempo atrás (ou será que foi ontem mesmo?) viviam os homens num mundo muito duro, agressivo, cruel, competitivo... Era um mundo dos mais fortes, mais ricos, poderosos... dos que lutavam sempre para jamais perderem o que tinham conseguido e ganharem cada vez mais e mais! Os mais fracos e perdedores sofriam, invejavam e buscavam o modo e o momento de darem o troco e serem, eles também, os vencedores! Lutavam todos por coisas e poder!  Era um mundo de muito sofrimento! E os homens se lastimavam: Como ter segurança? Como ter descanso dessa lura eterna? Como sofrer menos? Como, afinal, ser feliz?
            O Pai Amoroso, criador dos mundos e dos homens, enviou-lhes a resposta, através de um mensageiro, que fosse ele próprio a mensagem, para que todos pudessem entender. E foi essa a sua 


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